My Simple Life! escrita por danielalisboa


Capítulo 2
De uma forma ou de outra


Notas iniciais do capítulo

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Hoje eu parei, analisei e constatei que na vida não existem acasos. Uma coisa sempre leva a outra e por ai vai. De nada adiantaria eu ter ficado com o Igor todas as vezes que ele pedia já que eu não sentia nada por ele. Só ocasionando a ele novas esperanças. Magoando assim um ao outro.

 

De repente, apareci em meio a uma peça de teatro. Vestido e lábios rubros, eu aparecia na platéia. Não havia ninguém ao meu redor. Luzes se acendiam repentinamente, direcionadas ao palco. E trajado a rigor, o Igor surgia por trás das cortinas. Com paletó, por dentro uma camisa branca social e gravata borboleta preta, segurando uma rosa vermelha em suas mãos. Descia o palco e vinha à platéia. Subia as escadas e logo na ponta onde eu estava ele parava. Agachando-se, erguendo a rosa em minha direção. Quando eu penso que já vi de tudo, luzes miram ao palco novamente e aparece o Bruno. O meu grande amor, com uma camisa social, manga longa branca e uma gravata com nó mais popular, folgada. Como se o seu estilo fosse desarrumado, como " cheguei em casa agora". Subiu as escadas do outro lado, e entre as cadeiras de minha fila veio andando. Parou e sentou na cadeira ao meu lado estendendo uma caixinha. Olhava pra mim, enquanto abria a caixinha e mostrava o anel.

 

Indecisa, olhava pro lado e para o outro. Tudo bem que eu amasse o Bruno, mas eu tinha prometido dar uma chance ao Igor. E quanto mais indecisa ficava, um fundo preto se aproximava e eles se afastavam, erguendo as mãos para que eu pegasse a rosa ou o anel. E eu, recuei, fechei minha mão em punho com o nervosismo e nada que eu fizesse faria ela abrir.

 

Era como se estivessem flutuando e entrando em um furacão, que girava em torno deles. Do nada, uma música envolve a cena, uma música conhecida, uma música inadequada para o momento, uma música irritante. Era a música do meu despertador, que me fez voltar como um raio para a realidade. A música que enchia o meu saco de manhã, finalmente prestou para algo benevolente. Acordei com o coração acelerado e minhas mãos, por incrível que pareça, encontravam-se em punho como no sonho – ou pesadelo.

 

Foi de tanto que eu pensei e pensei nesses dois, de tanta dúvida que eu tenho, de tanto amor que eu sinto e de tanta tristeza que já senti, que eu não consegui resolver a minha vida até hoje. Talvez, o melhor fosse não pensar em nenhum, pensar em mim. Mas eu sabia que isso não daria certo, pois se eu me encontrasse só, deixaria me levar pelo intuito e iria outra vez àquela emboscada e mais uma vez cairia na armadilha. Bom seria se ao cair nessa armadilha, eu não fosse ferida e não fosse largada lá sozinha, com ferimentos ardendo e infeccionados. Sorte, não me mantivesse prisioneira, mesmo estando solta. Não deixasse marcas, vestígios, pistas, sinais, rastros, pegadas ou cicatrizes. Nunca tive sorte. Talvez, um dia eu tenha a sorte de ter sorte


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