Sophia - a Filha do Presidente escrita por Camila_santos


Capítulo 1
Vida de princesa - A qual eu dispenso


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...



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Quantas garotas não quiseram ter uma vida de princesa? 

Pois eu a dispenso... Isso é simplesmente muito chato. Eu não faço nada que quero, sempre tem alguém para evitar que eu caia.

 

Como meu pai quer que eu caminhe sozinha se ele não solta minha mão? Sabe, eu queria ser uma adolescente normal. Uma garota comum de dezessete anos.

 

-Sophia em que tanto pensa? –Perguntou Lucy. Nem direito de pensar eu tenho. Argh. Meu Deus eles me sufocam!

-Nada Lucy nada! –Resmunguei irritada.

 

Lucy era uma espécie de minha babá. Olhava-me desde que eu nasci ela não era muito velha e nem muito nova devia ter lá seus cinqüenta anos, e eu a considerava minha segunda mãe, às vezes ela fazia mais que minha própria mãe a qual vivia viajando acompanhando meu pai, ou em reuniões.

 

-Seus pais te esperam para o café da manha querida. –Ela falava meiga.

-Sou obrigada a isso? –Disse enquanto cobria meu rosto com meu travesseiro de pluma.

-Creio que sim Sophia. Largue de ser resmungona e se apronte rápido! –Ela falava enquanto puxava meu cobertor quentinho.

-Ai! Espere. Deixe-me dormir uns cinco minutinhos? E pedir demais Lucy? –Fiz biquinho, os quais sempre funcionavam.

-Ai Sophia, não faça isso comigo... –Ela resmungou. –Só mais cinco minutos, já volto a te chamar, em mocinha!

 

 

Ela saiu caladinha, e eu comemorei, puxando aliviada meu cobertor quentinho. Minha alegria durou pouco, lá estava Lucy, batendo em minha porta.

 

 

-Menina largue de ser preguiçosa. –Ela dizia puxando de novo minha coberta.

-Ok! Ok! Não tenho direito de escolha não é mesmo?

-Não, não tem. Tome seu banho, de preferência na água fria para melhorar seu rosto. –Brincou ela.

-Nunquinha... Eu não dispenso jamais um bom banho quente. –Falei me espreguiçando na cama imensa, de lençóis rosa. Lucy saiu e preparou rapidamente meu banho com sais, na banheira, totalmente relaxante.

-Lucy escolha uma roupa para mim, de preferência uma calça jeans ok? –Eu disse na porta do banheiro.

-Você não usa calça jeans esqueceu? Sua mãe não acha adequado! –Ela retrucou.

-Não isso é demais! Nem um jeans? Eu tenho algum ao menos? –Perguntei irônica.

-Tem aqueles que sua tia lhe deu! –Ela disse pouco animada.

-Ah pelo menos alguém que me entende! Minha tia é ótima não acha Lucy? –Perguntei com provocação.

Lucy fez uma careta. E eu ri. Ela ficou com ciúme, que fofo!

-Sua mãe não gosta da maneira que a senhorita gosta de vestir. Lembre-se você é uma dama, você é como uma princesa!

-HAHA! Vida de princesa. Eu a dispenso. –Murmurei.

-Você não consegue ser normal Sophia. Você pertence a esse estilo de vida! –Disse ela apontando a meu belíssimo quarto.

-Não, não. Eu não nasci rica Lucy. E não queira aplicar em mim os conceitos da minha mãe. Já basta ela! –Falei irritada.

-Não esta mais aqui quem falou Sophia. Agora trate de tomar seu banho! –Ordenou ela.

 

Tomei meu banho demorado e relaxante. Quando sai, lá estava minha roupa, num cabide em cima da minha cama, era deslumbrante para uma ocasião importante, mas caramba eu ia usá-la dentro de casa a toa? Minha mãe sempre dizia: Não importa aonde você vá esteja deslumbrante! Era cardigã de tricô e um vestido de cetim e seda, rosa claro. Eu o vesti e enrolei meu cabelo na toalha enquanto procurava Lucy pelo corredor da mansão.

 

-Ei Lucy. –Eu disse enquanto a avistava entrando em um quarto de hospede.

-Sim Sophia?

-Por que não pegou meu jeans?

-Sua mãe me mataria! –Ela disse. –A propósito seus pais já desceram, cansaram de te esperar. Se eu fosse você descia logo!

-É. Vou descer mesmo que provavelmente não os verei hoje não é mesmo Lucy? –Falei desapontada.

-Sinto muito Sophia. Entenda seus pais são muito atarefados. Não é fácil administrar um país. –Ela disse me abraçando.

 

Aí se nota, porque eu tenho a vida de princesa. Porque eu sou a filha do presidente! Meu pai é considerado o exemplo nacional, querido por todos. Isso complica ainda mais minha vida. Minha mãe é a assistente dele vai para todos os lugares que ele vai. E a Sophia? Ah essa daí sobra, fica presa nessa mansão!

 

Desci as escadas, sorrindo para meus pais, os quais estavam na metade do banquete.

 

-Filha, como é bom vê-la acordada tão cedo. Creio que Lucy teve grande trabalho em te despertar não é mesmo? –Dizia meu pai.

-Sim pai, muitíssimo. –Disse me sentando a mesa.

-Pobre Lucy! –Falou ele baixinho.

-Bom dia Sophia! –Disse minha mãe pegando em minhas mãos.

-Sua benção mãe? Sua benção pai?

-Deus te abençoe! –Disseram eles em um coro.

-Amem. –Eu disse enquanto escolhia o que comer. –Pai, eu não consigo escolher, daria para alimentar umas vinte pessoas hoje não acha?

-Não seja exagerada Sophia. –Murmurou minha mãe.

-Muita comida mamãe! –Falei baixinho.

-Até parece que você não é acostumada com isso querida. Quantos banquetes desse já comeu? Não há como contar. –Retrucou mamãe.

-Mas cada dia isso me assusta mais!

-Argh. –Resmungou ela. –A propósito, por que não penteou antes esses seus cabelos? Enrolados numa toalha fracamente Sophia.

-Eu desci rápido. –Disse enquanto pegava uma fatia de melancia.

-Mudando de assunto querida, eu e sua mãe viajaremos... –Começou meu pai.

-Está bem pai, já sei... Quantos dias? Ou melhor, meses? –Eu o interrompi.

-Espere Sophia Claire! –Ordenou ele. –Dessa vez não a deixaremos aqui, sabemos que não gosta!

-Aleluia! Notaram isso! Estava em tempo! –Murmurei, gesticulei as mãos para o céu.

-Sophia ouça! –Pediu mamãe.

-Você viajará para o Brasil o que acha? –Perguntou entusiasmado papai.

-Estou surpresa! –Falei em estado de choque.

-Não gostou querida? –Perguntou mamãe.

-Bem mãe, eu não esperava que vocês me liberasse pro Brasil. –Falei confusa.

-Por que não? –Perguntou preocupado o Sr. Baker.

-Minha mãe permitir isso.

-Porque eu não permitiria querida?

-A senhora é meio pessimista. Ah sei lá estou feliz. –Falei, sem realmente saber se eu estava, na verdade estava meio confusa em relação a essa viagem. Pelo menos eu estaria meio livre.

-Mas não irá sozinha! –Disse meu pai. È me enganei com a parte do meio livre.

-Quem irá comigo? Vocês? –Perguntei.

-Não nós iremos à Espanha, não te levaremos para lá porque será rápida e cansativa a viagem. –Falava tranquilamente o presidente.  –Você irá com Lucy e alguns seguranças, o hotel que você ficara também terá uma boa segurança, não se preocupe! Você custou para viajar por esse motivo, mas agora estou me assegurando que tudo corra bem!

-A Lucy irá comigo que bom! Mas não vai ficar na minha cola né pai? –Falei baixinho, pra ela não se ofender.

-Na medida do possível sim!

-Aff! Eu quero um tiquinho de liberdade! –Reclamei.

-Chega Claire! –Minha mãe ultimamente falava sempre meu segundo nome. -Já falamos sobre sua liberdade antes.

 


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Notas finais do capítulo

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A Viagem ao Brasil promete...
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