Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 37
Bitter


Notas iniciais do capítulo

Amanhecer parte 2 saiu galera!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/86024/chapter/37

Amanhcer parte II, galera! Em homenagem a eles...

Capitulo 36

Rose P.O.V

Junho de 1911 – Propriedade aos redores de Paris, França.

-Faz um tempo que não nos vemos. – Comentei olhando para a floresta escura ao redor. – Três anos, não?

-Sim, três anos no baile de noivado de Edward.- Respondeu puxando o capuz verde-musgo.

-Foi uma bela festa de fato. – Ri enquanto puxava minha saia para não sujar de lama. – Confesso estar surpresa por sua aparição e ainda mais acompanhada de humanos. – Ergui as sobrancelhas, ela havia chegado de surpresa há meia hora atrás com duas bruxas e um homem pedindo a noite para descansar. – Está amolecendo, Jane? – Perguntei divertida.

-Caius achou divertido me enviar para organiza as coisas na America. Você sabe das confusões territoriais que andam acontecendo por lá.

-America? Irá para a America? – Olhei-a curiosa. – Que intrigante, ouvi dizer que é uma terra de selvagens para os britanicos.

-Não acredite nisso, Rose, humanos sempre menosprezam novas civilizações. – Jane revirou os olhos. – Provavelmente serão a próxima potência mundial.

-Bem, mande-me noticias sobre o lugar, estou curiosa para saber o sabor deles. Principalmente as criaturas mais exóticas. – Trocamos um sorriso. – Falando nisso, quem são seus acompanhantes?

-Duas irmãs bruxas fugindo de seu clã por traição e o humano é um daqueles humanos especiais dos Volturis.

-Oh! Eu senti um cheiro mais picante nele. – Comentei entendendo. – Mas por que ele está com vocês? Ele certamente não poderá ser mais útil do que você.

-Precisamos de alguém para cuidar do lugar, vários clãs tem suas áreas lá, temos que reclamar a nossa e manter o controle sobre os vampiros.

-É claro. – Concordei com um sorriso. – Mas você não está me contando isso por puro acaso, está?

-Os Cullen eventualmente vão clamar domínios lá e os Volturis estão disposto a ceder algumas terras.

Sorri entendo, afinal fazia três anos desde do desastre do noivado de Edward e Tanya. Aro naturalmente estava preocupado com algum ato ressentido entre nós e eles.

-Creio que Jasper já está cuidando disso, Jane, alguns amigos dele estão em conflitos por lá.

-Oh! – Jane respondeu pensativa.

-Mais podemos vir a morar nas áreas que os Volturis tem sobre o comando, então um trato de paz seria bem vindo. – Dei de ombros. – Para onde está indo agora, por exemplo?

-Um lugar conhecido por ter transfiguradores muito parecidos com lobisomens. É uma cidadezinha onde irei implantar o humano, Joseph: Forks.

...

Pisquei voltando para a realidade, no corredor da prefeitura na frente do retrato do Prefeito Joseph Swan na parede do corredor, ele estava mais velho do que me lembro e pelas roupas o retrato foi feito por volta dos anos vinte.

Sorri divertida, Forks havia me soado tão insignificante quando ouvi falar pela primeira vez e eu nunca iria imaginar que aquele humano era antepassado de Bella. Mas essa cidadezinha foi palco de grandes coisas desde da vinda dos Volturis. Pelo o pouco que sei, a força de Forks se tornou uma mais poderosas do país. Não me admira que Charlie Swan hoje em dia tenha recebido o respeitável titulo de General dentro dos Volturis.

Mas a família em si ainda era mistério, achar a vida de Charlie foi fácil e todos sabíamos que havia uma família inteira que Bella não sabia desde do inicio. Mas minhas informações sobre a arvore geológica dos Swan paravam em Joseph, que supostamente era órfão e sem irmãos.

O que eu sabia que era mentira. Jane falou que ele era um dos humanos, e tinha outros Swans espalhados na Europa que supostamente não eram relacionados a Joseph. Mas como eu poderia saber? Muitos humanos aderiam a sobrenomes falsos, ou roubou o nome através da guerra, era complicado.

Ainda se tratando de humanos que queriam manter confundindo todos, sim, os Swan definitavamente não eram simples como a família de Edward. Se bem que foi fácil rastrear por saber que Nessie era descendente dele e Edward me informou o sobrenome falso que a irmã e o marido assumiram em Londres.

De qualquer maneira, se passou mais de setenta anos desde que nos passamos pela cidade pela primeira vez. Antes foi Nova York, Rio de Janeiro, Bueno Aries e teve o tempo em Cuba, as Américas nos receberam de braços bem abertos. É claro que ao decorrer desse tempo todos nos separamos por um periodo, Edward teve ferias em Londres, por exemplo, nos anos sessenta ou algo assim.

-Senhorita? – Olhei para a secretaria do prefeito. – Por esse caminho. – Ela pigarreou desviando os olhos. – É um interessante trabalho escolar o que está fazendo.

-Sim, um projeto sobre a historia da cidade. – Sorri falsamente para ela, a pobre estava intimada comigo, naturalmente.

-Bem, fique a vontade. – Ela abriu a porta. – A historia de Forks está aqui.

-Obrigada. – Respirei fundo na sala.

Alice me pediu para olhar a historia da cidade, ela queria saber se havia algo de especial aqui além do obvio.

Me deixou intrigada o suficiente para estar aqui.

Meu celular tocou e eu o saquei rapidamente.

-Sim, meu amor? – Cumprimentei meu maridinho.- Elas já chegaram?

-Não, querida, estou no aeroporto com uma ridícula plaquinha em português. – Resmungou, sorri para a infantilidade. – Claro que já chegaram, mas tenho que esperar o por do sol, é claro.

As Amazonas haviam realmente sido descendentes das Amazonas originais, mas elas eram descendentes de um pequeno grupo que migrou para as Américas a quase mil anos atrás. Não sei bem qual é a idade delas, mas hoje em dia vivem na Amazônia, sendo o clã que mantém ordem no norte do Brasil.

Eu na verdade suspeito que é por causa da influencia delas que a floresta Amazônia tem esse nome.

De qualquer forma, elas não saem ao sol, algo sobre se manter verdadeiro a sua natureza. Ms isso não importa, é o enorme conhecimento em poderes mentais que compensa o fato que não podem sair durante o dia.

E o fato delas manterem o norte do Brasil em paz mostra que poderes mentais são perigosíssimos.

Tira-las de lá foi um sufoco, mas Esme cobrou um antigo favor e conseguimos trazer duas delas:Zafrina e Senna.

-Então, por que está me ligando?

-Só estou checando se algum desastre aconteceu, enquanto estou longe.

-Está tudo normal, mas se algo acontecer, saiba que estou segura, me encontro no ultimo lugar que alguém procuraria na cidade.

-Onde seria?

-Na prefeitura, no porão da prefeitura par ser especifica, rodeada de poeira e documentos com mais de cem anos.

-Soa sexy.

-Para você tudo soa sexy. – Revirei os olhos antes de olhar para os registros de descobertas arqueológicas.

-Só quando se trata de você.

-Me poupe, Emmett. – Bufei abrindo um livro com fotos antigas, La Push é bem parecida com a dos dias atuais, exceto a cidade que se modernizou um pouco. – Tome cuidado, viu?

-Eu sempre tomo, meu amor, beijos. – E desligou.

Suspirei me apoiando as mãos na mesa.

Eu demoraria o resto da manhã e a tarde para analisar todo o conteúdo, daria tempo para recepcionar os Romenos a noite.

Aliais eles tem sido bem informativos e úteis, inclusive Athenodora e Sulcipia vieram cercadas de guardas para dar os pêsames pela perda do clã.

Obviamente falso, não há um clã que fique triste com a destruição de outro. É a verdade crua e fria.

Ao menos nenhum problema estourou entre eles e Nicholas. Jane é muito protetora em relação a ele, mesmo que o lobisomem já se provou mais do que capaz de cuidar de si mesmo.

Suspirei, espero que com a chegada das Amazonas a situação dos dois possa se resolver, caso contrario Bella está saindo hoje do seu breve exílio. Ela finalmente poderá me dizer o que raios tentou fazer com Jane.

Bella P.O.V

Terminava de empacotar as coisas quando abriram a porta. Pensei inicialmente que era Edward, mas o cheiro de flores pertencia a minha tia Aurora.

Ela era outra visitante regular na ultima semana, me contou bastante coisas sobre a nossa família (isso não soa mais estranho). Além dela, não veio mais ninguém, segundo ela, os homens Swan eram tímidos, mas eu acho que isso era código para orgulho.

Quer dizer nem meu avô veio me visitar! Mas isso eu entendia, ao que parece o velho já tinha voltado para os netos lá na Europa, ou algo assim. Pelo o que entendi meus primos iam se diverti na Ásia agora.

-Hey, tia. – Suspirei ao vê-la, ela usava um sobretudo sob um suéter, um jeans e sapatilhas. Aurora sempre usava roupas bem casuais, ainda assim parecia sempre maravilhosa com seus cabelos dourados.

-Finalmente, não? – Olhou para minhas coisas.

-Sim, sim. – Respondi me sentando. – Veio me liberta?

-Basicamente, você pode sair pela porta na hora que quiser.

-Então, meu pai não vem. – Soou mais como uma afirmação do que pergunta.

-Algo surgiu em Seattle. – Ela acenou com a cabeça. – Os três estão lá, alguém tinha que ficar e convenientemente a irmã mais nova aqui foi quem teve que ficar.

-É natural eles quererem a protegerem. – Comentei dando de ombros. - Eu sempre quis saber como é ter irmãos, mas desde Charlie... Bem, Renné não se envolveu com alguém de verdade.

-Ela casou, não? – Perguntou intrigada.

-Sim, mas... Eu não sabia que ela tinha um namorado na época em que aconteceu tudo isso. – Apontei para mi mesma para me referir a parte demoníaca da minha vida. – Quando voltei meses depois ela era recém-casada.

Olhei para a minha mala refletindo o quão triste eu estava soando, era melhor parar, eu não queria a pena de minha tia. Apenas uma relação saudável entre tia e sobrinha, sem piedade nenhuma.

-Como você...? – Ela se parou, olhei-a curiosa. – Charlie explicou a situação entre os Cullen, o falso noivado. – Me senti tensa. – Mas eu observei vocês essa semana, não há absolutamente nada de falso nos dois.

-Somos bons atores e nos tornamos amigos.

-Bella, eu não sou tão velha e sábia como aquele vampiro, mas tem coisas que uma mulher sabe só por instinto. – Estreitei os olhos, ela era boa. – Há quanto tempo vocês tem um relacionamento?

-Não temos um relacionamento. – Respondi engolindo o nó na garganta. – Somos amigos, tia, e nem somos amigos muito íntimos. – Ela deu uma risada baixa para minha surpresa.

-Bem, vamos ver quanto tempo isso dura. – Se levantou. – Eu não gostaria de perde o contato com você, é parte da família e deve ser trata como tal.

-Até na parte da traição. – Ergui as sobrancelhas. – Olha, Aurora, tenho meus segredos e eu provavelmente vou fazer coisas que não devia no futuro, sou impulsiva, é parte de quem eu sou. Eu não vou mudar quem sou porque de repente uma família inteira surgiu pregando honestidade.

-Eu sei, querida, mas espero que possamos conquistar a confiança uma da outra.

-Posso lhe fazer uma ultima pergunta? – Me ergui da cama. – Por que não apareceram antes? Na minha festa de noivado ou no funeral ao menos?

-Não é que não queríamos, seu pai manteve sua condição de demônio escondida do clã, mas não de nós. Era uma situação delicada demais se contássemos a verdade a você na época, não saberíamos como poderia reagir, afinal não sabíamos o efeito do veneno de um demônio. Então múltiplos ataques estouraram pelo planeta inteiro e declararam guerra. Charlie a deixou aqui, protegida pelo clã Cullen, perigoso movimento, mas foi necessário. Já o resto de nossos filhos... Bem, papai está cuidando deles enquanto nós estamos lutando aqui.

-Então todos são...? Generais ou algo assim?

-O titulo de General é uma honra passada ao primogênito de cada geração, conquistada pelo seu bisavô. Charlie é o líder dos humanos que tem o sobrenome Swan, ao lado dele há mais dois generais Volturis.

-Descendentes dos outros lideres Volturis.

-Exato, mas ninguém sabe disso, então não fale com seu vampiro. – Piscou um olho e se viro para ir embora.

-Mas ele lê mentes.

-Os Volturis tem precauções para isso. – Ela respondeu sobre o ombro com um sorriso misterioso.

Suspirei pensando o quanto eu ainda não sabia.

Athenodora P.O.V

Eu arrumei meu cabelo em um penteado desarrumado, não há necessidade de chamar atenção em um hospital. Me olhei no espelho do banheiro, minhas roupas normais com o ridículo jaleco de voluntaria. Minha maquiagem me fazia parecer fora do personagem de Sra. Volturi, mesmo que eu não precisasse de maquiagem nunca fez mal um pouco de vaidade.

Alisei o odioso jaleco amareloclaro e olhei de lado para as outras mulheres no banheiro, que rapidamente fingiram que não estavam me olhando. Suspirei saindo do lugar com forte cheiro de água sanitária (tive que prender a respiração, já que meu nariz ardeu no momento que entrei no recinto).

Abaixei a cabeça para as pessoas não me notarem ainda mais, o tempo me ensinou quando ser invisível e quanto ser o centro de atenções. Ninguém poderia saber que eu me encontrava no hospital acompanhando Victoria.

Por que, francamente, alguém tinha que tomar conta da jovem vampira, ela nunca comeu de verdade e eu sabia muito bem o que acontecia na primeira vez que se alimentava de sangue humano sem alguém para ajudar.

Descontrole total.

Caius obviamente odiou quando eu me voluntarie para Marcus, afinal ele não poderia ser a baba da ruiva vinte quatro horas por dia, ele ainda era um líder Volturi. E Victoria mostrou que seus cabelos vermelhos estão ali por um razão, já que é a teimosia em pessoa. Mas não posso culpá-la por querer ficar perto da família, eu iria querer também se tivesse alguma família humana.

De qualquer maneira, Victoria nem sempre foi uma boa garota e tinha que cumprir serviço comunitário no hospital. Ao que parece foi pega com drogas e condenada a 200 horas de serviço comunitário depois que terminasse a reabilitação.

Confesso ter ficado um tanto surpresa ao descobrir que Victoria era viciada, ela nunca me pareceu uma adolescente problemática. Mas isso explicava por que ela tinha dezenove e ainda fazia escola, havia perdido um ano na reabilitação. Isso e o fato dela ser tão bem centrada.

Bem, ao menos eu poderia me diverti no hospital duas vezes na semana, era tudo tão irônico nesse lugar.

-Eu já disse, vai embora. – O que é isso que meus ouvidos captam?

-Apenas me escute, Victoria.

Parei na esquina do corredor e espiei. Um sorriso divertido surgiu em meu rosto quando vi Riley tentando falar com Victoria e sendo praticamente pisado. Que interessante...

-Não. - Ela rebateu venenosamente para ele, enquanto organizava alguma coisa na mesa de alimentos. – Eu não quero ver sua cara, pensei que Marcus tinha cuidado disso como pedi.

-Então você pediu? - Ele soou tão desapontando que eu quase senti pena. – Por quê?

-Por quê? É sério? – Victoria deu uma risada sardônica, a garota tinha potencial. – Você me usou! Em cada sentindo que se é possível!

-Eu não... – Ele suspirou. – Não era meu trabalho me relacionar com você, isso foi algo que acabou acontecendo.

Aquilo me deixou pensativa, o vampiro estava desobedecendo uma ordem direta de Marcus ao falar com Victoria, o que ele queria?

-Não importa se foi algo que você quis, tudo aquilo que tivemos foi falso, acho que a única coisa que você não mentiu foi seu primeiro nome. – O tom de voz entregou toda a mágoa, dessa vez eu senti pena por ela, ser vampiro tinha suas desvantagens. Tudo era extremamente intenso. – Você sabia de tudo sobre mim e usou ao seu favor.

-Eu...

-Nem se incomode, eu vi o meu arquivo, todos os detalhes sórdidos estavam lá e tinha até mesmo fotos!

-Victoria esse é o meu trabalho, humanos não são deveriam a significar algo, mas você...

-Cale a boca! – Victoria rosnou, fiquei ereta pronta para ir interferi, não queremos um massacre. – Se não fosse por Alec, eu ainda seria humana e nada teria mudado entre nós. Não finja que não é verdade! – Ela bufou e saiu em velocidade vampirica.

Me aproximei rapidamente por trás.

-Tão espirituosa, não? – Ele se virou um tanto assustado, vampiros não estavam acostumados em serem pegos por trás de surpresa, obviamente.

-Senho...

-Shh. – O calei imediatamente. – Suponho que seu instinto em relação a ela é forte.

-Eu...

-Afinal, ela foi sua humana. – Cortei-o novamente. – E você provavelmente esperava acolhe-la como companheira quando foi transformada.

-Eu me importo com ela. – Disse determinadamente, achei aquilo divertido.

-Claro que se importa, desobedeceu ordens diretas de Marcus. – Ele percebeu seu próprio erro e me olhou hesitante. – O que me deixa em um dilema, você vê, eu sempre tive um fraco por romance.

-Então...

-Mas não é bem isso que temos aqui, hã? Victoria claramente não quer nada com você.

-Isso por que ele... – Ele se parou, ergui a sobrancelha desafiadoramente.

-Você acha que isso é culpa de Marcus, não? – Olhei-o divertida. – Bem, saiba que partiu da própria Victoriaa ordem de mantê-lo longe, ela parece estar ressentida. – Ele suspirou.

-As coisas começaram de um jeito incomum, mas eu...

-Oh pare! – Pedi o interrompendo novamente, ele tentou disfarça mas estava com raiva de mim. – Deixe-me explicar uma coisa: tudo o que você está passando é perfeitamente natural. Victoria foi sua humana e você esperava tomá-la como, bem, como sua e quando viu Marcus já havia entrado no caminho.

Sorri docemente enquanto ouvia os dentes dele rangerem de raiva quando mencionei Marcus. O clã parecia pensar que a relação de Marcus e Victoria estava em um grau de intimidade sexual, como normalmente acontecia nessas situações. Riley obviamente se sentia possessivo com Victoria como se ela ainda fosse a humana dele, quase não podia culpá-lo nem fazia um mês que Victoria era vampira.

-Você não sabe como eu me sinto sobre ela.

-Bem, talvez eu não saiba, mas o que eu sei... – Parei de sorrir e deixei meus olhos voltarem ao usual vermelho. -... É que existe punição por desobediência e que se eu o pegar perto dela sem que ela queira, irá desejar estar realmente morto. Agora, saia da minha frente. – Ele me olhou por um momento e depois sumiu.

Respirei fundo e pisquei para os olhos negros, eu ainda estava em publico. Me virei para a direção que Victoria tinha ido e segui seu cheiro. Não me surpreendi em encontrá-la no telhado do hospital.

Ela não chorava, o que é quase admirável dada a natureza vampirica intensificando asemoções. Foi o que pensei antes, ela era jovem, mas conseguia ser bastante centrada.

-Eu ouvi você lá. – Victoria falou sem virar para mim. – Obrigada.

-Não foi nada, ninguém desobedece um Volturi, é muita ousadia.

-Você fala como se fosse um crime. – Ela comentou, parei ao seu lado e ergui as sobrancelhas. – Certo! Eu esqueci que na verdade é um crime. - Acrescentou ironicamente.

-Riley fez uma promessa ao clã, mas obediência infelizmente é diferente de lealdade. – Suspirei pensando o quão inútil o talento de Chelsea era nessa situação.

-Eu terei que lidar com isso eventualmente. – Victoria deu de ombros.

Olhei para a ruiva ao meu lado refletindo sobre o quão solitária ela era. Victoria era uma vampira nova rodeada por perigosos vampiros milenários que se encontram em guerra com demônios. No primeiro olhar que eu dei a ela pude percebe que a vampira não era do tipo que se abriria e confiaria em qualquer um.

Seu passado com drogas é a prova disso.

-Eu sei o quão solitário pode ser, mas você não está sozinha. – Eu me lembrava bem como foi quando conheci Marcus e Aro, na época eu era a única vampira entre três vampiros, uma vampira recém-nascida que se descobria apaixonada pelo o mais sanguinário dos três.

-Eu sei. – Ela me deu um sorriso falso, senti uma pontada de desapontamento por ela não querer se abrir comigo. Mas eu não iria pressioná-la, provavelmente ficaria entendida de qualquer maneira.

Bem, isso não significa que não poderia ajudá-la a adquirir confiança em todos nós. Victoria era útil com seu elevado instinto de sobrevivência. Mas também era um perigo pelo fato de não ter se alimentado de um humano de verdade.

Me pergunto se não seria mais fácil apenas forçá-la a matar alguém, assim ela saberia se controlar caso visse um corte ou algo assim. Iria acontecer eventualmente, porém, ela parece se focar para adiar o máximo possível.

Quase sorri ao pensamento, Victoria iria superar a humanidade em menos de século e provavelmente riria de seu comportamento de agora.

Ao menos ela faria isso se nenhum de nós morrêssemos nessa guerra. Olhei ao redor pensativa, a minha experiência dizia que melhor forma de ganhar era ficando juntos.

Era hora de todos da família se unirem.

-Venha, Victoria. – Dei um passo para trás e ela me olhou sobre o ombro.

-Para onde? – Franziu o cenho, olhando para o relógio de pulso, já era 18:30 , ela estava mais do que livre do trabalho comunitário por hoje.

– Eu vou te apresentar a ovelha negra da família Volturi. – Respondi sorrindo.

Nessie P.O.V

Suspirei batendo o dedo de leve no balcão, Jake tinha resolvido ir ao banheiro enquanto esperávamos as encomendas dele. Sinceramente, eu ainda não faço ideia por que fui insistir em passarmos na lanchonete no caminho de casa em vez de pedir por telefone.

-Já perceberam que ela nunca come? – Ouvi os sussurros atrás de mim, fiquei um tanto tensa com o comentário.

Por que exatamente achei que seria divertido aparecer em um lugar cheio de adolescentes que achavam que participei de um crime?

-Por que não a prenderão afinal de contas? – Ouvi uma das garotas perguntarem.

-Não é realmente difícil de presumir. – Ouvi a voz fina de Jessica, estreitei os olhos para o balcão. – Ela é irmã de Edward e Edward namora quem? A filha do xerife.

-Você acha que o xerife ajudaria a encobrir um assassinato?

-Eu não sei, mas ele não anda fazendo muito sobre esses assassinatos, segundo a mãe de Lauren, ele nunca está na delegacia. Ao que parece anda tendo uma onda de assassinatos...

-Mas eu ouvi que eram ataques de animais. – Um dos garotos disse divertido.

-É tudo uma desculpa, é o que eu digo pessoal: eles estão juntos, como uma seita satânica, ou algo igualmente assustador.

-Eu acho que vocês estão viajando. – Ouvi Eric se manifestar, ele havia sido hipnotizado pela Rose. – Eu não acredito que esse tipo de coisa aconteceria aqui. Quer dizer, vivemos em Forks pessoal. – A mesa riu.

-Hey. – Jacob apareceu por trás de mim, sorri amarelo e ele ergueu as sobrancelhas interrogativamente.

-Estou entediada. – Dei de ombros.

-Se anime, Ness, Bella sai hoje.

-Eu sei, mas ela tinha que sair uma hora depois do por do sol?

-Regras são regras. – Deu de ombros e me olhou de lado. – Alguma noticia do Andrew?

Ainda era estranho pra caralho ouvi-lo pergunta sobre meu filho tão casualmente.

-Yeah, eu conversei com esse senhor super simpático e com ele também. – Olhei para minhas mãos um tanto perturbada com o pensamento de ter um estranho simpático tomando conta de meu bebê.

-Não precisa ficar preocupada, você sabe, Charlie se importa com você. – Ele segurou minha mão, sorri achando hilário o fato de que eu o estava deixando me consolar.

A porta se abriu e o cheiro de bruxas veio no ar, na verdade, o cheiro deles era bem humano, mas tinha um extra de vários tipos de ervas. Olhei sobre o ombro de Jake e vi um casal ali, eram Will e Pamela, os piores dos bruxos, eles não iam com a cara de Bella e acreditavam firmemente em sua avô.

Eles na verdade se mereciam. Mas não eram um casal, pelo que sei a ruiva Pam é a rodada do grupo e Will é o típico cara legal e bobinho que mora na casa ao lado, ao menos foi essa a impressão que tive naquelas aulas em grupos que eu frequentei no lugar de Bella nessa ultima semana.

Ambos nos viram, mas foi Will quem acenou em cumprimento por educação, Pam só agarrou o braço dele e foram andando até a mesa de Jessica. Oh Deus! Que perfeita combinação.

Me recusei a ouvir o que eles estavam falando, sério mesmo, tem um limite de quanta merda você aguentar e minha está no limite.

O pedido finalmente chegou como se fosse um presente de Deus (essa frase soa errada em tantos níveis).

Meu celular começou a tocar quando me vire para sair, atendi sem nem me preocupar ver quem era.

-Oi?

-Nessie? – Franzi o cenho ao ouvir a voz de Jasper, ele tinha meu numero? – Preciso de um favor seu.

-Hã... Claro.

-Preciso saber quem era seu empregador em Nova York.

-Por quê?

-Por que o meu morreu.

-Oh! – Eu quase podia visualiza-lo dando de ombros como se fosse uma inconveniência qualquer. – O-ok, ele se chama Sr. Briston...

Edward P.O.V

-Lar doce lar. – Bella suspirou entrando na casa. – Fique a vontade, viu Fred? – Ela disse sobre o ombro para o novo guarda costas.

-Obrigado. – Fred me fez o favor de não usar seu dom, mas sem duvida era um poder intrigante o de repelir as pessoas, fazedo-as sentirem nojo de você.

-E sobre o sol? – Bella perguntou para mim. – Ele não pode ficar atrás mim no sol, certo? Vampiros normalmente não andam no sol.

-Está tudo bem sobre isso, eles me deram um anel. – Fred ergueu a mão. – É temporário. – Quase senti pena dele, o sol era uma das coisas que os vampiros mais sentiam falta.

Sem duvida era um grande inconveniente não poder andar durante o dia para os vampiros.

-É ela? - Nós três nos viramos para ver Nicolas e Jane.

-Sim, essa é Isabella Swan. – Quem respondeu foi Athenodora.

-O que faz aqui? – Perguntei surpreso e percebi Victoria atrás dela.

-Oh meu Deus, ela... – Bella olhou para Jane assustada. – Está tão... – Jane a olhou curiosa. – Feminina. – Pigarreou franzindo o cenho.

Eu tinha que concorda, Jane sempre pareceu tanto rigidamente fria com os cabelos sempre presos e as pesadas roupas pretas. E agora estava ali com os cabelos enrolados soltos e roupas ainda de tons escuros, mas não eram pretas (grande avanço para Jane). Isso sem contar o ar jovial em seu rosto, um sorriso sincero faz mesmo toda a diferença em uma pessoa.

Mas isso não interessava agora, havia duas Volturis na casa de Bella visitando Jane. Me pergunto por que demoraram tanto tempo para apresentar Victoria ao resto da família.

-Perdão? – Jane a olhou confusa, Bella abriu um sorriso.

-É apenas estranho. – Bella balançou a cabeça. – E desculpas pelo o que fiz, você deve estar completamente perdida.

-No inicio sim, mas Niko está me ajudando. – Bella soltou uma risadinha, quando viu o olhar amoroso de Jane para o lobisomem, os dois a olharam.

-Muita coisa para digerir visualmente. – Disfarçou me olhando de lado divertida.

-Nós esperamos que você possa nos ajudar, devolver o resto das memorias dela. – Nicolas disse.

Ainda tinha esse fato, as memorias perdidas de Jane. Rose me chamou quando toda a coisa com as bruxas aconteceu. Infelizmente, Nicolas bloqueou a mente de Jane de alguma forma, e eu ainda consegui pegar alguns pensamentos, mas nada relevante. Ao que parece o feitiço o faz proteger os segredos com a própria vida e mesmo se afastando de Jane, ele ainda pode manter o bloqueio.

Agora que Bella tinha voltado o escudo dela estava firmemente sobre eles, por causa do acordo de proteção que selou com eles. Me perguntou de qual dos dois partiu essa ideia e por que tanto segredo.

-Por falar nisso, Emmett recebera novos convidados que provavelmente irão ajudar ambos com o problema.

-Por que não pedir minha opinião, querido Edward? – Athenodora levantou a sobrancelha, podia sentir algo ameaçador em sua postura, Nicolas estava estranhamente tenso. – Afinal, é meu dom pegar as memorias dos outros.

-Ao que parece ambos estão sobre um feitiço de sigilo, que força Nicolas aqui a manter a mente de ambos bloqueada, eu não consegui acessar muita coisa. Magia os fortalece, Athenodora, magia muito antiga.

-Interessante, algo a ver com os Tulekahju, eu suponho. – Athenodora olho-os casualmente.

-Tu... O que? – Bella franziu o cenho.

-Um mito que acabou por ser verdade. – Respondi olhando para Nicolas e Athenodora, havia algo estranho entre eles, eu podia sentir no ar.

A porta se abriu em um banque atrás de nós, assustando a todos. Foi um festival de rosnados defensivos, Nessie nos olhou assustada.

-Paz e amor, galera. – Ela ergueu as mãos em sinal de paz. – BELLA! – Ela berrou de repente e quando vimos estava em cima de Bella quase sufocando.

-Olhe bem, crianças, vocês duas são assim: irmãs. – Athenodora sorriu para Victoria e Jane. – E eu suponho que você conte como família, Nicolas.

Isso me chamou atenção. Eu sempre assumi que Jane se casou em segredo e por isso ninguém sabia, mas e se não fosse esse o caso? Ela tinha motivos para esconder talvez de Aro, por que ele podia ser rancoroso, mas de Athenodora ou Caius? Não, ela confiava neles, era nítido nos pensamento dela.

Isso implicaria que Athenodora sabia sobre a relação de Nicolas com Jane, ou seja, Athenodora teria escondido esse fato quando Nicolas foi achado por Nessie. Ela havia deliberadamente deixado Jane naquela situação. Isso explicaria a tensão de Nicolas perto dela.

Ainda assim, Athenodora toma memorias da mente, Jane teve as memorias esquecidas em um canto escuro do cérebro, então não era obra da Sra. Volturi. Mas por que procurar outro para fazer algo que você pode fazer?

De um jeito ou de outro, Athenodora estava claramente consciente de que alguém tinha hipnotizado Jane...

Hipnotizado...

Espere um momento.

-Está é Jane, ela me ajudou a mata-lo. – Rose disse entusiasmada enquanto abria a porta da sala. – Jane Volturi, esse é Edward e ela é Esme.

-Já nos conhecemos, Rose. – Jane respondeu. – Como vai Edward?

-Muito bem, me permiti pergunta o que a trás há Londres? – Perguntei intrigado.

-Mensagem de Athenodora a Carlisle. – Jane deu de ombros, ela não fazia ideia do que se tratava, chequei em seus pensamentos.

-Oh bem, então deve se dirigir a estufa, meu bem. – Esme respondeu polidamente. – E Rose, talvez fosse melhor tomar banho, querida, está fedendo.

Eu não vi Jane depois daquilo, ela foi embora no dia seguinte e Rose considerava as duas melhores amigas. A próxima vez que vi Jane foi anos depois e ela estava claramente mais fria, pensei que fossem os anos, pois é isso que eles fazem, mas...

Seria possível Rose ter hipnotizado Jane? Carlisle nunca chegou a dizer qual era o pedido de Athenodora e ninguém se importou, porém fazia sentido. O rumor da nova membro dos Cullen que poderia hipnotizar pessoas havia se espalhado rapidamente na época.

Mas não faz sentido, por que ela faria isso? Por que não ser direta e pegar as memorias de Jane?

Athenodora deveria querer que Jane lembrasse eventualmente. Mas o que Jane sabia de tão importante que tinha a ver com Nicolas?

-... Senti saudades de você. – Nessie terminou de falar, pisquei para as duas disfarçando meus pensamentos.

Eu precisava investigar.

Neal P.O.V

-Estamos de folga, por que exatamente estamos na floresta de La Push? É algum instinto suicida? – Perguntei me deitando no capo do carro.

-Você veio por que quis.

-Eu não vou deixa-la andar em uma floresta sozinha, Alex, é uma morte muito clichê. – Bufei para o céu.

-Tanto faz, eu não vou morrer. – Só pelo seu tom eu sabia que ela estava revirando os olhos.

-Se importa de esclarecer o que está fazendo ai de qualquer maneira?

-Eu já disse: é confidencial. – Eu ouvi o som de algo se afundando no chão, ergui a cabeça e a observei por um instante.

Eu podia me deixar distrair pela visão de seu traseiro, mas o que ela colocava no chão me deixou preocupado.

-Alex, isso não é o que estou pensando, é?

-O que você acha que é, queridinho? – Perguntou em tom entediado.

-Você está isolando a área. – Respondi isso chamou a atenção dela.

-Como você sabe disso?

-Eu conheço o equipamento. – Me ergui do capo e me aproximei dela. – Russo, não? A ideia é manter qualquer tecnologia de fora longe e ainda funcionar aqui, evita vírus.

-Essa era ideia inicial, mas não isola tecnologia nem nada assim. – Sorriu falsamente para mim. – Agora, sai de perto! – Bateu na minha mão.

-Eu só queria ajudar.

-Eu não pedi sua ajuda, você só veio de intrometido que é.

-Agora você me magoou, eu aqui preocupado com sua segurança e você me trata assim?

-Sinto muito, quer um beijinho de agradecimento? – Perguntou sarcástica, estreitei os olhos para ela, seu sorriso se tornou malicioso e ela puxou o laptop.

Puxei meu lindo e novo celular de ultima tecnologia e pedi a ultimas informações da central.

-Os Swan ainda não deram sinal de vida em Seattle. – Comentei enquanto recebia resposta. – Ninguém faz ideia da onde a tal Angela demônia vai depois da escola, Aaron conseguiu parar o ataque em Moscou...

-Sem sinal em Seattle? – Ela me cortou. – Eles foram há quatro horas atrás.

-Por que a surpresa? Isso é completamente normal.

-Mas são os Swans. – Ela deu ênfase no sobrenome.

-Bem, para mim está tudo perfeitamente normal, não é como se pudessem falar ou mandar mensagens por celular enquanto atacam um covil de bruxas possuídas por demônios.

-Ainda assim...

-Por que está tão preocupada? – Perguntei intrigado.

-Não estou preocupada. – Ela me olhou defensivamente. – Mas os Swan são a família conhecida pelo poder.

-Ninguém é invencível. – Respondi erguendo as sobrancelhas, me arrependi no mesmo instante ao ver seu olhar perturbado. – Mas eles estão bem, precisa muito mais que alguns demônios para mata-los.

-Eu não estou preocupada com eles. – Ela passou por mim indo em direção ao carro, neguei com a cabeça para a noite escura. – Por que iria estar?

-Por que o General Swan a trata como se fosse sua própria filha. – Ela puxou o laptop do carro e me olhou indiferente.

-Ele só está comprimindo a promessa que fez a minha mãe. – Mas eu podia ver através de sua pose...

Ok, eu não podia exatamente ver, por que ela era uma ótima em se manter indiferente (uma habilidade requerida no nosso trabalho). Mas eu sabia o que havia atrás de seu olhar e ela se importava.

-Já terminamos? – Coloquei as mãos no bolso decidindo mudar de assunto, não levaria aquilo a lugar nenhum e eu não queria pressiona-la, Alex nunca fez isso comigo e eu não o faria com ela.

-Quase lá. – Alex respondeu digitando furiosamente no laptop, olhei para o sensor escondido no arbusto e ouvi um leve som de que estava ativado. – Pronto.

-Ótimo, me deixe na praia, ok? – Pedi entrando no lado passageiro, ela me olhou do lado de fora.

-Por quê?

-Por que eu gosto da praia. – Revirei os olhos.

-Mas você não vai voltar comigo? – Ela perguntou puxando o cinto.

-Não, decidi ficar, é a parte mais bonita desse lugar. – Dei de ombros.

-Os lobisomens estavam por aqui.

-Estavam, não voltaram, não são estúpidos. – Respondi erguendo as sobrancelhas.

-Não era você que veio comigo por que ninguém poderia ficar sozinho nesses tempos? – Pareceu irritada.

-Tenho certeza que um dos lobos de La Push vai querer uma carona para a base. – Dei de ombros. – Você vai ficar bem.

-Eu me referia a você. – Ela estreitou os olhos.

-Bem, eu vou estar na praia, não na floresta para inicio de conversa, onde acontecem anuais reuniões de transfiguradores. Além do mais, eu não preciso chegar perto dos meus atacantes para usar meus poderes. – Alfinetei sorridente.

-Engraçadinho. – Ela retrucou sarcasticamente. – O que raios vai fazer na praia?

-Eu vou me encontrar com uma das transfiguradores obviamente. – Ela me olhou surpresa, soltei uma risada. – Estou brincando! Elas não namoram ninguém a não ser a impressão, sabe disso.

-E por que você não seria uma impressão?

-Por que meu sangue sobressairia o de transfigurador, a impressão existe para encontrar o melhor parceiro para continuar a linhagem.

-Isso não é verdade, o objetivo é para encontrar o amor verdadeiro. – Ela rebateu acelerando na estrada.

-Não sabia que era romântica, Alex. – Sorri de lado.

-E eu não sabia que você era um porco sem coração que vive rodeado por sobrenatural e não acredita em alma gêmea. – Respondeu grosseiramente.

-Não é que eu não acredite, é uma ideia só cruel demais.

-O que? Encontrar a alma gêmea? - Franziu o cenho confusa.

-Sim, já pensou que se a alma gêmea morrer, você está condenado a uma vida solitária?

-Existem tipos de amor, Neal, não é sempre que você encontra sua alma gêmea, mas não é por isso que vivera sem amor. – Olhei de lado, Alex estava completamente focada na estrada. – Além do mais, grandes amores nunca terminam bem, mas não significa que nós iremos deixamos de vivê-los.

-E por que isso?

-Você sabe bem o porquê. – Revirou os olhos pude ver um traço de sorriso em seus lábios. – Vale a pena vivê-los.

-Mas não para nós. – Comentei quietamente, vi seu olhar ficar um tanto triste. – Somos soldados.

-Quem sabe um dia. – Olhou para mim rapidamente. – Eu vou esperar você no carro, enquanto visita algumas sereias na praia. – Acrescentou sarcasticamente.

Mas eu sabia o que tinha por trás da pose, ela se importava comigo.

Sorri para mim mesmo, quem sabe um dia.

Alice P.O.V

Andei pelos corredores rapidamente, eu não tinha paciência de ficar esperando no elevador. Estava com necessidade de ver Jasper, as vezes, eu sentia que explodiria se ficasse sem vê-lo por muito tempo. Eu o amava tanto que as vezes chegava a doer, por mais irônico que soasse.

-Pare. – Congelei ao ouvir a voz de Eleazar.

Por falar de amores que doem.

Me mantive parada no lugar ouvindo atentamente.

-Onde você foi? Eu quero saber! – Ouvi a voz de Kiara, a hibrida.

-Boa noite senhores. – Me anunciei rapidamente, eu sabia muito bem onde ele tinha estado.

Ninguém precisava saber disso.

Ouvi o rápido movimento enquanto virava na esquina do corredor. Obviamente Kiara tinha encurralado Eleazar contra a parede e agora ambos disfarçavam.

-Senhora Alice. – Kiara me cumprimento polidamente.

-Alice, querida, me chame de Alice. – Sorri delicadamente para ela, mas mudei minha expressão para frieza quando me virei para Eleazar, afinal todos acreditavam que ele tinha traído os Cullen. – Eleazar.

-Senhora.

-Suponho que estejam tendo uma ótima noite. – Os dois acenaram. – E como estão nossos ilustres Romenos?

-Estão conhecendo a cidade com Esme. – Kiara respondeu.

-Eu sei disso, querida, voltaram um pouco antes da meia-noite, mas me refiro ao bem estar deles aqui, deve ser um choque perde todo o clã tão de repente.

-Iremos nos reconstruir. – Ela respondeu firmemente, vi o que fazia ali. Deixava claro que poderiam estar em um mal momento, mas não se deixariam por vencidos, que voltariam a se ergue.

-Fico feliz em ouvir isso. – Uma tremenda mentira minha. – Agora se me dão licença, irei me encontrar com meu marido. – Passei pelos dois. – E mais uma coisa. – Parei no final do corredor e os dois se viraram para me olhar. – Brigas são lá fora, não queremos estragar a decoração. – E me virei correndo em direção ao meu amor.

Jasper estava no ultimo andar por algum motivo, sentado em uma cadeira de praia com uma xicara de sangue e o notebook ao lado.

-Vida boa, não? – Comentei divertida.

-Sei apreciar um momento de descanso.

- Mesmo que nunca fique cansado? – Ergui a sobrancelha, ele sorriu para mim.

-Foi um mal uso de palavras, troquemos descanso por relaxante. – Me sentei na mureta na beira do prédio e me deixe apreciar a brisa fria por alguns instantes.

-Quando você vai?

-Você sabe quando. – Rebateu me olhando serenamente.

-Você tem que ir? – Perguntei mordendo o lábio. – Não gosto de ficar sem poder vê-lo.

-Querida, são ordens de Carlisle. – Fiz uma careta e olhei para as ruas lá embaixo. – Sei que não gosta disso, mas tem que ser eu a fazer o trabalho, qualquer outro de nós ficaria tomado pelo desejo de vingança e iria cometer algum erro.

-Mas Edward...

-Nós dois sabemos que Edward iria se deixar afetar pela raiva não só por causa de Esme, mas pelo o que aconteceu com Bella também.

-Eu poderia ir com você. – Olhei-o sorridente.

-Alice, o que há de errado? – Ele se ergueu e fico na minha frente em um flash. – Você... Não viu minha volta?

-Não, eu previ isso, é só que você sabe como o futuro muda. – Ele colocou a mão em meu rosto, fechei os olhos apreciando seu toque morno.

-Você não precisa se preocupar, eu não me atreveria morrer, só de imaginar o quão furiosa ficaria fico com dor de cabeça. – Rimos junto, suspirei abrindo os olhos. – Tem certeza que está tudo bem, querida?

-Claro, só estou apreensiva. – Menti facilmente, Jasper podia sentir meus sentimentos preocupados, mas não poderia adivinhar o que eu pensava, então ele acharia que eu dizia a verdade.

-Não há nada com que se preocupar, quando isso tudo acabar podemos viajar para onde você quiser, o que acha?

-Que tal Australia? – Sugeri sentindo um aperto no estomago, ele franziu o cenho. – Pensamos nisso depois, agora me dê um beijo. – Emendei rapidamente.

Me foquei em seu toque, eu precisava limpar minha cabeça e minhas emoções.

Ninguém podia saber de nada.

Mesmo que me matasse por dentro.

Edward P.O.V

Desci as escadas em ritmo humano, não era como se fosse assustar alguém se aparecesse em velocidade vampírica, mas trazia uma falsa sensação de relaxamento.

E isso era bem vindo depois de ficar matutando sobre uma possível conspiração Volturi envolvendo Athenodora e Jane. Aliais a ultima pareceu ter adquirido educação junto com as memorias, já que arrastou as Volturis e o marido para fora de casa para nos dar privacidade. Fred era o único Volturi que restou na casa, mas estava instalado no quarto de cima vendo tv.

Me dirigi quase que serenamente para a cozinha atrás de um pouco de sangue. Passei pela sala, onde Jacob roncava no sofá ao som baixo de gritos na TV, provavelmente um filme de terror aleatório.

"Take me to the place where you go

Where nobody knows if it's night or day"*

Eu ainda podia escutar um leve sussurro da musica que Bella ouvia no fone no andar de cima. Ela estava tendo o seu banho de espuma de uma hora (o qual, eu infelizmente não sou permitido).

Parei na porta da cozinha completamente intrigado com a cena a minha frente. Talvez eu estivesse focado demais no Don't look back in anger e o ronco de Jake para ouvir o coraçãozinho de Nessie na cozinha. Mas mesmo que estivesse a esperando ali, eu certamente não imaginaria vê-la sentada no chão, na frente da geladeira aberta.

-Nessie? O que está fazendo ai? – Perguntei em tom baixo.

-Pensando. – Respondeu sem se virar, ouvi a sucção de canudo me fazendo crer que ela estava tomando sangue de canudinho.

As vezes Nessie podia ser estranhamente normal e ainda assim ser diferente.

-Eu espero que não esteja refletindo sobre um jeito de dominar o mundo. – Brinquei me aproximando para pegar um pouco de sangue.

-Isso é mais fácil do que roubar doce de bebê: é só capturar os Volturis com a ajuda dos japoneses. – Ri do pensamento, como se fosse tão simples... – Ou usar Rose para hipnotizar Carlisle e o mesmo controlar as mentes Volturis.

-Exceto que Rose nunca conseguiria controlar Carlisle, e o mesmo nunca conseguiria controlar a mente dos Volturis.

-Detalhes. – Revirou os olhos e tomou mais um gole de canudo.

-Ouvi que está oficialmente namorando. – Comentei escondendo o sorriso.

-A minha sorte é que não sou sua filha de verdade, Jake estaria morto com todos os pensamentos sexuais que já deve ter tido.

-E não são poucos, começando com agora. – Fiz uma careta. – Sempre me impressiono com a riqueza de detalhes que os sonhos podem trazer. – Ela gemeu e bateu a cabeça contra porta. – Você não tem problemas com esse tipo de coisa? – Perguntei me sentindo sem jeito.

Nessie me olhou atenta de repente, eu nem sequer precisei ler o pensamento dela para saber o que se passava. Ao contrario de Bella, Nessie nunca reclamou da falta de vida sexual, apesar de ter tido seus apertos. Não era nenhuma surpresa, afinal os últimos relacionamentos dela não foram nem um pouco bons.

O primeiro lhe deu um filho e o segundo era um psicopata que a torturou por um mês. Eu quase podia sentir o medo dela no ar.

-Você lê mentes, sabe que eu superei meus pesadelos a muito tempo. Bella trabalhou isso comigo depois de ler dúzias de livros de psicologia. A reação em mim pode ter sido intensa por causa do que sou, mas pelo mesmo motivo é diferente, no momento que eu superei tudo pareceu diminuir.

Concordei com a cabeça, já havia visto algo parecido na familia, Jasper aprendeu a dominar os próprios instintos paranoicos e hoje em dia confia em nó mais equilibrado da família.

-Eu sei que é não é da minha conta pergunta...

-Está tudo bem, papa, você só quer saber se estou bem e agora você sabe. - Ergueu as sobrancelhas e tomou outro gole ruído no canudo. – E obrigada por pergunta, mesmo sabendo que você leria em minha mente.

-Eu tento ficar fora das cabeças alheias ao contrario do dito popular. – Respondi sarcasticamente.

-Sério? Alice disse que seu instinto de velha fuxiqueira não aguenta privacidade alheia. – Estreitei os olhos para a filhote de demônio. – O que? Não me olhe desse jeito.

Tomei meu sangue em resposta, Jake ainda roncava e eu me mantive bem longe de seus sonhos, já Bella ainda murmurava alguma musica sobre liberdade e pelo som de agua, ela ainda estava no banho.

-O que você fez para mami? – Olhei para baixo intrigado. – Qual é? Nós dois sabemos que ela está no seu banho de espuma de uma hora e você não está com ela, o que fez Eddie?

-Eu não... – Parei de responder quando captei os pensamentos lá fora.

Eram de Rose, ela estava correndo para cá por que sabia que eu estava aqui...

Merda.

- O que? – Ouvi Nessie perguntar no segundo que sai da casa.

Agarrei Rose no meio da rua, ela me olhou entre alivio e desespero.

-Quando foi isso? - Perguntei em tom urgente.

-Alguns minutos atrás. – Ela gaguejou agarrando minha camisa. – Temos que ir lá!

-Rose... Rose! – Tentei controla-la, ela me olhou exaspera. – Precisamos nos focar, ok? É obviamente uma armadilha deles, precisamos nos reunir com o resto...

-Não tem tempo para isso, não há por que os demônios manter Emmett vivo, não consegue ver? Mata-lo enviaria uma mensagem muito mais forte.

-Espera, o que? – Nos viramos, Nessie estava atrás de nós chocada. – Eles capturaram Emmett, como foi que isso aconteceu? – Nos perguntou mentalmente.

-Atenderam quando eu liguei. – Rose respondeu rapidamente. – Se você não for comigo agora, eu vou sozinha.

-Jasper e Alice... – Comecei a falar.

-Estão aqui. – A voz de Jasper soou duas quadras atrás de nós, alguns instantes depois estavam parados atrás de nós. – Viemos assim que Alice viu Rose recebendo a ligação.

-Ninguém mais pode saber disso, iria acabar com nossa reputação perante o clã. - Alice acrescentou.

-Alice está certa, vamos resolver isso entre nós. – Comentei um pigarreio soou atrás de nós. – Você fica de boca fechada, Jake é um Volturi e Bella vai querer vir.

-E por que não podemos ajudar? Emmett me ajudou com meu filho! – Nessie cruzou os braços.

-Bella não pode sair da cidade, ela sob guarda de Fred lá na casa. – Apontei para a casa dos Swan no final da rua, vinte metros de distancia. Eu não queria que Fred ouvisse isso, então todos sussurrávamos, exceto Nessie que falava conosco mentalmente.

Fiquei surpreso quando Nessie bufou impotente e acenou concordando comigo sem hesitar em me obedecer. Verifiquei sua mente rapidamente para ver o truque, mas tudo parecia limpo, ela tinha entendido a gravidade.

-Me mande uma mensagem avisando das coisas, ok? – Falou em voz alta e depois que acenei concordando, se virou em direção a casa.

Suspirei me virando para os outros, Rose já tinha corrido e nós a seguimos rapidamente.

Carmem P.O.V

Parei ao lado dela no topo do prédio.

-É bom tê-la de volta. – Ariadne comentou indiferentemente.

-Eleazar me persuadiu. – Pigarrei ainda sem olha-la.

-Não se preocupe, é bom que tenha opinião, só diga antes da próxima vez, eu tenho minha própria agenda.

Acenei e ficamos paradas olhando para a noite fria, eu na verdade estava tentando entender o que fazíamos ali.

-Isso soa horrível! Eu com certeza estou feliz por viver no século XXI. – Olhei para baixo reconhecendo a voz, havia um pequeno café ali embaixo. A essa hora estava fechando, é claro, por isso o pequeno grupo saia de lá.

Quem havia comentado era Victoria, a nova membro da família Volturi, que acontecia de estar com Athenodora (Sra. Volturi), Jane e Nicolas. Quase abri a boca para pergunta, o que Ariadne estava tramando, mas 1)eu não confiava nela e 2)não queria que soubessem que estávamos aqui.

-Eu assumo que esse século parece ter suas facilidades... – Jane comentou enroscada no braço de Nicolas. – Mas eu sinto falta do ar puro, tudo o que sinto é fumaça, sujeira...

-Os humanos se tornaram cada vez mais gananciosos, tanto que começam a destruir seu próprio lar por dinheiro. Mas exatamente como há um lado ruim, existe o lado bom das tecnologias. – Athenodora replicou olhando para Victoria, eu podia ver a mensagem que ela queria transmitir.

-O sistema de comunicação certamente melhorou. – Nicolas comentou.

-E como era...? – E eles saíram fora do meu alcance auditivo.

Esperei mais alguns instantes, por que todos sabem que os sentidos Volturis são um tanto mais ampliados que os dos vampiros normais.

-Me fale um pouco sobre essa Victoria. – Pisquei nenhum pouco surpresa pelo pedido de Ariadne.

Jacob P.O.V

Abri os olhos e cai no chão.

-Mas que porra... – Me ergui um tanto tonto, então me bateu o que tinha me acordado. – MERDA!

-O que?! É rato ou barata?! – Nessie saltou pela porta com um taco de beisebol na mão.

-É demônio. – Resmunguei me erguendo rapidamente e começando a procurar meu celular.

Nessie olhou ao redor inexpressivamente.

-É um cara deformado com fetiche por cera, lobinho. – Ela comentou de repente, eu a olhei tentando entender do que a criatura falava, então ouvi o som na tv.

Era "A cada de cera" que passava.

-Não estou falando da tv! – Esbravejei jogando as almofadas do sofá para longe. – Seth foi capturada por um demônio! CADÊ O MEU CELULAR?! – Rosnei revoltado.

-Esse aqui? – Nessie ergueu o celular inocentemente. – Estava em cima da mesa. – Apontou para a mesa ao lado da porta.

-Bem... – Pigarreie me recompondo e indo pegar o celular dela.

-Espera ai! Como assim Seth foi capturado? Você está falando sério? Você estava dormindo, Jake! – Me olhou incrédula.

-Eu tenho uma conexão mental com meu bando. – Peguei o celular dela e disquei o numero de Seth, caiu na caixa postal. – Droga! – Exclamei e liguei para Leah. – Eu preciso confirma meu sonho é claro, mas eu tenho certeza que vi os pensamentos de Seth.

-Vocês podem se comunicar sendo humanos? – Nessie ergueu a sobrancelha.

-Temos uma ligação mental que se amplifica quando nos transformamos, é possível comunicação como humanos, mas é em casos extremos.

-Então pode ter sido só um sonho? – Nessie insistiu de braços cruzados, estreitei os olhos para ela, a mulher acha que sou o que? Idiota?

-Alõ?

-Onde está seu irmão?

-Jake, eu estou em casa, por que iria saber sobre...? – Ela fez uma pausa. - O que aconteceu? – Pude ouvir a tensão em sua voz.

-Eu acho que ele foi capturado.

- O que? – Leah exclamou histericamente, ouvi o som de passos rápidos e papel. – Eu vou matar Seth! – Rosnou no celular. – Ele deixou uma nota dizendo para não ir atrás dele!

Fechei os olhos e soquei a parede.

-Eu vou matar aquela criatura!

Nessie me olhou impressionada. Logo em seguida ouvimos barulho de passos na escada e a voz de Bella exclamando:

-Posso saber que palhaçada é essa?! – Esbravejou chegando ao pé da escada.

Bella parecia uma típica adolescente com o roupão de bolinhas verde, seu cabelo todo molhado e cheiro de unhas pintadas. Mas toda a sua postura me fazia lembrar o general Swan em um mal humorado (nada bonito) ou quando perdia a aposta com meu pai sobre o jogo (uma visão ainda pior).

-Seth foi atrás dos demônios da cidade sozinho e agora está cativo. – Nessie respondeu por mim, Leah já tinha desligado o telefone na minha cara e provavelmente estava indo caçar o cheiro dele.

-Por que ele fez isso? – Ela perguntou franzido o cenho.

-Sabe-se lá por que! – Nessie exclamou.

-Onde está Edward? – Bella perguntou de repente, olhando ao redor desconfiada.

-Oh! – Nessie a olhou por um instante. – Ele foi se alimentar, está fora da cidade. – Bella a olhou estreitando os olhos. – Mas isso não interessa! Seth ta fodido mas ta vivo, a pergunta é: por que?

-É uma excelente pergunta.

Porra! Pisquei assustado e Nessie levou a mão ao peito quando Fred falou do meio da escada. Bella foi a única que não pareceu surpresa com sua presença, afinal ela era a srta. sou-imune-até-a-bomba-atômica.

-Informação, provavelmente. – Bella deu de ombros.

-Do Seth? – Nessie ergueu a sobrancelha.

-Ele tem conexão direta comigo e eu tenho o sangue dos Black.

-E qual é a grande coisa? – Nessie me olhou descrente.

-Hã... Acorda! Jake deveria ser o líder do bando de transfiguradores, ele é descendente do Tarzan indígena de La Push. – Olhei para Bella indignado, desde quando ela sabia tanto sobre nós?

E por que Nessie parecia tão impressionada? Meu Deus! O que ela pensava de mim?

-Como assim descendente de Tarzan indígena?! Só falta me falar que é riquinho! – Nessie bateu o pé para mim furiosa. – Se estamos em um relacionamento temos que nos manter sincero, você ta me entendo?!

-Nessie, Seth está lá. – Apontei para qualquer lugar um tanto nervoso com a raiva dela ,ou por que Seth é uma mula em perigo, ou talvez por causa dos dois. – Com os demônios! – Exclamei impaciente.

-Ok! Onde ele está? – Bella perguntou tentando se manter calma.

-Como é que vou saber?! – Exclamei frustrado. – Você sabe! Faça a coisa do escudo. – Pedi ansioso.

-Jacob, eu não consigo aumentar meu escudo o suficiente para cobrir a cidade!

-Por que não tentamos a mãe bruxa dele? – Fred sugeriu erguendo as sobrancelha, de repente olhar para o cara não era tão enjoativo.

-Ou podemos simplesmente localizar o celular dele. – Nessie revirou os olhos tirando o notebook da bolsa. – Sério, gente, vocês são deveriam se voltar a simples e muito útil tecnologia.

-Eu vou colocar uma roupa e pegar a agua benta. – Bella informou subindo as escadas.

-Ok, Nessie fique ai procurando pelo traste, eu vou atrás de Leah e vamos tentar rastreá-lo. – Eu fui a até a porta.

-Jake! – Me virei só pra se atacado com um beijo de Nessie. – Não me invente de morrer, ok? Por que eu juro que vou até o paraíso canino que você estiver com as tais cem virgens e lhe arranco os cabelos com cera quente!

Estranhamente, meu coração se acelerou de felicidade por ver o quanto Nessie se importava comigo.

Cara, amor é estranho.

Ok, foque-se no Seth.

Prioridades, Black!

Emmett P.O.V

-NÃÃÃÃOO! – Zafrina gritou desesperadamente quando arrancaram a cabeça de Senna.

Eles acabaram de matar uma vampira amazona! Os demônios fizeram mesmo! Eles a mataram! Arrancaram a porra da cabeça dela!

MAS QUE MERDA!

Quando eu sair daqui juro que vou esfolar, estripar, comer e foder cada um desses merdinhas do inferno.

Bem, talvez eu tire a parte do foder os machos, mas é apenas um talvez. Eu não sou um mente fechada como Jasper e Rose tem uma forma de me convencer que no escuro todos os humanos são iguais muito convincente...

-Agora, quem é o próximo? – Perguntou uma das coisas.

-Eu sou um perfeito cavalheiro. – Me manifestei. – Damas primeiro. – Zafrina me olhou, nós estávamos acorrentados lado a lado no teto. – Rose me mata se eu morrer. – Dei de ombros.

-Minha irmã morreu. – Ela rosnou com olhos negros como piche.

-Eu sei, eu estava aqui há dois segundos atrás. – Resmunguei insensivelmente. – Se quer descontar em alguém, temos uma variedade de opções a nossa frente. – Apontei com o queixo, os demônios comiam o corpo dela.

-É meio difícil de decidir, olha para eles, ambos parecem ser tão deliciosos, mas ele é um Cullen...

-Ela é amazona, que tal um gosto mais exótico? – Argumentou o outro. – Ouvi dizer que os brasileiros...

-Oh sim, eles são. – Comentou outra rindo. – Eu vivi lá.

Olhei para o chão entediado, eu mencionei que estava preso de cabeça para baixo? Os malditos demônios nos acorrentaram a prata dos pés ao pescoço, então rosnar era tudo o que podia fazer.

-O Cullen deve esperar, eu atendi uma das ligações... – Um demônio asiático ergueu meu celular. – Ela pareceu nem um pouco feliz, provavelmente está vindo para cá.

-Seu idiota! Eles tem o clã na cidade.

-Não vão querer atrair atenção desse tipo, senhores. – Ele riu andando ao nosso redor, Zafrina rosnou para ele. – Um membro da poderosa família Cullen sendo capturado tão facilmente faria muito mal a reputação deles e logo o clã se sentiria inseguro.

-E esse é o primeiro passo para se destruir um clã. – Acrescentou uma das mulheres, uma verdadeira tentação de pele chocolate, mal podia esperar para arrancar o maldito pescoçinho com minhas mãos.

Eles tinham razão, Carlisle tinha obrigado a fazerem uma promessa de lealdade e em troca dar proteção. Se os membros sentissem que isso não aconteceria, eles não precisariam ser leais.

Esse era o problema de controle mental em vampiros, nós somos espertos demais para ver a brecha. E se tentássemos força a lealdade, os Volturis interfeririam e ai sim o bicho iria pegar. Afinal os vampiros de um código e liberdade é um direito de todos de nossa espécie (até mesmo os membros Volturis tinham opção de entrar antes de Chelsea criar o laço de lealdade). Ainda mais se tratando de um clã inteiro, então Carlisle fez paz com Aro e deu opção para todo mundo antes de faze-los prometerem lealdade aos Cullen.

-Então, o que vocês querem? – Perguntei tentado enrola-los, não foi nada legal Senna morrer, Zafrina não precisa entrar na lista. – Esse não pode ser o grande plano do mal de vocês, certo?

Os demônios me olharam e eu ri.

-Esse é o plano de vocês!

-Nós temos nossa própria agenda! – Uma exclamou revoltada com olhos azuis claros, novinha e manipulável.

-Certo...

-Cale-se. – Latiu a demonia de pele chocolate para a bebezinha que quis me responder. – Não te interessa o que planejamos, Cullen, tudo o que interessa é que agora nós estamos apenas nos divertindo.

Estreitei os olhos com o que aquilo supostamente querida dizer.

-Você vê, a morte dela foi rápida por que estávamos com fome, mas agora... – Ela se aproximou de nós. – Agora é hora da diversão.

Zafrina gritou ao meu lado no mesmo instante que senti o cheiro de carne queimada.

Oh ótimo! E eu que achei que pularíamos a tortura hoje.

Bella P.O.V

-Isso é loucura, não podem ir lá sozinhas. – Fred resmungou para cima de nós, enquanto Nessie digitava no computador e eu pegava as garrafinhas de agua benta.

-Não vamos sozinhas, você está aqui assim com o Jake e Leah.

-Lobos gigantes, chérie. – Nessie acrescentou do laptop.

-Você tem avisar a alguém. – Ele retrucou.

-E por que você não ligou? – Rebati pegando a faca que Alice me deu meses atrás para me defender naquele primeiro ataque de lobisomens com demônios, aquilo podia corta até pele de vampiro. Nossa! Parecia que aquiilo aconteceu há anos atrás!

-Por que Jacob Black não está com a melhor imagem no clã, eu não quero começar inimizade nenhuma com ninguém da casa. – Apontou para Nessie que ergueu as sobrancelhas para o laptop. – Se souberem que sua própria matilha não lhe obedece...

-Ok, já entendi, Jake sofrerá bullying. – Revirei os olhos. – Mas por que eu ligaria? Não daria na mesma?

- Jane Volturi e o licantropo não te protegem?

-Nós temos um acordo, mas Jane perdeu a memoria e Nicolas é o marido dela que está a ajudando agora, além disso eles estão com a esposa de um dos chefões Volturis, caso esqueceu.

-E seu noivo?

-Não está atendendo, está caçando.

-Ligue para sua tia então. – Estreitei os olhos para ele.

-Por que não meu pai?

-O que? – Ele me olhou inocentemente.

-Por que ligar para minha tia em vez do meu pai? O que está acontecendo com ele? – Perguntei franzido o cenho, ele abriu a boca. – E é melhor falar a verdade.

-Eles estão em Seattle, sua tia é a única da família na cidade. – Respondeu com um suspiro, arregalei os olhos.

-Mas eles foram para lá no começo da tarde! – Exclamei assustada.

-ACHEI! A SENHA DELE É: "HULK"! EU SOU FODA! – Nessie ergueu os braços em vitória. – Ele está no centro da cidade em cima de uma padaria! – Se ergueu pegando o celular e ligando para Jake.

-O que Charlie foi enfrentar? – Perguntei com as mãos na cintura.

-Demônios possuindo bruxas. - Ah merda! – Eles já fizeram antes e são todos os Swans juntos, tenho certeza que não há nada para se preocupar.

-Falamos disso depois. – Rosnei pegando a mochila e seguindo Nessier que já tinha saído pela porta.

...

Seguir o cheiro dela era fácil, mas a cidade estava enfestada de todos os tipos de criaturas, então segui-a por meu escudo com Fred logo atrás de mim.

Chegar ao lugar foi fácil, era área comercial de Forks e por ser tarde tinha apenas algumas pessoas por perto. Nessie estava em uma esquina encostada na parede com o celular na orelha.

-Onde está...? – Perguntei em tom baixo.

-Não estão atendendo. – Nessie rosnou para o telefone. – Só falta eu finalmente aceitar namorar e ele inventar de morrer.

-Onde Seth está? – Fred perguntou atrás de nós, Nessie apontou para um dos edifícios. Tinha dois andares e ficava em cima de uma padaria fechada.

Fred acenou com a cabeça e sumiu de nossas vistas em menos de um piscar de olhos. Nós duas nos olhamos um tanto desorientadas, o meu celular vibrou de repente.

É uma boa época do ano para viajar para Preston, não?

Congelei olhando para a mensagem em meu celular, Nessie percebeu minha expressão.

-O que? – Sussurrou se inclinando para ver a tela de meu celular, ergueu as sobrancelhas para mim.

-Por que estão mandando isso para mim? – Perguntei mais para mim mesma do que para ela. – Eu estou fora, ele sabe...

Um som de porta sendo arrombada me cortou, Nessie e eu nos inclinamos na esquina e vimos Leah entrando no edifício com Jake na liderança. Ela tentou ir, mas eu agarrei o braço dela.

-Somos o reforço, eles podem lidar com isso perfeitamente.

-Você está brincando? – Nessie me olhou furiosa e tentou se soltar, prendi-a contra a parede. – Me solte.

-Não tente, Nessie, sabe que sou mais forte que você. – Olhei-a mal humorada, ela me olhou frustrada, eu tinha uma vantagem sobre ela no final das contas.

-Por que está me segurando aqui?

-Por que se algo der errado, nós podemos ajudar. Ao contrario da senhorita, eu penso. – Solte-a bruscamente.

-E se fosse Edward lá dentro com um bando de demônios?

-Ele ficaria bem.

-Edward não é invencível, Bella, ninguém é, nós duas sabemos disso muito bem. – Olhei-a sem saber o que responder. –Não posso deixar Jake lá dentro só por que ele é uma criatura sobrenatural! Eu preciso ter certeza com meus próprios olhos! Você sabe como é isso, eu vi seu olhar quando disse que Edward tinha ido caçar.

Mas que merda Rennesme!

Bufei sem olhar para ela, aquilo era idiotice!

-Vamos pelo telhado. – Apontei para cima mal humorada, ela me olhou aliviada.

Jasper P.O.V

-Mas que porra é aquela?! – Exclamei irritado com a criatura que voou na direção de Alice.

Aquilo tinha azas, era cinza e tinha olhos negros.

Nunca vi na minha vida.

-Uma espécie de demônio que os humanos insistiam que era vampiros. – Edward respondeu, todos o olhamos. – Eu vi na mente de alguns humanos, certa vez.

-Eu me sinto ofendida por nossa raça. – Alice comentou vaidosamente.

O rugido de Rose interrompeu nossa conversa, Edward foi em direção a ela protegendo sua retaguarda. Rose estava com muita raiva, era perigoso lutar em esse estado.

Mas que ela era uma maquina de matar, isso era ela.

Nós estamos nas docas e seria super fácil encontrar Emmett, exceto pelo fato de que chovia e era um antro de demônios.

E havia varios de tipos de demônios.

-Alice, onde?! – E de repente do nada, Rose estava sobre Alice com um olhar realmente sinistro.

Eu até tentaria acalma-la, mas tem dos demônios me rodeando no ar e três no chão. Cinco contra um, isso é injusto para os demônios.

Estava no meio de uma decapitação quando algo bateu em mim. Olhei no chão confuso por menos de um segundo, até que vi Edward em cima de mim.

-Porra Edward!

-Já sei, já sei! – Resmungou se levando e me puxando ao mesmo tempo, tudo só para me empurrar para o chão novamente.

Olhei-o nervoso e vi uma lança (ou era ferrão do mal? Unha demoniaca? Espinho envenado gigante?) bem no lugar onde estava, me movi para os caixotes. Eles tinham armas contra vampiros, obviamente, armas grandes e venenosas.

-Será que você não pode executar o movimento cinderela? – Edward perguntou batendo um demônio para o chão.

Ele queria que eu basicamente emocionalmente drogasse todo mundo.

-Não tenho certeza se vai funcionar. – Respondi desviando de uma das criaturas voadoras. – Argh! – Fiz uma careta ao sentir a ardência nas minhas costas, um demônio tinha me chicoteado!

Chicoteado!

Olhei para a criatura desgraçada, apenas um olhar. Foi tudo o que preciso para a desgraça cair de joelhos em lagrimas e enfiar uma faca no coração Eu podia fazer a pessoa se odiar tanto que se mataria.

Não importa que fossem demônios. Eles podem trancar emoções, mas isso não quer dizer que não estão lá.

Senti Edward lutando as minhas costas, formávamos um bom time. Como nos velhos e bons tempos de guerra. Massacrávamos cidades inteiras.

Então, de repente as criaturas voadoras saíram para longe, os demônios em forma humana também, apesar de termos acabado com alguns não pareceu o suficiente.

Edward e eu nos olhamos.

-Então? – Perguntei querendo saber o que tinha acontecido com a diversão.

-Alguém fez a mesma coisa da ultima vez, deu ordem para recuarem. – Ele franziu o cenho.

-Isso é irritante, por que não podemos acabar com isso de uma vez? – Cutuquei com o pé um corpo de um demônios com asas, criaturinha feia. – Espere, cadê Alice? – Perguntei percebendo a ausência dela.

-Ache a pessoa queimando de raiva e acharemos Rose, onde a loira estiver...

-Alice vai estar. – Completei expandindo meus sentidos. – Por aqui. – Apontei rapidamente.

Seguimos pelo labirinto pegando alguns demonios no caminho. Até que Edwarrd agarrou algo que se aproximava de nós.

-Zafrina? – Eu perguntei reconhecendo os cabelos morenos, ela estava pálida e cheirava a carne queimada e sangue.

-Nós temos que sair daqui. – Ela falou em tom ansioso.

-Merda... – Edward praguejou sobre a respiração.

-O que...?

Fui cortado pelo som de uivos.

Lobisomens, algo entorno de sessenta, ou talvez fosse uma centena, era difícil contar ao som de tantas patas.

Ok, agora era covardia.

Nessie P.O.V

-Que porra é essa? – Perguntei horrorizada olhando para o corpo inconsciente.

-Veronika não faria nada assim. – Bella concordou com o cenho franzido.

Era nada mais, nada menos que a bruxa google prima de Bella desmaiada ali na nossa frente com Fred a verificando. E era chocante por que Seth disse que foi ela que estava fazendo o ritual sinistro nele.

Basicamente, quando entramos, Seth estava amarrado em um circulo no chão com um pano na boca rodeado de velas e um símbolo no peito. Símbolo desenhado com sangue de galinha, já que tinha uma pendurada ali do lado pingando em uma tigela.

Ao que parece a diversão já tinha acabado, o barulho eram deles acabando com a raça de quatro demônios estripados no canto. Fred estava perto da bruxa a olhando desconfiado.

-Ok, eu vou ligar para Henry. – Bella anunciou.

-Seu primo? Aquele primo? – Ergui a sobrancelha.

-Ele tem muitos defeitos, mas se importa com a família.

-Se importa muita com você. – Rebati ironicamente.

-É diferente, sempre fui tratada como bastarda e por mais idiota que ele seja, nos dávamos razoavelmente bem. – Ela comentou dando de ombros. – Perdi minha virgindade com ele no final de contas, acha que sou dada assim para dar para qualquer um?

Revirei os olhos e voltei para o lado de Jake para ver se estava tudo bem com ele.

-Perfeitamente bem. – Ele respondeu querendo sorrir para mim, estreitei os olhos. – Agora é tirar Seth dali.

-Bem, primeiro nós pisamos ali dentro, amor. – Olhei-os sarcasticamente.

-Essa é a coisa, Nessie, não conseguimos. – Leah respondeu em tom sereno demais para quem tinha irmão vitima de macumba. – O circulo está protegido por magia.

-Ok, ele está vindo, ao que parece Veronika sumiu da casa das garotas e deixou o coven todo preocupado. – Bella se aproximou. – Ninguém vai tirar o pobre coitado de lá? – Perguntou confusa e esticando a mão, algo pareceu repeli-la imediatamente. – Ai!

-Out, mãe! – Exclamei fazendo uma careta para a queimadura na mão dela.

-Vamos esperar o bruxo, ninguém vai conseguir chegar perto disso.

...

-Onde ela está? – Henry perguntou entrando apressado.

-Falei. – Bella comentou para mim se erguendo ao meu lado.

-O que aconteceu aqui? – Pam perguntou intrigada olhando ao redor, enquanto o primo verificava Veronika ainda desmaiada.

-Macumba das bravas. – Respondi apontando para o pobre Seth no canto ainda preso. – Precisamos que as bruxas apertem o botão de desligue no escudo.

-Eu não reconheço esses símbolos. – Pam se inclinou para observa o circulo.

-Onde está os outros? – Pam ergueu a sobrancelha para a pergunta de Bella. – Não estamos em uma cidade segura, eu estou assumindo que estam todos ficando juntos.

-Isso não é da sua conta, prima. – Rebateu secamente.

Uma expiração ruidosa nos interrompeu, Veronika havia acordado.

-O que acontece? – Ela olhou ao redor parecendo que ia vomitar.

-Você virou uma espécies de mãe de santo e prendeu Seth ali dentro. – Jake respondeu por todos nós. – Agora, tire-o.

-O que? – Ela se levantou com a ajuda de Henry completamente confusa.

-Qual é a ultima coisa que se lembra? – Fred perguntou, Henry trocou um olhar com Pam, estreitei os olhos com isso.

-Biblioteca da escola. – Ela olhou para Henry com o cenho confuso, ele acenou para ela.

Seth tentou falar algo ali no canto.

-Vocês podem fazer algo para tira-lo? – Leah pediu no limite de sua paciência.

-Ela não pode? – Pam perguntou irônica apontando para Bella.

-Eu não sou bruxa, como vocês fizeram questão de me lembrar. – Bella respondeu sarcasticamente. – Agora façam algo.

-Ou então o que? – Oh deus! Pam era encrenqueira.

-Pam... – Henry advertido, olha só, ela devia ouvir quem sabe do perigo.

-Ninguém sai daqui. – Bella respondeu curta e grossa. – Sem contar que Jake é um cara legal, mas parece a ponto de explodir e spolier: Ele vira um lobo sanguinário gigante.

-Não fale assim do meu namorado. – Fiz beicinho.

-Tenham a santa paciência! – Leah exclamou finalmente perdendo a paciência. – Ele é meu irmão! Aqui temos um vampiro, dois transfiguradores e duas demônios, ou algo assim. – Olhou para nós em duvida e Bella e eu demos de ombros. – Não tem o que falar! Demonios estavam fazendo isso com ele, apenas tire-o de lá.

Seth resmungou pela mordaça em concordância.

-E se ele for um demônio? – Henry olhou em duvida para o circulo no chão.

-E se ela for um demônio? – Fred acusou, Veronika olhou para todo mundo mais perdida que cego em tiroteio.

-O que? – Veronika piscou confusa.

-Argh! – Exclamei de repente, usando minha velocidade sobrehumana agarrei o braço dela e a puxei para perto do circulo. – Tire-o de lá.

-Eu não sei como tirar! – Veronika exclamou em pânico.

-Tire as mãos dela. – Senti uma espécie de soco em meu estomago e de repente eu estava voando para o outro lado do quarto.

-Você não toque nela! – Ouvi Jake rosnando.

-Merda! – Alguém exclamou no meio da bagunça.

-PAREM! – Se fez um silêncio mortal logo depois do rugido de Bella. – Apenas tente, ok Veronika? E vocês dois sem se atacar. – Fred separou meu namorado carrancudo do primo bruxo com um puxão um tanto violento.

Leah e Pam seguraram os dois se olhando desconfiadas e Fred ficou no meio dos dois.

-Você está bem? – Jake me olhou preocupado.

-Eu me regenero em segundos, Jake, não se preocupe comigo, se preocupe com seu Robin ali. – Apontei para Seth, Veronika se ajoelhou e começou a analisar o circulo no chão.

-Nós poderíamos ter um pouco de vento aqui. – Ela de repente pediu para seus colegas bruxos.

-Hã? – Murmurei para os outros fazendo uma careta confusa.

Pam começou a murmura alguma reza bruxa e de repente um vento arrombou a janela e apagou todas as velas do quarto.

Tipo, não tinha luz ali, só vela, então basicamente estavamos no escuro.

-Bella? – Perguntei apertando o braço de Jake.

-Você está me machucando Nessie. – Ele murmurou muito masculinamente.

-Cresça, Jake. – Rebati baixinho.

Um click foi se ouvido e tudo se clareou, Fred havia acendido a luz, sabia que tinha um motivo para gostar um pouco dele.

-Seth! – Leah exclamou passando pela barreira facilmente e derrubando algumas velas.

-Como você sabia? Se não se lembra de nada? – Bella estreitou os olhos para Veronika.

-O poder estava sendo drenado do fogo das velas, algo tinha que apaga-las, algo como magia, foi apenas um chute de qualquer maneira.

-Obviamente não foi ela quem fez, já que fogo é o meu elemento, acredito que saiba uma ou duas coisas sobre bruxos, não é mesmo Bella? – Henry soou quase irônico.

-Eu estou chutando que Pam é ar. – Bella deu de ombros.

Um som de tapa estralou pelo quarto nos interrompendo, todo mundo olhou para a face vermelha de Seth, eu estava particularmente surpresa.

-Nunca mais faça algo tão estupido assim de novo! – Leah exclamou abraçando o irmão completamente confuso, aquilo sim era uma digna cara de cachorro molhado.

Rose P.O.V

-Santa mãe do céu! – Emmett exclamou no meio da floresta de Forks. – Nunca pensei que diria isso, mas eu não aguento mais. – Se jogou no chão, cai de joelhos controlando a vontade de chorar.

-Alguém tem sinal? – Alice perguntou super tranquila enquanto erguia o celular.

-Eu não tenho mais celular, fadinha. – Emmett apoiou a cabeça em meu ombro respirando pesadamente, havia o enfraquecido com algum tipo de erva demoraria um pouco para voltar ao normal.

E sangue, bastante sangue.

-Tente o meu. – Puxei da minha bota e joguei para ela.

-Nada. – Alice apertou os lábios. – Jasper vai enlouquecer, vou tentar lá em cima.

-Só não seja comida pelos pássaros. – Mesmo acabado meu garotão conseguia fazer piada, dei um sorrisinho para isso.

Alice correu para a árvore e a escalou feito um macaco, assim que ela sumiu, me virei para Emmett.

-Você podia ter morrido lá, quero uma explicação sobre isso. – Ele gemeu manhoso contra meu pescoço. Fiz carranca para o ar. – Emmett...

-Ok, o carro capoto, uma faca de prata passou pelo meu coração e aproxima coisa que sei é que estou amarrado de cabeça para baixo em prata sendo drenado. – Ele se afasto um pouquinho. – Eu fui torturado amor, não faz essa cara.

-Você foi torturado, Emmett, que cara você espera que eu faça? – Rosnei dando um tapa na cabeça dele, ele sorriu maliciosamente para mim.

-De qualquer maneira, eu descobri algumas coisinhas. – Ele se endireitou, ergui a sobrancelha. – Eles estão atrás de alguém aqui nos EUA, seja lá quem for o pessoal da profecia uma delas está no país.

-E eles não pegaram. – Concordei acenando com cabeça. – Deixe-me ver.

-Você vai se queimar, amor, como quando tirou as correntes de mim.

-Está te enfraquecendo, precisamos ser rápidos, estamos em Forks, mas nunca se saber o que pode nos atacar. – Empurre-o de costas na grama e ele gemeu. – Está nas suas costas também?

-Não, só na frente, três no total. – Suspirou resignado retirando a camisa com cuidado, me deu uma dor no coração ver o estado do peito dele.

Respirei fundo e enfiei os dedos em sua carne. Ele aguentou com os dentes cerrados se focando em mim. Rosnei quando finalmente alcancei o dardo com acido, não era muito fundo, mas estava cravado ali. Fiz uma careta de dor, acido não me mataria, mas me ainda me queimava.

Puxei sem dó nem piedade e joguei rapidamente para o lado. Esfreguei os dedos para se curarem rapidamente.

-Rose, eu te amo.

-Eu também te amo, Emmett. – Respondi enfiando as unhas de novo, esse estava mais perto, foi mais fácil de tira-la. – Por que a repentina declaração, está pensando em morrer?

-Só é algo que os demônios queriam que não me sai da cabeça.

-E o que é? – Afundei o dedo tentando encontrar o pequeno dardo, lentamente comecei a rasgar a carne para poder enfiar outro dedo, ele gemeu em resposta. – Estou quase... Ai está! – Puxei o maldito objeto e larguei em algum canto da floresta. – Aqui, tome meu sangue. – Estendi minha mão para ele, que afundou as presas sem hesitar.

Depois de saciado ele se deixou encostar a testa contra meu colo, apoiei o queixo em sua cabeça e o afaguei.

-Eles queriam desestruturar os Cullen. – Fechei os olhos odiando a noticia. – Me matar e destruir a liderança, só demoraram por que queriam me deixar por ultimo, aparentemente eu tenho um gosto bom. – Fez graça, mas eu não ri.

-Nós deveríamos fugir. – Murmurei tristemente.

-Hey, nós dois não somos o tipo de pessoa que se afasta de uma luta e fica bem com isso. – Emmett enrolou sua mão em minha nuca e aproximou nossos rostos. – Somos ambos guerreiros, e nossa família corre perigo.

-Eu sei. – Suspirei cansada. – Me odeio por isso.

-Acredite, eu também. – Sorri para ele.

-Quão romântico. – Jasper falou atrás de nós. – Eu me emociono por se importa conosco.

Revirei os olhos e olhei sobre o ombro, os três estavam parados ali do lado. Eu até ia responder Jasper para ir se catar, mas a aparencia de Edward me parou.

-O que aconteceu? – Perguntei franzido o cenho, ele estava um tanto acinzentado.

-Levei mordida do demônio com asas, vai demorar um pouco para o veneno sair do meu sistema. – Ele deu de ombros com uma cara enjoada, Zafrina tocou no braço dele como se esperasse que Edward caísse no chão a qualquer instante.

-Sinto muito por sua irmã. – Pigarrei olhando para a amazona, ela acenou para mim séria.

-Cadê Alice? – Jasper perguntou, ergui a mão para o alto.

Ouvimos um farfalha de folhas e Alice pousou no chão delicadamente ao nosso lado.

-Amor! Eu estava tentando ligar para vocês. – Apontou para os celulares e depois foi abraçar o marido.

-Meu celular quebrou, só sobrou o chip para contar a historia. – Jasper respondeu e olhou para Edward.

-Você tentou ligar para mim? – Edward pegou o celular.

-Não, eu perdi o sinal.

-Mas aqui deveria ter sinal. – Edward resmungou e Alice o olhou curiosa.

-O que foi?

-Veneno de demônio, ele precisa descansar. – Jasper respondeu.

-Zafrina, espero que tenha conseguido sua vingança. – Alice comentou com um leve suspiro.

-Sim, o demônio voltou para o inferno pelo o que fez. – Zafrina respondeu friamente.

Assim que soltamos os dois, Emmett ficou comigo, mas Zafrina atacou os demônios com um rosnado sinistro. Depois disso, eles saíram correndo e ela foi atrás, Alice e eu decidimos que ela sabia o que fazia e que era melhor tirar Emmett de lá. Então Alice viu tudo escuro no futuro de Edward e Jasper, e paramos aqui.

-Deveríamos ir, sabe? – Alice suspirou de repente. – Não quero arriscar os lobisomens, não é lua cheia o que significa que eles estão tem perfeita consciência do que fazem.

-Sim, vamos Emmett. – Ajudei-o a se ergue.

Nicolas P.O.V

-Obrigada por me acompanhar. – Victoria agradeceu a nós. – Pessoalmente acho besteira estar sempre acompanhada, mas...

-Acredite, vai entender no futuro. – Victoria riu do comentário de Jane e abriu a porta de sua casa.

Jane ficou tensa ao meu lado, a mudança no rosto de Victoria foi quase assustadora, ouvi o som de suas presas e finalmente senti o cheiro.

Sangue.

Foi tudo incrivelmente rápido, Victoria tentou entrar, Jane pulou e as duas rolaram pelo chão. Passei pelas duas vampiras, os gritos de Victoria me fizeram crer que Jane tinha tomado conta da situação.

Segui o cheiro até a cozinha, havia uma jovem ruiva no chão com uma faca no estomago. Pelo o que Victoria falou, essa deveria ser Rachel a irmã mais velha de Victoria.

Me aproximei rapidamente e verifiquei sua garganta. Assim que a toquei ela deu um engasgo e tentou agarrar meu braço.

-Ajuda. – Pediu sufocadamente, puxei o celular, mas para quem ligar?

Eu não conhecia nenhuma bruxa por aqui e Jane ainda tinha dificuldade de olhar para um celular.

Bem, o mais próximo de bruxa que tinha na verdade era Bella.

Minha única saída era ela.

-O que está acontecendo aqui? – Antes que eu pudesse ligar para Bella me vi sendo empurrado contra a parede.

Era... Quem é esse?

Chutei o vampiro para o lado.

-Eu estou tentando ajudar. – Rosnei para ele. – A irmã dela está ferida e Victoria tentou ataca-la.

De repente, eu reconheci o vampiro, era o que fingia ser namorado de Victoria aquele dia no estacionamento... O nome era...

Ah sim! Riley.

Ele se aproximou da irmã de Rachel rapidamente, vi-o morde o pulso e rapidamente agarrei seu braço.

-Não faça, irei chamar a Swan o sangue dela cura em vez de impedir a morte dela.

-E como explicar?

-Athenodora pode tirar as memorias dela.

-Ela não tem tempo, já perdeu muito sangue. – Vi seu brilho ao olhar para o chão, ele se controlava bem, mas ainda era uma tentação. – Esperar Isabella pode custar a vida dela.

Olhe-o por alguns segundos com os lábios espremidos em concentração, Rachel gemeu debilmente no chão.

-Eu vou chamar a ambulância. – Resmunguei e ele mordeu o pulso novamente (pois havia curado a essa altura).

Puxei o celular rapidamente e comuniquei o acidente. Segui para a sala, onde Victoria ainda estava no chão chorando de dor.

-Pare, já é o suficiente. – Riley surgiu atrás de mim.

-Ela perdeu o controle, é melhor ficar nesse estado. – Comentei dando de ombros.

Ante que eu pudesse reagir, Riley estava em cima de Jane a desconcentrando. Victoria suspirou no chão e se ergueu em velocidade vampírica, me movi para impedi-la, mas de alguma forma ela escapou.

Rilely (estupido vampiro) viu o erro e a atacou, pego-a de surpresa e a derrubou no chão, mas Victoria o chutou para o lado com uma facilidade assustadora. Finalmente eu me coloquei contra a entrada da sala e ela veio em um pulo na minha direção, Jane a paro no ultimo instante.

Victoria puxou o braço de Jane para trás, empurrando-a para cima de mim. O movimento da ruiva foi tão fluido que fiquei em duvida se ela só tinha mesmo um mês de idade. De qualquer maneira o impacto, levou Jane e eu contra a parede do corredor.

Jane se ergueu rapidamente, por algum motivo estranho Victoria se jogou contra a parede e não começou a gritar de dor. Franzi o cenho, não sabia que Victoria podia bloquear ataques mentais. Jane ficou alguns segundos em choque, enquanto Riley surgiu na frente dela e agarrou seus ombros.

-Pare, Victoria! Me escute! – Rosnou para ela, as presas dela estavam de fora e os olhos negros não mostraram emoção nenhuma.

Então entendi.

Victoria nunca tinha provado sangue fresco de humano.

Um estralo foi se ouvido, o braço de Riley estava em um ângulo doloroso de se olhar com o osso para fora. Victoria se empurrou para o outro lado do corredor novamente e se moveu para a cozinha.

Algo abriu a porta em um estrondo e passou por nós, Jane sumiu correndo atrás. Eu não deixaria minha amada sozinha e segui com Riley logo atrás tentando concerta seu braço.

Victoria estava contra a parede com o pescoço preso por Marcus Volturi. Jane me contou que vampiros podiam sentir quando algo estava errado com o outro através da conexão sanguínea ou do veneno, então isso explicava como Marcus sabia, mas aquilo havia sido rapido...

Ela arranhava o braço dele de maneira tão voraz que estava em carne viva agora. Contudo, Marcus não deu sinal algum de estar sentindo dor. Rumores diziam que ele deixou de ser capaz de sentir algo há muito tempo atrás. De qualquer maneira, Victoria estava chorando desesperada pelo sangue ao redor da cozinha.

-Eu vou leva-la pra se alimentar. – Marcus falou para nós. – Jane poderia vir conosco? Um pouco de sua sensibilidade feminina recém-adquirida poderia ser útil quando ela voltar ao bom senso.

-Sim, é claro. – Jane olhou sobre o ombro e sorriu para mim, concordei com a cabeça.

-Riley, por que sinto cheiro de sangue vapirico?

-Eu a alimentei, não há tempo para outra coisa, ela estava prestes a morrer. – Marcus acenou com a cabeça sem olhar para nós, um ser humano não poderia morrer com sangue de vampiro no sistema, não os curava, mas impedia morte.

-Cuide da situação. – E com isso Marcus sumiu com Victoria, a única pistas que estiveram ali era a porta da cozinha aberta.

-Nicolas, você fica com eles para eu poder saber como a humana está? Acho que Victoria vai querer saber o mais rápido possível a situação da irmã. – Jane pediu.

-Claro, tome cuidado. – Ela sorriu e concordou antes de segui-los pela noite.

-Que confusão. – Suspirei olhando ao redor. – Quem fez isso a ela? – Perguntei franzido o cenho.

-Seja quem for, queria atingir Victoria, não vejo motivo para esfaquear Rachel e ir embora.

-Mas por que Victoria? – Nos olhamos intrigados.

Alice P.O.V

-Onde você vai? – Perguntei quando Edward saiu do nosso hotel particular.

-Bem, Nessie está preocupada conosco e por algum motivo meu celular não quer funcionar.

-Edward, não minta para mim. – Revirei os olhos. – Você quer checar Bella. - Pisuquei sentindo uma leve nausea.

-Eu também quero fazer isso. – Deu de ombros.

-Você tomou sangue? – Perguntei ao vê-lo tropeçar de leve.

-Tomei, já fará efeito. – Respondeu e depois revirou os olhos. – Pare de ficar preocupada, Alice, veneno de demônios não podem matar vampiros.

-As coisas andam mudando, tudo é possível.

-Eu estou bem e você também está tão pálida quanto eu. – Respondeu virando a esquina e saiu correndo em nossa velocidade natural.

Olhei para o céu e o segui, Edward era mais rápido do que eu, então ele obviamente chegou antes de mim nos Swan.

Então, ele caiu de joelhos e começou a tossir.

-Edward? – Em um instante estava ao lado dele.

-O que...? – Começou a pergunta para mim e de repente ele vomitou uma gosma preta.

-Oh deuses! – Exclamei enojada e em pânico. – Temos que te levar para Alisha, ela é bruxa saberá o que fazer.

-Eu... – Mais gosma preta saiu da boca dele.

Risadas vieram de longe, ergui a cabeça sentindo meu sangue gela, uma sensação puxou em meu estomago. Não havia ninguém nos Swan, obviamente, porém, eles acabavam de chegar. Nessie estava nas costas de Jake e Seth apoiado em Leah, Bella estava de lado com seu novo guarda costas Fred.

Pareciam ter vindo de uma batalha.

Ai Bella nos viu e parou de sorrir. Agora sim, vai ser difícil tirar Edward daqui. Em um instante ela estava do nosso lado.

-Edward? O que aconteceu? – Nessie pulou de Jake e se aproximou de nós.

-Ele só está envenenado. – Respondi esfregando as costas dele. – Deve estar expelindo o veneno.

-Deve estar? – Bella me olhou horrorizada.

-Eu estou bem. – Edward acenou com a cabeça pálido.

-Hey, isso não é...? – Nessie se inclinou para ver a gosma. – Eu vomitei isso! É o que sai de nós quando ficamos muito tempo sem se alimentar.

-Ele foi mordido por um demônio? Mas eu já o mordi antes! – Bella exclamou confusa para mim.

-Bem, não acho que seu veneno chegou a entrar no sistema dele, e o demônio era uma espécie diferente... – Enrolei sem saber bem o que dizer, Edward de repente vomitou de novo, só que dessa vez não era preto era sangue.

Um sangue muito nojento, por que fedia horrores.

-Oh meu Deus! – Nessie colocou a mão na boca enojada.

-Eu mencionei que desintoxicação de veneno é horrível mesmo? - Fiz uma careta sem graça, já haviamos sido envenenados antes, então...

-Edward... – Bella o olhou chocada.

-Você já ficou assim quando foi envenenada, Bella, ele vai ficar bem. – Acariciei a cabeça de Edward que me olhou mortalmente.

-Não vomitei sangue! – Ela exclamou, então Edward pendeu para frente e nós duas o seguramos. – Ele desmaiou? – Ok, agora eu vou entrar em pânico com Bella.

-Eu chamei minha mãe. – Leah disse se aproximando. Fred veio e ergueu Edward no ombro.

– Ok, leve-o para o quarto de Bella.

Seguimos rapidamente para dentro, Fred já tinha o colocado na cama de Bella.

-Me diz que ele não vai morre. – Bella pediu se sentando ao lado de meu irmão.

-Ele não vai morrer, só vai sofrer um pouco. - Disse fechando os olhos por um momento.

-Como pode ter tanta certeza?

-Por que não se pode matar algo que já está morto, amorzinho. – Suspirei para Bella. – Fred seu celular funciona? – Ele concordou com a cabeça. – Me empreste, então, vou chamar Esme. – Pisquei sentindo uma tontura repentina.

-Tudo bem? – Fred perguntou gentilmente, acenei com a cabeça piscando confusa.

Bella me olhou preocupada.

-Você está pálida também.

-Eu estou bem, não levei mordida de demônio. – Franzi o cenho sentindo um puxando estranho. – Vou tentar falar com Esme. – Sai do quarto.

Fechei os olhos e me foque no futuro por um instante.

As imagens bateram em mim rapidamente, pude ver todos nós em varios quadros rapido.

Abri os olhos, seja lá o que mordeu Edward está infectando todos nós.

Carmem P.O.V

Pisquei algumas lagrimas querendo sair de meus olhos.

-Você vai mata-los. – Comentei friamente.

-Não, eu não vou, não ainda, só preciso de uma distração para desligar os Cullen. – Ariadne respondeu em tom indiferente.

-Você está afetando toda linhagem sanguínea deles. – Eleazar argumentou ao meu lado.

-Eu tenho meus propris planos, queridos. – Ela se virou para nós.

-Como tinha quando atacou aquela humana? Irmã de Victoria? – Perguntei atrevidamente, ela me olhou.

-Sim, vocês não sabem o que eu sei, então não se intrometam. – Pude ouvir a ameaça velada ali, ela se virou para o demônio no chão desmaiado, era o que tinha mordido Edward.

Pelo o que sei, essa era a única missão da criatura.

Agora, como Ariadne tinha controle sobre um demônio, eu não fazia ideia.

-Carmem, vá e tenha certeza que eles achem a cura para o veneno, não queremos os Cullen mortos, ao menos não por agora. – Ela me dispensou com um gesto de mão, olhei para meu marido. – Eleazar, por favor, fique. Eu ainda tenho uma missão para você.

Trocamos um olhar e eu me virei para ir embora com o coração na mão.

Marcus P.O.V

-Como ela está? – Athenodora apareceu ao meu lado.

-O que espera? Transtornada, ela é muito jovem. – Respondi observando a cidade ao redor, Jane estava no beco abaixo ajudando Victoria a se recompor. Já tinha feito minha parte e a impedido de matar seu primeiro humano, não precisava lidar com as lagrimas dela.

-Não devia tê-la deixado. – Athenodora suspirou, olhei para ela.

-Aro precisou de você. – Argumentei dando de ombros. – Riley estava lá como me disse.

-Acha que eles...?

-Não. – Eu pude sentir o vinculo dos dois. – Ela não o ama, talvez daqui algumas décadas, ou se ele continuar se forçando sobre ela.

-Victoria durará tanto tempo? – Ela perguntou em tom baixo.

Imediatamente me lembrei de meu encontro mais cedo.

-Por que fez isso? Por que pegou uma vampira? – Didyme perguntou em tom magoado. – Sabe que odeio o que somos, Marcus.

-Eu não a transformei. – Respondi sentindo certa raiva da magoa dela.

Ela me abandonou e ainda queria que eu ficasse sozinho?

-Isso é por que eu te enganei, não? – Ela perguntou grosseiramente. – Uma vingança.

-Não, não é. – Respondi curtamente, pude ver em seus olhos queimando de ciúme que não acreditou em mim.

-Quanto tempo vocês dois...? – Não conseguiu termina a frase. – Eu vou mata-la. – Rosnou furiosa.

-Não, você não vai. – Estreitei os olhos para ela, Didyme me olhou ofendida. - Além do mais você nos atacou.

-O que?

-Não finja, querida, onde mais arranjariam aquelas armas? Foi você quem nos atacou na floresta.

Ela me olhou sem palavras, seria eufemismo dizer que doeu percebe que minhas suspeitas estavam certas. Uma onde de dor veio a mim, tão desacostumado a sentir nada que quando senti...

Parecia que o mundo ia acabar.

Dá ultima vez senti isso, ironicamente foi por causa dela também.

Guarde minhas palavras, ela vai pagar.

Não me incomodei de ir atrás dela e tenta faze-la mudar de ideia. Didyme sempre foi e sempre será uma cabeça quente.

Era uma das coisas que eu costumava amar nela. Mas há algo estranho nela agora, uma amargura, uma tristeza...

-Se depender de mim: sim. – Respondi lhe dirigindo um olhar, Athenodora sorriu quase aliavada para mim. – Vá vê-la. – Ela acenou com a cabeça, mas parou ao ouvir o celular.

O telefonema foi baixo, mas consegui entender cada palavra.

-Será que eles morrem? –Ela me perguntou.

-Veneno de demônio não mata sem um impulso magico ainda mais um que está se espalhando pela linhagem deles. – Comentei reflexivamente, pelo o que Fred disse Alice também davas sinais de envenenamento. – Se Edward não sobreviver duvido que o resto consiga, mas eles tem recursos o suficiente para lidar com isso.

-Será uma pena se morrerem, eu gosto dos Cullen.

-Cuidado, Athenodora, se importa com outros é uma desvantagem.

-Deixe-me ver como está Esme. – Ela retrucou me ignorando, enquanto sacava o celular. – Carlisle está na cidade? – Perguntou para o ar.

-Não, ele já viajou. – Respondi olhando para o céu nublado. – Você conseguiu?

-O que? – Ela me olhou com o celular no ouvido.

-O que Aro queria. – Ela me olhou por um instante e atenderam na outra linha.

-Alô? – Ela respondeu, mas me olhou séria e acenou com cabeça silenciosamente.

Bella P.O.V

-Tem magia nisso, queriam que tos eles se machucassem. – Sue falou tocando na ferida de Edward no ombro dele.

Eu só queria me enfiar em um buraco e chorar, era a pior sensação de mundo.

-Ele bebeu sangue, mas o vomitou...? – Alice perguntou ao meu lado, não pude deixar de notar que ela estava mais pálida.

-Está te atingindo também. – Comentei a observando, Alice estava apoiada na parede e me olhou preocupada.

-Esme deve estar pior, ela diretamente ligada a ele. – Acenei com a cabeça. – Emmett também deu sinais de vomito, Rose está preocupada.

-E Jasper?- Perguntei confusa pelo fato do marido dela não está aqui desesperadamente a abraçando.

-Eu pedi para ficar com Esme, Carlisle não está na cidade. – Ela suspirou fechando os olhos, provavelmente uma tontura.

-Há alguma chance de Nessie...? – Perguntei nos isolando momentaneamente.

-Há chances. – Concordou com um aceno breve, nos olhamos preocupadas.

-Bem, eu preciso que saiam do quarto. – Sue pediu. – Tem coisas que só uma bruxa pode ver.

-Mas... – Tentei argumenta, mas Alice já tinha me puxado do quarto. – Alice... – Ela tropeçou e eu a segurei. – Você precisa descansar.

-Eu só vou ficar bem, quando ele ficar bem, Bella, essa é a dura verdade. – Alice resmungou com o braço ao redor da minha cintura.

De repente, ela arregalou os olhos e saiu correndo. Tudo o que ouvi foi o som de vomito. Nessie apareceu na porta do quarto rapidamente e me olhou preocupada.

-É Alice. – Suspirei em resposta e fui atrás da vidente no banheiro do corredor.

-Bella. – Me virei para Sue. – Eu preciso que cuspa aqui. – Me entregou um recipiente. – Sua saliva tem veneno de demônio.

-Eu posso fazer também? – Nessie perguntou e Sue acenou com a cabeça com um sorriso pequeno.

-Pegue um copo na cozinha.

-Você é vinculada com eles? – Sue perguntou e eu neguei com a cabeça, era natural a curiosidade dela, afinal eu supostamente era noiva de Edward. – Eu irei esperar no quarto.

-Sue, eu queria te pergunta, você sabe algo sobre papai? – Ela me olhou cautelosa. – Minha tia falou algo sobre Seattle e eles estam lá até agora segundo Fred, com uma manada de lobisomens e demônios pelo o que dizeram.

-Ele está bem, seu tio não.

-Qual deles?

-Richard, ele cuida das financias da família. – Era o de terno e loiro.

-É serio?

-Só um braço quebrado, não há nada para se preocupar. – Acenei com a cabeça.

-E é só ele?

Sue me olhou hesitante e acenou com a cabeça, um frio na barriga surgiu quando ela se virou para o quarto rapidamente.

Ela mentiu para mim.

Não pude deixar de me sentir mal por não querem me dizer que alguém da minha familia estava mal. Olhei para o meu copo, eu ainda tinha que cuspir saliva ali.

...

Me sentei no chão ao lado de minha cama, onde Edward estava cinza e suado. Isso era tão injusto! Eu estava apaixonada por ele e agora eu poderia nunca ter a oportunidade de falar isso para ele.

Não que eu planejasse falar algo para Edward.

Só esperava que ao dar espaço a ele, Edward fizesse algo a respeito e se não, bem então não era para ser. Soa idiota deixar o relacionamento com cara quando se gosta dele assim, mas Edward não era um cara jovem que transformaria nosso relacionamento em algo sério. Ele precisava entender se sentia algo por mim e fazer algo sobre isso

Agora, eu só desejo ter sido direta.

Ou ao menos ter ouvido minha voz interior meses atrás quando eu o conheci na lanchonete, quem sabe eu teria percebido que era o cara do beco.

Apenas imaginar como as coisas teriam sido se eu soubesse, me deixava com um nó na garganta.

-Bella? – Ergui os olhos para cima, Edward me olhava confuso.

-Edward? Como está se sentido?

-Um saco de estrume de vaca. – Pisquei espantada pela definição bizarra, ele sorriu sonolento para mim. – Senta aqui.

Olhei-o por um instante, antes de obedece-lo um tanto hesitante. Ele suspirou e colocou a cabeça no meu colo. Franzi o cenho para o seu comportamento quase infantil, então eu percebi que ele também tinha um pequeno sorriso no rosto.

-O que foi? – Perguntei hesitante, será que ele ia começar a delirar ou algo assim?

-Eu tive um sonho. – Ele murmurou contra minha perna. – A ultima vez que sonhei foi há dois séculos atrás.

-E sobre o que era o sonho? – Perguntei achando toda a situação surreal, ele sorria por causa de algo tão insignificante: um sonho.

-Eu não me lembro, foi a dois séculos atrás. – Resmungou franzido o cenho.

-Me refiro ao que acabou de ter.

-É tolice. – Ergui as sobrancelhas. – Tinha campos verdes, como os de minha casa e o sol brilhava.

-E o que mais?

-Você estava lá, usava um vestido azul, provavelmente estava odiando usa-lo, duvido que fosse se acostumar com o espartilho. – Sorri para o teto do quarto. – Um dia vou te levar para conhecer o lugar.

-Sério? – Pisquei sentindo um frio no estomago, um nó se formou em minha garganta rapidamente, mas eu segurei a vontade de chorar.

-Eu fiz questão de manter a propriedade, o tumulo de minha mãe está lá. – Fechou os olhos de novo. – Bella, você pode ficar? Eu gosto do calor do seu corpo.

-Ok. – Depois disso Edward alinhou a cabeça em meu colo e suspirou voltando a dormi em paz.

Mas eu não comprei o ato de estar totalmente bem, ele ainda estava mau, sua testa estava molhada de suor. Acariciei seus cabelos pensando no que ele falou.

Edward tinha sonhado comigo no lugar que vivia na época que ele era humano? Me pergunto se algum dia eu vou conseguir saber exatamente o que se passou nesse sonho.

Olhei para o teto e não pude deixar de sorrir.

Depois dessa era impossível negar que meus sentimentos eram unilaterais, ele podia até não estar perdidamente apaixonado, mas sentia algo por mim.

E isso era um começo.

Nessie P.O.V

-Vai demorar? – Alice murmurou com os olhos lagrimejantes, estávamos no quintal vendo Sue fazer sua magia.

Depois que ela vomitou horrores daquela gosma preta, Alice se manteve acorda, mas muito mau. Estava pálida, os olhos lagrimejavam e, bem... Ela parecia um zumbi.

-Não quer que eu chame Jasper?- Perguntei de novo.

-Ele está cuidando de Esme e nessa altura do campeonato deve estar tão mau quanto eu.

-Eu não sabia que se um de vocês fosse envenenado os outros também seriam.

-Não é pra isso acontecer, bruxaria fez isso. – Alice resmungou um tanto trêmula. – Vai demorar?

-Quieta, eu preciso me concentrar. – Sue ralhou com a vampira, Alice piscou sonolenta e fez beicinho. Oh Deus! A cara de choro dela acabou de parti meu coração ao meio.

-Vai ficar tudo bem, Alice. – Consolei imediatamente colocando o braço ao redor da vampira, ela me olhou ainda fazendo beicinho, mas o cenho estava franzido.

-Eu sei que vai, se não ficar eu voltarei para assombrar uma certa bruxa. – Dirigiu o olhar cansado para Sue, apesar disso ainda soou comicamente ameaçador.

-Não ameace minha mãe. – Leah olhou para Alice cenho franzido.

-Você não manda em mim, então cale a boca, criança. – Alice rebateu rudemente.

-Criança? Eu sou mais alta que você. – Leah alfinetou erguendo a sobrancelha.

Em menos um piscar de olhos, Alice estava com a mão no pescoço de Leah. Soltei um grito de susto pela velocidade dela, mesmo doente. Alice inclinou Leah na altura de seu rosto e depois a prendeu contra o pilar da varanda.

Jake se ergueu em guarda.

-Só por que eu sou legal com vocês não significa que eu seja uma boa pessoa. – Alice rosnou com os olhos um tanto nebulosos. – Então sugiro que mostre um pouco mais de respeito a mim. – Largou Leah bruscamente. – Eu sou mais velha que sua tataravó. – Tossiu um pouco e se virou para Sue. – Então?

-Ela é minha filha.

-Por que acha que em vez de mata-la aqui e agora, resolvi ensina-la como tratar vampiros? – Alice desceu os degraus e se sentou no ultimo ao meu lado de novo.

-Eu estou feliz por sermos amigas. – Comentei com um suspiro.

-Não somos amigas. – Alice me olhou com os olhos pesados de cansaço. – Somos família. – Sorri e ela apoiou a cabeça no meu ombro.

Um vento nos rodeou de repente, olhamos para Sue falando algo não identificado, fogo surgiu no meio do circulo. Isso me fez lembrar do que Bella falou com o primo mais cedo, sobre o fato que cada bruxa tinha um elemento chave.

Me pergunto qual seria o elemento de Sue, ela parecia dominar tudinho. Mas, de novo, Veronika também fez magia com fogo e esse não era seu elemento...

Sue soltou um grito horrível.

-MÃE! – Leah saindo correndo em direção a bruxa no chão que tossia sangue.

-Alguém me mate... – Alice murmurou fechando os olhos, rapidamente me aproximei e mordi meu pulso.

-Não. – Ela tossiu agarrando meu pulso para me impedir. – Não cheguem perto.

-O que ela está fazendo? – Perguntei confusa, quando Sue se ajoelhou no chão e começou a vomitar o mesmo liquido preto.

-Ela está limpando nossa linhagem sanguínea, ela tomou meu sangue, então vai sobreviver. – Alice explicou ao nosso lado, ela se deixou cair no chão. – Há outra bruxa fazendo o mesmo nesse mesmo instante, então eu vou ficar bem. – Suspirou olhando para o chão morbidamente.

-E o que fazemos para ajudar? – Jake perguntou colocando a mão no ombro de Leah que parecia aflitíssima.

-Bem, ela está desintoxicando Edward agora, não há muito o que fazer.

-Ele não deveria estar gritando feito uma menininha?- Perguntei erguendo a sobrancelha para Alice, ela sorriu com aqueles lábios rachados e sem vida.

-Edward deve estar rolando na cama, Nessie, e pode estar gemendo, mas gritar de dor? Não vamos exagerar. – Ela tossiu e se inclinou para frente vomitando sangue. – Deuses! Isso fede, me tirem daqui, sinto que vou...

E ela caiu dura no chão.

Sue parou de vomitar e suspiro, ficou ali de quatro com a respiração pesada.

-Mãe?

-Está feito. – Ela suspirou se erguendo. – O efeito vai passar nas próximas horas, ela vai acorda antes do amanhecer.

-Todos os outros estão assim também? – Perguntei enquanto Jake erguia Alice do chão.

-Depende do quão fundo foi o efeito, Alice já estava a beira da inconsciência. – Sue se apoiou cansada na filha.

-Mas o que você fez ali? – Leah perguntou levando sua mãe para dentro.

-Eu tinha que retirar o veneno de Edward, usei o veneno das duas demônias para fazer a conexão e o sangue dele. Pude sentir outra bruxa se conectando também e usei os poderes dela. O veneno estava fazendo Edward expulsar todo o sangue de seu corpo, isso o deixaria faminto e finalmente o levaria a loucura...

-Loucura? – Perguntei a interrompendo quando ela se sentou no sofá da sala.

-Quando um vampiro fica muito tempo sem comer, ele fica louco de fome, se ficar muito tempo nesse estado... Bem, não há sangue no mundo que o faça recuperar a consciência, esquecem quem são, com quem se importam, nem mesmo o nome poderão lembrar, tudo o que vão querer é sangue.

-Isso é possível? Eles tem toda aquela coisa de emoções ao extremo e memoria perfeita.

-O preço que pagam para isso, Nessie, é o sangue, sem isso eles são punidos, foi assim que a raça foi desenhada para ser. – Sue deu de ombros. – Poderiam me dar algo para comer? E deixe pronto algumas bolsas de sangue, eles estarão com fome, quando acorda.

-Então o veneno nem era tão perigoso, certo?

-Oh não, querida, o veneno poderia matar Edward, o manteria fraco e o traria a eventual morte.

-Credo! – Me arrepiei e me benzi imediatamente. – Bem, irei preparar algo para você comer, ok?

Victoria P.O.V

Parei na frente de casa hesitante.

-Talvez seja melhor eu ficar na casa desocupada de Riley. – Comentei olhando para a casa vizinha.

-Não se preocupe com o cheiro. – Marcus comentou atrás de mim. – Está frio agora, não vai afeta-la, não depois de se alimentar direto da veia.

Cruzei os braços me sentindo mal por isso.

Jane havia me ajudado na hora, mas agora ela tinha ido embora com seu marido e Athenodora voltou para casa. Marcus foi o único que ficou comigo no hospital, acho que ele se sente responsável por mim.

-Por que fariam isso com ela? – Perguntei não aguentando mais me segurar.

-Como assim? – Estreitei os olhos.

-Riley me falou no hospital que nada foi roubado. – Rebati subindo a escada da varanda. – Me diga, por que entrariam na casa da minha irmã e a esfaqueariam?

-Provavelmente foi os demônios.

-Eu tenho memoria perfeita, não senti cheiro de demônio nenhum, apenas humano, vampiro e... Sangue. – Minha garganta se fechou um pouco ao pensar no cheiro de minha irmã. – Isso foi um ato pessoal, contra a mim, não aos Volturis, caso contrario iriam direto para Athenodora que teria mais impacto.

-Eu sei. – Ele acenou com a cabeça. – Você quer dizer que Alec está querendo se vingar.

-Exato. – Ele olhou ao redor reflexivamente.

-Você não deveria ficar sozinha. – Falou de repente se desviando da conversa. – De quem foi ideia de dar folga aos humanos?

-Athenodora pediu, ela gosta de privacidade. – Dei de ombros.

-Ainda quer ficar longe de Riley?

-Nem sequer vai em diante. – Neguei com a cabeça cruzando os braços. – Estou feliz por ele ter estado aqui e tentado me impedir, mas...

-Você ainda está magoada. – Olhei ao redor desconfortável.

-Algo assim. – Pigarreei olhando para chão. – Além do mais, ele não foi capaz de me deter, Jane sim, quando ela conseguiu me atingir com seu poder.

-Nicolas me falou sobre isso. – Marcus acenou. – Jane ficou em choque por seu poder não funcionar, por isso ela não tentou impedi-la com uma luta no mesmo instante. Mas tenho a sensação de que isso não vai se repetir.

-Eu acho mesmo que vou para a outra casa. – Resmunguei mordendo os lábios, olhando para a casa vizinha.

-Não, Victoria, você não vai, agora abra a porta. – Ordenou, olhei-o perturbada, o olhar frio do Volturi foi o suficiente para eu me virar e abrir a porta.

Prendi a respiração instintivamente quando empurrei a porta.

-Respire. – Continuou com o tom de comando com uma leve sugestão de ameaça, fiz uma careta ainda sem respirar. – Victoria... – Era um tom de aviso que alertou meus sentidos.

Respirei fundo lentamente, o sangue atingiu meus sentidos e me deu agua na boca, a queimação surgiu na garganta. Mas não foi como ante, eu não quis tomar aquilo desesperadamente.

Era como olhar para pedaço de bolo floresta negra e acha-lo delicioso, mas você estava cheio demais para come-lo.

Caramba! Eu sinto saudade de comida humana, Marcus disse que podia comer algo misturado com sangue, mas não exagerasse, pois vomitaria como na lanchonete.

Pisei em casa hesitante.

-Ok... – Olhei ao redor percebendo que estava bem. – Eu consegui, bem, boa noite. – Acrescentei rapidamente e tentei fechar a porta, ele me parou.

-Não sou estupido, Victoria. Você não vai seguir o rastro de Alec.

-Eu não ia fazer isso! – Exclamei indignada (ok, talvez a ideia tenha passado pela minha cabeça), ele me ignorou entrando.

-Eu já mandei gente especializada fazer, então fique em casa. E você não vai para a escola pelos próximos dias.

-Como é que é? – Olhei-o na defensiva.

-Você ainda te muitas coisas para aprender, coisas vampíricas. Deixe-a vir para casa assim que assumiu controle de sua sede e agora que se alimentou sangue puro, provavelmente conseguiu o controle completo, desde que não fique muito tempo sem comer. – Acenei com a cabeça entendo o conselho nas entrelinhas. – Mas hoje você se virou bem, mas por que você tinha o fator surpresa e por ser uma Volturi consegue ser mais forte que um vampiro normal.

-Então, você vai me treinar?- Ergui as sobrancelhas.

-Sim, você é minha responsabilidade cabe a mim ensina-la a sobreviver.

-Ok. – Suspirei quase me sentindo cansada. – Boa noite.

-Eu vou ficar. – Cruzei os braços.

-O que? Acha que ainda vou seguir a trilha de Alec?

-Não sei, mas você não vai ficar sozinha com ele podendo vir aqui.

Revirei os olhos.

-Eu posso fugir como ninguém. – Andei para a escada. – É meu dom. De qualquer maneira, já que vai ficar, pode ser um vampiro útil e me explicar algumas coisas sobre sua raça?

-Nossa raça.

-Tanto faz.

Edward P.O.V

Eu rolei ao redor confuso com tudo. Onde raios eu estava? Cadê Bella?

Pisquei sentindo o cheiro dela ao redor. Ah sim, era seu travesseiro.

Fechei os olhos me organizando mentalmente, eu tinha sonhado com ela, foi isso.

Abri os olhos e encarei o teto.

Espera ai, eu tinha sonhado?

Fiz uma careta para a queimação que surgiu em minha garganta, parecia que eu estava há duas semanas sem sangue, quando tomei...

Bem, eu não sei quanto tempo estou inconsciente.

Olhei ao redor reconhecendo o fato de que estava no quarto de Bella, por isso seu cheiro no travesseiro. O celular dela estava na cômoda do lado, então me inclinei e liguei.

Tudo bem, era madrugada do dia seguinte, eu fiquei apagado por algumas horas.

Boa coisa. Dá ultima vez que apaguei foi duas semanas e eu não tive a cortesia de ter sonhos.

Só pensamentos manipulados para tentar me fazer entregar segredos da família.

Me sentei na cama.

Prioridades: eu precisava arranjar sangue.

-Você acordo. – Virei minha cabeça imediatamente e vi Bella secando o cabelo na porta do banheiro.

Meus dentes formigaram ao lembrar do gosto do sangue dela. Fechei os punhos da mão sentindo o veneno na boca.

-Sangue. – Retruquei entre os dentes.

Dentro de quatro segundo ela me estendeu uma bolsa de sangue, neguei com a cabeça.

-Sangue fresco. – Minhas presas saíram. Bella me olhou por alguns segundos, então estendeu a mão.

Finquei meus dentes na carne de seu pulso, atingindo sua veia. Puxei seu braço bruscamente sugando rapidamente o sangue quente e completamente celestial dela. Em algum momento senti sua outra mão pousar em meu ombro, mas ignorei por mais alguns instantes.

Então, relutantemente, eu me afastei com um ultimo gole.

-Obrigado. – Agradeci e abri a bolsa de sangue com os dentes.

-Você realmente precisava do meu sangue? – Ela estreitou os olhos se sentando na minha frente.

Acenei com a cabeça sem parar de beber.

-Sangue frio nos alimenta, mas não é mesma coisa, sabe disso. – Acrescentei depois que terminei. – Caso esteja se perguntando por que tomamos sangue em xicaras, o nosso fornecimento em casa é sangue fresco de no máximo meia hora. – Respondi ao ver seu olhar pensativo.

-Espere, se você está assim, como Alice...?

Ela nunca terminou de falar, os gritos se encherão na casa. Larguei minha bolsa e segui os gritos até o quarto de Charlie (que aliais nem era mais dele, já que o general não está morando aqui). Alice estava com a cabeça afundada no pescoço de Jake.

-Faça ela parar! Ela vai mata-lo! – Nessie exclamou em pânico.

-Não, não vai, já é o suficiente Alice. – Pedi e ela largou Jake que cambaleou ainda com o olhar incrédulo na cara.

-Desculpe, Nessie, mas o sangue dele era o mais perto. – Alice arrumou os cabelos curtos. – Sem remorços, ok? – Ela pigarreou. – Agora alguém me de uma bolsa de sangue, minha garganta está queimando.

Nessie jogou a bolsa de sangue um tanto bruscamente, enquanto olhava para Jake preocupada.

-Bom trabalho aquela bruxa fez. – Alice comentou entre os pequenos goles. – Mandaremos uma boa quantidade de dinheiro pela ajuda. – Acenei concordando. – Como está a mordida? – Ela perguntou para mim.

Puxei a manga e olhei, só uma cicatriz prateada de lembrança.

-Mas uma lembrança física de minhas aventuras. – Sorri para Alice.

-Você tem outras cicatrizes?- Nessie me olho intrigada. – Pensei que vampiros eram perfeitos e com pele imune a praticamente tudo.

-Praticamente tudo, mas não tudo. – Alice respondeu sobre o ombro. – Pergunte para sua mãe, ela conhece cada uma das cicatrizes dele. – Piscou o olho para gente. – Bem, eu vou indo, Jasper deve estar querendo me ver tanto quanto eu quero.

-Eu vou com você. – Falei vendo-a sair, ela se virou para mim.

-Já? – Bella olhou para mim.

-Eu não posso deixar minha irmãzinha sair por ai sozinha. – Revirei os olhos.

-Mas vocês estavam praticamente morrendo. – Bella argumentou para nós.

-Bella, será que você não sabe que vampiros se recuperam rápidamente em todos os sentidos. – Alice acordou com um humor muito malicioso para o meu gosto, olhei-a com uma carranca.

-Só fiquem bem, ok? – Bella pediu saindo do quarto conosco.

-Bella, nós somos...

-Não diga "vampiros", Edward. – Bella me parou revirando os olhos. – Eu vi vocês vomitarem as tripas para fora e desmaiarem apenas algumas horas atrás.

-Bella, querida, não se preocupe, ok? Eu vou cuidar dele. – Alice a tranquilizou, franzi o cenho para as duas.

-É mais o contrario, Lice. Eu cuido de você. – Estreitei os olhos.

-Você bem que queria. – Alice me olhou cética. – Eu vejo o futuro, Ed.

-E leio pensamentos, então quando você vê o futuro, eu também o vejo. – Argumentei de volta a seguindo pelas escadas.

-Você quer mesmo discutir isso de novo. – Ela revirou os olhos.

-Vocês dois podem parar?- Bella suspirou ao pé da escada. – E sobre o demônio que o atacou? E o fato de que a mordida de Edward afetou a todos vocês?

-Bruxaria, Bella, deve ter sido Charllote a bruxa que trabalha com Alec. – Alice deu um tapinha no ar em sinal de descanso. – Vamos acha-la e arrancar seu coração, não se preocupe.

-Bella, durma um pouco, ainda vai na escola amanhã. – Me virei para ela, Bella concordou com a cabeça. – E desculpe se sujei algum lençol de sangue.

-Meu jardim e meu banheiro nunca mais serão o mesmo. – Bella concordou com um sorriso divertido. – Então, bom dia aos dois. – Olhou para o relógio na parede.

-Tchau, Bellinha. – Alice saiu pela porta.

-Até mais, Bella. – Me virei para sair, era estranho não lhe dar um beijo de despedida.

Sinceramente, era estranho ficar próximo dela sem ter muita intimidade. Eu na verdade meio que sentia falta.

Falta até demais.

Estreitei os olhos para o céu da madrugada.

Pensaria nisso depois.

Tinha que me focar em mil e uma coisas agora.

-Alice... – Falei chegando ao seu lado.

-Não se preocupe, já achei. – Ela parou e segurou meu braço me mostrando onde o demônio estava, sorri e me virei para ir.

Mas Alice segurou meu braço me parando, olhei-a intrigado. Ela olhava para um ponto no chão com o cenho franzido. Minha mente se conectou com a dela vendo o que via.

Era um tanto embaçado, mas podíamos ver quando uma flecha atingiu o demônio no peito e tudo se apagou.

Alice piscou confusa para mim.

-Ele morreu. – Falei o que nós dois achávamos.

Alice via o futuro do demônio, quando o mesmo morreu perdeu a conexão e não pode ver quem o fez.

Mataram um demônio com uma flecha? Alice me olhou intrigada. Isso era possível?

Ariadne (Didyme) P.O.V

Havia chutado o demonio morto para fora do penhasco, quando ouvi um leve farfalha atrás de mim, olhei sobre o ombro.

O garoto pisou e me olhou por alguns instantes, forcei um sorriso. A ultima coisa que queria era sorrir, me sentia horrível com o que Marcus tinha feito.

Ele não tinha direito a pegar uma companheira, se vingar de mim de forma tão tenebrosa. Foi um golpe muito baixo da parte dele.

-Como está se adaptando ao novo corpo? – Perguntei voltando meus olhos para o nascer do sol no oceano. Estávamos em um penhasco de La Push, rodeados pela floresta, então ninguém poderia sem aproximar sem escutarmos.

-Muito bem, me sinto forte. Transfiguradores são subestimados, se quer saber, e isso ótimo para mim. – Concordei com a cabeça, tinha tudo dado certo.

-Você tem pouco tempo nesse corpo entretanto, e não pode se transforma, ouviriam seus pensamentos e saberiam a verdade, esse é o motivo para o fato de demônios possuírem transfiguradores ser tão incomum.

-Eu sei disso, madame. – Ele parou ao lado com as mãos para trás, olhei-o de lado.

Era jovem, tinha que ser, afinal foi sua ingenuidade que o fez cair na armadilha noite passada.

-E a família do garoto?

-Não desconfiam de nada, a mãe bruxa ficou cansada com o feitiço de cura dos Cullen para percebe que eu era um demônio, como previu antes. – Ele sorriu malicioso para mim.

-Ótimo, você sabe o que fazer? – Perguntei estendendo a pequena bolsa que Eleazar me entregou relutante mais cedo, ele tinha ido buscar com um dos meus ativos na praia.

-Claro, começarei ainda hoje. – Respondeu pegando a bolsa pequena.

-Você tem muito pouco tempo antes que descubram... – Olhei para o sol surgindo. – Mas faça-o amanhã, não querem que pensem que há conexão.

-Tudo bem. – Ele respondeu depois de alguns segundos e se virou para ir embora.

-Qual é o nome do seu disfarce? – Perguntei antes que ele desse mais um passo. – Nunca me dizeram.

-Seth, madame, Seth Clearwater.

* A musica que Bella cantaroa no banho é "Don't look back in anger" - Oasis


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/a: Gente, que dias eu tive! Acabou o ENEM afundei na historia daqui e a coisa está pegando fogo nos proximos capitulos... Já está pegando fogo aqui, na verdade, um zilhão de coisas aconteceu aqui.
E tudo fará sentindo, esperançosamente. De qualquer maneira, quando eu termina, ninguém vai saber o que aconteceu aushaushau', brinks.
Me deixem saber o que acharam =P
Daqui a pouco eu termino a correção do proximo capitulo hehehe
Então ele sai ainda hoje!!
Preview do que sai até o final do dia:
"-Sua cadela desgraça, ordinária, puta nojenta! Nessie se virou para Jessica, Jake tentou se mover para para-la, mas ela já estava em cima de Jessica com a mão no alto.
Eu prendi a respiração quando Bella agarrou o braço dela, parando-a no ar. Sem duvida o tapa que Nessie daria em Jessica teria força o suficiente para quebrar o pescoço da mesma.
-Pare."
Até mais
Maça ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bloody Lips" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.