Nunca Mais! escrita por Isabeleeh


Capítulo 3
Capítulo 3




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Relevante


 

No dia seguinte, à tarde, Hermione encontrava-se na Ala Hospitalar, sentada em uma cama confortável com um Harry adormecido em suas pernas, enquanto ela lhe afagava os cabelos desgrenhados dele.

Para a sorte de Hogwarts ((N/A: piadinha interna :X)) ela já estava de bom humor – levando em consideração que a pouquíssimas horas atrás Draco houvera lhe direcionado um esplendido sorriso convencido de si mesmo –, e o principal motivo para isso certamente fora que – além de ter passado um bom tempo com Harry hoje, e ter garantido-se de que ele não sabia de nada sobre o incidente do dia anterior – ela descobrira que não precisava se preocupar com o pavor de que seria se Diretora e os professores descobrissem sobre o “incidente”.
Mesmo que isso não mudasse o fato dela ter azarado novamente – e dessa vez por, praticamente, motivo nenhum – Minerva.

Acontecera que Camille houvera lhe explicado que aqueles “incidentes” aconteciam regularmente como forma de deixar o Jogo mais excitante – e para provar que ninguém guarda segredos por muito tempo neste mundo. Ela lhe explicara também que as pessoas/jogadores não eram burras o suficiente para publicarem isso e darem de bandeja para as autoridades da escola e, obviamente, isso acabaria não apenas entregando a vitima da manchete, mas também os seus escritores e seus “aliados, por assim dizer. Afinal, sempre que algo acontecia, SEMPRE haviam mais do que terceiros envolvidos, e não apenas um.

Mesmo que ninguém confie em ninguém e trabalho bem feito só seja aquele que você faz com as próprias mãos, de vez em quando é preciso, não, altamente necessário envolver outras pessoas – mesmo que isso seja feito através de muita petulância. Uma petulância que Lisa, por exemplo, já estava mais do que acostumada a deixar de lado, junto com o seu demasiado orgulho. Não que uma coisa absurda dessas acontecesse o tempo todo e durasse muito tempo.

Enfim, como Camille explicara, eles – o escritor do artigo e muito possivelmente seus cumprisses, ou como prefiro chamar: informadores – fazem apenas uma certa e altamente limitada quantidade de jornais que contêm aquela manchete com “incidentes” sobre alguém, e distribui esses exemplares especiais do jornal apenas para os jogadores, que por sua vez – como não são idiotas – não deixam que as outras pessoas vejam, queimando-os após ler o seu exemplar. Isso já era algo com que eles estavam acostumados e ninguém era insano o bastante para desobedecer àquela mínima obrigação da qual eram postos por um pouco de risadas abafadas e piadinhas idiotas. O resto dos jornais, os “normais”, sem graça e sem nada de interessante, eram normalmente distribuídos pelo colégio e para suas autoridades, como a coitada da Minerva que fora deixada com uma cara de babaca no meio de um corredor vazio enquanto a mesma tentava processar o que havia acontecido, e sem muito sucesso ao fazê-lo por repetidas vezes. Apenas surgiam breves visões embasadas de uma silhueta fina com volumosos e esbeltos cachos caindo comportadamente e que, estranhamente, usava uma saia curta de giz acompanhada de uma longa bota de cano alto, e apenas isso.

 

~~~*~~~

- Como eu estava dizendo, antes daquele infortuno do Alar chegasse – falou Anny repetindo os mesmo movimentos debochados com as mãos que Gina fizera ao começarem aquela conversa –, um passarinho negro me contou que você, ao invés de estar fazendo o que eu lhe mandei, estava fazendo sabe-se lá o quê, trancada na sala da professora de Herbologia com o Draco.

 

Dominada por algo que ela preferia não acreditar que fosse ciúme – até porque essa é uma fraqueza muito hipócrita e nata para ser atribuída à alguém como ela –, depositou o seu olhar nas chamas que ardiam em uma tocha de pedra, essa fundida à uma parede de mesmo material rústico, que havia ali perto. As chamas queimavam em um amarelo-alaranjado com um sobressalente resquício de azul aqui e ali, mesclando-se inconformadamente com a anterior bela confusão de cores.

 

Por um momento – talvez de fraqueza, talvez de sadismo, ou talvez puro ódio mesmo – Anny imaginou o enorme prazer que seria ver uma certa ruiva sendo consumida por aquela labareda avassaladora até que a garganta dela não fosse mais capaz gritar, pois já estava desmanchando-se em repugnantes bolhas de pele e sangue, igualmente como o resto de seu corpo; a essa altura o próprio já estaria afogando-se no grotesco liquido – misturado às cinzas – que suas tripas e pernas formaram. ((N/A: ignorem esse surto de sadismo, ok?! ;D ele não era para estar aí, porque, na verdade, esse pensamento macabro era dirigido ao meu pc – por causa daquele problema dele ¬¬’ –, mas eu gostei tanto do resultado que acabei deixando-o fazer da parte do capítulo.))

 

 

- Anny! – gritou Gina pela terceira vez consecutiva, essa mais alto do que as outras. Tão alto que acabou chamando a atenção de alguns curiosos que passavam por ali, mas não tão alarmante para segurar suas atenções por bastante tempo. 

 

- Eu escutei da primeira vez. – falou Anny, mal-humorada por ser arrancada a força de seu “doce pensamento feliz”.

 

- Serio? – Gina pendeu a cabeça para o lado esquerdo e alargou seus olhos em uma fingida transparência de inocência – Pareceu-me que você estava me ignorando, mas... Ah, deixa pra lá; não é como se uma garotinha tão gentil e boazinha como você fosse fazer isso com alguém.

 

Antes que Anny pensasse em abrir a boca para retrucar a ofensa da ruiva, a mesma firmemente disse:

-Não se preocupe, hoje mesmo eu irei encenar meu showzinho dramático da amiga mais uma vez traída para Hermione, como combinamos – Gina sorriu, mas logo esse sorriso esvaiu-se de seus lábios. – Diga ao seu “passarinho negro” para parar de xeretar as pessoas quando elas estão fazendo sabe-se lá o quê trancadas na sala da professora de Herbologia com o Draco, ou eu mesma terei que dizer. E eu tenho certeza de que minhas palavras não serão tão meigas e pacientes quanto as suas.

 

- Eu direi!

 

 

Dito e feito. Anny, a algumas poucas horas depois de seu encontro com Gina, escreveu com uma caprichada letra um bilhete para o tal de “passarinho negro”. Ela informou-lhe não apenas da advertência de Gina, mas também da sua própria:

Não quero lhe assustar – nem acho que você seja capaz de sentir tal deprimente sentimento –, mas prepare-se! Gina não deixará essa passar em branco!

Como todos estão cansados de saber: ela está de volta!

E são tantas as especulações sobre isso, uma mais alarmante que a outra. Ouvi até mesmo que ela já refez o seu contato social e íntimo com Lisa. Se essas palavras são de fato legítimas, caberá a você descobrir – e informar-me o mais rapidamente, claro.

 

Ah, se achas que acho que ela saiba quem você é? Provavelmente sim.

 

Beijos (onde eles devem ser),

- A.

 

 

Gina também cumpriu o que falara.

 

Naquela noite, quando quase todos estavam jantando, ela ‘encontrou-se’ com Hermione, na biblioteca. A morena estava sentada à uma mesa lotada de livros com capas multicoloridas e letras bem feitas e brilhantes. No seu lado esquerdo encontrava-se uma pequena lareira, que servia apenas para aquecer e dar uma leve cor ao ambiente – que se não fosse pela lareira estaria debaixo de um assustador breu, onde não seria possível enxergar nenhum palmo a sua frente – e nada mais.

 

Para ser franca, ‘encontrou’ não é a palavra apropriada, pois Gina chegou sem nenhum aviso prévio – de preferência – e sentou-se em uma cadeira em frente onde Hermione e seus temerosos pensamentos longínquos jaziam.

 

 

Quando Hermione viu Gina – pela visão periférica –, virou o rosto quase que imediatamente em direção à lareira, esperando com esse ato, esconde-lo da ruiva – ou, pelo menos, evitar que o seu olhar culpado a denunciasse.

 

Hermione sabia que esse momento iria chegar. Assim como sabia que nunca estaria pronta para discutir sobre isso com sua melhor amiga.

 

 

- Então, para onde exatamente você e o Draco foram? – Gina perguntou, juntando o tom mais dramático e acusatório possível para que o mesmo fosse exalado em sua voz, junto com tiquinho falso de raiva.

 

O rosto de Hermione contorceu-se em uma careta ao lembrar-se de Draco e de tudo que ambos compartilharam em segredo naquela noite.

 

As chamas – como sempre, nada prestativas – iluminaram as feições de Hermione – que mesmo estando viradas para a lareira, puderam ser vistas por Gina. Essa sorriu, satisfeita que seu exacerbado cinismo estivesse surtindo um efeito maior do que o esperado na morena.

 

- Responda-me! – a ruiva pressionou.

 

Ainda sem olhar para a amiga, Hermione sussurrou:

- Fomos à algumas festas...

 

Não era totalmente mentira tão pouco toda a crucial verdade. Mas, quem de fato liga? – Além do nosso coitado favorito, Harry, claro.

 

Para a sorte de Hermione, Harry ainda não soubera nem da reles hipótese do que sua melhor amiga fizera em companhia de seu pior inimigo (vivo). Ainda! Como dizem que tudo é uma questão de tempo, bem... Dêem tempo ao tempo, apenas isso!

 

 

- Ele não voltou para o quarto dele, naquela noite. – Gina anunciou o obvio. A garota lançou um olhar explicito de “Culpada, Granger!” e acrescentou: – Onde ele dormiu, Hermione?

 

O ambiente ficara visivelmente mais tenso. No entanto, não é como se tivesse mais alguém ali para se incomodar com isso.

 

.- É... Ah... E, por que eu saberia? – disse Hermione por fim, dando de ombros e colocando uma insolente expressão de pouco caso no rosto. Ela decidira que o melhor era ficar calma e fazer-se de cínica; alegando incondicionalmente que sabia absolutamente nada sobre aquele assunto.

 

- Talvez, porque tenha sido você quem saiu com ele da festa, anteontem.

 

- Hm... Como eu já lhe disse Gina, nós fomos a algumas festas e foi só.

 

Hermione levantou-se.

 

Sua consciência nunca estivera tão limpa, sem culpa. Bem que Anny lhe dissera – com razão – que é melhor menosprezar a culpa; esconde-la no lugar mais secreto e obscuro do nosso âmago e deixá-lo lá; esquecê-lo lá.

 

 

Hermione soltou um breve e silencio “Adeus!” para a ruiva, pegou alguns livros e pôs-se a andar em direção a saída da Biblioteca.

 

Gina acompanhara com o olhar, e a boca entreaberta de espanto, o caminhar despreocupado e um tanto quanto lento de Hermione.

 

Isso estava errado! Onde estava o surto? O receio? A culpa? As desculpas? Aquelas palavras atoladas de culpa e sem nexos misturados com um falso cinismo nitidamente fingido que Hermione usara quando Gina descobrira sobre ela e Harry?

 

Não é possível que ela tenha mudado tanto de um dia para o outro!

 

Realmente não fora do dia para a noite. Ela já vinha mudando há algum tempo. Por mais tênues e bobas que fossem essas modificações em sua mente, elas estavam lá a um bom tempo e, agora, elas simplesmente cansaram de esconder-se.

 

 

Quando Hermione saiu do campo de visão de Gina – ao adentrar o breu das sombras apavorantes entres as altas estantes sem qualquer iluminação da biblioteca –, a ruiva sorriu e sussurrou para si mesma.

 

- É, Adeus Anny! – Gina riu-se altamente; gostando de como aquelas palavras soavam. 

 

 

 

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Ah, desculpas pela demora O.O serio

mas, é que uma coisa super mega ultra power pessimo aconteceu --' e por causa disso acabei tendo que atrasar o post 

É que, quem acompanha a fic pelo orkut já deve saber que um belo dia :D meu PC acordou com uma p*** de uma vontade de me irritar bem muito ;D aí, enquanto eu escrevei Nunca Mais!, ele se revoltou e EXCLUIU TODO O ARQUIVO DA FIC! 

P E R D I  T U DO! AAAAAAAAAAAAAA *ódio*

eu ainda nem consegui recuperar tudo ç.ç /choreilitros

mas, foi apenas isso que eu consegui escrever :X

Então, desculpa ^^' se tiver muito ruim ç.ç, eu escrevi isso no meio de uma crise de ódio, que era total e exclusivamente dedicado ao meu PC ;D

Eu amo ele <<

 

Bem, me deixem um review *.* para que eu fique mais feliz, por favor ^^"

Bjoos! :*

 

 

~~>> Próximo post saí quando eu conseguir escrever algo ;D /apanhamuito 


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