Nós nunca sabemos como as coisas vão acontecer antes que elas aconteçam.          Aquele sentimento estranho não me abandonou um segundo durante a aula, nada dos Cullens em lugar algum, sem saber ao certo o que pensar resolvi não pensar em nada. Deixei minha mente flutuar por belas lembranças fúteis... minha mãe, Phoenix, o tempo em que eu era feliz e não a rainha da nostalgia !

  Olhava o celular de cinco em cinco minutos até que ele deu sinal de vida. 

 Estou te esperando em casa, na sua casa. Precisamos conversar

                              Edward.

 Meu estômago afundou, era tudo o que eu temia ouvir. Precisamos conversar.

 Nem esperei o fim da aula, peguei meu carro e segui pra casa. A segurança de Forks era realmente lamentável.

 Desde o dia em que eu o conheci tudo mudou e nada mudou. O mundo não é o que parece mas ele continua sendo o mesmo mundo de sempre, as arvores continuam sendo arvores, Forks continua sendo chuvosa e nebulosa, o que mudou foi a minha percepção,  eu sei que a minha vida não será como a de todos, Eu Sei, eu sinto que algo realmente vai mudar e pode ser agora.

 Cheguei em casa e sub i em direção ao seu encontro, eu podia senti-lo, eu já podia sentir a falta que ele me faria... nunca imaginei como seria sem ele e agora está acontecendo. Abri a porta e ele estava parado meu encarando com suas feições duras e frias como gelo, seu cabelo estava bagunçado e a blusa branca social com três botões desabotoados deixando a mostra seu peito nu, ele estava usando a máscara, a máscara que eu conhecia muito bem, ele nunca deixou transparecer o que sente de verdade a não ser naquela tarde, naquela tarde eu vi além vi além de sua alma e hoje seria bom ver outra vez talvez pela ultima vez. Me aproximei e ele tocou meu rosto, secou uma lágrima que até então eu não sabia que estava ali. Tentei engolir o choro e me senti patética, eu tinha mesmo é que chorar ... mais só depois de ouvir da boca dele.

  - Então, pode falar. - Disse tentando parecer indiferente quando ele me surpreendeu com um abraço, algo estava errado muito errado, a surpresa foi tanta que não reagi e ele continuou me abraçando. Envolvi meus braços em sua cintura escultural e o abracei sentindo seu peitoral musculoso e seus braços fortes. Minhas lágrimas ensopavam toda a sua camisa ele tentava me afastar mais eu não conseguia soltar. Eu não queira soltar.

- Bella. - Ele nunca disse meu nome com tanto amor quanto agora... ou seria pena?

 Sai do casulo de seus braços e o encarei. Olhei aqueles olhos dourados fixando aquela imagem na memória.  

- Aconteceu o que eu temia? - perguntei receosa. Ele ficou sem silêncio, eu não via porque adiar mais esse sofrimento.- Anda Edward, fala logo, você está me deixando louca. - Ele continuou em silêncio. A unica coisa que eu ouvi foi o carro de Charlie estacionando no jardim. Olhei para ele sem entender, não estava na hora de Charlie chegar e ele não podia ver Edward aqui mas ele continuava parado me encarando. Charlie subiu as escadas correndo e abriu a porta ofegante, encarou Edward, com raiva mas não surpreso. Eu olhava de um lado pro outro sem saber o que estava acontecendo.

- Da pra alguém me explicar o que tá pegando? - Perguntei ainda calma.

- Você pode escolher Charlie, se você não quiser conto eu.

- Do que vocês estão falando? - Eu não estava entendendo mais nada.

- Bella, saia de perto dele e não acredite em nada que ele te disser, ele é perigoso Bells.

- Charlie. - Edward disse levantando a voz.

- De que você tá falando pai? - Aquilo estava ficando até meio engraçado.

- Saí de perto dele rápido! Isso é uma ordem Isabella. - nunca vi Charlie agir daquele jeito, confesso que me assustei, mais eu não ia me afastar de Edward ao contrario a unica coisa que eu queria fazer era voltar para seus braços.

- Pai, você não manda em mim. - Edward Sorriu. 

- O que você disse pra ela seu crápula ?-  Chalie gritava com a mão na arma. A graça acabou totalmente.

- PAAAAAAI, você está ficando louco? - Não estava entendendo nada. 

- Filha sai da frente. - Ele queria Atirar em Edward é isso? 

- Pai, para. - Gritei. Ele puxou a arma e destravou. 

- Ande, Charlie aja como homem, pelo menos uma vez na vida. 

- Cale a sua boca imunda, SANGUESSUGA. - Estaquei. Quer dizer que Charlie sabia, por isso ele queira matar Edward? Mais se ele atirasse em Edward a unica pessoa que sairia ferida seria Charlie.

- Pai, Edward não é mal, fica tranqüilo. 

- Bella, ele sabe muito bem quem eu sou, você é que não sabe quem ele é. - Charlie mirou a arma bem no meio do peito de Edward.- Olhei para Edward sem entender.

- Ele não é seu pai Bella. - Continuei olhando para o Edward sem entender do que ele estava falando. Ouvi um estalo e olhei para Charlie ele estava com o dedo no gatilho pronto para atirar e Edward parado de peito aberto. Tudo aconteceu rápido de mais. Ele apertou o gatilho e eu vi a bala saindo e ouvi seu barulho ensurdecedor ela iria acertar em cheio, não podia permitir, me joguei na frente de Edward numa velocidade sobre-humana ainda pude ver a cara de espanto de Charlie antes de uma dor fulminante  me atingir em cheio no peito. 

 A força do tiro me jogou pra trás e eu caí nos braços de Edward.

- O que você Fez seu DEMENTE? - Edward Gritava como um louco mas sua voz já estava um pouco distante.

- Bella, Fala comigo. 

- Sim. - respondi com a voz ainda firme.

- Não sei pra que todo esse escândalo você sabe tão bem quanto eu que ela vai sobreviver. - Me assustei ao ver que era Charlie quem dizia isso. " Ele não é seu pai Bella." Aquela frase rodava na minha cabeça.

- Então era isso o tempo todo? Você só queria que ela se transformasse... - Edward parecia ter acabado de desvendar um grande mistério. Seus olhos ficaram negros e ele não era mais Edward, temi pela vida de Charlie.

- Edward. - Disse percebendo que minha voz estava mais fraca, Edward voltou a si.

- Sim? - ele me olhou preocupado.

- Me tira daqui. - Ele me carregou mais Charlie estava parado na porta. 

- Vou concertar o estrago que você fez, depois acertamos nossa contas, agora saia da minha frente. - Edward ameaçou. Charlie pensou um pouco depois saiu da frente.

 Saímos de casa e entramos no carro, eu já não sentia mais nada, a inconsciência ia tomando conta. 

- Edward. - Disse num fio de voz. Ele se aproximou e eu juntei todas as forças que me restavam e segurei seu rosto entre as mão o puxei para mais perto e o beijei, seu gosto doce me invadiu, tomando conta da minha mente e espírito, minhas forças estavam se esvaindo. 

- Eu te amo, Edward.- Disse depois o soltei. Ele beijou meus labios novamente e disse.

- Eu vivo por você.

- Não viva. - Disse sentindo que aquele podia ser meu último dia de vida.