Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 42
Capítulo 41 - Howl


Notas iniciais do capítulo

Hey, amores!
Enjoy ;*



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Capitulo dedicado as leitoras Mary  e Carol, aka Fanaticas.

Capitulo 41

Howl

"If you could only see

The beast you've made of me"

Howl - Florence + The Machine

Victoria P.O.V

Meus olhos estavam fortemente fechados.

Eu morri?

Senti algo estranho em minha mão. Era terra?

Abri os olhos intrigada.

Eu estava deitada na terra... O que?

Me ergui bruscamente e olhei ao redor. Eu estava em uma floresta? Como...? Por que...?

Algo apitou dentro de mim. Eu não estava sozinha.

Escondi-me atrás da arvore por puro instinto e esperei.

Os gritos vieram logo em seguida. Me inclinei atrás arvore curiosa com o que estava acontecendo. Não demoro muito para uma garota surgir no lugar onde estava deitada. Ela parecia desesperada, por que...

Algo atacou ela e eu prendi a respiração em choque. Como eu não tinha ouvido...?

Oh Deus! Aquele... Aquele era o Aro? Que roupas eram aquelas?

Eu realmente estou intrigada com a roupa dele, enquanto o mesmo se alimenta de uma pobre e inocente garota?

-Tudo bem, você é o mais rapido. – Caius apareceu logo atrás dele. Pisquei confusa e atordoada, Caius tinha falado em outra lingua e eu de alguma forma consegui entender.

Sai de trás arvore quase aliviada por ver dois Volturis ali, quase, a garota estava sangrando horrores. Os dois mexeram a cabeça em minha direção quando me movi para frente.

Mas ficaram me olhando estranho, como... Como...

-Você ouviu isso? – Caius perguntou suspeito. Oh Deus! Como minha mente está processando essa lingua tão bizarra?

-Deve ser só algum animal, você sabe como eles adoram comer carne humana. – Aro respondeu e afundou os dentes na garota novamente.

Espere um minuto. Olhei-os horrorizada.

Eles não podiam me ver?

-Não se assuste. - Ouvi minha lingua nativa.

Me virei e vi a mulher do corredor. Ela olhava para a cena atrás de mim sem emoção alguma.

-Eles não podem me ver e eu entendo o que falam! Como...? - Apontei para trás.

-Eu precisava que entendesse o que estava acontecendo e sobre sua invisibilidade... Eu não posso deixar você alterar o tempo, as consequências são perigosas demais. – Ela retrucou. – E acredite, eu adoraria mudar os acontecimentos.

-Do que você está falando? Onde eu estou?

-Não onde, quando. – Ela me olhou divertida. – Eu a mandei de volta para o tempo. Preciso que saiba o que aconteceu.

-Por que?

-Por que então você poderá colocar o futuro de volta ao lugar certo. – Ela deu um sorriu para si mesma. – Você é ultima pessoa que ela suspeitaria.

-Ela?

-Você é invisivel aqui. – Ela continuou, me ignorando. – E também não podem te ouvir, mas pode tocar em coisas, o feitiço a faz ser... – Olhou para os vampiros que dreanavam a garota atrás de nós. – Um fantasma.

-Mas...

E ela sumiu antes que eu pudesse piscar.

Olhei para os Volturis. Ok...

Eu estou no passado.

Eu estou presa na porra do passado!

Isso não á nada bom.

Edward P.O.V

Esfreguei a mão em minha testa, eu estava perto de sentir dor de cabeça.

Bella foi capturada por demônios.

Nessie sabia sobre nossa conexão sanguínea.

Os Volturis estavam enlouquecendo. Sem contar que Victoria sumiu, o que não animava ninguém. Estavam dizendo que ela tinha morrido, mas eu li a verdade. Ou, ao menos, parte dela. Não me interessa, na verdade.

E tudo em uma noite. Merda! Foi em um espaço de horas!

Sem contar o problema de Alice. Ela sumiu por três horas, presa em um armário e nem sequer poderia lembrar quem havia feito isso.

Exceto que ela se lembrava, só não quis falar.

Tinha sido Esme, minha amada prima. Só que minha prima não tinha uma única memória disso, apenas havia ido conversa com Alice sobre sua preocupação com os lobisomens.

Há duas lembranças diferentes sobre um mesmo fato na cabeça das duas. Eu expliquei isso a Alice e ela me pediu para manter em segredo.

Agora, alguém claramente controlou a mente delas. Mas até onde eu sei, ambas estavam sobproteção de Bella. O que encurta a lista de suspeitos para nós.

Olhei ao redor na sala. Poderia ser Nicolas, ele estava sob o escudo de Bella, mas... Eu não posso ler a mente dele.

Minha teoria é que Bella pode criar uma rede mental, colocando os Cullen em um escudo e Nicolas e Jane em outro. Sem contar Nessie sozinha em outro e...

Como diabos eu não percebi o poder dela crescendo? Nunca realmente havia pensado naquilo. A fome dela se tornando mais e mais urgente... Eu assumi que fosse o extra do poder de Renné.

Mas aquilo era uma coisa totalmente nova. O poder dela não havia se expandido um pouco, havia atingindo um outro nível, algo poderoso demais para o seu proprio bem, no ententanto...

Por que Bella não está entrando nessa sala furiosa por ter que lutar com um bando de demônios sozinha?

Minha cabeça estava girando.

-Edward? – A voz de Carlisle me tirou de meus pensamentos. – Sei que está preocupado, mas estamos tentando acha-la.

-Sangue não vai funcionar, e ela não está por perto, caso contrario as bruxas sentiriam seu poder. – Jasper comentou. Madeleine estava na festa ontem, deixou claro que havia vindo por ter sentindo uma expansão mágica na cidade.

Era Bella.

-Como está Nessie? – Alice perguntou no instante que Esme entrou na cozinha.

Estávamos na casa dos Swan. Esme concordou quando Nessie quis vir pra cá.

Alice a seguiu, queria manter minha prima por perto, estava com medo do que havia acontecido. Eu também vim, me importava com Nessie, quase como se fosse uma filha.

Carlisle precisava fazer uma reunião e praticamente metade da família estava ali.

Foi assim que a nobre família Cullen terminou nos Swan.

Além de nós, havia apenas Jake no andar de cima. Mas ele ia sair logo, por que Seth e sua conexão demoníaca de repente era útil.

Então Jane viria para tomar o lugar dele, afinal ela ainda tinha jurado proteger Bella e Nessie era o membro mais próximo precisando de ajuda.

-Está dormindo. – Esme respondeu com um suspiro, enquanto se sentava em cima da mesa. Isso não era hora para se importa com bons modos.

-Alguma ideia do que está acontecendo com Nessie? – Perguntei lembrando desse pequeno fato. – Pode haver alguma conexão.

-Eu não tenho tanta certeza, parece envenenamento, mas não está a matando. - Carlisle franziu o cenho e olhou para a mesa. – Alice? O que vê?

-O futuro de Nessie é meio apagado por causa de Jacob... – Alice suspirou. – Eu também não vejo Victoria, ela sumiu do futuro.

-Morta. – Carlisle meditou. – Mas quem?

-Eu encontrei Marcus no corredor, enquanto procurava Alice, lembro de ter ouvido vozes, mas não havia ninguém quando cheguei. – Rose comentou. – Eles sabem que não temos nada a ver com isso.

-Mas ainda nos culpam por causa da profecia. – Emmett estava sem seu usual bom humor, o que me aliviava um pouco, eu não estava no clima para piadinhas.

-Não vão começar uma guerra por isso, Marcus tem mais bom senso do que isso.

-Mas Aro pode ser pior que Caius.

-Athenodora não deixara Caius fazer nada, podem pensar o que quiser, mas ela tem uma enorme influencia sobre ele. E ainda tem Jane, que está vindo para cuidar de Nessie.

-Como ela reagiu sobre vocês? – Rose olhou para mim e Esme.

-Nem um piu, acho que ela não percebeu que eu sou parente biológica de Edward. – Esme respondeu com um sorriso pequeno, então segurou minha mão.

Vai ficar tudo bem, sempre fica. Ela me consolou mentalmente, apertei sua mão em resposta.

Eu realmente esperava isso.

Ainda muito com o que me preocupar.

Tinha uma opção que eu tinha evitado. Alguém dentro da nossa rede que poderia controlar a mente de Esme...

Carlisle.

Athenodora P.O.V

-Isso é um desastre! Todas as outras vezes conseguimos impedir a maldita profecia! – Aro exclamou andando pelo escritorio.

-Reclamar não vai magicamente resolver seus problemas. – Sulpicia replicou em tom calmo. Ela fazia bem, não precisavamos de mais histeria. – Isabella é o repetaculo e eles a capturaram. Agora, como?

-Ela saiu sozinha da propriedade. – Respondi desgostosa. Eu estava irritada com a irresponsabilidade da pequena Swan, ainda mais sendo capaz de usar aquele escudo dela.

-Não. – Todos nos viramos surpresos pela aparição subita de Marcus, ele fechou a porta atrás de si. – Ela foi manipulada a sair.

-O que quer dizer? – Caius o olhou desconfiado.

-Algo atiçou sua saida, a situação inteira foi manipulada. A forma como o noivo não estava por perto, como Alice foi neutralizada, ou o pequeno show que o demônio fez com Jacob para distrair a todos, até mesmo Rennesme desmaiando... Foi tudo orquestrado.

-Os Cullen podem ver o futuro... – Aro estreitou os olhos.

-Não foi os Cullen, Aro, até eu estou cheio de sua implicancia. – Caius revirou os olhos. – Eles não tem vantagem nenhuma em ter demônios destruindo nosssa raça e a familia tem grande apreço pela pequena Swan, certo Marcus?

-Há realmente um conexão emotiva muito forte entre ela e Edward. Os membros da familia realmente se afeiçoaram a ela. – Marcus cruzou as mãos se sentou ao meu lado.

-Então, quem? – Aro rosnou.

-E sobre Victoria? Quem a matou? - Sulpicia perguntou de repente olhando para Marcus.

Senti a tensão repentina vindo de Marcus, olhei-o de lado com a incomum reação.

-Tem algo que preciso contar a todos vocês. – Marcus falou sem emoção nenhuma.

Oh! Forcei minha respiração a continuar normal.

Ele ia fazer. Ele ia contar sobre ela.

Didyme.

Jacob P.O.V

Eu esta torcendo as mãos nervosamente, enquanto esperava Sue voltar do quarto do Seth. Havia acabado de chegar na cabana, era um territorio protegido pela magia de Sue e seus ancestrais. Nessie havia sido deixada dormindo com os Cullen, então ela ficaria bem.

-Ele se libertou do demônio em certo ponto. – Murmurei para Leah, ela acenou em concordancia.

-Ele vai ficar bem, eu sei, mas essa coisa está o machucando... – Leah fechou os olhos. – Tem uma outra maneira de acabar com isso, você sabe, um feitiço para afastar o demônio.

-Sua mãe não tem o feitiço, nenhuma das bruxas tem. – Argumentei rapidamente, não era um bom caminho a seguir. Seth poderia se livrar do demônio, mas não do trauma.

Então enfrentar o demônio era o caminho mais seguro.

-Eu sei... – Ela suspirou. – Mas poderiamos viajar para encontrar, alguém deve saber, não?

-Com tudo o que aconteceu, eu duvido que deixaram uma conexão direta com os demônios ser cortada. – Suspirei fechando os olhos.

-Mas... – Leah se parou. – Não se importam se ele morrer, não é?

-Sim.

Senti uma enorme onda de tristeza, em parte era a de Leah se misturando com a minha. Coloquei o braço ao redor dela para consola-la.

-Vocês sabem, eu posso ouvi-los. – Nos viramos para Seth. – E eu não vou morrer. – Leah soluçou baixinho. – Só pra ver a cara de idiotas de vocês e chocar a sociedade. – Sorri para a criancice de Seth.

-Cadê sua mãe? – Perguntei procurando a bruxa que ia salvar a todos nós.

-Fazendo comida. – Ele respondeu apontando para o corredor atrás de si.

Ouvimos um carro se aproximando e olhamos para a janela ao mesmo tempo.

-Quem vocês acham que é? – Perguntei com um suspiro.

-Leila e Neal. – Seth respondeu dando de ombros. – Ele disseram que passariam aqui, já que mamãe pediu ajuda de Leila e ninguém pode exatamente andar sozinha por agora.

Acenei com a cabeça pensativo.

-Mamãe pediu para Leila vir por causa de Nessie. – Seth acrescentou quietamente, olhei para ele.

-O que?

-É uma das regras do bando, Jake, proteger a impressão como se fosse o próprio sangue. – Leah deu de ombros com um sorriso. – Pedimos para nossa mãe bruxa ajudar.

-Vocês são os melhores. – Falei a primeira coisa que me veio a cabeça, os dois apenas riram em resposta.

Eles odiavam toda a coisa de impressão. Bem, Seth não odiava exatamente, mas ele tinha certo rancor por causa de tudo o que aconteceu com a irmã.

Então o gesto dos dois era muito tocante.

Se bem que eu desconfio que os dois apenas gostavam de Nessie e queriam ajuda-la.

Rose P.O.V

Bati na porta e depois olhei sobre o ombro, uma sensação estranha sempre me vinha quando vinha nesse tipo de casa.

-Boneca? – Emmett perguntou.

-Não é nada. – Respondi entrelaçando meus dedos ao seus.

Uma jovem abriu a porta, pesquise rapidamente na minha cabeça pelo nome. Haviamos reunidos papeis sobre as bruxas Karlec, eu havia pesquisado sobre a familia no final de contas.

Veronika! Prima de Bella por parte de mãe. 17 anos.

-Olá. – Sorri simpaticamente, os olhos da garota haviam se arregalado a nossa visão. – Gostariamos de falar com sua avó, querida.

-Minha avó? – Gaguejou piscando desnorteada.

-Sim, a matriacar da familia, anciã do clã? – Olhei-a divertida, Emmett concordou solenemente.

-Entrei. – Ela abriu a porta e nós dois passamos.

Era uma casa grande, eles sempre tiveram propriedades em Forks. Desde que os Swan se mudaram, segundo minha pesquisa, o domino sobrenatural começou.

-Um minuto. – Ela saiu apressada do hall.

-O que você acha? – Perguntei ao meu marido que observava tudo ao redor.

-A decoração mostra que são tradicionais, Rose, como uma boa familia bruxa. – Deu de ombros, besliquei sua mão em resposta.

-Se comporte. – Falei em francês.

-Mas é claro, minha senhora. – Retrucou puxando seu sotaque britânico original.

Victoria P.O.V

Eu ouvia os gritos horrorizada.

Estavamos no meio de uma floresta, ou algo assim.

Tudo o que tinha feito era seguir Aro, então me vi de cara com a mulher do corredor. Eu quase gritei com ela, até percebe que não era a mulher do corredor, era uma versão do passado dela.

Lyanna, foi assim que Aro a chamou com um risada sinistra. Ela tentou - inutilmente - fugir, mas Aro era rápido,. Então Lyanna foi drenada até desmaiar e levada por eles nesse lugar.

Uma cabana isolada na floresta.

Aro havia entrado e Caius ficado do lado de fora.

Os gritos começaram logo em seguida, junto aos sons de espancamento. Caius havia ficado parado ao lado da porta apenas ouvindo os gritos casualmente, na pequena varanda. O que havia de errado com ele? Como poderia fazer algo tão...

-Por que não estão na festa? Didyme ficará furiosa se não aparecerem logo.

Me virei ao ouvir a voz de Marcus, ele estava completamente diferente da ultima vez que o vi. O mentiroso estava parecendo ser capaz de sentir algo, como...

Oh meu Deus! É claro que ele pode sentir algo! A esposa dele está viva aos olhos de todos, então ele não tem que fingir porcaria nenhuma.

Ele havia saido do meio da floresta e caminhava tranquilamente, assim como os outros estava usando uma espada na cintura, calças de coro e casaco longo. Sem contar os cabelos mais longos, coisa que nenhum deles mantinham mais.

-Aro achou a esposa. – Caius apontou para a porta, Marcus olhou para a porta com os olhos levemente arregalados.

-Lyanna? Eu pensei que ela... – E por um instante eu pensei ter visto preocupação nos olhos dele. - Mas como? – Pareceu curioso.

-Pegamos a garota que levava comida a ela, eventualmente a mulher teria que sair de seu esconderijo. – Caius respondeu de dando ombros.

Como se fosse nada! Como se uma mulher não estivesse sendo espancada atrás daquela porta. A mulher que acontecia de ser a esposa de Aro... Esposa? Espere um minuto...

''-Muito bem, então se lembre de sua esposa. – Um silêncio caiu na sala, olhei-os perdida, esposa? – Lyanna virou sua inimiga.''

Sulpicia falou isso! Bem, as coisas fazem um pouco mais de sentido agora... Espera, nope! Não fazem.

A porta se abriu bruscamente, Aro saiu de lá limpando as mãos em um pano.

-Esse corretivo vai ensina-la. – Sorriu para os companheiros, o que me deixou nauseada. – Vamos nos juntar as festividades?

E os três desapareceram pela escuridão, dessa vez eu não os segui, o choramingo baixo da cabana me chamou atenção. Encostei na porta, eu podia tocar em coisas, eu podia movê-las, como Selene (Lyanna?) disse antes.

Entrei no lugar e deixei a luz da lua penetrar o lugar. No canto esquerdo a mulher se encolheu ainda mais. Ela tremia e escondia o rosto, o cheiro de sangue no ar era quase tentador, mas eu conseguia me controlar, só era uma questão de foco.

Olhei para a mulher - Lyanna - ela estava toda machucada, me deu um aperto no coração embora soubesse que ela não se tornaria uma pessoa boa...

Então eu ouvi com atenção. Lyanna tem coração! Ela é uma bruxa, é claro, entretanto, ela é idêntica a Selene. Tipo, no sentido humano.

Eu assumi que Selene era uma vampira, mas... Essa mulher não é fisicamente diferente dela. Sem beleza sobrenatural, sem olhos vermelhos, sem a palidez anormal (facilmente encoberta com o sol, segundo, Athenodora, mas isso depende se o vampiro tem proteção magica ao sol).

Selene tinha o mesmo timbre melodioso, mesmo olhos verdes claros, mesmo cabelo negro... Nenhum fator sobrenatural diferente fisicamente.

O que isso significa? Pense, Victoria, você tem bastante espaço em seu cerebro! Eu mudei quando me transformei, era branca, mas fiquei consideravelmente mais palida...

E Lyanna tem batimento cardiaco, Selene não, por que? Eu assumi que era por causa do vampirismo... Mas não é isso, bruxas não tem mantem seus poderes depois de se transformarem em vampiras, Sulpicia me falou isso. Entretanto, deveria ter formas de ampliar a juventude, certo? Magia podia criar vampiros, por que não a juventude?

Seria isso? Selene era uma bruxa?

Olhei para a mulher destruida no chão, choramingando e tremendo. Não me admira que ela tenha virado inimiga de Aro.

E Selene lançou esse feitiço, então ela é uma bruxa e não uma vampira. Tudo bem, isso já foi resolvido. Uma bruxa poderosa... Mas, tem um problema, Vicky! Ela está presa em uma cabana, acabou de ser espancada pelo marido vampiro. Se ela é poderosa, por que não se defendeu?

Argh! Pense nisso depois, Victoria! Proximo tópico.

Por que ela me fez isso? O que quer me mostrar além do seu passado horrivel? Se queria que eu ficasse do lado dela era só falar da esposa não morta de Marcus.

O que esta acontecendo?

"– Você é ultima pessoa que ela suspeitaria."

Quem é ela?

Um suspiro me fez virar bruscamente para a porta.

Era Didyme! E ela parecia tão aterrorizada quanto eu.

-Ele te encontrou! – Ela exclamou com um soluço sufocado e se apressou para o lado de Selene, ou seria Lyanna? – Como ele conseguiu?

-E... Ele...

-Shh... – Didyme a deitou em seu colo e mordeu o pulso, rapidamente dando sangue a ela. – Com isso você não vai morrer.

Um arrepio surgiu e senti um puxão em meu estomago. Pude ouvir os passos leves, me virei de novo e a porta se escancarou.

-Agora, o que faz aqui irmã? – Aro soou educado, mas sua posição indicava perigo.

-Por que você fez isso?! – Didyme rosnou se erguendo, ela parecia furiosa. – Ela está praticamente morta!

-Seu sangue vai salva-la. – Aro deu de ombros. – E o que isso lhe interessa? Essa é a minha esposa! Quem vem fugindo de mim nos ultimos meses!

-Isso é doentio! Você é muito mais forte que ela, como pode?

-Você se importa demais, cara irmã, se apega muito facilmente. – Aro riu. – Não tenho nada contra isso, desde que não se meta com o que é meu.

-Ela não é uma coisa, Aro. – Ela suspirou inconformada. – Por que tem que ser assim? Nós fomos que nem ela.

-Isso foi a muito tempo atrás. – Aro se aproximou com uma carranca. – Você parece ter esquecido seu lugar, irmã, culpa de Marcus e de seu coração mole.

-Eu não tenho medo de você, nunca tive e nunca terei. – Didyme deu um passo se aproximando dele, ergueno o queixo em desafio. O que me deu um novo nivel de respeito relutante por ela. – Você está ficando cego pelo proprio poder, irmão.

-E você está precisando aprender a controlar a lingua.

-Você casou com ela para podermos entrar na tribo lá fora, a que está festejando o casamento da irmã dela, a lider deles!

-A irmã dela a odeia. – Aro zombou. – Lyanna não tem poder algum! É uma bruxa incapaz de realizar magia! Tudo o que lhe restou foi virar uma curandeira. – Ele deu uma risada. – Ela talvez possa se curar agora.

-Eu te odeio. – Os dois se viraram ao ouvir o sussurro. Era Lyanna que os encarava do lugar no chão.

-Você é capaz de pensar? – Aro sorriu maldosamente.

-Estupido! – Rosnei jogando a primeira coisa que vi nele.

Aro segurou no ar o castiçal sem desviar o olhar de Didyme, então olhou para o objeto confuso. Os olhos dos dois irmãos escanearam o quarto no mesmo instante procurando o resposvel.

-Quem...? – Aro começou a pergunta.

Didyme por sua vez nem ligou, aproveitou a chance e deu um soco no irmão e depois o chutou para fora. Eu a vi pegar Lyanna (Selene?) no colo e sumiu pela outra porta. Aro havia se erguido e já ia passar pela porta quando eu a fechei em sua cara.

Eu ouvi-o parar e parecer surpreso por alguns instante. Aproveitei e joguei uma cadeira pela janela, para distrai-lo ainda mais. Ouvi-o se mover pela janela rapidamente e eu abri a porta.

Quase cai para trás ao ver Selene na minha frente.

Mas ela usava roupas do meu tempo ao contrario de outra Lyanna.

-Você é mais esperta do que eu pensava. – Selene sorriu de lado.

-O que é isso tudo? Me fale agora!

-Eu estou lhe mostrando a historia, querida, não seja tão rude.

-Rude? Você me sequestrou e me jogou sabe lá em que ano!

-Algo proximo de quinhento anos antes de cristo, daqui ha mil anos Caius conhecera sua parceira Athenodora e mais trezentos anos depois Aro conhecera sua atual parceira. – Ela fez uma cara amarga que eu entendia agora.

-O que você é? – Perguntei hesitante.

-Perdão?

-Eu sei que não é vampira, então uma bruxa? – Ela sorriu enigmaticamente para mim.

E então estralou os dedos.

Bum! Um movimento de olhos depois, e estavamos em outro lugar.

Olhei ao redor, era um quarto espaçoso, podia ver que estavamos no segundo andar pela janela. Ouvia varios gritos e risadas lá embaixo, o que me deixou levemente confusa. Então meus olhos se focaram na cama a minha frente.

Era Lyanna desmaiada ou adormecida, não tenho certeza de mais nada.

-O que isso significa? – Perguntei me virando para Selene.

Mas ela não estava lá.

É claro!

-Otimo. – Murmurei mal humorada para mim mesma.

Emmett P.O.V

Parei o carro no mar e olhei ao redor. Rose havia ficado calada a viagem inteira.

-Amor?

Madeleine não havia falado nada, até Rose abrir a boca. A bruxa bem que tentou para-la, mas eu a segurei e Rose pode hipnotiza-la.

O que a mulher revelou foi pertubador.

Tulekahju, uma ordem que jurou proteger a humanidade de um horror: os demônios. Vampiros foram criados com o objetivo de proteger os humanos, criaturas uma vez humanas cujo corpo foi ampliado fisicamente.

O preço era o sangue. E era bem verdade que alguns passavam dos limites,mas eram esses eram punidos, pelos proprios vampiros. Os Volturis.

Ela revelou que desde do momento que os demônios foram derrotados a profecia havia sido feita. A maldição sobre a raça seria quebrada e eles voltariam a gloria original de seu proprio poder. Um dos humanos abençoados iria desiquilibrar a natureza, essa seria a brecha do lider que guardava o poder dos demônios.

Bella era um desiquilibrio da natureza em si. Filha de um humano abençoada e de uma bruxa, tinha seu poder proprio e poderia conduzir a magia ao redor. Ou seja, invencivel. Uma criatura capaz de mexer com tudo ao redor e trazer o poder de dentro de si. Sem fraquezas nenhuma.

Rose ficou chocada com o fato e perguntou se era por isso que a avó a odiava. E no fim, Madeleine não odiava Bella.

Explicou que seria mais matar a neta se ao menos fingisse, ela ainda tinha uma obrigação com o resto de sua familia e ancestrais. Então, Rose perguntou por que não matar Bella quando era apaenas um bebê ou aborta-la na barriga da mãe. A resposta foi que Renné sabia da verdade, que havia implorado para não matar seu bebê, que ela tinha uma saida. Foi então que Renné surpremiu os poderes bruxos de Bella.

Mas foi tudo quebrado no instante que Bella se transformou em uma semi-demônio. E a medida que seu poder crescia se tornou mais e mais claro quem os demônios tinham que pegar.

Eu perguntei onde estava o clã, afinal eles poderiam ajudar a impedir tudo isso. Ninguém quer o lider dos deônios andando pela terra novamente. Mas os Tulekahju foram aniquilados por inimigos séculos atrás, entretanto alguns membros sobreviveram e ainda os servem. Bruxas como o clã Karlec é uma das serventes, por isso existe a aliança com os Volturis.

-Eu preciso verificar algo. – Rose saiu do carro, eu rapidamente a segui.

-Espere, amor, o que foi?

-Eu tenho que saber os resultados. – Rose respondeu andando pela praia descalça. – Os Fenix estão armando algo e ninguém sabe, precisamos estar na frente.

Ah sim! Ela tinha perguntado isso a Madeleine. A bruxa nunca havia ouvido falar, o que era estranho, já que segundo Rose, Fenix surgiu dos Tulekahju.

Até o nome se ligava, já que Tulekahju significava fogo e Fenix era um animal que ressurgia das proprias cinzas...

-Com quem você...?- Parei ao percebe que ela se dirigia para a base rochosa. Uma gruta. – Sereias?

-Fique ai. – Ela apontou para mim sem me olhar, enquanto escalava. – Elas são criaturas reclusas, tive que implorar para perdoarem o humano Neal por matar uma delas para pegar o pó da calda.

-Elas o perdoaram?

-Expliquei que ele estava sendo condicionado por uma vampira que ajuda os demônios, essa sim é o perigo.

-Ela ajuda os demônios? Como você sabe disso?

-É só pensar, amor, ela deu siena para Bella e Nessie, distraindo todos para pegar Jacob e Leah. – Rose respondeu, ela já havia desaparecido da minha vista. – E sabe-se lá por que queria a alcateia toda.

-Talvez fosse para atrair Bella.

-Teriam pego Edward ou Nessie para isso, tinha que ter um motivo a mais, foi para os demônios, você não viu Seth. – Ela rebateu em um murmurio.

O sons que ela fez ao andar (ou rastejar) foram encobertos pelo som das ondas. Eu não pude mais escutar Rose, até ouvir o som de mergulho.

Suspirei e me apoiei na pedra. Agora só me restava esperar.

Nessie P.O.V

Apertei o pigente em minha mão, enquanto olhava para a janela. Era o colar que Bella tinha herdado da mãe, ela havia o tirado no banheiro quando comecei a vomitar. Eu peguei antes de sair dos Cullen, eu sabia o quão precioso aquilo era para ela.

-O que foi? – Perguntei para Edward, ele estava ali na porta a mais tempo que deveria.

-Esme acha que deveriamos conversa.

-Hum... – Murmurei desinteressada.

-Eu sei que é dificil, querida. – Ouvia a voz de Esme e o som da porta se fechando.

-Quanto tempo? Você sabia há quanto tempo?

-Desde que fugiu atrás de Thomas e foi sequestrada pelos lobisomens.

Isso foi a meses atrás...

-O feitiço de sangue que fizeram afetou Bella por causa do veneno, eu fui afetado por outro motivo. Então eu pesquisei e você é descedente de minha irmã.

-Bella sabia?

-Sim.

Apertei o colar ainda mais.

-Eu estou feliz, tenho uma familia. – Comentei erguendo as sobrancelhas para mi mesma. – Uma que eu tenho a garantia que não vai ser morta por um serial killer e que sabe muito bem da minha... Mundança fisica. – Pigarreie me virando para os dois. – Por que você não me disse?

-Era arriscado você saber, ainda mais com o seu dom. – Edwad apontou para minhas mãos.

-Eu tenho controle disso!

-Mas não da propria lingua. – Esme rebateu. – Quanto menos pessoas soubessem melhor.

-Eu não contaria a ninguém se me pedissem. – Estreitei os olhos. – E meu poder é perfeitamente controlavel. – Suspirei forte. – Mas não é com vocês que estou com raiva, são vampiros, devem guarda segredos piores. Agora, Bella, eu confiei nela! E nem sequer estar aqui para eu poder gritar! - Passei a mão pelo rosto, sentindo a queimação subir e se concentrar em meus olhos. Eu sabia que meus olhos estavam de outra cor, mas não liguei.

-Oh Nessie! – Senti os braços de Esme ao meu redor.

-E eu nem sequer posso... Nem sei se ela está viva. – Solucei para eles.

-Por favor, não faça isso a ele. – Esme pediu para mim, olhei para ela, pude ver uma dor em seus olhos, Edward parecia estar sendo torturado. - Bella está viva, é do interesse dos demônios, já lhe explicamos isso.

-É apenas um possibilidade!

-Alice a viu, Nessie, ela não consegue localiza-la, mas consegue ver que está presa em algum lugar. - Esme falou. - Os demônios sempre tiverem essa intenção. A profecia...

-E isso é outra coisa! - Exclamei a cortando. - Vocês sabiam! Como não puderem ver? Quer dizer, Alice é vidente! E você lê pensamentos! - Apontei para Edward indignada.

-Nessie, pare... - Esme tentou me acalmar.

-Mas ela está certa. – O tom sombrio de Edward me pegou desprevinida. – Eu sabia de tudo, tinha que ter raciocinado em vez de ignorar os sinais. A profecia, o poder dela aumentando, assim como a fome, o aniversario dela se aproximando e como a mãe fugiu para mantê-la segura de algo... - Ele fechou os olhos quase... Derrotado. - É minha culpa. Ela está presa agoar por causa de minha estupidez.

-Pare. – Esme falou em tom calmo, mas firme. – Se lamentar pelo leite derramado não fará diferença. Então, você se recomponha, pois temos que achar sua noiva.

-Namorada. – Edward a corrigiu de repente. Olhei-o surpresa. – Ela é minha namorada, se vamos falar a verdade um para os outros, não fingiremos para Nessie.

-Eu já sabia que Bella não faria algo tão... - Comecei a falar em tom entediado, tudo para ser cortada por Edward.

-Começamos a namorar duas semanas atrás. – Olhei para Edward.

O que?!

Eu acabei de ser apunhalada no peito de novo! Só Bella para conseguir tal feito e menos de dois minutos.

E nem sequer estar por perto para eu poder bater nela.

-Mas... - Gaguejei sem saber o que fazer.

-Charles pediu para mim fingir ser noivo de Bella para protegê-la dos membros Volturis, vampiros podem ser perigosos para uma criatura tão diferente quanto Bella, uma semi-demônio. Eu concordei por que era vantajoso ter uma aliança com a familia Swan.

-Tem mais alguma coisa? - Perguntei atordoada.

-Bem, você também tem uma Amazona na sua linhagem sanguinea. – Esme respondeu trocando um olhar com Edward. – Ela era russa.

Foi então que me toquei que Esme estava ali. Quer dizer, eu realmente processei esse fato.

-Você trouxe sua mãe vampira para conversa comigo? - Perguntei erguendo a sobrancelha.

-Ela não é minha mãe, embora goste de pensar assim. – Edward colocou as mãos no bolso casualmente. – Ela é minha prima biologica. - Acrescentou de supetão.

-O que faz nós três uma familia. – Esme acrescentou com um sorriso tão doce que eu não tive coragem de retrucar algo rude ou sarcastico ou os dois.

-Espera, o que?! – Olhei os dois abobada.

-Sim, eu sei. - Edward suspirou. - Muito para processar... - Ergueu a cabeça de repente. - Alisha está aqui.

Pisquei confusa.

Ok, bruxa.

Achar Bella. Então, gritar com ela.

Marcus P.O.V

Sai dos subterraneos e olhei para a vampira que me seguia.

-Então?

-Comecei a forma o laço, não é tão facil quanto pensei que seria.

-Ir contra a natureza da criatura não é facil, Chelsea. E existe algum laço de lealdade com demônios?

-Não há lealdade aos demônios, senhor.

-Como esperei, ele só é leal a si mesmo, entregar os demônios a nós não o manteria vivo por muito tempo. – Rebati entrando na sala. – Mas James tem uma parte humana, é a que alimenta seu odio por Isabella e certamente ainda sente algo por Victoria.

Ao menos eu poderia usar a morte de Victoria para quebrar o demônio James. Ela provavelmente ficaria mexida com o fato de que seu amigo ainda estava lá dentro. Pelo o que Athenodora contou, não havia sido bonito o encontro deles antes. Mas nos ajudou a percebe que o demônio era tinha uma falha com todo aquele odio e sede de vingança, afinal não queriam Bella morta.

O demônio estava preso as emoções de James.

-Está dispensada, continue amanhã com Athenodora. – Ordernei me dirigindo as escadas.

-Me dando mais serviço? – Athenodora perguntou do corredor.

-Nada que não possa lidar. – Passei pela loira em direção ao meu quarto.

-Por que? Não vai me dizer que sente algo pela morte de Victoria. – Ela me seguiu para dentro de meu quarto. – Sinto muito, isso foi rude. – Acrescentou subitamente, olhei sobre o ombro, foi uma mudança brusca de comportamento. – Foi ela, não?

-Como os outros estão reagindo a fato de que está viva?

-Aro está desconfiado de cada sombra que passa por perto, está paranoico e grudado a Sulpicia. Caius está tomando conta do clã, já que você aparentemente está prestes a parti. – Apontou para minha mala.

-Então o clã está em boas mãos, Caius ama um banho de sangue, não irá parar até tudo acabar, por sorte ele tem você para controla-lo. – Eu sabia bem que ela apagava ideias absurdadas demais da cabeça dele de vez em quando.

-Vai atrás dela? Didyme?

-Sim.

-Você se sente culpado, não? Sobre Victoria? – Ela me olhou compreensivamente.

-Agora, por que você diz isso?

-Por que ela era inocente, por que foi a primeira vampira que tomou sob sua proteção, por que ao contrario dos outros, eu sou mulher e posso ver através de você e sei que é o tipo de homem que respeita a honra... Escolha sua razão, não mudara o fato de que vai por um fim nisso.

-Tem uma adaga que induz o vampiro em um estado de quase morte... – Comecei, eu não podia matar Didyme, eu não poderia e nem seria capaz...

-Oh Marcus! – Athenodora me abraçou no mesmo segundo, ela tinha essas crises de sentimentalismo com muita frequencia. Nunca me incomodo, nunca pude sentir algo realmente depois de me fechar, agora, eu me via levemente incomodado. – Você priva-la da morte, isso é tudo o que ela não iria querer. E eu não acho que funcionaria, não com o poder dela, Didyme é muito forte. - Me olhou pesarosa, acariciei suas costas, não precisa se preocupar comigo.

-Eu não sei se sou capaz.. – Ela acenou entendendo quando não consegui termina a frase.

Fazia muito tempo que não me permitia sentir, estava tudo acumulado, havia começado a arranhar a superficie quando a vi pela primeira vez e cada vez era mais e mais dificil de conter.

-Ariadne. – Ela sussurrou ao meu ouvido. E entendi o que ela estava fazendo. Estava se arriscando contado um ultimo segredo.

O nome que minha esposa usava agora.

-Como vai procura-la?

-A bruxa que salvamos: Wendy. Faz parte do seu sangue me ajudar e eu tenho a sensação de que ela irá me encontrar.

-Boa sorte. – Ela suspirou para mim. – Não me diga para onde vai, é mais seguro assim.

Sim, no momento, não podiamos confiar em ninguém. Didyme tinha um dos poderes mais perigosos que conheço.

Ela podia controlar os poderes dos outros e as vezes poderia copia-los.

Isso foi há centenas de anos atrás.

Há que ponto seu poder deve ter crescido hoje em dia?

Neal P.O.V

-Senhor? – Olhei para a porta surpreso.

-Garotos, vocês estão aqui. – General Charlie Swan cumprimentou.

-Charlie? – Sue veio da cozinha com um sorriso. – Por que não avisou que viria?

-Foi de ultima hora, e eu não vim sozinho.

Aro Volturi em pessoa apareceu de braços dados com uma mulher estonteante. Presumo que essa seja Renata, a guarda particular.

-Aro e Sulpicia Volturi. – O general apresentou educadamente.

Olhei para a mulher de novo, aquela era a companheira dele. Poucas pessoas tinham a visto ao decorrer dos últimos séculos. A pele não era um pálido leite como o do Sr. Volturi, era morena ainda que levemente pálida, o rosto era sorridente, não sério e triste como alguns acreditavam quando ouviam sobre ela, e os olhos... Eles pareciam estar me lendo por dentro e achar hilário o que via.

Ela era o oposto de tudo o que imaginei. Como havia visto apenas Athenodora Volturi, parti do principio que Sulpicia seria loira e pareceria com uma atriz de cinema. Sulpicia era o oposto completo com suas roupas casuais e maguiagem pesada nos olhos amendoados.

Apesar de ainda ser igualmente linda a esposa de Caius Volturi e a Victoria.

-Sei que é inapropriado chegar de surpresa, mas os tempos atuais exigem manobras instantaneas. – Aro falou com um sorriso simpatico.

Todos nós acenamos em concordancia e cumprimento.

-Imagino que veio ver meu filho, senhor. – Sue falou dando um olhar rapido para Aro.

-Sim, a situação lamentavel dele pode nos ser util no final de contas. – Ele respondeu. – E não se preocupe, ele poderá continuar sua luta com o demônio, só aproveitaremos enquanto ainda tiver conexão. - Que bondade era essa? Um truque? - Onde está o garoto?

Sue o levou com o general, mas Sulpicia ficou deixando a todos nós desconfortaveis e deslocados.

-Leah Clearwater? – Ela se dirigiu a Leah que a olho surpresa.

-Sim? - Respondeu hesitante confusa

-Vamos comigo lá fora, me mostre o lugar, sempre adorei a natureza. – Convido-a agradavelmente, mas pude percebe que não aceitava nenhuma negativa no pedido.

E assim Leah foi um tanto hesitante em direção a porta com Sulpicia.

Leila e eu trocamos olhares. O que estava acontecendo?

Meu primeiro impulso foi ligar para Rose, antes era a vampira Fenix, mas a loira havia me hipnotizado e não havia nada que eu podia fazer sobre isso.

Mas não é como se eu fosse suicida e fosse passar informações praticamente na cara do lider Volturi.

Eu esperaria a hora certa.

Jane P.O.V

Alguém bateu na porta quando terminei minha bolsa de sangue, havia deixado Nessie com os Cullen e queria relaxar com Niko agora de noite.

Suspirei indo abrir a porta do meu quarto de hotel, Niko havia ido pegar alguma comida para si mesmo no hall inspirado pela minha bolsa de sangue.

-Rose? – Ergui a sobrancelha, enquanto ela entrava seguida de Emmett. – Você esteve na praia, hã? – Comentei ao ver seus cabelos molhados e detectar o cheiro de água salgada no ar.

-Você sabia sobre a profecia o tempo todo. – Rose afirmou, pisquei surpresa.

Interessante, Rose resolveu usar a cabeça loira para pensar.

-Eu não posso falar, Rose, não há brechas. – Respondi séria, enquanto cruzava os braços.

-E se já soubemos da informação? Não foi assim que funcionou com Nicolas?

-A maldição de Niko era parecida, não igual. – Retruquei dando de ombros.

-Tem que a ver uma maneira. – Emmett suspirou se virando para a janela.

Estreitei os olhos, o que os dois queriam com aquilo? Não havia nada a ser feito em relação a isso, deveriam caçar os demônios que pegaram Bella ou fugir.

-Que... – Niko entrou pela porta e parou de falar ao ver os nossos visitantes, ele suspirou e fechou a porta atrás de si. – O que é agora? - Perguntou para mim enquanto abria a lata de sprite.

-Lamentamos interromper sua privacidade, ao menos não interrompemos seu jantar. – Emmett respondeu bem humorado ao contrario de meu marido, que colocou sua camida chinesa em cima da mesa e o olhou carrancudo.

-Eles querem saber sobre nossos juramentos. – Informei sem desviar os olhos de Rose.

-Nossos...? – Nicolas olhou para eles desconfiado.

-Eu falei com as sereias, há um clã delas aqui perto. – Rose informou rapidamente.

-Eu não sabia disso. Amor? – Nicolas perguntoupensativo, enquanto puxava uma cadeira, apenas neguei com a cabeça. Não me interessava por sereias, mas podia entender a relação, Bella e Nessie havia sido envenenadas com siena. – Isso explica a água salgada, mas o que tem a ver?

-Tem a ver com os Fenix.

-Nunca ouvi falar. – Dei de ombros, o nome não ativou nada, exceto o passaro mitologico.

-Eles são seus inimigos! – Rose praticamente bateu o pé. – Apesar de muitos acreditarem que as Fenix...

-Tenham vindo do nosso clã. – Nicolas completou. – Estou familiar com isso, elas não são inimigas.

-Uma organização com criaturas de todos os clãs? Sendo que a líder vampira coordenou um dos humanos Volturis para matar uma serei e pegar o pó da calda? – Rose suspirou. – Foi ela quem orquestrou tudo para Bella e Nessie serem distrações e pegar Jacob! E ele foi pego por quem? Demônios!

Nesse ponto Nicolas já havia se levantado e a olhava incrédulo.

-Tem certeza do que está falando?

-Claro! – Rose exclamou ansiosa. – Agora vão responder minhas perguntas?

Nós a olhamos em completo silencio. A resposta estava bem clara: Não.

Não podíamos, a maldição era forte demais e nossa juramento sagrado.

-Ok! – Rose nos olhou impaciente. – Me faça um de vocês.

-O que? – Emmett exclamou atrás dela, enquanto nós dois a olhava em choque.

-Vocês podem falar sobre o assunto com o outro membro. – Rose nos olhou determinada. – Então, me faça uma Tulekahju.

Jesus Cristo.

Veronika P.O.V

Entrei no quarto apressadamente arrastando Henry pelo braço.

-Por que tanta pressa?

-Por onde andou?! – Reclamei e me virei para a porta lançando um feitiço isolador.

-O que foi , Roni? Por que tanto segredo? – Ele perguntou entendiado.

-Os vampiros Cullen estavam aqui. – Finalmente ganhei um olhar interessado. – Descobri qual o poder da loira: hipnose. Ela fez vovó falar tudo o que sabia sobre os Tulekahjo ou Tulekahje...

-Tulekahju?

-Não é o ponto! E como você sabe sobre isso? – Franzi o cenho.

-Minha familia funciona um pouco diferente da sua. – Revirei os olhos, podiamos ser primos, mas nossas familias tinham sua propria tradição. Culpa dos casamentos arranjados. Hoje em dia, eles apenas forçam alguns casais ao casamento, ou ao menos a ter filhos, como no caso dos meus pais que se separam logo depois do meu nascimento. – Descendemos deles, parte de nossa familia tem o sangue de varias familias bruxas que serviam na sociedade secreta.

-Sociedade secreta?- Franzi o cenho. – Ela falou como se fosse um clã morto.

-Foi destroçado, mas os membros sobreviventes passaram a tradição deles esperando o dia que fossemos convocados. – Ele me olhou curioso. – O que exatamente ela queria com isso?

-Eu não sei, algo sobre Fenix, sabe algo sobre isso?

-Nope.

-Vovó também não. – Suspirei e me sentei na cadeira perto da janela. – Então sabemos dois Cullen, a vidente e a hipnotizadora.

-Você falou "vampiros" quem mais veio?

-O marido dela, Emmett, eu acho, mas ele não fez nada para apontar seu poder.

-Talvez ele seja o que tenha força.

-Ou talvez ele seja o que controla emoções ou o que tem poder de fogo, ele com toda a certeza não lê mente ou as controla, saberia que eu estava ouvindo.

-Eu sempre pensei na loira como a que podia controlar o fogo, ela parece ser temperamental.

-Aparência não conta, sabe disso. - Me deixei cair na cadeira frustrada. – E o que estava fazendo?

Henry me olhou por alguns instantes, estreitei os olhos, alguma coisa séria havia acontecido.

-Bella foi sequestrada pelos demênios. – Olhei-o surpresa.

O que?

-Como...? – Gaguejei assustada com aquela possibilidade, vovó havia explicado que Bella tinha o poder de Renné, uma bruxa poderosa no clã. E mais do que isso, Bella era forte, ela parou o ritual de absorção, superou o poder de nós quatro!

Eu, na verdade, me sentia meio mal por aquilo, tudo tinha um limite, tentar tirar seus poderes no dia do funeral da mãe era bem além da linha... Mas vovó é quem manda.

Mas ninguém ficou com remorso, por que ela provocou o acidente com as irmãs de Henry, depois dai ressentimento por ela se espalhou e até eu senti, mesmo que no fundo eu podia ver que nós haviamos a provocado primeiro.

-Um conhecido de um conhecido estava na festa ontem quando a confusão estourou, aparetemente Jacob teve um acesso por causa dos demônios, não me pergunte, e Edward pediu para Alice procurar Bella. Foi então que uma profecia foi recitada e os lideres Volturis piraram. – Henry passou a mão pelo cabelo, enquanto eu apertava as mãos cada vez mais preocupada. – Alice não conseguiu localizar Bella, os Volturis ficaram com raiva pois ao que parece a profecia poderia estar sendo realizada agora, algo a ver com estações do ano. E ao que tudo indica, Bella é apontada como a pessoa na profecia...

-Vovó falou de uma profecia que os Tulekahju trabalhavam para impedir. – Falei nervosa. – Era... – Engoli a seco e o olhei. – Era sobre a volta do lider dos demônios, ao que parece um corpo especifico era exigido para aguentar o poder da cruatura.

-E Bella atingiu o maximo de seu poder aos dezoitos anos, ou seja, ontem. – Henry me olhou preocupado. – Os bruxos estão tentando a todo custo encontra-la nesse instante.

-Nós temos o sangue dela, talvez pudessemos tentar.

-Não vale a pena tentar, se os Swan que são parentes bem mais proximos que nós não estão conseguindo, não temos esperança alguma.

-Temos que fazer algo.

-Podemos procurar uma maneira de impedir o demônio. – Ele sugeriu, olhei para a janela pensativa.

-Podemos fazer melhor, podemos achar um jeito de mata-lo.

-Não se pode matar um demônio, ele não são algo fisico, transformam o corpo humano é claro, mas matar o corpo não os mata de verdade os manda para um outro mundo. A referencia ao inferno veio dai.

-Eu sei... Mas podiamos convocar um. – Olhei para ele hesitante. – Bruxas podem controla-los, poderiamos arrancar a verdade deles.

-E como exatamente você iria querer fazer isso? Pedir ajuda aos nossos primos? Pergunta para nossa avó diretamente? Os dois dariam na mesma. – Me olhou ironicamente.

-Não seja um idiota. – Reclamei o chutando. – Eu me referia a Emily.

-Ela não vai nos ajudar.

-Eu sei, mas a mãe dela fazia parte dos Solari, lembra? Emily nos contou sobre os demônios sendo controlados por bruxas. – Ele bufou descrente. – Henry, é sério, pense sobre isso! Você distrai Emily e eu procuro nos livros da mãe, ela nem precisa saber.

-Veronika, ela é nossa lider, deveriamos falar diretamente com ela, não falará com vovó se pedirmos.

-Ela pode não contar para vovó, mas falará para a mãe ou tentara fazer sozinha, Emily não trabalha bem em grupo.

-Não importa, ela irá nos ajudar e é forte, não seria escolhida como lider se o caso fosse outro.

Espremi os labios não gostando daquilo, Emily era inexperiente ainda, não sabia controlar seu poder ou até onde poderia ir, poderia ser perigoso...

A porta se abriu em um banque e Pam entrou marchando puxando Will consigo.

-Vocês não vão acreditar! – Ela exclamou enquanto a porta se fechava atrás de si. – Bella foi sequestrada pelos demônios! E eu achando que eles todos se entendiam! – Deu uma risada.

-Isso não é engraçado, Pam.

-Eu sei, mas é que todos são demonios, não deveriam dar as mãos e fazerem algum massacre ou adorar o diabo?

-Todos sabemos que o diabo não existe. – Will revirou os olhos e se sentou ao meu lado. – Mas é um tanto assustador saber que ela foi sequestrada, nossa prima é forte, lembram de como nos parou no ritual?

-Como ficou sabendo disso Pam? – Henry perguntou intrigado.

-Sr. Swan está lá embaixo com a vovó e entrou demandando que ela o ajudasse a encontrar Bella, super sinistro, eu não negaria nada diante daquele olhar.

-De qualquer maneira, onde está Emily? – Henry perguntou casualmente.

-Provavelmente meditando com a mãe, elas sempre se juntam no pôr do sol. – Pam deu de ombros com um sorriso. – E eu não contei para vocês! Eu encontrei esse livro estranho sobre uma linhagem chamada Dracus! No começo, eu pensei que era sobre Dracula, mas é sobre dragões...

Olhei para Henry, enquanto Pam continuava a falar. Iriamos cuidar das coisas depois, talvez vovó falasse algo sobre Bella depois que o Sr. Swan fosse embora.

Por agora só restava esperar.

Victoria P.O.V

Oh meu Deus...

Ela fez magia! Quer dizer, fez mesmo! E então fugiu!

Pisquei atordoada, eu sabia que Lyanna podia fazer magia (eu não estaria aqui se fosse outro o caso) mas foi tão épico e... Eu me sinto vendo um filme e mesmo sabendo o final, fico torcendo para ela.

É uma pena que ela vira a vilã. Se bem pelo o que vi, eu estou do lado dos vilões e ela é a mocinha... Ou talvez eu devesse parar com essa bobagem de bem e mal, afinal tudo termina em sangue.

De qualquer maneira, tudo aconteceu tudo tão rapido, Aro achou aquele quartinho em cima do prostibulo (descobri o que era o lugar depois que Didyme informou tranquilamente para ela). Didyme estava lutando com Aro para impedi-lo de chegar a esposa, quando a mesma saiu correndo.

Lyanna ainda trompou com Marcus no corredor, mas eles apenas se olharam antes dele a deixar ir e entrar no quarto.

Eu a segui até o lago na floresta. Lyanna estava cansada demais para continuar, deu até um aperto no coração vê-la naquele jeito.

Foi então que eu percebi como o vento se mudava estranhamente ao nosso redor. Ela olhou para a lua tristemente e começou a falar com ela. Eu ignorei olhando ao redor intrigada, tinha algo estranho no ar.

Então ouvi os passos se aproximando, passos rapidos, vampiros. Aro Volturi apareceu logo em seguida, mas Lyanna o ignorava agora de olhos fechados rezando pela morte que achava que viria.

Eu quis chuta-la tamanha foi minha frustração, mas meus olhos lacrimejavam ao ver sua desistencia.

Didyme apareceu em um estado tão ruim quanto o irmão (luta de vampiros) e implorou que parasse. Aro a empurrou para o lado e andou até a esposa. Ouvi a movimentação e meu cerebrou registrou que Marcus havia chegado também, mas meus olhos estavam grudados em Aro. Minha mente travalhava a mil por hora pensando no que eu podia fazer.

Foi ai que as coisas ficaram legais.

O vento aumentou no instante que Aro parou atrás dela com um sorrisinho filho da mãe, ela abriu os olhos mortalmente calma e olhou para o lago.

-Você não pode escapar de mim. – Aro havia falado.

Lyanna se ergueu com toda a força que tinha e o olhou, e naquele instante, eu vi Selene, a bruxa porerosa que podia me fazer voltar ao tempo em um estralar de dedos.

Aro se moveu em sua direção e ela gritou, ou melhor, ela rugiu. E a natureza ao seu redor pareceu se revoltar junto com ela. Aro foi empurrado para trás bruscamente e pareceu estar preso ao chão.

Didyme gritou pelo irmão de repente assustada, mas foi segurada por Marcus para que não seguisse em frente. Eu pude ver o olhar surpreso dele, mas também cauteloso.

O vento se reuniu ao redor de Lyanna junto com as folhas, formando uma especie de redemoinho. E no meio de tudo aquilo, ela sumiu.

O olhar incredulo de Didyme, Aro e Marcus foi a ultima coisa que vi.

Oh meu Deus!

-Eu não quero sua pena. – Me virei ao ouvir Selene, a amargura era evidente.

-Por que só naquele momento você fez magia?

-Minha madrasta inventou uma profecia, onde eu nunca seria capaz de fazer magia. Ela, na verdade, havia canalizado meu poder para minha meia irmã. – Selene respondeu. – Mas ela, na verdade, canalizou o poder que minha mãe havia me dado quando morreu, não o meu poder. Eu tinha feito dezoito anos a apenas alguns dias, quando fui encontrada por Aro.

-Oh... – Murmurei sem saber o que falar.

As cenas ao nosso redor parou de rodar de repente. A cena ao meu redor me deu arrepios. Era Lyanna, ela andava ao redor de uma jovem mulher com uma faca na mão.

-Me dê o que é meu. – Ela praticamente rosnou para a outra mulher, a mais velha, no canto. - Ou eu a mato.

-Isso foi alguns dias depois, quando havia adquirido melhor controle de meus proprios poderes. Não foi muito dificil descobrir a verdade com meus dons. – Ouvi a mesma voz, só que mais calma falar atrás de mim.

-O que você fez? – Quase não consegui pergunta.

-Eu peguei os poderes de minha mãe de volta, é claro. – Ela respondeu quietamente, sem orgulho e sem vergonha nenhuma de seus atos.

Os gritos soaram atrás de mim e eu fechei os olhos.

-Isso começa sete anos depois – Ouvi a voz de Selene/Lyanna.

Abri os olhos.

Eu estava em uma floresta de novo, a diferença era que havia uma cabana atrás de mim.

De lá Lyanna saiu com um cesto. Agora ela era Selene, era só olhar para seu rosto consideravelmente mais palido, para os cabelos em tranças desgrenhada e as roupas escuras.

Uma bruxa. Bonita, é verdade, mas quem sabe que maldades ela já havia feito? Seu rosto sério e cansado deixava as coisas bem claro.

Suspirei ao vê-la passando por mim, o que iria acontecer agora?

Sete anos depois...

Didyme P.O.V

Entrei no apartamento e vi Selene se erguendo, ela sempre meditava, algo de bruxas, eu suponho. Vislumbrei seus olhos vermelhos voltando ao verde, ela tinha feito magia de sangue. Não perguntei, ela era delicada sobre esse tipo de magia, era o que a fazia imortal.

-Trouxe seu chá. – Coloquei o pacote no balcão.

-Obrigada. – Pegou se dirigindo para a cozinha. – Como foi? – Ouvi-a pergunta, enquanto tirava meu casaco.

-Últimos detalhes acertados, a nossa querida bruxinha vai cuidar das coisas, eu vou parti ainda hoje.

-Não seria mais fácil, eu apenas protegê-la com um feitiço? - Perguntou de lá.

-Eu quero que Marcus me encontre, irá separa-lo dos outros, será mais fácil assim.

-Alguma ideia da onde vai?

-Escócia. – Respondi me dirigindo ao meu quarto. - Onde tudo isso começou. – Murmurei para mim mesma.

Jacob P.O.V

-Nossa... – Murmurei para Nessie assim que ela terminou de contar. Ela concordou mastigando seu pedaço de bolo. - Como você está levando? Uma familia, quero dizer?

-Eu meio que gosto. – Ela me deu um meio sorriso. – Só me incomoda que Bella não esteja aqui para que eu possa gritar com ela. – Ela piscou rapidamente, pude ver que seus olhos ficaram tristes.

-Ela vai ficar bem, tem um batalhão de gente atrás dela, e Bella é Bella. – Ela uma risada fraca.

-Sim, você tem razão. – Ela comeu o ultimo pedaço.

-Eu não quero ser chato nem nada, mas por que exatamente você está comendo um bolo?

-Me deu vontade.

-Você está com muitas vontades. – Franzi o cenho sentindo uma onda de pânico, isso podia indicar algo...

-Não seja idiota, Jake, gravidez demora muito mais para se mostrar, e nós dois... - Apontou para nós. - Só aconteceu há uma semana atrás. – Ela revirou os olhos e eu parei o pânico.

Ela tinha razão, era muito repentino e rápido, não podia ser.

-Mas está me preocupando um pouco minha vontade de comer comida humana. – Nessie olhou para o bolo pensativa. - Talvez seja o nervosismo com Bella.

-Minhas irmãs comiam muito quando terminavam o namoro ou viam um filme romântico... Quando ficavam deprimidas, na verdade.

-E como anda elas? - Perguntou curiosa.

-Minha irmã Rebecca vai dar a luz a qualquer momento, meu pai está seguro sobre ela, por que Rebecca está na fazenda do marido, então ele pode mandar quantos seguranças quiser para protegê-la.

-Eles não sabe?

-Ela sabe, por isso tem duas bruxas lhe ajudando. – Sorri tranquilo para ela, mas estava preocupado com minha irmã, não só pela situação toda, mas também pela gravidez. – Rachel estuda no exterior como sabe e está em contato com os Volturis de lá. Mas meu pai quer manda-la com as outras crianças, onde Charles deixou Peter e Layla.

-E Andrew... – Nessie acrescentou abaixando o olhar.

-Poderíamos visita-los, depois disso tudo, é claro.

-É claro. – Concordou suavemente, sua mão apertou a minha silenciosamente.

-Eu te amo.

-Eu te amo também. – Respondeu singelamente e então riu.

-O que? – Olhei-a na defensiva.

-Sua cara, toda vez que te falo isso você fica com esse olhar de cãozinho misturado com alivio e alegria, é engraçado.

-Não é isso, é apenas resultado do trauma que você me deu ao se negar ter qualquer relacionamento comigo.

-Bem, meu plano não funcionou exatamente. – E se inclinou me dando um beijinho.

-Sinto muito interromper a diversão crianças. – Nos separamos assustados pela interrupção repentina de Esme Cullen. – Mas temos que examinar Nessie, saber o que exatamente está acontecendo.

-Não tem nada acontecendo comigo. - Ela respondeu na defensiva.

-Você vomentou e depois desmaiou, querida, sem contar que está comendo doces como uma viciada. – Esme respondeu singelamente maternal. – Algo não está normal, essa é Lola e Kate voê já conhece.

-Como elas vão me ajudar?

-Lola é bruxa e Kate é formada em medicina. – Esme respondeu, quase ri da cara de Nessie.

– Seu corpo de demônio nunca foi estudado, não sabemos exatamente como funciona. – Kate respondeu ao ver o olhar incrédulo de Nessie.

-Jake, meu querido, fora. – Esme ordenou simpaticamente e eu obedeci rapidamente.

Desci as escadas apenas para encontrar Garrett completamente a vontade na sala assistindo a uma luta.

-Oh! Venha garoto, eu adoro uma boa aposta.

Olhei para as escadas e ouvi a discussão por um instante. Então dei de ombros, não é como se pudesse fazer algo agora além de esperar.

E se preocupar.

Suspirei me deixando cair no sofá.

-O de vermelho. – Apostei resignado.

Jasper P.O.V

-O que exatamente está fazendo aqui, amor? – Perguntei me sentando na pequena mesa do café.

Havia passado o resto do dia ocupadissimo com Edward procurando pistas de Bella na estrada em que havia desaparecido. Tudo para o cheiro sumir no ar, como se tivessem sido teletransportados, o que era o mais provavel. Agora o mesmo estava com os Swan e Carlisle, debatendo sobre possiveis formas de acha-la, já que bruxas não estavam tendo sucesso.

-Me escondendo, as pessoas me olham como se tivesse que saber onde Bella está, sem contar que me sinto culpada por não saber. - Ela suspirou apoiando a cabeça na mão.

-Alice, você é maravilhosa, mas não é perfeita. Os demônios arquitetaram tudo nos mínimos detalhes.

-A pior parte é eu poder vê-la, mas não poder localiza-la. – Alice irradio frustração, acalmei com um toque. – Obrigada, me ajuda a pensar.

-Você está se escondendo de Edward também, o que quer dizer que... Ele não aguentaria. – Comentei entendo. – É tão ruim assim?

Os olhos dela se encherão de lagrimas e uma onde de angustia passou para mim.

-Isso é só o que sinto quando lembro, ver ela daquele jeito é mais torturante. – Alice respondeu em uma voz pequena. – Ela está acorrentada em algum lugar escuro e tem um ar-condicionado... Alguém vem de vez em quando, mas não consegue prestar atenção por que está sangrando e é escuro... Eles estão mantendo suas feridas abertas com lâminas...

-Alice, pare. – Pedi apertando sua mão, aquilo só a deixaria pior. – Se foque em encontrá-la.

-Eu não posso encontrá-la... - Murmurou levando as mãos a cabeça, a culpa que sentia era tanto que me fazia sentir culpado também.

-Não com seu poder, mas pode ajudar de outras formas, sabe disso.

-O que Edward está fazendo?

-Depois de perderem o rastro na floresta, obviamente por causa do transporte mágico que usaram, ele está com os Swan e Carlisle...

Eu nem cheguei a termina minha frase, por que percebi que as emoções de Alice eram mais fortes do que eu imaginava. Ela afundou o rosto nas mãos e choro baixinho, rapidamente me sentei ao seu lado e a abracei.

-Está acontecendo de novo... – Ela murmurou contra meu pescoço.

E com isso eu a tire dali.

Bella P.O.V

Eu estava sentada no chão frio, fazia um tempo que tinha parado de sentir dor nos braços esticados por causa das correntes. Não havia ideia por quanto eu havia dormido ou se eu tinha dormido, parecia que tinha apenas piscados os olhos.

Respirar ainda era dolorido, podia sentir as lâminas enfiadas em meus pulsos, ao menos o sangue que escorria já não me incomodava tanto.

Estava fraca.

E eles haviam contido meu escudo de alguma forma.

Ouvi algo a minha esquerda, rolei minha cabeça na direção e vi uma luz fraca, uma porta?

Um toque quente na minha pele, virou meu rosto em sua direção. O rosto era embaçado, eu não conseguia enxerga direito, ótimo...

Eu nem poderei me vingar de quem fez isso por não saber quem é.

Uma dor aguda nos pulsos me fez gemer, meus braços caíram ao meu lado como sacos de areia.

Me senti leve de repente, por que?

Eu acho que estava sendo carregada... Não, eu tinha certeza, estava sendo carregada. Fechei os olhos para apreciar a sensação de nenhuma dor no corpo.

Abri os olhos com um susto quando me deitaram em chão frio de novo.

-Shh... – Ouvi murmurarem para mim, franzi o cenho.

Era tudo escuro de novo. Eu achei que tinha piscado, mas tinha dormido. Isso era uma chatice. Eu preciso sair daqui e meu próprio corpo não quer contribuir.

A sensação de algo frio envolvendo meus pulsos me tirou dos meus pensamentos.

-O que...? – Tentei falar, mas saiu com um murmuro áspero.

-Shh... – Me reprimiram novamente.

A sensação veio de novo em meu calcanhares. Eu conheci essa sensação... Procurei em meu cérebro rapidamente.

Algemas, eu estava com algo assim agora pouco.

Me algemaram. Braços e pernas.

Ao menos não havia lâminas. Nem dor...

Arregalei os olhos ao sentir o puxão.

Tudo ficou vermelho enquanto eu começava a me engasgar. Ouvi o estralo antes das dores começarem, meus ombros, meu pescoço, meus pulsos, tudo.

Dor, dor, dor...

Chorei desesperada, sentindo cada dor que eu já havia sentido antes.

Meus dedos quebraram, minha pele parecia estar rasgando, como quando Irina arrancou minha pele. Meu rosto virou ao sentir a queimação de quando havia sido chicoteada no rosto por aquele lobisomem.

-Para! PARA! PARA! – Eu não sabia se estava gritando ou se só pensava, não tinha noção de nada além da dor.

Por que estão fazendo isso? O que eu fiz a vocês?

Urrei de dor, enquanto sentia cada fibra do meu corpo em dor, uma excruciante dor. Chorei mais alto puxando as correntes.

Eu já sabia a resposta para aquela pergunta.

Por que eu nasci.


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Notas finais do capítulo

N/a: Todos se acalmem!
Eu sei como a historia parece estar soando nesse ponto do jogo. Tudo o que peço, leitor, é que confie em mim. Você esteve comigo durante tanto tempo, eu não vou decepciona-los agora.
E eu não vou comentar o capitulo de hoje. Sinto que qualquer comentario entregaria a historia nesse ponto.
Tudo o que peço é que fique comigo até o fim, ok?
Até mais.
Maça :*
P.S:
Obvio que eu não vou embora sem um preview para vocês. O capitulo 42 sai 01/03, ou seja, nessa sexta feira. Fiquem de ollho!
"Alguém se sentou ao meu lado de repente, olhei para o lado rapidamente e voltei para as garota ao longe.
Então congelei processando o rosto ao meu lado.
-Há quanto tempo, não é mesmo Thomas? Leah falou por trás de seus oculos escuros.
Oh droga!"