POV Gabriela

Cheguei da casa da minha vó, tomei banho e estou pronta para dormir, em minha bela cama confortavel, mas não consigo.

Sabe, não entendo, hoje com o Enzo lá na minha vó foi estranho, foi como se a gente se desse super bem há muito tempo, o que é bizonhamente estranho, por que desde que eu me entendo por gente, nunca nós demos bem. Ta, quando eu era uma bebê, eu não lembro, bem provável que eu tenha me dado bem com ele, devo ter brincado com ele, então, pra ser mais especifica de quando eu comecei a odiá-lo foi quando 1º) Deve ser coisa de menino, por que ele adorava pegar minhas Barbies e joga-las na privada, sério, na privada. 2º) Ele cismou desde os 12 anos que eu tenho que

chama-lo de tio! PORRA!

Se bem que, a gente se beijou. Cara, eu devia ter cheirado todas e não lembro, por que no momento eu to pensando no maldito beijo! Bosta!

Foi sei lá, do nada? Né? E foi bom.. Ai cacetada Gabriela, quem é você? A maluca que gostou do beijo do TIO, meleca!

Fala serio, você gostou de um beijo do Enzo?! Não, óbvio que não.

Tá, to parecendo uma retardada respondendo minhas perguntas. Mas se querem saber, eu gostei, é admito, gostei sim. Mas ta, ele é meu tio, e ÓBVIO! FATO! Que não vai se repetir e muito menos vou deixar que ele tente de novo. Apesar que ele nem forçou nada, aconteceu naturalmente.

Não, nem naturalmente, vai acontecer de novo. De natural em natural, daqui a pouco eu to ficando com meu.. Tio... Inferno!

Ai, quantas incertezas!

É melhor eu dormir.

Virei de um lado, virei do outro, contei até os carneirinhos da fazendo do sitio do pica pau amarelo... Epa, não tem carneirinho no sitio, droga, vou ter que contar tudo de novo...

(...) 278...279...280...(...)

***

POV Juliana

‘Essas estrelas estão tão brilhantes’ - Pensei, sentada no sofá da sala olhando pro céu.

Andei tão preocupada utilmamente com minha mãe, por estar caducando. Tadinha, ela ficou tão preocupada e com medo por Jordan, e mal pôde fazer nada, ela era tão ágil e forte, mas no momento parece que paralisou, e agora fica remoendo uma culpa que nem é dela, não é de ninguém!

Estou preocupada com Jordan, não é a 1ª vez que vai parar no hospital, não por infarto, mas sempre tem andado doente, ou com uma dor no peito que nunca vai ver o que é.

Até com Gabriela, ela estava tão quieta no carro quando íamos pra minha mãe, olhava pela janela, pensativa. Chegou em casa, jantamos e nem falou nada, foi pro quarto dando boa noite e mais nada. Ela ta muito estranha, algo a está atormentando, e eu não gosto de ficar sem saber o que é.

- Amor, o que esta fazendo ai? - perguntou Sandro aparecendo na sala.

- Estou sem sono, eu já vou.

- Ju, vem pra cama, você ta ai pensando nos acontecimentos que eu sei, vamos... - falou ele, se aproximando e me puxando pela mão.

- Você me conhece bem ein? - sorri, o abraçando.

- Te conheço, te amo, te desejo, e quero muito que venha pra cama - falou, desenhando em minhas costas com seus dedos.

- Tudo bem, vamos. - apaguei o abajur da sala e fui pro quarto com Sandro.

Nos deitamos e como se o sono só esperasse por isso, adormeci.