Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 40
Capítulo 39 - Código vermelho


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;*



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Antes de começar eu gostaria de fazer uma pergunta. Qual é o seu top 5 de personagem? Por favor responda na review, ok?

Capitulo 39

Código vermelho

Carmem P.O.V

Abri os olhos com um gemido, me mexi tentando me levantar.

Foi então que percebi a terra ao redor.

Levantei meu zonza olhando ao redor desconfiada, eu estava em uma floresta. Bem longe da civilização, já que não consegui captar nada remotamente humano por perto.

Coloquei a mão na cabeça, o que havia acontecido?

Respirei fundo me lembrando, tudo veio em flash's aumentando o buraco em meu coração a cada visão.

Eleazar estava morto!

Engasguei sentindo as lagrimas queimando em meus olhos.

-Se acalme... – Me virei bruscamente, Selene estava atrás de mim me olhando atentamente. – Seu sofrimento irá acabar logo.

-Por que eu não estou morta? Não vou ajuda-las depois do que fez para Eleazar.

-Hã... – Ela ergueu o dedo. – O que Ariadne fez.

-Você quer dizer, Didyme, não? – Retruquei grosseiramente. – Você não acha mesmo que vou cair nesse truque, certo? Policial mal e policial bom? É velho e muito conveniente para não percebe.

-Não me importo com o que pensa. – Encarou-me com os olhos verdes sinistros, era um detalhe que sempre intrigou nas fênix, elas podiam mudar a aparecia para parecer humanas, me perguntou qual das duas tinha o talento. Obviamente não era Safira, já que a mesma estava neutralizada em algum lugar que só Marcus sabia. – Seu sofrimento acabara em breve.

-Onde estou? – Perguntei olhando ao redor.

-Não onde... – Se aproximou de mim. – Quando.

Franzi o cenho.

-Eu acredito que deveria apresenta-las. – Ela ergueu o braço e olhou para algum ponto atrás de mim, me virei imediatamente ao ouvir os passos.

Uma jovem mulher de cabelos ruivos, pele levemente bronzeada e olhos castanhos esverdeados, ela usava um vestido antigo com a saia caindo rente até o chão e mangas longas, apropriado para o clima frio. Ela parecia humana, mas as aparecias enganam.

-É um prazer conhecê-la, querida. – A voz era doce demais para ser humana, mas não me parecia vampira. – Meu nome é Lucy.

Bella P.O.V

Abri os olhos com um bocejo enorme e depois sorri contra o travesseiro. Eu pensei que estaria dolorida a essa altura do campeonato, mas meu corpo estava aguentando tudo muito bem.

Eu sabia que vampiros eram incansáveis nessas coisas, mas Edward parecia um homem perdido no deserto por dias e finamente ter encontrado água.

Desde daquele beijo há dois dias atrás tudo mudou de água para o vinho, chegava a ser ridículo. Edward basicamente disse que queria ter um relacionamento comigo, o mesmo trato de antes exceto que não seria um trato.

Levou alguns instantes para digerir até que eu simplesmente perguntasse se ele queria que eu fosse a namorada dele que fingia ser sua noiva. A reação dele era calma ao ouvir a bendita palavra, mas de alguma forma suspeito que o modo como ele olhava para a frente casualmente indicava certo nervosismo.

-Se você quer rotular. – Ele pigarreou. Por um inútil instante me perguntei se ele tinha medo de relacionamento.

E digamos que depois dai, nós "demos as mãos e fomos andando em direção ao por do sol". Jake ficaria horrorizado se soubesse o que tinha acontecido no sofá de sua casa.

-Essa é na verdade uma historia criativa. – Virei minha cabeça ao ouvir o comentário de Edward. – Ela ser uma velha e ele um arrogante mulherengo, é divertido.

Estreitei os olhos confusa tentando entender que livro ele segurava, até que me bateu a historia. Era o Castelo Animado.

-Você lê fantasia? – Ergui as sobrancelhas. Edward se encontrava ao lado da minha cabeça, sentado em minha cadeira de balançar com os pés apoiados sobre meu colchão.

-E você lê literatura clássica. – Retrucou apontado para minha instante. – Não que eu não suspeitasse que houvesse um osso romântico nesse corpinho, mas você não põem para fora seu lado menininha com muita frequência.

-Hey, não zombe do meu excelente gosto para livros, ao menos eu não leio romancinho água com açúcar. – Isso foi durante a sexta serie, acrescentei para mim mesma mentalmente. – Além do mais, você ainda esta segurando o Castelo Animado em suas mãos. – Apontei amuada.

-Bella, nem por um momento eu te critiquei por ler Orgulho e Preconceito, ou E o vento levou, ou Romeu e Julieta, só apontei o fato de que é romântica. Não precisa ficar tão defensiva. – Ergueu as sobrancelhas arrogantemente. – E eu não tenho problema nenhum em ler um livro de fantasia. – Acrescentou sarcasticamente. – Eu conheci Clive, no final das contas.

-Quem? – Franzi o cenho, lá vinha ele.

-C.S. Lewis. – Ele revirou os olhos. – De qualquer maneira, você está relendo o livro ou é a primeira vez? – Perguntou curioso, enquanto minha cabeça encaixava o fato de que Edward conheceu o criador de Narnia.

-Relendo. – Pisquei gaguejando quando percebi que ele ainda esperava a pergunta. – É um livro divertido de se ler.

-Sim, sim e eu posso ver por que se identificou com a protagonista.

Com essa eu ri.

-Ela virou uma velha sem papas na língua, queridinho, o que isso tem a ver comigo?

-Bem, ela se achava sem graça e azarada, para inicio de conversa, e é completamente cega sobre si mesma, tão cega que não percebe que tem magia.

-Eu não me acho sem graça, apenas azarada. – Cruzei os braços me apoiando na cabeceira.

-Mas e na época que leu o livro pela primeira vez? – Estreitei os olhos para ele.

-Eu acho que você só quer dizer que eu sou parecida com Sophie para que implique que é parecido com Howl. – Zombei dando uma risada.

-Eu certamente não sou um mago metrossexual dramático e mulherengo. – Se recostou na cadeira.

-Mas ele é bonitão e você está caçando elogios. – Revirei os olhos.

-Não estou.

-Claro que está, está louco para ouvir que faria Narciso chorar de raiva quando pusesse os olhos em você. – Repliquei em tom zombeteiro.

-Então, você acha que eu sou tão bonito assim. – Sorriu gatuno.

-Como eu disse: caçando por elogios.

-Você não pode exatamente me julgar por isso, fragolina. – Dei uma risada.

-Você está certo. – Disse depois de alguns instantes observando o livro. – Antes de Irina, eu era uma viciada em livros, azarada e sem graça. Odeio o que aquela vadia fez comigo, mas eu criei uma boa dosagem de autoestima naquela época.

-Mas você chegou a pensar que pudesse ter algum dom? – Ele perguntou, passei a mão pelo cabelo pensativa.

-Não pra valer, em algum momento pensei que tinha algum super poder, mas era apenas por brincadeira, talvez para me sentir melhor sobre mim mesma por alguns instantes. Mas nunca esperei por um carta de Hogwarts, embora devo dizer que tive uma esperançazinha como toda boa fã. – Dei um sorrisinho bobo, era impossível eu ser viciada em livros e não ter lido Harry Potter.

-Bem, você estava relendo esse aqui por algum motivo especial?

-Só queria algo diferente para ler e faz um tempo que não lia esse. – Suspirei apoiando a cabeça na grade a cama. – Infelizmente já terminei.

-Bem, eu podia ter apresentar livros de autores brasileiros, eles são definitivamente algo diferente.

-Brasileiros? – Perguntei cética.

-Sim, o pais é algo além de samba e carnaval. Me pergunto se você acharia que Capitu traiu ou não marido, você é obviamente romântica, mas também tem uma boa dose de amargura. – Me olhou reflexivamente.

-Do que diabos você está falando? – Ele negou a cabeça com um sorriso. Revirei os olhos e estiquei as mãos para frente, estralando os braços. – Tudo bem? – Perguntou me olhando analítico.

-Sim, por quê?

-Eu te mordi e drenei. – Ergueu a sobrancelha.

-Verdade. – Suspirei bocejando. – Vem cá, mordidas de vampiros dão naturalmente um orgasmos durante sexo, ou eu sou masoquista?

-Pergunta complicada. – Me olhou astutamente. – Bella...

-Hum? – Olhei-o curiosa, ele me olhou por alguns instantes quando me levantei. – Então?

-Vamos tomar banho. - Pigarreou me empurrando para o banheiro rapidamente, dei uma risada de sua pressa.

Mas eu tinha uma pequena sensação que ele queria falar outra coisa.

Nessie P.O.V

Eu estava sentada na praça apreciando a natureza ao redor com um bloco de papel aberto em branco no meu colo.

Deus... Eu estava entediada e sem inpiração nenhuma.

Olhei sobre o ombro ouvindo os barulhos das criancinhas brincando, sorri por um instante vendo um deles cair e os outros se olharem assustados quando o mesmo começou a chorar. Parecia ter se passados seculos desde que eu brinquei com as criançinhas quando era pequena...

Era estranho, pensei comigo mesma. Há dois dias atrás foi declarado que não estávamos mais em guerra, os lobisomens recuaram e os demônios desapareceram. O que significa que ainda tinha demônios por ai, mas eles estavam em números menores, então eu podia sair da cidade desde que fosse cautelosa.

Ainda assim, ali estava eu apoiada em uma arvore sentada sozinha em um coberto na grama. Mas não é como se tivesse a opção de não estar sozinha, desde que toda a batalha acabou dois dias atrás todo mundo tinha algo para fazer.

Edward e Bella, por exemplo, pareciam estar recuperando todo o tempo perdido e acabando com todo o estresse acumulado nos ultimos meses. Era bizarro ficar em casa com o silencio desconcertante, por que isso significava que Bella estava usando o escudo para se isolar e isso implicava em atividades maliciosas.

E eu estava feliz por eles, de verdade! Eles pareciam mais... Apenas mais. Eu não sei explicar.

Acho que, no fim, os dois tinham se distanciado um pouco por causa de toda a situação. Ao menos agora eles poderiam respirar em paz.

Agora, dizer que não sentia um pouco de ciúmes disso era mentira, Jake estava ocupadissimo com Seth. Pelo o que pude entender, o demônio o assombrava, e como os três compartilhavam pensamentos... Bem, eles tinham um problema.

Diz a lenda, que um demônio assombrava a pessoa até que elas enlouquecem e morressem. Sabia que não devia estar preocupada, mas eu estava, por isso não me ressentia por Jake indo ajudar Seth nos ultimos dias.

Meu celular tocou, eu tinha recebido um email. Li-o rapidamente, era curto, mas importante.

Suspirei para mim mesma e me ergui pegando minhas coisas. Eu tinha acabado de lembrar de algo esquecido por causa de toda a confusão.

O quadro.

Tumulo sob a neve de Caspar David Friedrich

Peguei minha chaves do bolso e destravei o carro, o quadro ainda estava no porta-malas. E minha fonte achou mais informações sobre o mesmo.

Iria para Seattle, eu tinha um apartamento lá com Bella, teria paz de espirito no lugar.

Rose P.O.V

-Argh!

Olhei para cima quando Alice entrou na porta do porão. Eu me encontrava embaixo da prefeitura pesquisando a historia da cidade e deixe claro que não queria ser incomodada.

Alice levava a sério meus pedidos, então parei de trabalhar e a olhei pacientemente.

-Jasper não atende a porcaria do telefone! - Alice respondeu depois de se acalmar.

-Alice...

-Eu não posso ver o futuro dele há dois dias. – Ela me olhou nervosa.

-O que?

-Não conte a ninguém.

-Por que não falou?

-Por que ele vai contar com a ajuda de transfiguradores. – Alice suspirou. – Outro tipo de transfiguradores, eu não sei bem, não quis saber também, nunca se sabe quem está ouvindo.

-Por que veio falar comigo?- Perguntei estreitando os olhos.

-Relaxe, Rose, não vou pedir nada, só preciso ficar minha cabeça em outra coisa, então vim te ajudar. Boreas deve estar morto por agora, mas não quer dizer que o clã dele não vai querer vingança contra Jasper.

-Sim, sim... – Acenei com um suspiro. – Aqui. – Apontei para alguns livros velhos. – Tem as lendas Quileutes documentadas é bem interessante.

-Rose?

-Sim?

-Eu não quero saber sobre os Quileutes, quero saber sobre os Swan. – Ergui os olhos. – Eu não sei se você notou, mas Bella não sabia nada sobre sua família e isso me fez pensar. Ninguém realmente sabe sobre as famílias do clã Volturi: Swan, Ricci e Verdi.

-Bem, segundo Jane, as famílias são ancestrais dos humanos que ajudaram os Volturis contra os demônios.

-E os poderes foram amplificados por bruxas e bla, bla, bla. Eles precisavam de humanos resistentes então os Volturis se sacrificaram sua humanidade para dar poder aos humanos. – Complementou e concordei com a cabeça. – Acontece que eu não acredito nisso, essa historia de bruxa fazer os Volturis vampiros pode ser verdade, mas por que não torna todos os humanos em vampiros?

-Bem, Alice, a bruxa não sabia se eles sobreviveriam... – Era arriscado um ritual de magia negra dessa magnitude, se mexia com o equilibrio da natureza e tudo mais.

Foi assim que surgiu os Romenos e outras raças de vampiros.

- E como os humanos se ligam aos Volturis?

-Foi por eles que os Volturis se sacrificaram, Lice, não há nada de errado na historia. – Dei de ombros. – Por que se interessar por humanos estúpidos?

-A profecia que eu vi na minha visão, eu acho que eles estão ligados.

-O que? - Pisquei surpresa para ela.

-Eu pensei que eram as crianças médium, mas me fez pensar...

-Sim? - Olhei-a curiosa.

-O sangue mais puro que existe é dos inocentes abençoados. Agora que sabemos que a profecia é sobre o líder deles, bem, a ligação com os humanos dos Volturis parece meio obvia.

-Os humanos tem poderes por causa dos Volturis, o sacrificio deles trouxe seus poderes, sim... Faz sentido. - Refleti franzido o cenho. - Mas por que irem atrás das crianças?

-Elas tem um dom raro, era por isso que queriam as crianças, Bella tinha dito antes, foi a propria mãe deles quem lhe falou isso. - Alice mordeu os labios.

-Edward nos disse que James estava atrás delas quando Bella as resgatou... - Parei ao ver o olhar de Alice. - O que?

-James, é outra coisa que não se encaixa. - Esperei a continuação. - Quem o transformou? Aquele tipo de demônio tem que ser convocado, Rose, entende? Se Bella o deixou praticamente morto, alguém tinha que estar por perto, alguém que já estivesse na cidade.

-Como a mãe de Emily? - Coloquei os papeis na mesa.

-Pensei nisso e fui atrás dela, a mulher não queria que eles ficassem perto da filha, não queria ter nada a ver com aquilo, duvido que possa ter feito.

-Então poderia ser Angela, ela poderia já estar possuída, Edward disse que o demônio se escondia no inconsciente dela, de modo que ele nunca pode identificar até ela se revelar.

-Talvez... - Alice suspirou olhando para a mesa cheia de papeis. – Eu apenas sinto que estou perdendo algo, está bem debaixo do meu nariz e eu simplesmente...- Bufou para si mesma.

-Bem, que tal tentar me ajudar com isso? Eu realmente quero saber sobre a historia da cidade.

-Por quê?

-Para entender como uma cidade tão insignificante tem tanta coisa acontecendo, caso não reparou, os Volturis estão aqui e eles vieram por um motivo. Caso contrario estariam espalhados pelo mundo ou em alguma ilha paradisíaca.

Tinha algo que não se encaixava, inclusive o fato de que ainda não tinham ido embora da cidade.

Victoria P.O.V

Engasguei ao sentir a mão em minha garganta.

-Você não tinha permissão. – Rosnou para mim,apenas apertei minhas mãos em volta de seu pulso em resposta. – Não podia falar com aquele demônio! – Aro exclamou furioso.

James, o nome dele é James. Gritei mentalmente, ele rosnou em resposta.

-Nunca mais me desobedeça. – Puxou meu rosto para mais perto. – Lhe darei um lembrete para o futuro.

Me largou bruscamente e vi sua mão se erguendo para me bater. Fechei os olhos sabendo que não teria como escapar dele, os lideres Volturis eram vampiros especiais, mais poderosos. Não tinha chance alguma, meus sentidos haviam deixado claro.

Então eu estava sendo empurrada contra a mesa, apoiei minhas mãos para não cair sobre o objeto e olhei para cima surpresa. Sulpicia estava de frente a Aro, eu não podia ver seu rosto, mas os barulhos que viam dela não indicavam nenhuma simpatia.

-Nem sequer ouse. – Ela murmurou em tom baixo.

-Sulpicia... – Aro rosnou em tom de ameaça.

-Você se lembra do que aconteceu com Jane?

-Jane me atacou, isso é diferente, ela precisa aprender a obedecer.

-Muito bem, então se lembre de sua esposa. – Um silêncio caiu na sala, olhei-os perdida, esposa? Ela não era esposa dele? Repentinamente me lembrei do rancor de Athenodora ao lembra que Sulpicia era compnheira de Aro. – Lyanna virou sua inimiga.

-Completamente diferente.

-Não vou discutir isso com você, mas não irá tocar nela. – Apontou para mim.

-Por que de repente está a defendendo?

-Por que se tivesse se importado de perguntar teria sabido que eu lhe disse onde James estava!

O som do tapa me deixou assustada, Aro havia acabado de agredir sua esposa! Quer dizer, companheira! Que se dane!

Vi a cabeça de Sulpicia girar para encara-lo de novo, então um som estranho soou na sala e Aro se curvou em direção a ela com a expressão dura. Me inclinei para o lado e pude entender o que acontecia.

Sulpicia tinha a mão enfiada no estomago dele, como ela podia fazer isso estava além de mim.

Um grito furioso saiu da boca do líder volturi e os dois se moveram pela sala, em uma luta violenta. Eles falavam em outra língua, que só fazia tudo soar ainda pior. Eu vi vampiros lutado antes, mas isso era diferente, eles não queriam a morte um do outro, queriam machucar.

A porta se abriu de novo e um crack foi se ouvido. Era Athenodora que tinha entrado na sala em sua velocidade sobrenatural e empurrado os dois para cada lado da sala.

-Qual é o problema de vocês?! – Ela perguntou indignada, ainda parecendo uma diva dos anos 30, Athenodora havia soado como mãe irritada. – Não percebem que estão assustando-a! – Apontou para mim e os três me olharam.

-Não se importem comigo. – Minha voz saiu levemente fina.

-Não pense que esqueci sua desobediência! Não tinha que ouvir Sulpicia! Ela não é quem dá as ordens! – Aro gritou furioso. – Não importa que eu a ame ou que seja minha companheira, os únicos que podem atravessar minha autoridade é Caius e Marcus!

Olhei para as duas mulheres, as duas pareciam perfeitamente tranquilas com isso.

-Há coisas que precisam ser cuidadas, Aro. – Athenodora cruzou os braços. – Então, pare de gritar com uma garota e vá fazer seu trabalho.

Aro a olhou mal humorado e depois passou por ela, parando para estender a mão a Sulpicia, ajudando-a a se levantar. Eles não se olharam enquanto ela se erguia, achei a situação engraçada, nem pareciam que estavam se batendo minutos atrás. Aro saiu em um flash com a porta batendo em um estrondo, bem dramático.

Olhei para o chão por alguns segundos, então quebrei o silêncio.

-Como aguentam isso? – Perguntei hesitante.

As duas me olharam no mesmo instante.

–Eu me sinto sufocada só de ouvi-los falar sobre obediência que devem a eles, como podem suporta isso por séculos?

– Você, minha querida, está impregnada com a sujeira do feminismo... – Sulpicia falou arrumando a roupa, olhei incrédula. – Como podemos controlar nossos homens, se eles sabem do que somos capazes? – Franzi o cenho.

-Por mais que não me simpatize com Sulpicia, ambas nascemos em uma época machista, homens tinham orgulho e honra para manter. Mulheres eram seres frágeis a serem protegidas. – Ela se sentou. – Às vezes protegidas de si mesma. - Acrescentou apaticamente.

-É por isso que existem mais mulheres bruxas do que homens, eu suponho, nosso triunfo sempre será nossa beleza e cérebro. – Sulpicia ajeitou o cabelo no espelho. – A questão, é bem simples no final das contas: Cavalo de troia. – Sorriu para mim maliciosamente e piscou para mim antes de subir pela porta.

Olhei para Athenodora, que observava a porta, senti meu coração afundar por elas. Elas eram tão poderosas quanto os outros vampiros fisicamente e mentalmente falando, e ainda eram tratadas de forma tão...

-Eu a odeio, o amor deles é quase doentio, mas acredito que precisa alguém igualmente perturbado para entender o outro. – Athenodora me olhou. – Os Volturis são velhos, muito velhos, o que uma mulher pensava, achava ou falava não tinha valor nenhum. Tratavam-nos como estúpidas e nos subestimaram, cegos pelo próprio ego...

Eu podia ver o que ela falava, Marcus me tratava asism, não era tão extremo, mas acho que era por que ele simplesmente não se importava.

-Mas...

-Eu sei o que vai dizer, esse são outros tempos. – Ela revirou os olhos elegantamente. - Os lideres Volturis tem a autoridade máxima entre a comunidade sobrenatural, e eles nos ouvem mesmo fingindo que não. Mas não gostamos de nos meter nos assuntos, é uma escolha nossa, não somos forçadas a ficar aqui... – Olhei para ela, tinha um olhar distante. – Não mais, pelo menos.

-Com assim?

-É uma longa historia e ficará para outro dia. – Ela deu um tapinha no assento ao lado. – Agora, que tal me contar como foi as coisas com James?

Jake P.O.V

Estávamos presos em um quarto, apenas uma lâmpada no teto e alguns objetos velhos ao redor.

-É o sótão da nossa casa. – Leah falou o meu lado. – Seth tinha medo de vir aqui quando era criança... – Murmurou cautelosa.

A luz piscou acima de nós, me deixando tenso.

Tum.

Olhei para o chão.

Tum. Tum. Tum.

Leah se aproximou de mim, o som vinha do chão, e era forte.

Crack.

Pulamos surpreso para a esquerda, algo se estraçalhou ao nosso lado.

Então, o choro de uma criança soou pelo cômodo. Leah engasgou ao meu lado e segui seu olhar, tinha uma criança encolhida perto das caixas.

Era Seth, uma versão de quando era criança, pelo menos.

Leah tentou se aproxima, mas eu agarrei seu braço, ela me olhou com o cenho franzido e eu apenas neguei com a cabeça. Aquilo não era real, nada ao nosso redor era.

-Só por que está em sua mente, não significa que não é real. – Congelei ao ouvir a doce voz de Nessie atrás de mim.

Leah e eu olhamos para trás e lá estava Nessie, linda como sempre, usando suas roupas de sempre, mas algo nela estava fora.

Não era ela. Eu podia ver em seus olhos.

Ela deu uma risada encantadora.

-Ah o amor... – Ela murmurou para si mesma e então nos olhou maliciosa e deu um passo, se divertindo com nossa pose de alerta ao vê-la se mexer. – Humanos insistem em senti-lo, mesmo sabendo que há um preço igualmente alto por algo tão forte.

-Quem é você? – Leah perguntou em tom determinado.

-Você vai sofrer, meu querido, como sofreu antes e como sofre agora. – Ela continuou ainda olhando para mim. – Irá fazê-lo fraco e então conhecerá o fracasso.

-Você não sabe nada sobre amor, nunca sentiu. – Puxei Leah para o lado, enquanto ela aproximava.

-Mas eu assisti seu mundo das sombras, impérios caíram por tal sentimento, deve ser realmente incrivel se apaixonar, lhe darei isso, mas o preço que se paga... Tsc, tcs, tcs. – Ergueu um dedo negando.

Qual era o jogo dela?

-Por isso se disfarçou com o rosto da minha impressão? – Ela sorriu sardonicamente (um sorriso que nunca vi no rosto de Nessie). – Acha que pode me atingir assim?

Ela parou do outro lado do sótão, a luz piscou acima de nós.

Entre os flash's de escuridão Nessie sumiu e Sam apareceu no seu lugar.

-Apenas estou fazendo um ponto. – O mesmo olhar maldoso estava lá, o sorriso era de Sam, mas era difícil relaciona-lo ao rosto do mesmo. Já que Sam era uma pessoa bondosa por natureza. – O rosto é só um lembrete que estou certo, não concorda Leah? – Senti um arrepiou de leve ao sentir Leah tensa ao meu lado.

Pude sentir a dor de Leah, quando uma mão subiu no ombro de Sam e Emily apareceu por trás dele. Ainda o tocando sensualmente, ela lançou um sorriso satisfeito para Leah antes de puxar Sam para um beijo.

Olhei para Leah, os olhos dela estavam cheios de lágrimas, espelhando com o choro da criança encolhida no canto. Fechei os olhos ao ouvir os gemidos deles, a dor de Leah penetrou em meu cérebro, me machucando também.

-Jake?

Abriu meus olhos em choque.

-Mãe... – Murmurei perturbado com a imagem dela no chão nos braços de meu pai.

-Tire-o daqui! – Ouvi meu pai ordenar para minhas irmãs.

Rachel, que tinha quinze, tirou minha versão de doze anos da sala, enquanto Rebecca (no alto de seus dezoitos) ligava para a ambulância.

Minha mãe havia rolado a escada, meu pai me disse, um mero acidente causado por um ataque cardíaco. Quando ela chegou ao hospital do clã, ela já estava morta e não conseguiram ressuscitá-la.

-Amor trás dor. – Me virei ao ouvir minha voz de doze anos. – Você se lembra o que aconteceu? Todos foram embora...

-Pare. – Mandei apertando os punhos.

- Tchau, Jay. – Me virei para a escada, foi como se eu visse duas lembranças ao mesmo tempo. Minhas duas irmãs indo embora.

-E o que seu pai fez? – Não respondi a voz atrás de mim. - Ele te treinou, sem piedade nenhuma, te fez um assassino, um ladrão, a escoria do mundo. – Franzi o cenho, teve um ponto que eu pensei assim.

Em um piscar de olhos, eu estava na sala de treinamento. Prendi a respiração lembrando desse dia, foi quando eu tinha quebrado o braço pela primeira vez. Meu pai ficou me olhando no chão com a expressão tranquila e simplesmente disse...

"Concerte-o você mesmo"

Eu era um transfigurador, minha cura se iniciaria imediatamente, cabia a mim botar o osso no lugar, caso contrario seria curado da forma errada.

-Ele te fez monstro que é, Jacob. – Me virei lentamente não acreditando que era a voz da minha mãe.

-Você sabe... – Me aproximei dela, me sentindo acabado mentalmente. – Tem razão, ele trouxe o monstro. – Ela me olhou triste. – Mas está tudo bem, todos temos monstro dentro de nós, é o que nos faz humano. – Enfiei minha mão em seu estomago e escavei através da carne seu coração, senti meus olhos queimarem ao ver o rosto de dor de minha mãe. – Aceitar essa parte foi o trabalho de minha mãe, demônio. – Cuspi puxando o coração dela.

Dizer que não doeu ver o corpo da minha mãe caindo no chão, seria mentira. E quando ela me olhou com um brilho raivoso, eu soube que fiz a coisa certa.

Então, ela gritou e tudo ao redor começou a girar.

Era como está no olho de um furacão.

O vento era tão forte que me vi fechando os olhos.

Edward P.O.V

Ainda estava na sala relaxando, quando Bella apareceu na porta com um ar hesitante. O que me deixou completamente em alerta.

-O que foi? – Ela se sentou no encosto do sofá cautelosamente.

-Você sabe que eu era criminosa em Nova York, certo? – Acenei com a cabeça. – Então, eu tinha alguém para me passar os trabalhos e tudo mais, Jasper inclusive está o usando, segundo Nessie.

-Certo... – Me ajeitei no sofá curioso.

-Ele sempre me ameaçou de contar quem nós éramos, sempre achei que se referia a Nessie, por motivos óbvios, mas... – Senti uma pontada, não gostava para onde isso estava indo. – Eu acho que ele se referia a mim. – Me olhou hesitante.

-Ok, e o que tem isso?

-Meu pai namora Sue. – Ela falou de repente, eu me orgulhava de ter um pensamento rápido, mas essa não consegui a acompanhar nisso. O que tinha uma coisa a ver com a outra? – Ele manteve segredo por tanto tempo que me faz pensar no quanto ele mantém escondido... – Me olhou sugestivamente. Oh... Eu vejo a conexão.

-Eu não posso revelar segredo nenhum, Bella, não são meus para inicio de conversa.

-Eu sei! Eu só quero que me conte o que todo mundo sabe e eu não. – Suspirei a puxando para sentar ao meu lado, ela me olhou ansiosa.

Olhei-a por um instante, era tudo incomum, para se dizer o minimo. Ela estava me pedindo para falar sobre sua propria familia. Observei-a por um momento e suspirei.

-A família Swan é uma das famílias humanas que trabalham para os Volturis, sua conexão com o clã é tão antiga, que nenhum vampiro, exceto os Volturis sabem.

-E você?

-Eles não pensam sobre isso, são mestres em controlar os pensamentos, graças ao dom de Aro. – Dei de ombros. - Há mais duas famílias: os Ricci e os Verdi.

-Três famílias, três lideres Volturis. - Acenou com cabeça raciocinando.

-Sim, cada um tem uma guarda, mas os humanos não fazem parte dela, eles trabalham diretamente para proteger o mundo lá fora das criaturas sobrenaturais descontroladas.

-E eles aceitam tudo isso na boa? Quer dizer, por que não tentar extermina todos os vampiros? Não são vocês criaturas sanguinarias?

-Não faço ideia, na verdade, é apenas um conceito passado pela família: os vampiros mantém a ordem e eles devem ajudar. – Passei o braço sobre seus ombros.

-E você já conheceu outro Swan? – Mantive minha expressão serena.

-Eu não os conhecia pelo nome de Swan, na verdade. – Ela me olhou curiosa. – Conheci sua avó, Diana. Ela e seu avô estavam em uma missão para trazer Athenodora Volturi para Caius. Não era exatamente tempos pacíficos aqueles...

-Isso é demais para minha cabeça... – Ela suspirou se encostando no sofá com o olhar perdido, contemplando suas descobertas.

-Eles se amavam, não sabiam na época o que deixava toda a situação hilária, acho que essa a razão para Athenodora voltar com eles. – Comentei divertido.

-E que mais? Como... Como ela faleceu?

-Eu não sei, na verdade, isso é o que eu sei dos Swan e não é segredo, vamos assim dizer. – Ela me olhou preocupada. – Bella?

-Eu tenho uma família e eu sinto que não tenho uma, isso não é estranho? – Perguntou fechando os olhos cansadamente.

Eu não a culpava por se sentir assim, depois desses meses toda a carga emocional e física que ela passou, estou surpreso por ela não ter tido um ataque.

-De tempo ao tempo, Bella, a família Swan não irá te repudiar.

-Eu sei disso, amorzinho, mas eles não confiam em mim e esse é o meu problema. – Me olhou desesperançosa.

-Bell?

-Hum?

-Eu me sinto mal só de ouvi-la, isso é TPM?

-Como é que é?

-Só curiosidade, nós dois sabemos que acontece uma vez por mês. – Olhei-a com um sorriso piedoso.

Uma almofada foi socada na minha cara.

Ao menos eu sempre poderia distraí-la da própria dor.

Ela ia pular em cima de mim e inutilmanet tentar me estrangular, quando o telefone da casa tocou nos parando imediatamente. Bella ficou ereta imediatamente e olhou para trás em choque. O telefone dos Swan não tocava com muita frequência nesses dias, todo mundo usava o celular, então, não havia ponto.

Bella estava atendendo ao telefone antes que eu abrisse a boca.

-Alõ? – Perguntou hesitante, franzi o cenho ao ouvir a voz do outro lado. – Pai? – Olhou para mim incrédula.

Nessie P.O.V

Ok... Isso não tinha a ver com a paz de espírito que eu estava esperando!

Havia uma garota vivendo no meu apartamento (também era de Bella, mas quem se importa?), ela sabia quem eu era e disse que foi Bella quem a colocou ali.

Tipo, que porra é essa?!

E ai tinha Jasper (o vampiro loiro e hippie e quieto e completamente da paz) amarrado na cadeira do canto, parecendo puto da vida.

-Ele é amigo de Bella. – Apontei calmamente, se ela podia prender um vampiro, eu não tinha muita esperança.

-Ele me atacou, ele ia me levar para eles. – Ela retrucou assustada. – Eu não vou voltar para lá. - Reconheci o olhar desesperado de alguém que foi torturado no mesmo insstante. Eu costumava ver aquilo no espelho depois que acordava dos pesadelos.

-Você disse que Bella te colocou aqui? – Me sentei no sofá lentamente.

-Ela é caçada pelos Volturis, Nessie, Bella não faria isso. – Jasper argumentou do outro lado da sala. - Nem sequer faz sentindo! Elas não se conhecem!

-Ele tem um ponto. – Olhei para a loira que parecia nervosa. – Tem como provar o que está dizendo?

-Eu tenho. – Ela pegou a bolsa rapidamente e me entregou um cartão.

O cartão de credito de Bella.

O bebê dela, se a coisa tivesse sumido, ela teria feito um escândalo.

Olhei para os dois, Jasper parecia esperar que eu o soltasse, mas a situação era delicada demais. Estendi a mão e o ceguei, respirei fundo partindo minha concentração em duas e olhei para a loira.

-Seu nome?

-Kara.

-Seu verdadeiro nome? – Estreitei os olhos.

-Sasha... – Ela respondeu em tom baixo.

-Quem mais vem aqui? Bella não te largaria aqui a toa, certo?

-Nicolas e Jane.

-Oh sim, isso faz mais sentido. – Suspirei fechando os olhos. – Como conhece Bella?

-A carta disse para ir na casa dela, que ela me protegeria... – Sasha mordeu os lábios. – Ela me deu uma missão como eu tinha pedido e agora está encrencada. – Olhou para Jasper desolada.

-Missão? Explique direito.

-A vida de vocês é tão incrível... Eu disse quer queria poder ter uma aventura como essa, então alguns dias depois Bella me ligou dizendo que tinha algo. – Ela sorriu tão feliz que quase partiu meu coração. – Eu terminei em Nova York, pode imaginar isso? Mas eu estava sob ordens dele, não sabia que era um vampiro até que o encontrei no final de tudo. Acho que meu nervosismo o deixou desconfiado, já que me seguiu até aqui.

-E o que é você? - Olhei-a analiticamente, ela parecia humana, mas Jasper estava amarrado na cadeira...

-Humana. - Respondeu tranquila.

-Não, não é, você prendeu um vampiro. – Olhei para a cadeira onde Jasper estava com os olhos fechados, ela suspirou.

-Eu sou uma humana, mas fizeram um ritual comigo. Me transfomaram em algo chamado de protetora. Eu não deixo de ser humana, apenas sou fisicamente mais resistente e... Argh! Qual é a palavra? – Foi então que eu percebi o sotaque dela.

-Você fala outra língua?

-Russo, meu inglês era meio enferrujado mais melhorou nas ultimas semanas. – Ela torceu as mãos e espiou Jasper, que ainda estava de olhos fechados lutando contra meu dom. – Eu sou imune, Nicolas usou essa palavra. - Acenou para si mesma.

-Então ligaremos para Nicolas e Jane. – Falei puxando o celular.

-Não! – Ela exclamou ansiosa, olhei-a intrigada. – Ele não sabe sobre eles e não pode saber! Jane me explicou que ela ainda foi transformada por um Volturi, isso seria ruim...

-Por que você é uma fugitiva deles... Por que estão lhe ajudando?

-Eu não saber. – Ignorei o escorrego, a pobre estava nervosa. – Foi a carta que dei a Bella, algo sobre a assinatura...

-Tudo bem... – Suspirei ordendo o labio. – Bem, nós temos um problema então. – Olhando para Jasper.

O que fazer?

Ele ainda era um Cullen...

Edward sequer sabia disso?

Oh Deus...

Jacob P.O.V

-Amor... – Gemi, minha cabeça doia... – Abra os seus olhos.

E foi o que eu fiz, não poderia desobedecer uma voz tão doce.

Era uma mulher. Uma mulher muito bonita. Ela chegava ao nível Nessie no meu termômetro de beleza. Estranhamente, ela não era parecida com Nessie, era loira, a pele bronzeada e tinha olhos verdes amarelados... Franzi o cenho enquanto observava a mulher me sorrir serenamente, acariciando minha cabeça.

Eu estava no colo dela. O que eu estou faze no colo de uma desconhecida pensando que ela era tão bonita quanto Nessie?

Me ergui como se tivesse levado um choque, olhando para a mulher assombrado, era o demônio! Era um truque!

-Não, não sou um truque. – Ela sorriu docemente. – Sou sua mente.

-Nunca lhe vi na vida, por que minha mente teria seu rosto?

-Por que o demônio já roubou o meu outro rosto. – Franzi o cenho para a resposta. – Você não se lembra de mim, querido, por isso é seguro.

-Isso é um truque. – Olhei ao redor procurando uma saída.

-Está é uma parte de sua mente que nem mesmo um leitor de mentes poderia alcançar, meu amor. – Explicou serenamente, fechei os olhos a ignorando. – Sei que sente que pode confiar em mim, eu não sou familiar afinal de contas?

Na verdade, ela realmente parecia familiar. Como um deja vu estranho.

-Jacob... Olhe para mim. – E eu abri os olhos de novo.

Eu já estava preparado para o impacto de sua beleza, ela parecia um anjo. Os cabelos dourados lisos com uma coroa de tranças na cabeça... A roupa dela era de uma amarelo claro com branco, um vestido antigo, daqueles que você em filmes épicos.

-Quem é você? – Ela sorriu em resposta.

-O demônio lhe deixou em coma, não conseguiu te enganar, então lhe tranco em sua inconsciência.

Oh droga...

-Quebre a força dele. – Ela pediu calmamente, olhei-a incrédulo. – Se conecte há Seth, ele é o único que pode parar o demônio.

Seth?

Claro, Seth!

Uma luz piscou acima de mim, a mulher-anjo tinha sumido e em seu lugar apareceu o choro de criança.

Me virei, estava no sótão e o menino estava no canto chorando. Eu achei que era o demônio em si, mas talvez... Talvez esse fosse Seth.

Dei alguns passos em direção ao menino, ele não pareceu me percebe ali. Agachei e o observei por alguns instantes, não sabendo bem o que falar.

-O que foi? – Perguntei cauteloso, o garoto ergueu o rosto molhado de lagrimas.

-Eu estou sozinho. – Ele murmurou entre os soluços. – A escuridão me assusta. – E voltou a chorar.

Olhei para o sótão, podia ser um cenário assustador para uma crianças, Leah disse que ele tinha medo daqui quando era pequeno. Mas isso era um medo infantil, Seth estava quase terminando o treinamento Volturi, ele já tinha medos piores dentro de si.

Ele sabia dos monstros lá fora.

Não faz sentido o demônio usar esse medo nele, Seth poderia enfrenta-lo sozinho.

Então o que o fazia estar tão aterrorizdo?

Olhei ao redor, só havia o sótão! Não havia nada além de nós ali, o que...?

Oh!

Eu estou sozinho.

É claro, é o que todo transfigurador teme. Mais do que os monstro lá fora, mais que a própria morte.

Ficar sozinho.

Transfiguradores não costumam namorar outras pessoas, sabem que sua impressão pode aparecer a qualquer instante. Então, ficamos sozinhos, no canto, vendo outros transfiguradores com suas impressões e alguns casos são bonitos, mas outros são assustadores. Como Quill que teve sua impressão com a sobrinha de dois anos da Emily: Claire.

Seth mais do que ninguém viu o que Sam fez com sua irmã, ele nunca ousaria a namorar uma garota e fazê-la sofrer o mesmo que a irmã. Mas ele também viu minha felicidade com Nessie...

O demônio o acertou no ponto mais sensível. Algo que até mesmo eu e Leah, com quem ele compartilha pensamentos, não sabíamos.

Seth ficou preso no sótão da solidão, por isso chorava e era uma criança.

-Hey, Seth... – O garoto ergueu a cabeça para mim. – Você não está sozinho.

-Eu me sinto sozinho. – Aquilo não era algo que um garotinho falaria, aquele era Seth.

-Mas você não está, ela está lá fora esperando por você. – O menino soluçou. – Tudo o que você tem fazer é sair do sótão. – Apontei para a entrada no chão, que se abriu no instante que eu apontei.

-E eu não vou estar mais sozinho?

-Bem, ai você vai ter procura-la.

-Por quê?

-Por que ela deve estar tão perdida quanto você, cara. – Ele me olhou confuso, enquanto se levantava.

-Quem é ela? – Me olhou hesitante sobre o ombro.

-Eu não sei. – Dei de ombros. – É você quem tem que descobrir.

-É mentira. – Nos viramos ao ouvir a voz de Leah. – O que estiver ali embaixo vai lhe trazer dor, pequenino. – Seth me olhou assustado. – Olhe o que isso tudo fez comigo!

-Leah... – Me virei para o garoto, agora estava um Seth de quinze anos a olhando atormentado.

-Você viu o que eu passei! – Leah exclamou com a voz quebrando em choro. – Toda aaquela dor! Você estava lá! Você viu!

-Eu... – Seth me olhou desesperado.

Ele não ia fazer, não ia descer.

-É o demônio, Seth. – Tentei argumentar.

-Mesmo assim! Não deixa de ser verdade. – O pânico rastejou por meu corpo. Se Seth não o parasse o demônio iria leva-lo a loucura!

E todos nós iriamo juntos.

-Você viu nos pensamentos dela também. – Seth quase soluçou. – A vergonha, a humilhação, toda aquela dor...

E eu pude ouvir Leah chorando atrás de mim. Olhei sobre o ombro, aquele era o demônio, Leah não faria isso ao irmão.

-Você sabe a única saida para não me fazer sofrer mais, irmão. – Leah soluçou.

-A nossa morte. – Seth acenou com a cabeça.

-O que? – Engoli a seco. O que ele quis dizer com nossa? – Seth, isso é loucura! Leah nunca iria querer que se matasse! Seth! Me escute! – Tentei agarrar seu braço, mas ele me socou para o lado.

Rosnei frustrado e pulei no Seth, ele lutou de volta, mas eu era o alfa.

-ESCUTE! Como seu alfa, eu lhe ordeno que... – O que eu poderia fazer? – Que... – Olhei para Leah que sorria para mim através das lagrimas falsas, era o demônio. – Leve-nos para a mente de Leah.

-O que? – Ela parou de sorrir de repente.

Estavamos em uma floresta agora, e não havia sinal de Leah.

-Leah, eu lhe ordeno que venha aqui! – Exclamei impaciente.

Leah ao nosso lado engasgou de repente. Uma garra explodiu de seu peito, ela nos olhou surpresa antes de cair de joelhos no chão e por fim, morrer. Seth e eu olhamos para cima e vimos Leah com a mão se transfigurando de volta para humana.

Ela parecia altamente pertubada. Os olhos estavam nublados, uma expressão inexpressiva dominava seu rosto, enquanto ela limpava a mão suja de sangue na calça.

-Leah?

-Irmã? – Ela nos olhou desorientada e desamparada.

-Vocês podem me matar quantas vezes quiser... – A imagem do General Swan apareceu apoiado em uma arvore e um sorriso maligno.

-O que é isso? – Seth perguntou perdido para o fato de que o demônio pegou a forma de Charlie Swan.

-Eu não posso morrer. - O demônio riu obscuramente.

-Você não tem influência sobre mim... – Me ergui do chão.

-Mas você não é quem eu possui, Black. – Ele se aproximou. – Pode acorda e seguir com sua vida, mas sempre estarei em seus sonhos, não importa o quanto possa lutar... – Ele riu obscuramente. – Todo mundo quebra.

Olhei para os irmãos no chão, eles me olharam igualmente assustados.

Isso era muito fodido, cara!

Ele sumiu com uma risada.

Bons sonhos.

No proximo instante, eu estava acordando.

Estavamos na cabana do falecido Sr. Clearwater, eu podia ouvir Sue no lado de fora fazendo só Deus sabe o que. Olhei para os outros dois, eles também estavam acordando.

-Isso não foi muito bem. – Leah murmurou. Pigarreei tentando parecer indiferente.

- É só o começo, todos sabemos que não vai ser facil. – Repliquei me levantando do colchão.

Haviamos formado um triangulo com os colchãos no chão, a proximidade nos permitiria ter a conexão mental mais forte. O ideial era entrar na forma de lobo e dormi na floresta, mas não é exatamente seguro, ainda poderia ter demônios por ai.

E mesmo que podemos lidar com eles, nós estariamos vuneráveis, já que para lutar com o demônio que assobrava Seth, teriamos que estar na cabeça dele.

-Mãe? – Leah chamou ao ver o estado de Seth, ele não conseguiu comer muita coisa nos ultimos dois dias. O corpo dele agora não era mais de um demônio, mas a criatura ainda estava ali espreitando, afetando-o de todos os modos possiveis, matando-o lentamente.

-Finalmente vocês estão acordados! – Sue entrou limpando as mãos em um pano.

-Finalmente? Quanto tempo ficamos fora? – Perguntei esfregando a cabeça, enquanto ela pegava algo na cozinha ao lado.

-Um dia inteiro. – Ela respondeu de lá, Leah e eu nos olhamos surpresos. – Eu avisei a Nessie e Billy, não se preocupe Jake. E Leah um homem ligou da universidade de Washington...

-Oh sim. – Ela mordeu os labios e olhou para Seth que estava olhando para o teto desesperançoso.

-Tudo bem, querida, faremos de novo daqui apouco. – Sue disse entregando um copo para Seth, a única coisa que ele conseguia beber era o chá que ela fazia.

Me levantei e puxei Sue para um canto, ela me olhou preocupada. Havia notado o olhar pertubado de todos nós.

-Como exatamente vamos lutar com um demonio? – Perguntei de novo. – Você disse que tinhamos que lutar com o que eles nos mostrar, mas... Não acho que vai funcionar.

-É o que o demônio quer, Jacob, ele já está pondo ideias na cabeça deles. – Ela olhou para os filhos com um suspiro. – Morte é o caminho mais facil, a criatura dirá e repetira até que eles acreditem nisso. – Me olhou com certo desespero. – Você precisa ajuda-los.

-Eu não posso fazer nada, não tenho mais força do que eles.

-Sim, você tem, é o alfa, Jacob, está no seu sangue ser lider. Seu instinto primário é lutar pela vida de seu bando, é por isso que não está com eles, você conseguiu lutar através do demônio.

-Mas não é como se fosse conseguir ganhar os dois. – Repliquei frustrado.

-Não é algo que vai embora em um estralar de dedos, Jake, tem que ajuda-los a se liberar do demonio, das coisas que ele mostra a vocês, entende?

-Quando nós voltarmos lá, vai ser pior para mim, ele me disse por si mesmo.

-Você tem que ser forte, meu garoto, não só por você, mas por eles. – Ele acenei concordando.

Era o que significava ser um alfa.

Bella P.O.V

Suspirei contra cadeira, meu coração estava acelerado pelo o que tinha acabado de fazer.

-Eles estão no subterrâneo. – Respirei mais forte.

-Richard? Sim, sim, vai! – Arthur disse ao telefone.

A casa da familia na Escocia tinha perdido contato ontem a tarde. Minha tia Aurora e o meu tio Richard sairam correndo, afinal lá estavam seus filhos, meus primos. Assim que cheguei a delegacia, papai me deu um chá e junto com Arthur, de alguma forma, conseguirão projetar meu escudo no outro lado do oceano.

Totalmente foda!

Me inclinei para a mesa, onde projetava imagens de satelite do castelo, onde meus primos se encontravam.

-Eu não entendo... – Comentei franzido o cenho. – O castelos não deveria ter proteção extra?

-Localizar o castelo já é algo espantoso. – Arthur deu uma fungada pensativa, ele ainda parecia meio doente. – Isso não pode ser bom. – Ele olhou para Charlie. – Tem cheiro de traição.

-Ainda poderiam encontrar uma brecha na proteção. – Charlie argumentou. – Não vamos fazer nada precipitado.

-Por que tem um Cullen lá fora?! – Me virei surpresa pelo tom raivoso usado pela pessoa que entrou na sala de forma tão bruta. – Oh! Isabella... – Alex me olhou secamente.

Ergui a sobrancelha para ela em resposta, então percebi o olhar questionador de meu pai e do meu tio.

-Edward disse que me esperaria. – Dei de ombros.

-Você está aqui há uma hora... – Charlie estreitou os olhos, apenas o olhei em resposta. – Aurora estava certa, não é?

-Sobre? – Perguntei inocetemente.

-Vocês dois são... – Charlie me olhou engraçado, me senti corando. – Um casal?

-Você não está realmente comprando esse ato, certo? Ele obviamente está a usando. – Arthur cortou o barato de todo mundo.

- Você não sabe do que fala, Arthur. Faz sentido, a forma como ele anda falando de você...

-Espera ai! O que?! Você falou com Edward? – Charlie me olhou com uma perfeita cara de paisagem.

-Ele me mantém atualizado sobre os acontecimentos na cidade e na minha casa. – Ele respondeu indiferente, abri a boca incrédula. – Mas vocês dois estão namorando? – Charlie foi bem direto ao assunto.

Olhei para os outros, meu tio estava de braços cruzados balançando a cabeça em descrença e Alex me olhava com o cenho franzido. Oh certo! Ela achava que eu e Edward eramos noivos...

-Nós estamos em um relacionamento monógamo. – Gaguejei um tanto trêmula, mexi no anel em meu dedo como um tique nervoso.

Os olhos de Charlie grudaram ali por alguns instantes. Afinal era a aliança que Edward tinha me dado.

-Quanto tempo?

-Oh bem... – Desviei os olhos me enconlhendo por dentro, afinal de contas ele ainda era o meu pai. – Faz dois dias desde que ele pediu, na verdade. – Percebi seu olhar ainda na minha mão. – Mas eu não vou casar com ele.

-Arthur olhe para o anel. – Charlie me ignorou sem tirar os olhos da minha mão.

– É velho, reliquia de familia. – Revirei os olhos para o comentario do meu tio.

-Era da mãe deles, Edward só me deu para as coisas ficarem mais convicentes. Eu tenho um anel Cullen também, mas eu não o uso com muita frequencia. – Torci o nariz.

-Ele... Ele... – Charlie apontou para o pescoço desconfortavel, de repente, eu estava completamente sem graça.

Era como seu pai tivesse acabado de me pergunta se eu era virgem.

-Sim, mas eu também... – Mordi o labio hesitante, ele tinha percebido o que eu tinha parado de dizer.

Charlie ficou vermelho que nem um tomate, então saiu da sala feito um furacão.

Pensei em me levantar e segui-lo, mas Edward era um garoto crescido.

-Então, o casamento era uma farça? - Alex perguntou de repente.

-Não acho que vai ser depois dessa. – Arthur respondeu se sentando no sofá da sala. – Parece que o senhor Cullen clamou você para ele, então oficialmente, nós temos uma aliança. – Ele parecia cheio de si.

Franzi o cenho. O que estava acontecendo?

-Clamou?

Jasper P.O.V

Piquei desconfortável quando a luz veio na minha cara. Os últimos acontecimentos antes de toda aquela escuridão na floresta me vieram em menos de um segundo. Olhei para Nessie, que estava sentada na minha frente parecendo preocupada.

-O que foi isso? Onde está...?

-Não podemos entrega-la. – Nessie me cortou. - Bella é quem a escondeu e ela irá sofrer consequências severas ser for pega por algo assim.

-Nessie...

-Eu sou leal a Bella, Jasper, desculpe. – Ela suspirou claramente nervosa. – Então, eu refleti sobre um jeito de salvar as nossas bundas.

-É uma situação delicada demais para você entender, Rennesme. – Falei severamente. – Isso é política, nada que uma criança entenderia.

-É ai que você se engana. – Nessie se levantou. – Eu li A Guerra dos Tronos.

Eu acho que deveria apenas me matar, seria mais fácil.

-Agora, eu sei que Alice vai vir no instante que nossa querida Sasha sair de perto de você. – De repente percebi a humana atrás de mim. – Foi o primeiro ponto que desconfie, cadê Alice? Ela veria que você estava aqui e não acredito que ela gosta de fazer esse tipo de brincadeira com o marido.

Estreitei os olhos, ela tinha um ponto.

-E dai? No instante que Alice ver, irá trazer os Cullen para cima desse apartamento. – Olhei-a entediado. – Isso se já não o fez, desde ontem não me comunico, então...

-Eu entendo suas medidas de segurança, Jasper, lembre-se eu passei os últimos meses com vocês. – O sorriso dela... Eu não gostei. – Agora, depois de pensar sobre todas as situações possíveis... Bem... – Ela sacou o celular como se fosse uma arma e começou a digitar.

Então, eu percebi, era o meu celular.

-Eu estou pegando a responsabilidade de ter a protegido se algo der errado. – Nessei explicou. – Bella nunca fez nada aos olhos Volturis, entendeu?

-Por que eu concordaria.

-Eu soltaria Boreas se você não concordasse.

-Ele torturou Bella! – Exclamei incrédulo.

-Bem, há males que vem para o bem, o que é dele está guardado. – Ela sorriu para mim falsamente. – Agora, Alice vai ver isso. – Pouso o celular na mesinha.

-O que está fazendo?

-Não teria graça se eu contasse, certo? – Ela riu e se aproximou de mim.

Em um movimento rápido, ela me soltou.

-Não somo inimigos, como bem sabe. – Nessie puxou Sasha para sentar no sofá com ela. Percebi que a garota estava tensa. – E nós vamos todos esperar agora, não tente nada, ok Jasper? Ela te capturou, pode facilmente fazer de novo.

-Você está cometendo um erro, veja o senso e entregue-a. – Argumentei impaciente.

-Não posso, Jasper, como disse antes, eu sou leal a Bella. – Nessie me sorriu pesarosa. – Agora. – Puxou uma faca. – Vamos esperar.

Olhei para a faca, senti uma sensação de perigo familiar ao vê-la. Era a faca que Alice deu a Bella, que poderia corta tudo.

Até pele de vampiro.

Edward P.O.V

-Como você...?

Tudo bem, eu esperava que Charlie fosse querer me matar...

Mas não no estacionamento da delegacia!

Ele chegou como um animal saguinario, sedendo por sangue. Meu sangue.

Eu tinha sorte de ser rapido, caso contrario estaria no chão tendo minha cabeça arrancada.

-Eu já lhe assegurei que minhas intenções são... – Me interrompi com um gruído de dor.

EDWAAAAAAAAAAAAAAAARD!

Minha cabeça! Mas que coisa Alice!

Parei e rosnei tentando bloquear o grito mental dela. Era algo bem desesperado para alcançar aqui.

-Que merda... – Murmurei ignorando Charlie e puxando o meu celular que vibrava.

Era uma mensagem.

Eu tenho Jasper, Nessie, Boreas e Sasha como reféns. T.

O que é isso? O remetente era Jasper e estava endereçado para todos os contatos Cullen e Volturis.

Isso não era bom, não era nada bom.

-O que foi? – Charlie perguntou de repente em alerta, ele era treinado para deixar as emoções de lado no final de contas e era excelente em seu trabalho.

-Eles... – Nem terminei, Bella já estava empurrando as portas da delegacia violentamente. Sendo seguida rapidamente por Alex e Arthur.

-Entre no carro! – Ela mandou abrindo a porta do meu carro.

-Bella, se acalme... – Charlie tinha lido a mensagem no meu celular.

-ENTRE NA PORCARIA DO CARRO AGORA! – Ela gritou para nós.

E todos entramos rapidamente.

Eu, na verdade, a empurrei para fora do volante, por que - por algum motivo louco - ela achava que eu ia deixa-la dirigir naquele estado de espírito.

-O que está acontecendo? – Arthur perguntou um tanto mal humorado.

-A fugitiva Volturi, ela esta sendo segurada prisioneira com Nessie, Jasper Cullen e Boreas. – Charlie disse com o celular no ouvido.

-O lobisomem?

- O lobisomem! – Confirmei acelerando, enquanto discava rapidamente no celular. – Eu sei, Alice. Qual foi a ultima coisa que viu?

-Ele estava no aeroporto, vinha para Seattle. Ele tem que estar lá, Nessie está com ele!

-Chame as bruxas, use Esme. – Instrui entrando na autoestrada. A conexão de sangue era mais eficaz para se localizar do que...

-Eles estão em um prédio. – Arthur falou lá atrás e eu me permiti ouvir seus pensamentos.

-É o prédio da Bella. – Respondi olhando para Bella estranhando esse fato, ela me ignorou digitando furiosamente no teclado. – Ouviu isso?

-Já estou no meu caminho. Emmett! – E desligou na minha cara, joguei o celular entre as pernas e acelerei o carro.

-Bella? Seja legal e facilite as coisas para mim pelo menos uma vez na vida, por que exatamente estão no seu prédio? – Perguntei apertando o volante, minha mente estava trabalhando em milhões de possibilidades.

-Eu não sabia que Nessie estava indo para lá! – Ela exclamou indignada. – Quem é T? – Perguntou a todos nós.

Todos ficaram em silencio matutando em quem poderia ser. Tinha uma longa lista de inimigos com T, e grupos e sempre tinha a possibilidade de ser alguém novo.

Victoria P.O.V

Olhei para Bree confusa, ela parecia horrorizada com algo.

-Tem algo errado? - Perguntei preocupada.

Ela me olhou desamparada.

-Encontraram Sasha. – Ela gaguejou em choque.

Me assustei ao ver seus olhos vermelhos se encherem de lagrimas, ela começou soluçar violentamente. Instintivamente eu a abracei para consola-la. Um dos guardas havia nos dado a noticia, quando entrou na sala. Aparentemente, o fato de "pertencer" ao lider me dava acesso a informações de ultima hora.

-O que tem essa prisioneira?

-O que ele fez com ela... – Bree soluçou no meu ombro.

-Ele? - Ela acenou com a cabeça.

– Santiago.

Franzi o cenho confusa com o que...

Senti meu celular vibrar, alguém estava me ligando.

Olhei para o visor, quem me incomodava há essa... Nessie?

Jacob P.O.V

Sue olhava para o celular nervosa, estávamos prestes a voltar a mente de Seth quando o celular tocou e interrompeu toda a sessão.

-Algum problema? – Sue olhou para o filho e depois para mim.

-A... – Meu celular começou a tocar.

-Alô?

-Jake?

-Nessie? – Franzi o cenho, que numero era aquele que ela usava?

-Olhe, lobinho, eu sei que você ta isolado ai e tudo mais, mas... – Ela ficou em silêncio no outro lado da linha.

-O que foi Nessie?

-Eu quero falar com Sue. – Franzi o cenho e estendi o celular para Nessie.

Sue se afastou e foi para fora da cabana e eu não pude ouvir nada do que falaram. Quando ela voltou, sorria brilhantemente.

-O que ela queria?

-Ter certeza que você estava bem, ela achou que você mentiria para fazê-la se sentir melhor. – Sue deu de ombros. - Agora vamos continuar com isso. – Me empurrou de volta para o quarto onde Seth e Leah estavam.

Jasper P.O.V

Assim que Nessie desligou, Sasha veio pelo corredor desligando o celular. Era quase frustrante a maneira como elas estavam conseguindo me deixar no escuro apenas com o dom de Nessie. Eu tinha subestimado a filhote de demônio, e esse foi o meu grande erro.

Boreas também estava ali, inconsciente e amarrado ao lado da minha cadeira.

-Por que chamar tanta atenção?

-Por que eu quero que todo mundo venha. – Nessie respondeu e suspirou para mim. – Você é moeda grande com os Cullen, por motivos óbvios, e os Volturis a querem desesperadamente. Eu tenho que jogar a culpa em alguém para todos estarem aqui.

-E quem vai ser?

-Não sabemos, nos pegou de surpresa e não conseguimos ver o rosto do sequestrador. – Nessie pegou um par de algemas e prendeu um lado em seu braço e o outro no braço de Sasha.

-E quem disse que vou seguir esse plano?

-Bem, você sempre pode dizer que tentou atacar a protetora dos Romenos... – Nessie deu de ombros e eu arregalei os olhos.

-O que?!

-Ela foi sequestrada dos Romenos, a aliança Cullen-Volturi cai totalmente, pois os Volturis não vão assumir a culpa por ela e sim jogar nos Cullen. – Nessie sorriu maldosamente. – E se os Cullen disserem que foram os Volturis, uma guerra entre três clãs é instalada e tudo termina em caos.

-Nessie... – Olhei-a tranquilo. – Os Romenos estão destruídos, só o que resta são os lideres e uma hibrida.

-Ela pertence aos Romenos, foi criada por Kiara, a tal hibrida, para proteger as amazonas. – Nessie me cortou com um sorriso animado. – Cuja rainha foi morta por um Volturi, eu vejo uma conexão por ai.

Como ela sabia da rainha?

-Se as amazonas descobrirem todos os grupos no mundo irão se voltar contra os Volturis. E pelo o que já calculei são dois grupos que vocês, Cullens, estão afiliados no momento que estariam contra os Voltuis. – Olhei-a sem reação. – Agora, vamos contar as consequências, hã? Por que se vocês não forem a favor dos Romenos e Amazonas, vale lembrar que Alice tem um problema com elas...

-E ela seria um dos alvos principais.. – Completei entendo.

-Você está pegando meu ponto, ótimo! – Ela sorriu. – E eu lhe pergunto: quanto tempo vai demorar para os Romenos e Amazonas se aliarem aos lobisomens? Foi Thomas quem me contou da morte da rainha amazona, ele estava lá, ele viu.

Isso não estava cheirando nada bem.

-Você armou uma guerra. – Olhei-a incrédulo. – Qual é o seu problema?! Tudo isso por uma desconhecida?!

-Não, tudo isso por Bella, que será coroada traidora se os Volturis descobrirem que ela encobriu Sasha aqui. – Nessie me olhou preocupada. – Então, você está de acordo com o plano?

Refleti rapidamente. Nem quero imaginar o que Nessie faria se soubesse de sua conexão com os Cullen e com as Amazonas.

-Tudo bem! – Exclamei cedendo ao gênio do mal a minha frente. – Mas se vamos fazer isso, vamos fazer certo. – Suspire e passei a mão pelo rosto. – Pegue uma das bombas que eu sei que você tem aqui e me explique o que vai fazer para não entrarmos em uma guerra.

Emmett P.O.V

Parei a moto bruscamente contra a calcada, Alice já havia saltado e ia entrar quando Edward a parou na entrada. Nosso grupo tinha saído de uma van e os Volturis haviam aparecido logo em seguida...

-Sai da frente. – Alice disse em tom baixo e perigoso.

-Não sabemos... – Edward começou a dizer.

Uma explosão o cortou, todo mundo se afastou e olhou para cima.

-Que merda foi essa?! - Alice rosnou andando para lá e pra cá tentando ver lá em cima.

Um corpo caiu em cima de um carro ao nosso lado. Os Swan eram o mais perto e pegaram algo no cadáver. Aquele... Era Boreas.

Vê-lo sem vida deu tanta satisfação que me deixou desnorteado.

-O que está escrito? – Bella perguntou para o pai.

Certo! O bilhete no corpo.

-Esse é o primeiro, ligue para o interfone e negociaremos. – General leu, Alice estava dentro do hall passando por todo mundo que corria pra sair.

Quando cheguei lá, ela já tinha empurrado o porteiro da cadeira e atendido.

-Alô? – Ouvimos a voz de Jasper.

-Jasper? – Ela nos olhou ansiosa. – O que está acontecendo?

Edward P.O.V

Eu deveria estar prestando atenção na negociação, mas algo me chamou atenção ali embaixo. Era um click, olhei para o sofá por um instante, então empurrei Alice e Emmett para trás do balcão do porteiro.

O sofá explodiu em um som horrível. Rosnei tampando os ouvidos, granadas de som! Isso foi esperto.

-Alice?

-Jasper? – Alice tinha um fio de sangue escorrendo pelo ouvido, mas ignorou. – Me diga o que está acontecendo?

-Vá para o telhado. – E desligou bruscamente.

Olhei para a entrada, Bella estava lá com o pai, Jane e Nicolas. Algo errado, tinha algo que eu estava perdendo.

Então eu percebi o que era.

O celular de Bella estava na mão dela, ela não olhava para ele, mas seu dedo se movia agilmente digitando algo. Ela olhou para cima tensamente, Jane ao seu lado fazia a mesma coisa, apenas Nicolas falava com Arthur sobre situação.

Elas tramavam algo, mas o que?

-Vamos, Edward! – Emmett agarrou meu braço e me puxou para as escadas.

Bella P.O.V

-Isso é loucura. – Jane murmurou para mim.

-Você tem leva-la. – Murmurei de volta olhando para cima. – Nessie tem um plano.

-Por que isso aconteceu para inicio de conversa? – Jane perguntou, neguei com a cabeça, eu não fazia ideia.

-Bella? – Olhamos de lado, era meu tio Arthur.

-Algum problema com eles?

-Você tem certeza que eles estão no subterrâneo?

-Sim...

-Explodiram a ala leste. – Ele respondeu preocupado. – Aurora teve que entrar pelo outro lado... Não são demônios.

-Não? – Olhei-o curiosa.

-São lobisomens. – Ele olhou para Nicolas. – Nós ajudaria alguma dicas de seu amigo.

-Nicolas? – Jane falou antes que eu abrisse a boca.

-Já sei, me passe as informações. – Ele puxou meu tio para longe de nós.

Jane ergueu a cabeça de repente, junto com todo os vampiros.

-O que foi?

-Gritos. – Jane me olhou. – Começou, vamos. – Me puxou pela multidão.

Alice P.O.V

Chutei a porta e corri para o terraço. A gritaria me deixou nervosa demais, então eu não pude desviar de todas as bombas de som luz e gás pelo caminho. E ainda que não me matasse, meus sentidos estavam um pouco mastigados.

Mas tudo o que importava era Jasper.

Isso não deveria acontecer! Isso estava fora do script! Alguém estava interferindo no futuro!

Parei no meio do terraço, no alto vigésimo andar, completamente congelada pela cena a minha frente.

Eram três. Nessie, Sasha e Jasper. Todos estavam cheios de cortes e sangue como se tivessem tido uma luta selvagem.

Jasper tinha um rasgão enorme no estomago e tossia sangue no chão, a beira do prédio. Corri para ele desesperada, isso não deveria acontecer!

Isso não deveria acontecer!

Quem fez isso?

-Quem fez isso? – Perguntei desesperada para Jasper, enquanto o puxava para longe da beira.

-Eu não sei. – Murmurou com a voz áspera, mordi meu pulso e coloquei em sua boca. Ele aceitou instintivamente.

-Edward? - Perguntei em tom nervoso. Eu estava nervosa.

-Eles... – Edward pausou por um momento com o cenho franzido. – Não virão.

-Como isso é possível?! – Exclamei furiosa.

-Vamos pensar nisso depois, temos que move-los. – Emmett disse pegando Nessie no colo e sumindo. Edward fez a prisioneira ficar inconsciente e a levou também.

Respirei fundo tentando pensar.

Nada daquilo deveria ter acontecido, o que...

Minha cabeça latejou e o formigamento nos dedos começou...

-Estamos felizes por terem a achado. – Olhei para Aro, que se encontrava surpreso.

...

Como eles puderam?! Como... O que...?

E tudo girou como se eu estivesse em um acidente de carro.

...

Então eu estava dando um tapa em Marcus Volturi.

-Mentiroso!

...

Esme chorando desesperadamente nos braços de Rose, ao fundo se podia ouvir os gritos de Alice Cullen.

...

-Xeque-mate. – Ouvi uma risada feminina na escuridão.

...

Uma faca. Fogo.

Um grito.

Pisquei sentindo um frio na barriga. O futuro... Foi mudado.

Uma explosão foi se ouvida lá embaixo.

Jane P.O.V

Entramos no hall da nova mansão Cullen, era o lugar mais perto onde tinha uma bruxa. Bella segurava Nessie nervosamente, enquanto a pobre pedia a cabeça desorientada.

Peguei a faca no ar e entreguei a Bella. Ao menos Jasper seguia o plano, depois de todos se machucarem com aquilo, ele tinha que se livrar do objeto, caso contrario Alice reconheceria a arma. E era melhor ter o minimo de pessoas sabendo o que estava acontecendo.

-E agora? – Ela me perguntou, quando a guardou em sua bota, estendi o braço e entreguei a injeção.

-Aplique isso em Nessie sem ninguém ver, eu vou colocar a bomba no carro, essa é a brecha que você tem para aplicar, irá faze-la passar mal. – Bella acenou em concordância.

Charlie, Alex e eu ficamos responsáveis por transporta Sasha. Bella aproveitou e levou Nessie conosco, já que os Cullen tinham muito a fazer. Nicolas ficou com Arthur cuidando da situação Swan, era parte do trato ajudar Bella, mesmo que fosse com a família dela.

De qualquer maneira, Nessie "passou mal" no caminho até os Volturis e tivemos que parar nos Cullen, onde estavam as bruxas mais próximas.

-Nós devemos voltar. – Charlie suspirou, Alex o olhou surpresa.

-Eu levou a prisioneira, pode ficar com sua fi... – O som de vidro se quebrando veio da porta.

Corri e vi Sasha escapando, então ela gritou, congelei ao ver Aro Volturi a prendendo por trás com um braço e o outro circulando seu pescoço. O sorriso maligno de satisfação quebrou algo dentro de mim. O plano não tinha dado certo! Os Romenos tinham que vê-la.

De repente Sasha gritou e a cabeça dela foi para trás, batendo fortemente na cara de Aro que a largou surpreso. Ela saiu correndo imediatamente, quase sorri.

Respirei fundo e mandei a mais forte onda de dor que pude.

Os gritos dela precisavam ser ouvidos.

E foram, provavelmente até a esquina do quarterão.

-É o suficiente Jane. – Charlie falou atrás de mim.

Andei até ela diminuindo aos poucos a dor, podia ouvir os hospedes Cullen vindo. Era noite, então eles estariam ali.

-Mas o que significa isso? – Mantive o rosto sério, quando ouvi a voz de Vladimir.

-Punindo um fugitivo, o que mais seria Vladimir? – Retruquei entediada.

-Fugitiva?! Do que está falando?! Aro? – Vladimir olhou para Aro perigosamente furioso.

Não se mexe com um Romeno, eles eram extremamente velhos e isso indicava que não eram nada vulneráveis. Na verdade, ninguém nunca entendeu como os lideres Romenos podem não ser tão fortes ou rápidos, mas não podem ser mortos. Quase como os Volturis, mas eu sei como =eles podem ser mortos, então não conta...

-Ela é o resultado de um ritual antigo. - Aro disfarçou.

-Sim, um ritual que minha bruxa fez, ela é a protetora das amazonas. – Vladimir argumentou. – Pensamos que tínhamos a perdido, docinho. – Estendeu a mão para uma chorosa Sasha.

– O que fez com o cabelo? Ficou adorável. – Stefan perguntou ao lado do irmão.

Sasha estranhamente sorriu para o Romeno, pelo o que sei sua relação ruim era com a hibrida, mas não imaginava simpatia entre ela e os lideres.

-Então, vocês tem o ritual? – Aro perguntou surpreso.

-Estamos felizes por ter a achado. – Stefan sorriu para o líder Volturi. – E o ritual foi feito por alguém que já se foi.

-Sim, não tem outras intenções obscuras. Aro, posso lhe assegura isso.

-Eu acredito em sua palavra, senhor.

-Então, ela não é mais uma fugitiva. – Vladimir sorriu educadamente. – Onde você esteve nesse ultimo ano, minha querida? Como foi parar nas mãos dos Volturis agora?

Ninguém comentou o fato de que ela não estava sendo feita prisioneira só agora. Algo me diz que Athenodora vai ter trabalho essa noite em apagar as memórias alheias.

Sasha dirigiu o olhar para Aro, ela obviamente estava desorientada, mas seu olhar penetrante ao vampiro me fez respeita-la um pouco. Talvez ela quisesse que ele sentisse remorso, mas esse era Aro Volturi, o lobo em pele de cordeiro.

Pude percebe que Sasha traçou as cicatrizes no braço inconscientemente, enquanto o olhar se tornava morto ao relembrar memórias dolorosas.

-É tudo... – Ela parou por um momento, eu pude sentir a tensão de Aro, uma palavra e todos estavam em guerra. – Escuro. Eu não lembro de nada... – Murmurou inexpressivamente. – Só dor.

-Cuidaremos de você agora. – Stefan acariciou os cachos dela. – Kiara, cure-a. – Pediu a hibrida que olhava para Sasha analiticamente.

-É claro, senhor. – Ela puxou Sashsa delicadamente e foi para dentro.

-Tem algo a dizer Jane? – Vladimir perguntou casualmente.

-Apenas segurei uma fugitiva, foi um habito tolo, culpa do meu trabalho anterior. – Olhei para Aro com um sorriso falso, enquanto respondi ao Romeno.

-Oh sim, é claro. – Replicou, então olhou para Aro. – Que tal uma xícara de sangue, Aro?

-Sempre um prazer, Vladimir. – E Aro o seguiu para dentro.

Sai andado pelo portão da mansão Cullen e só depois de duas quadras respirei aliviada. Tinha dado tudo certo, Sasha estava livre e não era uma fugitiva.

Eu não sei se batia ou parabenizava Nessie. O plano inteiro dela foi genial mesmo.

Essa garotinha superou todas as minhas expectativas.

Só falta descobrir se isso era algo bom ou ruim.

Ariadne P.O.V

-Como exatamente isso aconteceu? – Franzi o cenho para a cena a minha frente.

O prédio estava cheio de bombeiros por causa das explosões, os Volturis e Cullen já tinham ido há horas.

E levado Sasha com eles.

Isso muda os planos.

-Você sabe como o destino muda, Ariadne. – A voz despreocupada de Selene soou a minha frente.

Estamos em um pequeno café observando toda a movimentação.

-Ainda assim... – Franzi o cenho desconfiada. – O mesmo aconteceu com Victoria, ela não deveria viver.

-Marcus também não deveria estar lá. – Selene refletiu. - Alguém pediu para ele ir lá...

-Teria que ser alguém e tanto, por que o pedido é sem sentido. Mas é pouco provavel, foi destino. – Olhei para o café intocado a minha frente.

Selene bebericou seu chá pensativa.

-Você mudou o futuro, sabe melhor que ninguém o quão estável ele é...

-Isso é diferente. – Murmurei para mim mesma.

-Ariadne, você fez Irina interferir no destino de Bella, consequência: Bella é um demônio com livro arbítrio.

-Eu tinha que fazer fazê-lo, caso contrario Edward a teria apaixonada por ele em menos de um mês.

-E por que exatamente você teve que fazer o relacionamento inevitável dos dois se atrasar? – Ela perguntou desinteressada.

-Para ele não percebe as mudanças nela, por ter o corpo de um demônio, fica menos obvio, mas Edward não é estúpido. Agora, tudo o que eles têm é algumas semanas de romance, Edward nunca perceberá a verdade até lá, estará distraído pelo fato de tê-la para si.

-Oh Edward, condenado as dores do amor. – Selene soltou um muxoxo. – Em pensar que na verdade ele deveria ter morrido humano e com filhos...

-A criação dos Cullen foi necessária, sem eles nada disso seria possível. – Soltei uma risada. – Se eles soubessem...

Foi tudo orquestrado por mim.

Athenodora P.O.V

Entrei na sala, Victoria ria de algo com Bree. Sorri feliz por ela estar distraída do que viu mais cedo, o mundo sobrenatural era tão cheio de horrores quanto o dos humanos. E mesmo que Victoria tenha visto alguns deles, não significa que não ficaria surpresa ao ver nossa situação.

Não a culpo, o vampirismo vende igualdade. Mas não somos estúpidas como as Cullen. Ninguém nunca vai apontar para as tolas esposas Volturis como culpadas por algo.

-Olá, meninas. – Cumprimentei fechando a porta do quarto. – Vai passar a noite aqui, Victoria?

-Está tarde! – Ela exclamou olhando pela janela. – Eu deveria ir. – Se ergueu.

Sorri para seu comportamento, ela nunca queria ficar por aqui.

-Bree irá lhe acompanhar. – Sorri para as duas.

-Sim, eu iria gostar de ter alguma companhia. – Victoria pegou a bolsa. – Até mais, Athenodora.

-Até mais querida. – Respondi e a porta se fechou, suspirei cansanda.

Havia sido um dia e tanto. Pelo o que Caius disse, nós ficamos perto de começar uma nova guerra (para a tristeza de meu marido) e perdemos a protetora.

Tenho que refletir qual será meus próximos passos com muito cuidado.

Bella P.O.V

Eu andava pelo corredor, Nessie agora se encontrava dormindo e curada.

-Eu estou bem. – Ouvi a voz de Sasha em um murmuro baixo, senti algo se espalhando pelo escudo como água.

Eu conhecia esse poder. Franzi o cenho.

Era o poder de Fred.

-Eu fiquei assustado quando ouvi eu te acharam.

-Tudo ficou bem, no final, e estou livre agora.

-Não exatamente livre, Santiago está lá fora.

-Isso não importa, eu tenho amigos, e você está aqui, eu vou ficar bem...

Oh Deus! Espere ai...

"-Como foi que escapou?" - Sasha havia abaixado os olhos e não respondido.

Então... Foi assim que ela escapou da cela para inicio de conversa! E todas aquelas perguntas de como era estar apaixonada... Fred e Sasha tinham algo.

Sorri para mim mesma e me virei para voltar pelo outro corredor. Eu não os perturbaria agora...

Então uma mão me puxou bruscamente. Tropecei para um quarto e me virei furiosa até que vi quem era o autor da ação.

-Edward? - Franzi o cenho.

-Você mentiu para mim. – Ele travou a porta a chave. – Você vem a protegendo! Por isso o acordo com Jane e Nicolas. – Pisou em minha direção raivoso, dei um passo instintivo para trás. – Por que não me contou?!

-Você teria a entregado. – Cruzei os braços na defensiva.

-Você não sabe disso! – Exclamou revoltado. – Tem noção do desastre que isso teria se tornado.

-Mas um motivo para não te envolver, se eu fosse descoberta você não poderia ser responsabilizado.

-Você acha que eu me importo se eu fosse responsabilizado?! Primeiro com Thomas, agora com Sasha! Eu entendo que você tenha necessidade de ter segredos, mas não algo que poderia destruir sua vida! Ou começar uma guerra!

-Eu... Eu... – Ele ergueu as sobrancelhas esperando eu desatar a falar. – Ela entrou na minha casa e disse que alguém lhe deu essa carta a instruindo para ir lá. E a assinatura tinha uma fenix, minha mãe adorava a historia dessa criatura, eu pensei que pudesse ser um sinal...

-Você fez tudo isso por causa de uma carta?! – Rosnou parecendo ao ponto de perde o controle.

-Não! – Exclamei indignada. – Você não viu o estado dela, Edward, ela me lembrou... – Nessie. Parei bruscamente, mas o olhar de Edward deixou claro que ele tinha entendido. – Ela estava desesperada, obviamente havia sofrido vários tipos de abuso...

-Você sentiu pena dela? Você come pessoas vivas sem remorso nenhum...

-Isso é diferente! – Perdi a paciência. – Ela estava aterrorizada! A única pessoa que eu vi com um olhar remotamente parecido foi Nessie! – Pisquei sentindo o nariz coçar de leve, não queria lembrar daqueles dias. - Então me desculpe se eu tenho um coração!

Tentei passar por ele, mas sua mão agarrou meu braço. Ouvi seu suspiro pesado.

-Desculpe. – Me recusei a olhar para ele. – Mas entenda, se Nessie não tivesse inventado todo o plano, você poderia estar morta, não importa quão importante fosse sua família. E eu... - Olhei-o de lado. -... Apenas não posso suporta esse pensamento.

Demorei alguns segundos, fiquei o olhando digerindo tudo. Então, lentamente, acenei com a cabeça, eu entendia a angustia dele, era o mesmo que imagina-lo morto. Quase que imediatamente, eu me lembrei de quando a bruxa Solari o emboscou naquele escudo com um monte de demônios. O desespero que eu senti quando não pude fazer nada a não ser assisti-lo sendo atacado por vários demônios. Havia tido outras situações tensas, comoquando os lobisomens o pegaram naquela festa com o feitiço do tempo maluco, mas eu pude tomar ação lá, em vez de ficar parada sem poder fazer nada.

-Eu sei o que a mordida significa. – Falei com um suspiro, todo o nosso relacionamento tinha um outro nível agora.

Na verdade já estava em outro nivel a bastante tempo e eu sequer sabia. Parecia até estupido. Por que todo esse tempo, eu estava preocupada com ele não retorna meus sentimentos e Edward já tinha me marcado como companheira, afinal havia tido troca de sangue depois da primeira vez que ele me mordeu.

-Seu pai veio atrás de mim...

-Você me clamou como sua companheira, me marcou como sua. – Continuei como se ele não tivesse falado nada. – E isso é uma relação que vai bem além de namoro, é algo para vida inteira pelo o que me disseram. – Olhei para ele, e então entedi a historia de "se você quer rotular". – Por isso você não gostou da palavra namoro.

-Noiva implica em algo mais longo. – Ele concordou um tanto relutante. – Mas você tentaria arrancar minhas presas se usasse essa palavra.

-Sim. – Acenei em resposta mordendo o labio para não sorrir. – Talvez você devesse tentar usar daqui uns cinco anos, quem sabe funcione. – Brinquei dando de ombros.

Edward me olhou por alguns instantes, então, repentinamente, me puxou para um beijo. Fechei os olhos sentindo o beijo lento e calmo, enquanto passava os braços ao redor de seu pescoço.

Ele me apertou contra si e então começou a distribuir beijos pelo o meu pescoço.

-Eu seria um homem morto se fosse humano. - Comentou entre os beijos molhados, o que me fez sorrir arrepiada. - Mulher cruel.

-Eu não posso ser tão ruim assim se está me assediando. - Ri sentindo a parede nas minhas costas.

-Isso é por que você é inteiramente deliciosa, amor. - Fechei os olhos sentindo-o sugar minha pele e suas mãos viajarem para dentro da minha blusa. - Vale a pena esperar.

Suspirei e agarrei seu rosto para mais um beijo, senti seus dedos traçando meu rosto em uma caricia, enquanto eu deixava sua lingua entrelaçar com a minha.

Eu não falaria em voz alta, mas lá no fundo já sabia que eu não tinha problema nenhum com a palavra noiva, esposa, companheira, ou seja lá o que ele quisesse chamar.

Já tinhamos passados desses limites. E esse pensamento me deixou tanto animada quanto assustada.

Eu pertencia a ele.

O proximo capitulo sairá dia 24 de fevereiro.

Por ser uma estrutura de narração diferente, eu darei uma preview diferente: uma sinopse.

Capitulo 40:

13

Duas semanas se passaram, o fim da guerra com os demônios é mais do que oficial, a paz está no ar. O dia é 13 de setembro, é o aniversario de dezoito anos de Isabella Swan. Nada como começar uma nova Era do que um aniversario, não é mesmo? Ninguém poderia discorda. Entre segredos revelados e lágrimas, a noite de 13 de setembro ficará lembrada para sempre pela tragédia de uma alma inocente.


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Notas finais do capítulo

N/a: Heeeeeeey, meus amores! Eu sei, eu sei! Eu demorei mas foi por bons motivos: Eu estava escrevendo e muito, ainda estou, na verdade. Capitulo sinistro, eu amarrei a ultima ponta antes de começar o ato final aushauh': Sasha. Alguns de vocês até me perguntaram sobre ela, bem, ai está a resposta.
Nessie arrasa, né?
Eu já deixei a preview do proximo capitulo, então eu não tenho muito o que falar, né?
Espero que gostem do capitulo aushauhs'
E é isso! Obrigada pelas reviews, caros sanguinarios leitores, estão adoraveis como sempre!
Agradeço a presença de todos vocês, maravilhosos leitores * reverencia*
Até logo
Maça ;*