Barulhento Silêncio escrita por Dark_Hina


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo!!!
Desde já agradeço a todos que acompanharam a fic, que leram e que me deram apoio para terminá-la (LETY MUITO OBRIGADA!).



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As precipitações inconvenientes que aconteciam em Vegas no inverno eram verdadeiros problemas. Nem o céu estrelado que era possível ver no local que estava indo lhe ajudaria, até por que ele não estaria lá. Nunca estavam lá, ninguém, sempre quando precisava de algo todos desapareciam e os sentimentos e lembranças, as únicas coisas desejadas para desaparecer e nunca mais voltar sempre estavam presentes lhe fragmentando por dentro.

Ao sair da estrada e entrar em um caminho de terra por entre os arbustos secos. Ela segue a rota desconsiderando totalmente a possibilidades de ficar com o carro atolado, coisa que acharia até bom, pelo menos teria uma desculpa para desaparecer e ninguém mais lhe incomodar.

Ao chegar a uma longa elevação de terra que subiria com ajuda do seu automóvel, caso o óbvio não acontecesse, ela socou o volante acertando buzina, desceu do caro nem se importando em ficar encharcada pelo temporal que caia.

Foi subindo aos poucos o caminho e deixando que cada gota que caía levasse com sigo seus problemas lhe purificando de toda e qualquer agonia que podia sentir nos instantes que viriam.

Ela respirava fundo tendo ao máximo aproveitar o momento e continuar com fôlego para sua subida. Cruzou os braços em razão do frio e procurou saber aonde diabo estava com a cabeça de estar a noite em meio ao deserto, no local que usara com sepultura para as cinzas de um gorila encontrado um tempo atrás morto. Naquele momento raciocinar não era um coisa possível, muito menos responder perguntas tão difíceis e complexas.

 

Quando chegou no topo sentou-se em uma pedra qualquer e mesmo com seu queixo batendo a e água escorrendo por todo seu corpo ficou lá parada observando o nada. Fez um rabo de cavalo no cabelo com um presilha que levou com sigo por um caso e começou a pensar no que realmente importava, como por exemplo se valia a pena viver da forma como estava...

~♥~

Os homens ajustavam nas posições os tripés que possuíam em suas estruturas luzes. Grissom avaliava a posição de cada objetivo com minúcias e indicava com a mão a direção correta que Brass deveria posicionar os instrumentos.

-Um pouco mais para esquerda. - Brass prontamente atende o pedido.

-Eu não ganho para isso sabia?

-Não. - Grissom foi até a mesa que estava seu laptop digitando algumas coisas ligou as luzes calculando perfeitamente a trajetória feita pela bala.

-O que estão fazendo? - O médico estava visivelmente incomodado pelo horário inconveniente que Grissom arranjara para concluir sua perícia.

-Isso é uma simulação. Estamos colocando a trajetória percorrida pelos projéteis até chegarem aonde foram encontrados.

-Para que serve?

-Para provar que seu filho não atirou na mãe.

-E então quem atirou? - O homem tem sua atenção voltada quando as luzes começam se mexer, depois de alguns minutos com a sala aparecendo uma discoteca as luzes param e Grissom sentencia com suas sobrancelhas arqueadas mais sem demostrar grande surpresa:
-Sua amante.

 

-Tem certeza?

-Doutor, é quase meia noite, estou no meu segundo turno seguido, tenho evidências e utilizei meus melhores equipamentos, o senhor ainda acha que eu posso errar nessas circunstâncias?

-Tem razão, me desculpe. - Grissom ignorou-o enquanto terminava de registrar os fatos e arrumar as coisas para sua partida com ajuda de Brass. Aquele barulho ensurdecedor de nada lhe invadia a cabeça quase não deixando-o pensar direito, achou aquilo o fim. Não escutava nada em sua cabeça, nenhum, raciocínio, conclusão e seu pensamento lhe gritava no mais profundo silêncio. Quando percebeu que seu trabalho havia terminado e que já se encontrava saindo da casa alguma coisa lhe obrigou a perguntar o que estava martelando em sua cabeça.

-O senhor tinha dois filhos, um carreira bem sucedida, uma linda família que possuía uma mãe esforçada e carinhosa, jovem, bonita, que tinha um futuro brilhante pela frente. Não lhe faltava nada, mesmo com isso tudo nas mãos, mesmo depois de tudo que possivelmente passou para ficar com ela... Não pensa nem duas vezes em traí-la por algo que não pode ser considerado melhor. Por quê? - O médico fica sem reação, mesmo com suas atitudes ultimamente alteradas em razão dos acontecimentos ele estava calmo o suficiente para não gritar com o perito.

-Senhor Grissom, nunca sabemos o que realmente temos até perdemos. Nunca pensamos quão boa é nossa vida até experimentarmos a dos outros, não que em algum momento eu estivesse insatisfeito com meu casamento, até porque como o senhor mesmo disse, minha esposa era uma mulher jovem e bonita. É uma coisa bem mais espiritual, se eu estivesse com outras achando que podia substituí-la talvez quando a perdesse não sentira tanto sua falta. Só que eu esperava perde-la para um cara mais jovem não para a morte.

 

-Sua dor estar menor mesmo tendo feito isso?

-Me responda o senhor, se está tão interessado assim, é por que com certeza vive um drama como o meu.

-Então o senhor deve estar quebrado por dentro.

-Se o senhor ainda não a tem, corra o possível para não perde-la, e se acha que pode ir diminuindo seu amor por ela estando com outras, não se engane, isso é uma mera ilusão. - Grissom acenou de forma positiva com a cabeça e entrou no carro com Brass já em posse do volante ligando o carro.


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Notas finais do capítulo

O capítulo não foi grande, mais foi o necessário. Essa conversa entre Grissom e o médico será fundamental para o capítulo que vem.
O próximo capítulo virá em breve (pretendo postar no mais tardar no final de semana).
Kiss ~Dark_Hina