Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 22
Oh hell!


Notas iniciais do capítulo

Com vocês Bloody Lips!



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Capitulo 22

Bella P.O.V

Suspirei enquanto me analisava no banheiro, estava totalmente arrumada para a minha festa de noivado. Algo completamente bizarro, em minha opinião, quer dizer, eu nunca sonhei em me casar. O resultado do casamento de meus pais me inspirou a não ter muitas esperanças em relação a matrimonio.

Eu planejava apenas juntar as escovas de dentes, e se eu chegasse a casar, - com muita insistência de meu companheiro, seja lá quem for o azarado - seria algo discreto, só para os íntimos e olhe lá.

Agora, aqui estou eu, na frente do espelho do banheiro analisando a minha roupa "chique" para a festa de rico lá embaixo.

-Nervosa? – Olhei para Edward, que estava todo a caráter para nossa encenação.

-Apenas pensando o quanto as palavras: "impossível" e "nunca", perderam o sentido em meu vocabulário. – Respondi colocando os brincos.

No começo da tarde, Alice me seqüestrou para me "arrumar",eu tenho minhas duvidas se aquilo não foi apenas crueldade da parte dela. Eu consegui fugir quando terminamos a maquiagem, manicure, o cabelo, enfim, só faltava colocar a roupa. Eu estava até que apresentável depois de tudo...

Meu cabelo com o coque simples foi o maior problema para mim, Rose e Alice resolveram discutir sobre ele. No fim fiquei com o coque um tanto volumoso atrás, um delineador nos olhos e um batom rosa claro bem singelo. Já o vestido,que Alice escolheu, era um tubinho cinza-claro que ia até os joelhos e tinha mangas um pouco acima do cotovelo.

-Preparada para eles? – Ele segurou meus ombros, ele parecia risonho demais. Eu não estava sendo dramática!

-Por que mesmo que estou fazendo isso? – Perguntei para ele.

-Para não ser assediada pelos vampiros.

-E por que isso é uma coisa ruim? – Rebati na maior cara de pau.

-Bom, é só por interesse, Bella. – Me encarou pelo espelho. – Outra coisa, você sabe que eu tive uma noiva...

-Oh sim! – Exclamei o cortando. – Ela está lá embaixo?

-Não, está na Europa... Eu acho. – Olhei pelo reflexo, Edward analisava meu cabelo por algum motivo.

-Então o que tem ela? – Perguntei confusa, ele me olhou pelo reflexo. – Ah certo! Vão me comparar com ela, ou algo assim, né? – Acenou com a cabeça solenemente. – Vampiros têm língua cruel?

-Tanto quanto os humanos, mas menos que os demônios. - Abriu um sorriso malicioso quando disse isso.

-Muito hilário. – Dei uma risada sarcástica, me virei e cruzei os braços. – Sua ex-noiva se chama Tanya, é um membro Volturi respeitado, muito boa em trabalho de infiltração, bonita, loira, alta... – Suspirei dramática. – Você me odeia ou que?

-Você também é incrivelmente bonita e ótima mentirosa, assim como Tanya. – Estreitei os meus olhos tentando decidir se aquilo era um elogio ou xingamento. – E Tanya não é tão incrível como pintou, é apenas uma vagabunda sem a menor vergonha na cara.

-Ela te traiu, né? – Perguntei só de maldade. – Por que não incluir mentirosa na lista de características?

-Isso por que você também é uma tremenda mentirosa, querida. – Respondeu com um sorriso torto.

Isso me lembrou da minha mentira mais recente. Eles diziam que mentir para mim é o mesmo que respirar, mas não tenho por que mentir. Por mais estranho que pareça eu meio que desenvolvi um laço de confiança em relação aos Cullen, em especial Edward.

Acho que era de se esperar isso já que eu durmo na cama dele, isso sem contar que abaixei meu escudo mental para ele. Fiquei em meu estado mais vulnerável na frente dele e nem me toquei até realmente pensar no assunto.

-Recapitulando... Onde nasci? – Perguntou me olhando analítico.

-Itália, Carlisle lhe transformou no começo do século XIX.

-Se alguém tentar falar de Tanya?

-Digo apenas que ela perdeu a oportunidade. – Ergui a sobrancelha para ele.

-Minha família biológica?

-Nunca falar sobre isso. Nessie?

-Sua filha. – Respondeu prontamente. – E sobre a tal mulher se passando por você?

-Do que está falando? – Me fiz de confusa, Edward sorriu. – Layla e Peter?

-Está sobre a sua guarda, em teoria pertencem aos Volturis, mas vamos deixá-los pensar que são dos Cullen, poder demais nunca é bom o bastante para um clã. – Passou as mãos em meus braços. – Pronta?

-Deixe-me ver... – Olhei para o teto. – Sorrir, fingir escutar as pessoas, sorrir de novo, ficar ao seu lado, te beijar, sorrir novamente... Yep! Eu estou pronta. Só uma coisa, não me chame para dançar em hipótese nenhuma. – O olhei séria.

-Por quê? – Me olhou com o cenho o franzido.

-Eu e a dança não nos damos bem, eu fico nervosa, me distraio e ou piso no seu pé, ou tropeço nos meus. – Ele me olhou incrédulo. – Todos têm nossas manias estranhas, então pare de me olhar assim.

-Ok. – Disse sarcástico, enquanto me puxava para fora do banheiro.

-Você também tem. – Protestei.

-Eu tenho?

-Você ouve vozes e vê coisas, é estranho, mas eu respeito. – Sorri debochada.

-Engraçadinha. – Respondeu revirando os olhos. – Prepare-se para a maior mentira de sua vida. - Piscou um olho para mim e abriu a porta.

Todo esse papo de mentira me fez sentir mal por ter mentindo sobre ontem. Eu sabia quem tinha me jogado contra a árvore.

Flash Back (Noite passada,na floresta)

-O que foi, Carmem? – Perguntei quando ela parou abruptamente.

-Lobisomem. – Fiquei tensa imediatamente, Carmem se virou para mim. – Vá para a casa, e os avise que estou seguindo uma trilha ao leste. – Então ela sumiu da minha vista.

Olhei ao redor extremamente atenta e me virei para correr, mas congelei no lugar quando vi a mim mesma apoiada em uma arvore.

-Que merda é essa? – Olhe-a, incrédula.

-É deselegante falar palavras de baixo escalão, tente não fazê-lo perto dos vampiros. – Se aproximou lentamente com uma postura elegante. - Olá, Isabella.– Completou com um sorriso sacana.

Imediatamente expandi meu escudo físico, ela levaria um choque e tanto se tentasse algo.

-Só para constar, seu escudo não vai funcionar comigo. – Acrescentou erguendo as duas sobrancelhas, então sua postura mudou e olhou para o lado. Então, do nada, ela havia me prensado na arvore.

Ela me olhou séria e ergueu o dedo em sinal de silencio, sua mão fria tampava minha boca de qualquer maneira. Observei seus olhos se mexerem em alerta para algo atrás da arvore que estávamos, presumi que ela estava me escondendo de algo.

Sinceramente pouco me importava do que ela me escondia, eu estava chocada com o quanto ela era parecida comigo. Ela não poderia nem se passar por minha irmã gêmea de tão parecida, era minha imagem no espelho! Mas eu notava pequenas coisas, os olhos, esses a entregavam.

Nunca que eu teria olhos tão velhos! Havia aquele brilho antigo que eu encontrava nos olhos dos vampiros.

Segundos se passaram desde que eu tinha ouvido "algo" sair correndo. Ela me largou brutamente, enquanto olhava ao redor em alerta. A nota de três dólares parecia pronta para qualquer tipo de ataque repentino.

-O que está fazendo aqui? – Perguntei olhando-a desconfiada. Ela me ignorou, bufei e acrescentei. -Você claramente não quer me matar... – Olhe-a cautelosa, ela se virou com um olhar que dizia "Oh sério?". – Então, por que está aqui?

-Estou te ajudando. – Respondeu erguendo as sobrancelhas como se fosse algo obvio, acenei com a cabeça sarcasticamente.

-Então por que está se passando por mim? Ou você nasceu com esse rosto? – Perguntei sarcástica, ela suspirou baixo.

-Bella, não seja tão deseducada, eu estou protegendo você, acho que mereço um pouco de gratidão. – Respondeu erguendo o queixo.

-Como é que é? – Dessa eu tive que rir, ela estreitou os olhos para mim.

-Pense no assunto, quem em sã consciência iria querer ser você? Ter a mesma face que você é perigoso nos últimos tempos. Está sendo procurada por demônios e lobisomens. – Falou colocando as mãos na cintura. – Mesmo assim aqui estou eu fazendo essa estupidez.

-Por que faria isso? – A olhei franzido o cenho. – Por que correr o risco? – Estreitei os olhos, tinha que ter algo mais.

-Eu tenho meus motivos. – Respondeu me olhando nos olhos. –Aliais, tenho algumas coisas para esclarecer com sua pessoa, por isso estou aqui na verdade. Primeiro: eu não sou um doppelgänger seu, ou qualquer coisa assim.[N/b: Doppelgänger significa, literalmente, uma copia ambulante.]

-Ok, e o que você seria? – Olhe-a curiosa.

-Nesse momento, eu sou você. – Me olhou dos pés a cabeça. – E também uma amiga, uma amiga que precisa ser sua inimiga. – Ela olhou para o lado, ansiosa. – Temos pouco tempo...

-Espere, por que está me contando isso? Por que não me fazer achar que é minha inimiga? – Perguntei enquanto ela se aproximava de mim.

-Tem bastante coisa para se preocupar, isso não precisa ser uma delas. - Respondeu me olhando nos olhos. - Além disso, você é a única que pode acalmar a situação toda e fazê-los se focar em coisas mais importantes.

-Exemplos? – Perguntei irônica, ela revirou os olhos e depois me olhou analítica.

-Como o lobisomem entrou na propriedade?

-Como você entrou? – Rebati novamente, ela ignorou.

-Quem o deixou entrar? O que estava fazendo? – Me olhou arrogantemente. – Isso é mais do que uma simples guerra. Quem se arriscaria a mandar apenas um soldado para o território inimigo?

-Alguém estúpido e impulsivo.

-Não subestime os lobisomens, eu cometi o mesmo erro, e as coisas não saíram bem. – Ela olhou para baixo.

-Eu não posso fazer nada por você. – Dei um sorriso de falso pesar. – Você vê, eu sou a protegida, então não dou ordens. Mas, ei, você pode falar com Edward... – Dei um sorriso divertido.

-É exatamente por isso. – Ela me olhou com sorriso maligno. – Você é considerada inofensiva, essa é sua melhor arma, Izzy. – Olhe-a chocada, Renée me chamava assim.

Ao julgar seu olhar, ela sabia exatamente o que aquele apelido implicava.

Por um momento eu pensei em simplesmente ataca-la. Mas, veja bem, ela havia passado por meu escudo, isso sem contar que ela havia fugido de Edward, que é mais forte do que eu.

-Então... Isso vai doer um pouco. – Ela deu sorriso divertido, parecendo lembrar de algo. No segundo seguinte fui empurrada com força contra uma arvore e eu senti uma dor aguda no estômago.

Flash Back Off

Depois daquilo só me lembro de Edward me acordando e falando a frase código. Sei que é idiotice confiar nela, mas de alguma forma... não sei, apenas vou manter isso para mim.

Respirei fundo e olhei ao redor, estava no pé da escada, alguém havia me anunciado como a nova Cullen. Olhei para o meu pai, que estava elegante também, ele deu um sorriso divertido e ergueu a taça para mim.

Papai podia ser bem filho da mãe quando queria, olhei ao redor com um pequeno e tímido sorriso falso. Era melhor que aparentasse pensarem que sou tão inofensiva quanto aparento seria apenas mais uma vantagem.

Não gosto de Bella-falsa, mas ela tinha razão nesse ponto, essa era minha arma.

E a surpresa sempre é a alma do negocio.

Jake P.O.V

Suspirei para Nessie, não é possível que fosse tão teimosa. Estávamos ambos longe da festa por que somos parceiros, e não pegaria bem ela sozinha por ai, sendo que é minha impressão.

-Você não pode sair daqui. – Falei enésima vez.

-Por algum motivo querem aquele quadro, preciso pegá-lo antes deles.

-Já parou para pensar que "eles" podem ser apenas um museu? – Ela me olhou cética. – Ou ser um algum colecionador, não precisa ser necessariamente alguém sobrenatural.

-Ele sabe sobre a morte de Mark. – Ela me cortou exaltada. – Ninguém sabe sobre isso, até onde todos saibam, Mark está desaparecido.

-Alguém pode ter encontrado seu corpo. – Sugeri calmamente.

-Ninguém pode ter o encontrado, Bella queimou seu corpo. – Eu percebia que às vezes Nessie não chamava Bella de mãe, o que é curioso, isso deve significar algo.

-Quem é Mark? – Perguntei curioso.

-Ninguém especial. – Eu sei que é estúpido, mas senti ciúmes do tom dela. Obviamente, Mark era alguém importante. – Não me olhe assim!

-Você pode falar sobre sua vida amorosa, Nessie, não vou me sentir mal. – Dei um sorriso meio sem graça.

-Não mesmo. – Nessie me olhou com os olhos arregalados, se levantou e foi para a bancada da cozinha.

O único lugar vazio naquela cozinha, engraçado não?

-Nessie...

-Eu disse não! – Ela se virou para mim com os olhos azuis claros raivosos

Foi ai que me dei conta do quanto eu estava próximo dela, muito próximo.

Eu não sei bem, mais quando vi, já tinha me aproximado e a beijado.

...

Isso! ISSO!

Eu não acredito que em vez me dar um tapa, chute, e coisas que me deixaram marcas roxas no futuro, Nessie me agarrou como se dependesse disso e aprofundou o beijo ela mesma. YEAH!

Minhas mãos não foram nenhum pouco respeitosas e explorarão todas as suas costas, ombros e tudo o que pude alcançar. Ela começou a tatear atrás dela para achar algum lugar...

Achamos o balcão da cozinha, sim estávamos na cozinha... Eu acho... Quem se importa?

Eu me arrepiei todo quando as mãos dela passearam sobre a minha camisa, eu a peguei pelas coxas e coloquei em cima do balcão que tentava sentar. Quando ela sentiu a superfície me rodeou com aquelas pernas maravilhosas. Continuei beijando ela, sôfrego, enquanto minhas mãos subiram o vestido e sentiam a pele macia das coxas.

Separamos-nos alguns centímetros quando precisávamos de ar mais do que se beijar. Apoiei minhas mãos ao lado de seu corpo e a encarei malicioso.

-Wow! – Esse foi o meu comentário que mais resume meu estado de espírito, cara, Nessie tinha um fogo que... Wow!

-Oh... - Nessie se inclinou para trás e me olhou horrorizada. Ah merda! Ela se tocou do que fez! Por que não ela apenas não pensa?

De repente ela me empurrou com força com os pés, credo! Que violência! Imagina isso na cama... Ai cacete,Jake! Pensa em coisas broxantes!

Er... O pessoal do bando nu!

Ew! Credo! Isso foi um balde de água fria com gelo extra.

-O... O que eu estou fazendo? – Nessie gaguejou ofegante para si mesma, ela colocou uma mão na testa e outra foi se apoiar no balcão.

Antes que eu pudesse falar que ela estava sentada na ponta, ela se apoiou no ar e caiu com tudo. Fechei os olhos e fiz uma careta quando ouvi seu resmungo. Levantei-me rapidamente e fui em direção a demoniozinha no chão.

-Ai merda... – Ela se ergueu antes que eu pudesse oferecer minha mão a ela. Ela me olhou e apontou o dedo para mim. E ficou ali me olhando com boca aberta tentando encontrar algo para falar. – Você me atacou!

-Você gostou. – Eu retruquei me apoiando naquele sagrado balcão.

-Isso não aconteceu, Jake! Você me entendeu? – Ela falou nervosa e tentou escapar com sua velocidade desumana, mas eu tinha força para segura-la no lugar.

-Por que faz isso consigo mesma? – Perguntei exaspero. – Você sente o mesmo que eu! Não minta! Você não hesitou em me corresponder agora pouco. – Ela me olhou de lado torcendo o lábio, Nessie sabia que aquilo era verdade.

-Olha, não importa o que eu sinto ou o que deixo de sentir. – Ela falou entre os dentes. – Eu não fui feita para isso.

-Claro que foi! Todos nós somos feitos para se ter algum companheiro na vida, até a sua mãe. – Ela estreitou os olhos confusamente para mim. – Bella. – Completei e vi o entendimento em seus olhos.

-Minha mãe não passou pelo o que passei, ela sofreu? Sim e muito. Mas ela conseguiu superar ao seu modo, eu apenas finjo isso. – Ela me olhou suplicante. – Olha, eu sei que você acha que sou a garota certa, e quer saber... Um dia, há muito tempo atrás, eu fui essa garota, mas agora... – Eu pude ver a tristeza em seus olhos.

-O que aconteceu com você? – Indaguei franzido o cenho, como o imbecil que sou eu nunca tinha parado para pensar em seus motivos para me recusar.

-Aí estão vocês! – Nós dois nos viramos para Heidi, a vampira estava muito bonita com seus cabelos loiros e batom vermelho fatal. – Nessie, Bella já desceu com Edward, você deve ir aproveitar a festa.

Nessie suspirou e seguiu em frente, eu ia segui-la, mas Heidi segurou meu braço e me olhou de lado séria.

Logo eu sabia que estava sendo convocado para uma reunião.

Alice P.O.V

Nada como uma festa para acalmar os ânimos... Menos o meu, é claro, tudo ocorria bem, Bella mentindo bem, Edward sorrindo imbecilmente, Emmett e Rose tentando fingir que são discretos em seus carinhos públicos, mas tinha uma coisa de muito errada na historia!

Jasper dançando com Maria...

Eu estava na mesa com as pernas cruzadas e sorrindo elegantemente para Athenodora, enquanto olhava o futuro de meu marido e a mexicana falsificada do Paraguai.

-Confiança é a base do relacionamento. – Athenodora deu um risinho para mim.

-Isso não quer dizer que eu confie nas mulheres ao redor. – Respondi cordialmente, então tomei um gole do sangue que estava sendo servido.

-Imagino que esteja animada com a festa de casamento que virá. – Ela recrutou singelamente.

É realmente uma pena que não tenha uma festa de casamento para planejar.

-Sim, será grandioso! – Exclamei delicadamente.

-É uma pena que seja durante toda essa guerra. – Renata opinou.

-Não acho... – Jane disse em seu tom pensativamente frio. – É sempre bom ter algum pouco de felicidade nas situações difíceis. – Ta, a frase dela não foi nenhum pouco fria.

-Só acho que demorará um pouco para o casamento, ambos concordam com isso. – Eu falei para mostrar que não era algo próximo. Estava longe, beeem longe.

-Ambos dormem no mesmo quarto, quem se importa com casamento? - Jane rolou os olhos para o comentário de Renata.

-O pai dela. – Athenodora respondeu divertida, soltei um riso e olhei para Charlie, o problema é que ele não estava em lugar nenhum.

Franzi o cenho e olhei de novo, os Nephilins estava falando em russo com alguns Vampiros. Alguns Aswang estavam tomando sangue calmamente em um canto enquanto conversavam com alguns membros Volturis.

Olhei para o outro lado e vi os alguns transfiguradores mais novos comendo algo, e as mães deles. Os pais deles eram os responsáveis gerais da segurança e blá,blá,blá, mas Billy estava ali com Charlie conversando com Sue, ah sim... Há quanto tempo eu conheço Sue? Ela certamente é uma espécie e tanto, poderia ajudar bastante Bella.

Olhei para a pista de dança e fechei o rosto com Marie e Jasper, de novo, quanto tempo dura a porcaria da musica? Ignorei-os e vi alguns dos membros humanos dançavam com as bruxas, ou sereias (na terra elas têm pernas, é só não chegar perto de água.).

E ali, perto da pista de dança, encontrei Edward e Carlisle conversando com os três poderosos Volturis. Ao lado deles estavam Bella e Nessie, que cochichavam algo entre si, por conta do escudo de Bella, eu não poderia ouvir.

Por um momento pensei em Rose e Emmett, mas esses sempre saiam das festas mais cedo, de qualquer maneira. Foi então que me dei conte de que Esme não estava na festa, vi Edward virar a cabeça na minha direção quando me passou o pensamento. Observei enquanto ele olhava para a sala rapidamente, e o vi ergue a sobrancelha para mim.

Minha deixa para saber onde ela estaria daqui alguns segundos...

...

Quase rosnei quando vi o futuro dela negro. Ok... Ela está com algum transfigurador, a criatura que tem capacidade de apagar minhas visões!

Quero dizer, não tem jeito de ela estar com um lobisomem,ou tem? Olhei para Edward e o vi franzi o cenho de leve, enquanto captava os pensamentos, sua expressão se suavizou segundos depois.

Esme entrou na sala com Leah ao seu lado e as duas sorriam agradavelmente para todos.

-Alice? – Athenodora me olhou curiosa. – Sua opinião, por favor?

-Desculpe, estava meio desatenda. – Dei um sorriso de desculpas.

-Oh tudo bem, querida. – Ela se inclinou na cadeira. – Eu também estaria. – Olhou discretamente para a pista de dança. – Então, eu estava dizendo que é uma pena que não teve tempo de falar com minha banda particular.

Quando os Volturis davam festas, eles tinham tudo particular, inclusive um grupo de vampiros que tocavam. Diziam as más línguas que esse grupo era de segurança e alertavam quando alguém pretendia algo. Eu nunca soube de verdade, mas que eram talentosos, isso eram.

-Onde estão?

-Cuidando de negócios na Índia. – Respondeu com um sorriso. – O clã pelo qual pertencem está trabalhando ao nosso favor lá.

Diziam que quando eles apareciam sempre aconteciam as melhores festas. Eu mesma já fui em varias festas dos Volturis,onde eles estavam. Eu lembro até hoje de ver aquela pata de lobisomem voando sobre a festa foi hilário, acompanhada do corpo no lustre... E a cantora continuou cantar com um sorriso animado, enquanto alguns guardas pegavam alguns pedaços de cérebros de um lado da festa.

Também teve a festa do noivado de Tanya e Edward, onde uma das integrantes o fez dançar tango. A expressão de Tanya foi uma das melhores partes da festa.

Se eu não me engano Tanya matou aquela dançarina, o que é uma pena, ela era uma dançarina muito boa. Lembro que no fim foi Esme quem a mandou dançar com Edward, o humor de Esme sempre foi distorcido, então...

É claro que nessa mesma festa houve um ataque de bruxas, elas não estavam felizes com sua ocupação desprezada. Obviamente foi tudo controlado antes que chegassem a festa, mas teve algumas perdas de vampiros. Depois disso os Volturis passaram a manter mais bruxas em seu clã.

Um entorpecimento invadiu a parte de trás de meu cérebro, eu sabia o que aquilo significava: Visão.

-Vamos dançar? – Edward perguntou.

...

-Isso não é possível! – Jacob exclamou.

...

-Quem está ai? – Nessie se virou olhando ao redor em alerta.

...

Os olhos dela se arregalaram.

-Sentiu minha falta? – Sussurrou para Bella.

...

-O que...? – Vi Charlie olhar chocado para Sam.

...

- E isso fica cada vez mais interessante. - Jane falou ao lado de Carmem.

...

Pisquei de voltada, balancei a cabeça discretamente, eu odiava aquele tipo de visão!

Era uma espécie de vários flash's do que iria acontecer, eu não entedia absolutamente nada, só que algo desencadeou tudo aquilo.

Algo ia acontecer.

Sim, agora a festa começava de verdade...

Olhei ao redor e vi Edward convidar Bella para dançar, bom o primeiro já aconteceu. O próximo era Jacob... Que não estava em lugar nenhum! Levantei-me e sorri para as garotas na mesa.

-Onde vai querida? – Athenodora perguntou.

-Tenho que chamar Rose e Emmett de volta, não é muito educado deixar tantos convidados, não é? – Sorri maliciosa e elas entenderam que eu ia interrompê-los por pura maldade.

Talvez fosse, talvez não.

Só sei que preciso do clã Cullen inteiro no momento, e dar uma olhada nas crianças, nunca se sabe o que pode acontecer.

Emmett P.O.V

Empurrei-a na cama com força, a parede já tinha perdido a graça. Afundei meus lábios naquele pescoçinho delicioso, se Rose não fosse vampira eu já a teria a comido.

Espera ai...

Eu a estou comendo! A vida é tão boa... Quero dizer, foram dois anos de seca antes de conseguir traçar a loira... E valeu a pena...

Dei um belo show de lambidas e mordiscadas por todo seu pescoço, enquanto a estimulava, ah sim... Lá estava Rose se contorcendo toda.

-Emmett... – Gemeu, mordi seu ombro. – Por favor...

Deus! Ainda parece que é a primeira vez que fazemos isso, acho que fiquei traumatizado por deseje-la por dois anos e não ter aquele corpo para mim. Ao menos Rose sabia como me divertir com seu humor nem um pouco inocente.

De repente levei um tapa na cara e fui empurrado com força na cama, Rose agora estava me olhando as presas de fora. Ok... Eu quase gozei agora, foco Emmett, foco... Primeiro Rose, depois você.

-Será que dá pra se concentrar em mim? – Rose era um tanto egocêntrica na cama, toda atenção para ela, ou as coisas ficavam bem piores.

E quando eu digo pior, quero dizer uma tortura sexual beeem longa. O que vale a pena, mas sempre tenho uma quase segunda morte antes de conseguir me aliviar.

Olhei-a todo fascinado e puxei seu rosto para um beijo forte. Quando ela tentou se afastar eu mordi seu lábio com força, em resposta Rose deu um risada e agarrou meu membro...

WOW!

WOW! WOW! WOW!

-Rose... – Rosnei agarrando a cabeceira, não deu certo, e a porcaria amassou... De novo.

Meu anjo-demonio começou a se esfregar em cima de mim enquanto mantinha o ritmo acelerado, oh Deus... Ela está com aqueles seios maravilhosos balançando...

Toc-toc

-Parem o que estão fazendo. – A voz de Alice interrompeu a festa.

MAS QUE PORRA É ESSA?

A porta do quarto se abriu com força e ela entrou graciosamente com um sorriso do demo.

ALICE! SUA NANICA DESGRAÇADA FILHA...

-ALICE!- Rose rosnou e nos cobriu.

-Botem uma roupa. – Alice falou se virando de costas.

-Eu me recuso. – Cruzei os braços na cama, eu ainda estava duro e só Rose poderia resolver meu problema... Bom, minha mão também podia resolver, mas eu prefiro a Rose.

-Anda logo Emmett! – Rose ordenou vestindo seu vestido.

-Rose! – Exclamei praticamente chorando.

-Eu tive uma visão. – Alice me interrompeu.

-Sério? – Revirei os olhos rabugentamente, o que faço com meu amigo aqui em baixo? Resmunguei e fui para o closet.

-Algo estranho... – Alice sussurrou para nós, sai de lá com uma roupa nova, Rose rasgou a minha anterior. – Uma serie de flash's.

-Nunca tem nada demais em flash's, podem ser apenas uma frase solta que não se encaixa no contexto até que ocorra. – Rose falou ajeitando o cabelo.

-Tem algo de errado, quero que todos estejam em alerta, eu preciso achar Jacob para saber o que o deixou tão nervoso.

-Jake é um adolescente, está sempre nervoso. – Exclamei bufando.

-E assumiu a liderança de um dos grupos de transfiguradores. – Alice me cortou. – Além do mais Charlie também ficou sabendo de algo.

Isso chamou minha atenção, Charlie é um general, se for um problema pequeno ele só é avisado depois da festa. A segurança fica por conta do major e coronel, general é outro patamar.

-Ok, eu vejo como está a segurança. – Suspirei estralando o pescoço, me concentrar em coisas como ir ver os caras da segurança me fez desanimar legal.

Eu só quero ter intimidade com minha esposa, isso é tãããão difícil assim?

-Eu vejo as crianças. – Rose falou e Alice acenou com a cabeça.

-Mantenham contato, quando o futuro vem em flash quer dizer que está tudo uma verdadeira bagunça. Ou seja, imprevisível.

-Mas algo desencadeou a visão. – Rose franziu o cenho. – Varias decisões repentinas, ou apenas uma afetando tudo?

-Eu gostaria de saber, eu vou com você Emmett. – Alice se virou para a porta. – Não quero que role hora do recreio, viu? Podem se comer depois. – Acrescentou divertida.

-Só por que Jasper está ocupado com Maria, ela ficou toda amarga. – Resmunguei, Alice soltou raios pelos olhos. – Eu vou averiguar as coisas, com sua licença minha senhora. – Dei um beijinho em Rose e sai de lá.

Rose P.O.V

Entrei no quarto das crianças e vi a guardiã deles no momento. Estava sentada de costas para mim, velando o sono dos dois. Por essa noite, achamos mais seguro que dormissem no mesmo quarto.

-Tudo está bem? – Perguntei em tom baixo.

-Sim... – Respondeu no mesmo tom. – Existe algo em que possa te ajudar, senhora? – Perguntou polidamente.

-Apenas conferindo tudo. – Não havia necessidade de assustar se não havia uma real ameaça ainda.

-Rose? – Me virei e vi Marcus na porta me olhando intrigado.

-Marcus. – Cumprimentei.

-Existe algo errado? – Perguntou em tom baixo o suficiente só para nós ouvirmos no andar de cima.

-Nada, apenas tenho uma queda por crianças. – Ele acenou sem expressão me olhando de cima a abaixo desconfiado, seus olhos se moveram para o cômodo.

-Elas estão sofrendo algum problema com as visões?

-Não agora, eu as hipnotizei para não se lembrarem. – Respondi um tanto constrangida.

-Sabe que isso não é seguro nem para nós nem para elas, não é mesmo? – Os olhos dele vaguearam pelo cômodo. – É sempre bom saber com o que se está lidando, as faça se lembrar. – Pediu calmamente.

-Mas...

-São tempos difíceis, se elas não souberem o que estão sonhando será um perigo para nós e para elas. – Ele disse em tom frio. – Elas podem fazer muito mais do que Alice, sabe disso Rose.

Suspirei o encarando apreensiva, Marcus era bom em manipular emoções, eu me sentia impelida a fazer o que ele pedia no momento.

-Ele tem razão... – Me virei ao ouvir a voz da guardiã. Suspirei e olhei para Marcus.

-Tudo bem...

Eu não acredito que ia fazer isso...

Edward P.O.V

Eu empurrei Bella para dentro da primeira sala que encontrei, ela suspirou e se virou para mim com aquela cara impaciente dela.

-Existem limites que não deve atravessar Bella! Muito menos em publico. – A olhei raivoso.

-Não fiz nada demais, não tenho culpa se você... – Ela se calou quando viu meu olhar, a cretina estava mesmo controlando um sorriso?

-Bella, você tem que parar de se aproximar tanto de certas partes do meu corpo. – Rosnei passando por ela.

-Espera ai! Você está nervoso por que... – Eu a cortei.

-Isso mesmo! Por que você deu um aperto em meu... – Parei procurando uma palavra melhor que pênis. -... Parceiro!

-Então, eu não posso tocá-lo? É isso? – Ela ficou estressada agora, viu como mulher é imprevisível?

A história é bem simples, eu a convidei para dançar, estávamos lá no meio da pista flertando calmamente, quando ela se encosta mais em mim. Bella se inclinou e me dá um beijo, nada mais do que natural para noivos...

Foi ai eu senti o aperto indiscreto.

Santa mãe... Se eu não tivesse anos de autocontrole, eu a teria atacado sem qualquer pudor ali mesmo.

-Ah você pode fazer o que quiser, o problema é que existe um limite. – A olhei bufando.

-Isso tudo por que eu te toquei? – Brincou comigo.

– Eu estou furioso com você.

-É... Eu estou vendo sua raiva. Sua enorme raiva. – Olhou para baixo com um sorriso malicioso, minha raiva acabou de endurecer ainda mais.

PORRA!

Meio segundo depois eu estava parado bem na frente dela, me inclinando perigosamente.

-Você não sabe o que está fazendo. – Disse entre os dentes.

-Tem razão, eu não sei. – Respondeu se aproximando de mim. – Mas eu adoraria que me mostrasse. – Sussurrou me olhando com desejo.

Eu passei 1/8 de segundo digerindo suas palavras, logo depois já estava invadindo sua boca com a minha língua. Rapidamente eu a levei até a mesa ali e a sentei, continuando a beijá-la com um desespero quase vergonhoso.

Uma de minhas mãos subiu pela sua coxa, enquanto a outra procurava o fecho do vestido em suas costas. Infelizmente não poderia rasgá-lo ali, senão Bella não teria roupa para sair daquela sala.

Bella não deixava por menos também, suas mãos já haviam desabotoado metade da minha camisa e agora ela puxava pra fora da calça. Suas unhas fincaram no meu torço e eu rosnei de prazer.

Afundei meu rosto em seu pescoço, sentindo o gosto daquela pele macia. Suas pernas se apertaram ao meu redor e suas mãos puxaram meu cinto rapidamente.

Alguém também está desesperada aqui.

Puxei seu vestido para baixo e parei meio segundo para apreciar a paisagem. Por que mesmo que não ia casar com ela?

De repente eu ouvi um rosnado no ar e no mesmo instante eu estava no chão com Bella em cima de mim.

Segurei seu rosto antes que ela me mordesse, ah sim, ela me disse sobre seu problema. O rosnado dela ficou mais violento e ela cravou as unhas em meu braço e se sacudiu em cima de mim.

Cacete! Eu fiquei mais excitado ainda.

-Bella... – Assobiei segurando seus punhos no ar, recebi um rosnado animalesco em resposta. – Se controle! – A olhei severamente, ela fechou a boca e me olhou por um instante, ser vampiro tinha suas...

PUTA QUE PARIU!

Rolei nossos corpos e a segurei no chão quando Bella me atacou de novo, ela realmente estava no máximo de sua força. Quando percebi já estava a beijando brutalmente.

Estranhamente foi um dos beijos mais excitantes que já troquei com outro ser. Bella não me beijava, ela lutava contra mim. Ela não poderia realmente me machucar, apesar de suas unhas me deixarem marca, minha pele se regenerava rápido demais.

Quebrei o beijo e a segurei no chão, eu vi o brilho da fome em seus olhos enquanto ela respirava no ar. Aqueles seios indo e voltando tão rápido e naquele ritmo continuo...

Pisquei me concentrando quando ouvi o som de dentes batendo no ar. Juntei seus pulsos e a segurei com uma mão.

Eu realmente tentei me separar dela, de verdade.

Mas ela envolveu aquelas pernas ao redor meu redor e grudou nossas intimidades em uma fricção...

Eu não sou feito de pedra! Perdi a porcaria do meu autocontrole nesse instante.

Era por isso que Bella estava prensada na porta comigo explorando seu corpo em velocidade vampiresca. Uma parte da minha mente conseguiu captar a risada dela, enquanto eu atacava seu pescoço.

-Seu cheiro é muito bom. – Aquilo não soava como um elogio, olhei-a irritado quando minha cabeça foi para trás por causa de seu puxão.

-Nem se atreva. – Rosnei quando vi seus dentes expostos. Empurrei-a com mais força contra a porta e ela arregalou os olhos por um instante, e olhou para baixo. Não pude evitar um sorriso malicioso, ela havia sentindo o que a esperava ansioso e duro...

Toc-toc.

Ignorei o barulho na porta, enquanto voltava a subir minha mão pela coxa exposta dela, que pele ma...

Toc-toc

Edward!

Eu mato Alice, juro que mato!

Temos problemas, se acasale com ela depois!

Isso só pode ser brincadeira! Suspirei me controlando.

Soltei Bella lentamente que me olhou faminta, ela não deveria estar com fome, isso é um fato. Apontei para a mesa, ela estreitou os olhos, mas olhou para lá. Eu apontava para uma garrafa de sangue ali, e aquilo chamou a atenção dela. Virei-me para a porta e abri sem me importa com o estado da minha roupa.

-O que? – Rosnei para ela, em sua mente pude ver meus caninos expostos e meus olhos negros, muito amedrontadores, Alice zombou mentalmente.

-Nem me fale. – Emmett resmungou ao lado dela, vi que não era o único a ser interrompido.

A diferença é que Bella e eu nunca chegamos tão longe.

E ambos estavam necessitados aqui!

-Agora? – Alice revirou os olhos e me deu uma explicação mental rápida. Suspirei apoiando minha cabeça na porta.

Pense no cheiro dos lobisomens, me desanimou na hora!

Olhei para Emmett inexpressivelmente.

...

Não é que aquilo funcionava mesmo?

Fechei a porta na cara dos dois e comecei a melhorar o estado de minha roupa. Olhei para Bella desconfiado por ela não ter me atacado ou algo assim, mas a mesma estava ocupada bebendo metade da garrafa de sangue.

-Desculpe o descontrole. – Disse depois de um gole, para a minha surpresa ela pegou uma garrafa de whisky e virou também. – O que? Eu não vou ficar bêbada, é fisicamente impossível. – Acrescentou olhando para a garrafa com uma careta.

-Pensei que seu descontrole era muito pior. – Estreitei os olhos para ela enquanto ajeitava minha gravata. Ela ergueu os olhos para mim e percebi que ainda estavam azuis.

-Você não tem um coração batendo e quando senti a sua fonte de prazer, meio que voltei à consciência. – Olhou para frente pensativa. – Quase como um choque elétrico. – Tomou mais um gole do sangue.

-Tenho que resolver algumas coisas. – Falei me aproximando dela.

-Eu percebi. – Suspirou olhando para a garrafa, ela parecia um tanto desolada.

Bella realmente tinha sérios problemas com sua vida sexual, ou melhor, a falta dela.

-Bella...

-Não fale. – Me olhou de lado. – Eu devo voltar para a festa, ou o que? – Perguntou enquanto vestia novamente o vestido. Fui atrás dela e fechei o zíper.

-Fique aqui, é melhor assim, senão terá que agüenta-los sozinha. – Ela acenou com a cabeça, então terminou de desprender os cabelos que estavam praticamente soltos naquele ponto. Inclinei-me e beijei seu ombro. – Se quiser culpar alguém, Alice está ali fora.

-Eu não vou culpar ninguém além de você se não terminar o que começou aqui. – Me olhou de lado, seu olhar me dizia que estaria encrencado se falasse algo para contradizê-la.

-Considere uma promessa feita. – Ao menos uma de minhas necessidades estaria saciada.

Eu acabaria frustrado demais nesse ritmo, e isso era o mesmo que ficar de extremo mal humor.

Bella se sentou na mesa e cruzou as pernas me olhando com um sorrisinho, quase suspirei tamanha a frustração, ao invés disso apenas me virei e sai. Se eu ficasse mais alguns segundos, iria simplesmente ignorar tudo.

-Se isso for alarme falso Alice... – Eu sussurrei quando sai da sala.

-Ela já sabe disso. – Emmett resmungou, Alice nos olhou indignada e fez sinal de silencio.

Suspiramos e a seguimos para o jardim até a floresta, longe o suficiente.

-Jasper, Carlisle e Esme estão na sala. Achei melhor não tira-los de lá, Rose está com as crianças, com isso sobra nós. – Apontou para nós.

-O que está havendo afinal de contas? – Emmett perguntou.

-Shhh! – Alice o olhou com uma carranca, então começou a dar passos silenciosos pela floresta.

Ouvimos os passos se aproximando, logo captei os pensamentos e relaxei, mas assim que entendi as informações voltei a ficar tenso.

-O que? – Emmett me olhou agitado.

-Algo entrou na propriedade. – Franzi o cenho. – Temos má companhia.

-Futuro negro. – Alice acrescentou olhando para o nada. – Por isso os flash's, os lobisomens atrapalharam tudo, eu vi buracos... – Então ela prendeu a respiração.

Então eu entendi, ela me viu convidar Bella e tudo ficar negro, isso significava que havia lobisomens na festa!

-Merda! – Praguejei e sai correndo para a casa.

Rose me pegou no caminho e me jogou no chão.

Pare! Se souberem que foram descobertos atacarão! Estamos cercados, Edward! As crianças viram tudo.

Levantei-me em um impulso, Rose me olhou e eu acenei com a cabeça. Alice e Emmett haviam parado ao nosso lado, por meio de gestos códigos que criamos nos comunicamos rapidamente. Olhamos-nos, poderiam ouvir cada palavra que falássemos.

-Eu vou conversa com Jake, ele está com problemas em relação à Nessie. - Rose nos olhou erguendo as sobrancelhas e então se virou para a casa.

-Talvez Jasper queria dançar comigo. – Alice olhou para nós descontraída.

-Olhe o monstro dos olhos verdes. – Emmett zombou em tom tranqüilo.

-Cadê sua noiva Edward? – Alice desviou o assunto.

-Digamos que eu a deixei cansada. – Forjei sorriso malicioso. – Emmett vamos ver como Carlisle está se saindo com todos.

-Isso será divertido. – Alice segurou o braço de nós dois e assim entramos na festa.

Qualquer um lá dentro era o traidor, e havia lobisomens também. Mas jamais poderíamos localizá-los, os cheiros se misturando no ambiente e eu aposto que alguma poção disfarçou o cheiro deles. Felizmente essas poções duravam somente algumas horas, senão todos nós estaríamos em problemas.

Carmem me sorriu animada ao lado de Kate. Os pensamentos de ambas vieram como raios para mim.

Algo invadiu: lobisomens, três foram interceptados, mas temo que tenha um motivo para essa invasão pequena.

Estão procurando pela propriedade, mas o rastro termina em certo ponto. Encontraram um vidro de poção.

Havíamos recebidos novos integrantes hoje, então havia rostos novos e muitos pensamentos para ouvir, não tenho como perceber se alguém está me evitando. Alice também não podia vê-los, e deixar de ver o destino de uma das criaturas não significava necessariamente que era lobisomem.

Então o obvio me abateu, as crianças estavam sendo protegidas por Marcus e a babá no momento, mas e Bella?

Bella P.O.V

Edward saiu e eu saí da minha pose madura e comecei a sorrir, na verdade comecei a rir.

Isso foi o mais perto que eu cheguei da fonte do prazer nos últimos dois anos! Isso é tão fantástico!

Sentei-me no sofá que havia ali e dei mais um gole no sangue, a bebida alcoólica estava esquecida na mesa, aquilo não me agradou nem um pouco. Acho que por um momento eu precisei me lembrar de quem era, por isso bebi aquilo.

De uma coisa eu tinha certeza: Eu ia chegar aos "finalmentes"!

Era isso ou eu arrancava aquela benção da natureza que Edward tem entre as pernas e me satisfaria sozinha.

Suspirei e olhei para a garrafa, eu realmente não faço idéia de como consigo tomar sangue, eu devia estar satisfeita. Parecia que quanto mais tomava, mais enfraquecia, franzi o cenho.

Eu dormia mais que o normal, me sentia sem disposição e o sangue... Era como se não tivesse me alimentado, para onde foi toda a minha energia?

Larguei a garrafa na mesinha e me levantei um tanto perturbada, eu não era burra, algo acontecia comigo. Talvez eu devesse falar com alguém, mas... Quem?

Suspirei e caminhei até a janela, o que será que tinha acontecido para chamarem Edward?

Ouvi o barulho da porta se abrindo e me endireitei, Edward já havia voltado?

Antes mesmo que pudesse fazer qualquer outro movimento senti uma fisgada atrás de mim, olhei para baixa com o ar engasgado e arregalei os olhos ao ver a ponta de uma faca em meu estomago. Não se passou um segundo para que arrancassem de mim, meu corpo fosse virado e prensado na parede.

Olhei para quem tinha feito aquilo para...

...

CACETE!

James.

-Sentiu minha falta? – Sussurrou para mim, então enfiou a faca em meu estomago.

-Isso é impossível... – Murmurei sufocadamente. – Você está morto. – Comecei a me sentir zonza havia algo na lamina, eu podia sentir o cheiro no ar.

-Você me deixou para morrer sua putinha. – Me puxou pelo pescoço, seus olhos ficaram negros na minha frente.

ELE ERA UM DEMONIO AGORA?

-Como... Como...

-Tem inimigos demais para seu próprio bem, Bellinha. – Me olhou com um sorriso malicioso. – Eu não morri naquele dia, infelizmente você deixou danos irreparáveis em mim. – Me olhou furioso.

Mais que porra era essa? Eu me sentia extremamente fraca agora, ele me largou na parede e foi procurar algo pela sala. Olhei para baixo e vi a faca em meu abdome, mas não foi isso que me chamou atenção.

O meu sangue estava preto, ele escorria pela minha roupa em uma mistura de vermelho e negro, como se fosse algo gosmento asqueroso.

-Eu estou meio decepcionado, Bellinha. – Ele disse enquanto eu me deixava cair no chão. – Esperava mais de você, mas no fim foi tão fácil quanto sua mãe. – A minha respiração ficou presa na garganta, enquanto eu o ouvia rir. – Sim, eu matei sua mãe. Achamos que poderia ter viajado para a casa dela para fugir, então me mandaram lá, ao menos eu pude me alimentar um pouco.

O olhei com todo o ódio que eu poderia, mas James apenas me ignorou até que eu ouvi o celular vibrando.

-Droga... – Eu ouvi resmungar. – Parece que teremos que nos contentar com você. – Me puxou pelos cabelos.

-Você vai pagar. – Eu disse sufocadamente, ele deu um riso asqueroso.

-Ah sim, estou morrendo de medo. – Disse agarrando meu braço com força, cerrei os dentes, ele deslocou meu ombro com esse movimento. – Isso doeu? – Perguntou contra meu ouvido divertidamente, ele puxou meu braço mais para trás, fechei os olhos controlando a dor.

Ele havia quebrado meu ombro e braço ao mesmo tempo. Comecei a assimilar que aquele era o começo do meu fim, eu seria levada por James-demônio direto para os lobisomens e demônios.

Eu estava sendo levada para a minha morte, isso era um fato.

Fui empurrada pela janela e cai em cima da faca, a afundando ainda mais, me virei ofegando de dor. James posou ao meu lado e olhou ao redor, então se agachou para me pegar.

Não!

Eu não vou me deixar ser pega tão facilmente. Ele matou a minha mãe!

James vai pagar!

Senti meu escudo se elevar com tudo para dentro de mim e atingiu James em um violento choque. Fui pega de surpresa ao sentir toda a potencia do choque que dei na pele, rolei para o lado gemendo de dor.

-Surpresa? Esse extrato de erva permite fazer com que você sinta a dor que me proporciona. – James se ergueu me olhando vitorioso. – Acabou Bella, eu venço e você perde.

-Você realmente não sabe onde se meteu. – Sussurrei repetindo o que havia lhe dito naquele dia, então expandi meu escudo a toda. Dessa vez eu berrei de dor, eu tinha uma faca no meu estomago e estava levando contínuos choques, ninguém realmente podia me culpar.

James se ergueu aos tropeços e iria vir na minha direção se não tivesse ouvido algo na janela da sala, então ele sumiu de vista. Virei-me e comecei a rastejar pelo chão, eu não queria ficar ali caso James voltasse com reforços.

Sentia-me tremula, ainda sentia meu escudo ativo, e eu não conseguia controla-lo. Era tudo culpa daquela faca, olhei para baixo e segurei o cabo dela.

-Bella... – Edward pousou na minha frente me olhando espantado.

-Não... – Eu falei sob a respiração quando ele deu um passo para se aproximar, ele me olhou confuso.- Não se aproxime. – Tentei puxar meu escudo para mim, mas era algo mais forte do que eu no momento.

-Não há tempo... – Ele começou a se aproximar novamente.

-Não, por favor, não. – Chorei fechando os olhos, senti as lagrimas escorrendo pelo rosto, aquilo doía demais. – Não se aproxime! – Rosnei enquanto agarrava a faca e arrancava com força.

Larguei aquilo e me deixei cair no chão.

-Isso está a machucando não? – Edward perguntou o olhei com raiva. – Quem fez isso?

-James. – Respondi com um suspiro, mordi o lábio para não começar a gemer de dor, meu corpo inteiro doía.

-Como?

-Ele não está morto, é um demônio! – O olhei exaspera, Edward ergueu a sobrancelha. – Eu não o matei apenas o deixei mortamente ferido. – Olhei para minha ferida com raiva.

POR QUE AQUILO NÃO REGENERAVA MAIS RAPIDO?

-O veneno tem que sair de seu corpo, me escute com atenção Bella. – Eu o olhei desorientada, Edward começava a ficar desfocado. – Seu sangue vai escorrer até o veneno sair por inteiro, então voltará ao normal. Quero que fique nas arvores, será mais seguro.

Simplesmente engatinhei até a árvore, que estava há um metro de mim. Assisti Edward pegar o celular e falar algo extremamente baixo. Uma mão tocou meu ombro e eu me vi de frente com uma mulher morena, ela fez sinal de silencio para mim e olhou para Edward em alerta.

Como ela conseguiu me tocar?

Antes que eu pudesse assimilar ela desapareceu na escuridão da floresta e Edward se virou para mim, o olhei nos olhos e o vi acenar para mim em resposta.

-Você tem certeza? – Continuei o olhando mais calma, a dor havia cedido um pouco, estava começando a me sentir entorpecida e tonta. Então Edward simplesmente se virou e sumiu. Que merda...?

-Vamos tirá-la daqui. – Ela falou me pegando delicadamente.

-O que... Quem? – Sussurrei me forçando a olhá-la, mal conseguia terminar a pergunta.

- Você sente na pele o que causa nas pessoas, vampiros adoram usar isso em demônios com poderes especiais. – Deu de ombros. – Seu amado foi atrás do demônio que te atacou. – Se sentou ao meu lado.

-Está doendo. – Resmunguei me apoiando na árvore, a regeneração estava bem mais lenta.

-Eu sei, querida. – Suspirou se inclinando sobre mim. – Sinto muito por isso, mas evitará sofrimento. – As mãos dela pousaram em meu rosto e tudo ficou escuro.

Nessie P.O.V

Ficar aqui fora era mil vezes mais confortável do que lá dentro, me sentia ameaçada de certo modo. Um pessoal ali poderia me matar em segundos, isso não é legal, é assustador!

Suspirei me apoiando na varanda, festas de gente rica também é bem tediosa, a musiquinha ali é de matar, não literalmente, é claro.

E ainda tinha o beijo que troquei com Jake. Jesus. Maria e José! Algo definitivamente esquentou ali, e isso me descontrolou.

Eu estou perdida!

Ouvi um barulho e olhei para o lado instintivamente, e fiquei surpresa ao ver dois homens lutando, olhei para o lado pensando no que fazer. Então o pálido pulou em cima do moreno, mas o moreno se virou correndo para a floresta. Franzi o cenho, confusa, o pessoal da festa não ouviu?

Na verdade nem eu tinha ouvido até agora. Caminhei silenciosamente pela varanda e vi Charlie com Sam, os dois discutiam algo e eu não podia ouvir nada.

-O dom de ilusões é realmente poderoso, não? – Me virei para Sue.

-Quem está fazendo isso? – Perguntei curiosa.

-Um ilusionista, holandês se não me engano, é um dos amigos de Carlisle que veio auxiliar alguns membros com seus poderes. – Respondeu olhando ao redor. –Não fique aqui, minha querida. – Ela deu um tapinha em meu ombro e se virou indo em direção a Charlie.

Virei-me para a porta da sala e parei refletindo, eu podia voltar lá, onde haveria o tédio me esperando e provavelmente Jacob. Ou eu podia sair para a floresta e ficar respirando o ar puro, me virei para a floresta atrás de mim com um sorriso malicioso. Então pulei sobre a mureta e pousei no chão tortamente.

-Malditos saltos. – Resmunguei enquanto tirava aquela armadilha ambulante, eu pessoalmente aprendi a odiar saltos com mami. Na verdade não pude deixar de rir quando a vi ao lado de Edward com os saltos. Infelizmente não zombei da cara dela por causa do choque que eu estava sofrendo com o pós-beijo-desentupidor-de-pia-na-bancada.

Joguei os dois de lado e comecei a caminhar pela floresta, eu aproveitei e olhei para o que vestia. Era inacreditável o fato que eu usava vestido, a última vez que vesti um foi há dois anos, quando...

Perdi o sorriso, aquela foi uma lembrança feliz por algum tempo, agora só me trazia amargura.

De qualquer maneira, o vestido era violeta e frente única, bem vintage, e eu tive que me contentar com uma sombra escura de leve. O que era revoltante, levando em conta que eu sempre usava lápis de olho e tinha um ar rebelde. Mas tinha que admitir, eu estava bonita.

Ouvi o barulho de galho se quebrando e me virei bruscamente, olhei ao redor atentamente, talvez essa não tenha sido uma boa ideia.

Concentrei meus ouvidos e um coração batendo praticamente gritou em algum lugar.

-Quem está ai? – Perguntei enquanto tentava localizar a origem. Percebi que o coração estava mais lento que o normal, seja lá quem for, não estava bem.

Ouvi um passo a minha direita e me virei lentamente, na minha frente havia um lobisomem.

Ah merda!

Dei um passo para trás em alerta, ele era estranho, era branco e bem maior que os outros e isso estava me deixando com mais medo. Tipo, estou em uma floresta, na escuridão com um lobisomem na minha frente, eu ainda tinha humanidade dentro de mim.

-Calminha garoto... – Ergui as mãos. – Eu sou dá paz, que tal conversarmos antes, hein? – Então imaginei a escuridão completa e transmiti minha imagem para ele.

Ele caiu no chão na hora, logo em seguida eu ouvi outro rosnado. E a próxima que coisa que senti foi o impacto de um lobisomem em cima de mim.

Tudo o que eu vi, foi a fileira de dentes vindo na minha direção.

Fechei os olhos e pensei que eu era idiota por fugir de Jacob.

Então o peso dele sumiu, engoli a seco e olhei para o lado e vi o primeiro lobisomem em cima do que havia me atacado.

Agora eu estou confusa, eles estão lutando para quem vai me atacar? Ou o primeiro lobisomem está me salvando?

Bom, eu não ia ficar aqui parada esperando para ver. Sai correndo na minha velocidade máxima, me arrepiei toda quando ouvi o ganido e sobre o que significava: Alguém tinha vencido.

E alguém estava atrás de mim nesse momento!

Olhei para trás e vi a sombra correndo atrás de mim, porra estava me alcançando!

Pulei um galho que estava no caminho e desviei das arvores rapidamente. Mas ele estava mais próximo de mim e quando percebi tinha pulado sobre a minha cabeça e parado na minha frente.

Estaquei no lugar na hora, era o primeiro lobisomem, ele sangrava, eu podia sentir o cheiro no ar. Eu fiquei assombrada quando o vi virar um homem na minha frente.

Espera ai!

Ele não chegava a ser um homem, parecia ter dezoito ou dezenove anos. Era quase da minha idade e podia fazer aquilo tudo?

Ok, minha auto-estima caiu um pouco agora.

Ergui a sobrancelha quando percebi que ele estava... Er... Nu. Os olhos eram de uma cor verde impressionante, a pele morena suada, suja, e pálida. Meus olhos vagaram para seu estomago, dá altura do peito até o quadril havia a marca das garras do lobisomem.

Ouvi o barulho de algo se aproximando e eu fiquei na frente do lobisomem, ele havia me salvado agora pouco, querendo ou não, eu tinha uma divida a pagar.

E quanto ao lobisomem, bem, ele tinha desmaiado, então não tinha como tentar me defender novamente, por isso era melhor eu assumi agora.

Ta aproximando...

Relaxei quando vi Jane com um grupo de lobos me olhando em alerta, ela se inclinou para o lado e viu o lobisomem caído no chão. Em um segundo ela estava na minha frente olhando sobre meu ombro com o cenho franzido.

-Continuem a varredura. – Ela ordenou friamente, todos desapareceram.

-Ele me salvou de outro lobisomem. – Informei ansiosa, não queria que Jane matasse a criatura vulnerável. Ela me ignorou e se ajoelhou ao lado dele, parecendo verificá-lo. Ele abriu os olhos novamente quando ela tocou em seu rosto, os olhos dele eram tão claros quanto os meus olhos de demonia, exceto que eram de um verde folha seca, uma cor meio estranha de se definir se quer saber.

-Pa*... – Murmurou roucamente e caiu inconsciente. Essa foi a primeira vez que vi Jane com uma expressão verdadeira no rosto, caralho! Ela está assustada!

A loira psicopata ta assustada! É fim da picada!

Em um movimento rápido ela tirou a capa a lá Drácula dela, e cobriu a nudez dele.

-Ele lutou com um lobisomem, certo? – Acedi com a cabeça assombrada. – Em que lugar? – Apontei a direção, Jane olhou para lá e aspirou o ar. – A propriedade foi invadida, sua mãe desapareceu, e todos da guarda entraram em alerta. Fique com ele até eu voltar. – Desapareceu na minha frente antes que eu pudesse tomar ar para responder.

Jane achava que eu era alguém dos Volturis para me dar ordens?

Foi ai que assimilei que Bella havia desaparecido, que a propriedade foi invadida... E por que eu ainda ouvia o som de musica rolando?

Povo doido...

Jasper P.O.V

Nenhuma suspeita do que está acontecendo, o que uma festa não faz?

Os Volturis em um canto com Carlisle e Esme, Athenodora conversando com algumas bruxas simpaticamente. Meus olhos vagaram para a pista de dança, lá estava Demetrio dançando com Maria, sorrindo para mim mesmo e lancei uma nova onda de luxuria sobre os dois.

Nada como provocar um encontro de luxuria para acalmar os ânimos. Um braço se enroscou na minha cintura, e imediatamente eu sabia que era minha Alice.

Que aliais estava se mordendo de ciúmes há pouco tempo atrás, quando dancei com Maria.

-Por onde andou querida? – Perguntei casualmente.

-Você sabe, só interrompendo os outros por que eu não posso fazer com meu marido incompetente. – Respondeu em tom falsamente doce, ela piscou um olho para mim.

-Não fale assim. – Resmunguei ressentido, o que as pessoas iam pensar de mim?

Provavelmente que sou frigido!

Olhei ao redor defensivamente e puxei Alice contra mim, ela deu um sorrisinho maligno e ergueu a sobrancelha sugestivamente. Foi então que percebi que aquilo era um showzinho, por que apesar do ciúme em suas emoções havia preocupação. Minha esposa clarividente olhou sobre o ombro e eu vi Edward sem gravata no corredor, ele acenou para mim ,pedindo que eu me aproximasse.

Finalmente eu ira participar dos acontecimentos! Pude percebe a ausência dos membros que cuidam da segurança no recinto.

Basicamente Jane, Carmem e Alice.

Minha Alice foi interromper o casal eternamente no cio, na hora percebi o perigo nos rondando. Já que Rose hipnotizou Alice para nunca interrompê-los a não ser que fosse algo importante.

E tinha alguns convidados desconhecidos, haviam chegado integrantes dos Volturis, e alguns aliados, por isso era uma boa ocasião para a festa de noivado falsa.

Engoli a seco quando Alice agarrou o cós da minha calça e me puxou em direção ao corredor.

-Vamos matar saudades. – A olhei com atenção e depois olhei para Edward. Aquilo era uma frase código, o que tinha acontecido?

-Solare. – Edward murmurou se virando.

Oh merda!

Havia lobisomens por ai.

Como é que eles ousam?

Segui Edward na velocidade sobre-humana quando chegamos ao lado de fora, ele olhou ao redor com o cenho franzido.

-O que foi? – Alice perguntou o olhando confusa.

-Bella deveria estar aqui.

-Eles a pegaram. – Falei em voz alta o que todos pensaram.

-Isso é impossível! – Edward exclamou se aproximando da arvore incrédulo. – Ela está com uma poção de Artemísia e Bardana no corpo.

Torci o nariz quando ele explicou, artemísia aumenta o poder e bardana é um purificador. Ambas funcionam bem para humanos, bruxas, fadas e seres do gênero, mas para demônios, lobisomens, vampiros e criaturas malignas é um perigo.

Por que já somos fortes por natureza, aumentar o poder significa descontrole total. E nós somos criaturas impuras por si só, ser purificado significa fraqueza física, ou seja, ficamos fracos e com os poderes descontrolados uma vez que tentamos usa-los demais.

Nosso corpo simplesmente não agüenta, já que tudo que afetarmos irá vir para nós com a mesma intensidade.

-Bella usou o escudo em James e perdeu o controle nele, por isso não pude me aproximar. – Edward comentou.

-Espera, James? – Alice o olhou incrédulo. – O cara que tentou estuprá-la?

-E que ela supostamente matou? – Acrescentei erguendo a sobrancelha para ele.

-Ela me disse que o deixou mortamente ferido e que agora é um demônio. – Edward respondeu. – Foi ele que a esfaqueou com uma mistura de artemísia com bardana.

Torci o nariz ao imaginar o que ela devia estar passando. O efeito em é vampiros é nos fazer perder energia, nos fazendo parecer em nosso estado de fome, somos vulneráveis por nossa distração. Demônios, por si só não precisa de explicação e como Bella tem veneno correndo pelo corpo... Bem, ela provavelmente deve estar com uma aparência doentia.

Edward bufou com meus pensamentos.

-Eu vou atrás dela, sigam a trilha de demônio e continue quando encontrarem a trilha de um lobisomem.

-Por que não seguiu? – Perguntei indignado com a falta de tato dele.

-Eu mandei Carmem seguir a trilha, fui alertar a todos, e chamei você para tentarmos controlar as emoções de Bella para assim a tirarmos daqui. – Me respondeu sarcástico, Edward ainda estava racional.

Hum... Isso é surpreendente ao julgar o cheiro de excitação na roupa dele. E por algum motivo eu acredito que Edward não conseguiu se satisfazer no fim das contas.

O rosnado que Edward deu, me fez ter mais certeza disso.

Dei um riso baixo e comecei a seguir o caminho com Alice ao meu lado, ela estava concentrada demais para falar qualquer coisa.

-Existem buracos nas visões, eu consigo ver algo, mas é rápido. – Ela murmurou, então piscou com força. – Bella no chão, James andando em direção ela, e tudo escuro. – Minha vampira exclamou com raiva.

-Lobisomens. – Murmurei.

-Sério, amor? Eu não fazia idéia. – Ela recrutou com veneno escorrendo em suas palavras.

-Não, eles estão há três quilômetros. – Respondi parando na trilha. – Não podem nos ouvir, estão se concentrados em algo, posso sentir suas emoções... – Alice congelou no lugar.

-Edward os encontrará em cinco segundos, isso os interrompeu, não acharão Bella. – Sussurrou rapidamente para mim e saímos correndo na direção.

Quando paramos no lugar, eu visualizei um quadro bastante conhecido, mas que fazia tempos que eu não via.

Tinha dois lobisomens mortos e desmembrados, cinco demônios em estado parecido, e um Edward forçando James de joelho no chão. Revirei os olhos, Edward sempre fazia bagunça quando matava em massa.

Tinha tripas de lobisomens espalhadas pelo lugar, alguns órgãos, aquilo é um rim ou o fígado? Analisando melhor, os demônios tinham sofrido mais nas mãos dele, quero dizer, tinha um coração esmagado ao lado de um corpo completamente aberto e sem cabeça.

E todos estavam esquadrejados, Edward realmente é rápido quando quer. Aposto que a vantagem está no fato de que a maioria é demônio.

-Onde ela está? – Edward rosnou segurando a cabeça de James com força, ele apenas riu em resposta. – Acha engraçado, não? – Ele perguntou irônico, então forçou um frasco de água benta na boca dele.

James tossiu a água e rosnou raivoso. Eu peguei um galho ali no chão e me encaminhei em direção aos dois.

-Excelente idéia Jasper. – Edward me olhou malignamente, sorri em resposta. Peguei o frasco de água benta e coloquei um pouco no galho, então perfurei James na altura do estomago.

Com água benta aquilo queimava, James deu um gruindo. Demônios adoram sentir dor, mas não é apenas dor física, a água benta é algo bem mais doloroso, queima o demônio dentro dele, como se queimasse a alma dele.

-Ele não sabe onde Bella está. – Edward afirmou olhando para Alice, carrancudo.

-Você interferiu no futuro dele, logo ele não a encontrou e agora eu não a vejo. – Alice disse intrigada.

-Isso é tão... – Edward parou de falar abruptamente e se virou para James (eu estava me divertindo bastante e quebrar suas costelas) – Jasper leve-o para o subterrâneo, tenho certeza que Bella vai querer tortura o assassino de sua mãe. – Ergui a sobrancelha para Edward, isso fazia sentindo de certo modo. Afinal foi um demônio quem matou a mãe de Bella.

Edward se aproximou de nós dois novamente e quebrou o pescoço de James em um movimento rápido. Demoraria alguns minutos até ele acordar novamente, mas era o suficiente.

-O que fazemos então? – Eu olhei para o meu amor, e ela deu de ombros.

-Não vamos achá-la, isso é um fato. – Murmurou olhando para o futuro.- Bella deve estar inconsciente, não vejo nenhuma decisão futura.

Mandei uma onda de tranqüilidade para Edward, ele estava realmente começando a me deixar nervoso. Aliás suas emoções estavam em completa ebulição, se eu fosse mortal estaria com uma tremenda dor de cabeça.

Finalmente eu consegui controlar seu descontrole e ele suspirou.

-Vamos para casa. – Alice sugeriu. – Não tem cheiro dela por aqui e não sabemos que direção o grupo deles iria seguir, só nos resta esperar uma decisão dela.

-E Peter? Ele pode ver algo. – Eu sugeri, enquanto corríamos. Havia ficado encarregado de levar James.

-Ele viu James... – Edward murmurou, raiva e frustração o abateram novamente. – No dia que os trouxemos ambos viram alguém loiro coordenando os lobisomens.

-As visões dele não são controladas, Edward, sabe disso! – Alice exclamou. – Vamos levá-lo para o subterrâneo, meu amor. Você Edward, troque de roupa! – Quando minha esposa falava desse jeito era melhor obedecer.

Edward a olhou por um instante, então olhou para a roupa completamente feita em farrapos e coberta de sangue.

-Tome um banho também. – Acrescentei manipulando sua tranqüilidade. – Vamos achá-la. – Afirmei enquanto ele se virou para entrar por trás da casa.

A verdade era que ele não era o único preocupado, Bella era uma demonia-humana incrível e merecia ser salva. Alice também estava frustrada, mas ela sabia mascarar suas dores com maestria, felizmente, para mim, isso era apenas algo externo.

-Jazz... –Alice me puxou pelo braço de repente, suas emoções se animaram. – Bella acordou e já fez sua decisão.

Olhei-a com atenção.

-Onde ela está? – Alice deu um meio sorriso triste para mim.

Edward P.O.V

Entrei pela varanda do quarto e comecei a retirar minha roupa, mas parei quando senti o cheiro no ar. Olhei ao redor com atenção, o cheiro estava em todo lado, era sangue.

Meu olhar parou no chão, tinha rastros de sangue ali levando até a porta do banheiro, que estava fechada. Aproximei-me cauteloso da porta, escutei com atenção, mas não havia nada, nenhum pensamento, nenhum coração, nada.

Abri a porta com cuidado e olhei para dentro, arregalei os olhos ao ver o chuveiro ligado e Bella sentada no chão se deixando ser molhada de roupa e tudo.

-Bella? – Ela me olhou sem qualquer emoção no rosto, seu rosto estava pálido e os olhos estavam sem vida, como se não pudesse sentir nada, mesmo assim estava banhado em lagrimas secas mascadas pelo rimel. Ela estava toda suja de sangue, o veneno grotesco e terra.

As pessoas boas dormem muito melhor à noite do que as pessoas más. Ouvi falar mentalmente.

Rapidamente entrei no box e me ajoelhei ao seu lado. Meus olhos pararam em cima de sua mão na altura do estomago, seria possível que ainda estivesse machucada?

Delicadamente puxei sua mão e ela virou o rosto para não olhar, ela estava apoiada na parede sentada desleixadamente. Olhei seu machucado, estava se regenerando, minha visão podia captar as mudanças, mas estava lento demais.

-Bella, como veio parar aqui? – Perguntei curioso, ela não conseguiria entrar sem passar despercebida, e não era capaz de entrar pela varanda, estava fraca demais para isso.

-É minha culpa. – Ela murmurou se ajeitando, fez uma careta. – Eu quero tirar essa sujeira de mim. – Gemeu tentando se mexer, a parei.

-Vamos sair daqui, você precisa se alimentar. – Olhei ao redor, seu sangue ainda fluía, mas não havia nada preto, o veneno havia saído de seu sistema. Eu agradeci mentalmente ao fato de ter me alimentado antes de ontem, senão não agüentaria ver sangue na minha frente.

Segurei-a com cuidado e a levantei.

-Não, por favor, quero me limpar. – Pediu com mais energia, ela gruindo por causa da dor que seu movimento causou.

-Bella, você vai se alimentar primeiro, além do mais, seu sangue saiu totalmente, não está realmente suja. – Era a verdade, apesar de que um banho completo seria melhor, ela não está em condição. Além do mais, ela não conseguiria se limpar no sentindo que quer tomando um simples banho, a sujeira interior não era tão facil de ser limpa.

Andei até o quarto e a coloquei na cama, me inclinei sobre ela e abaixei seu zíper. Ela agarrou meu braço e olhou para o ombro, então percebi que ele estava deslocado, ela não podia movê-lo. Peguei sua manga e a rasguei rapidamente até o fim, tirei a outra manga rapidamente e puxei o vestido até sua cintura e parei.

-Termine de tirar, ok? Vou pegar algo para vestir. – Fui até o closet, parei por um instante pensando que ela estava na cama praticamente nua.

O destino definitivamente me odeia.

Abanei a cabeça frustrado, então percebi que ela não tinha camiseta de botão por aqui, e não havia jeito dela colocar outro tipo de camisa. Por isso me virei para o meu armário e retirei uma camisa.

Quando voltei, ela estava deitada na cama olhando para o teto, apenas de lingerie, respirei fundo. Bella se ergueu desajeitada quando me aproximei e eu rapidamente coloquei a camisa nela.

Virei-me e peguei a garrafa de sangue que havia na cabeceira, havia deixado ali antes de sair para a festa. A demonia tomou a garrafa de mim e bebeu calmamente.

-Com chegou aqui? – Ela apenas negou com a cabeça. – Eu não devia tê-la deixado lá. – Suspirei para mim mesmo, Bella apoiou a cabeça em meu ombro.

-Ele a matou por minha causa. – Ela murmurou em tom inexpressível.

Finalmente entendi a quem ela se referia: James.

-Eu achei que fosse para atingir Charlie. – Acrescentou, tomou mais um gole de sangue. – Renée morreu por minha causa, eu devia ter matado James quando pude.

Na respondi nada, francamente, aquilo era verdade, ela deveria tê-lo matado. E mesmo que tivesse matado, Renée ainda seria morta. A culpa no final das contas era de todos eles, até mesmo Renée ,afinal o que a levou a esse fim foi a sua decisão de se casar com Charlie há muitos anos atrás.

Senti meu celular vibrar e percebi a mensagem de Alice, dizia que James estava preso e que eu devia ficar com Bella. Olhei para o meu ombro ela ainda olhava para baixo com a garrafa de sangue no colo. Seu ombro estava melhor do que a minutos atrás, acho que só começou a se regenerar de verdade depois que tomou o sangue.

Cadê Nessie? Mandei a mensagem e recebi no segundo seguinte, Nessie estava com Carmem e Jane. Estranhei, mas ambas eram da guarda de segurança, logo Jake deve tê-la deixado lá.

Um leve ronco quebrou meus pensamentos, ao menos Bella havia adormecido, com cuidado a deitei. Ela tinha que descansar um pouco, a solução de artemísia com bardana havia feito um enorme estrago nela. O que é interessante, já que isso significa que o poder dela é realmente bem forte, me lembro de quando aconteceu comigo.

Não foi agradável, meu corpo inteiro queimou e minha mente ouviu tudo em alcances inacreditáveis, isso sem contar que ninguém conseguiu se aproximar de mim sem cair paralisado no chão.

-Entre. – Falei em voz baixa quando ouvi os pensamentos de Carlisle.

Ele analisou Bella por alguns instantes, Alice já havia avisado a todos da família que Bella estava segura.

-Foi o garoto que ela quase matou, estou certo? – Carlisle perguntou olhando para o ombro dela.

-Sim, ele foi transformado em demônio. – Respondi enquanto me sentava no sofá.

Ele não é um demônio qualquer, Edward. Carlisle mentalmente.

-Como?

Alguém o invocou, os olhos são negros, para esse tipo de demônio se apossar de um ser humano, ele tem que ser invocado.

-Disso eu já sabia.

O feitiço é diferente, a pessoa tem que ser deixada para morrer, ela tem que alimentar ódio pelo seu assassino. É por isso que ele foi mandado para capturar Bella, ele não vai parar até conseguir, suas emoções humanas apenas o fortalecem.

-Alice passou por isso, sei do que fala. – Continuei o olhando intrigado.

E se lembra do que aconteceu naquela época?

O olhei compreendendo tudo.

-Isso é impossível, faz apenas dois séculos. – Falei o encarando incrédulo.

Existem sinais. Ele olhou para Bella. Demônios estão com os lobisomens agora, ambos tem um objetivo: Ela. Mas por que isso?

-O que buscavam da outra vez?

Uma forma de voltar ao poder. O olhei interessado, eu nunca soube realmente como os vampiros ganharam dos demônios.

Não na ultima vez há dois mil anos atrás. Apenas sei que os demônios conseguiram tomar o poder dos Romenos, os Volturis viraram vampiros e os derrotaram. E sei que os Romenos são vampiros diferentes dos Volturis, eles podem dormir, podem até comer se quiser... Quase como demônios.

Alice foi uma das peças na ultima vez, James está sendo usado dessa vez.

A única coisa que fez Alice sobreviver foi Jasper, ele era vampiro na época que a conheceu. O dono da casa onde Alice trabalhava havia oferecido a casa para Jasper, e assim eles se conheceram. Mas ela foi atacada pela vila e virou um demônio.

A única coisa que Jasper sabe, é que ele a encontrou quase morta na floresta, ela ainda era um demônio. Mas Jasper não quis saber, ele apenas quis que ela fosse dele. Então ele a mordeu e esperou ao seu lado por três dias, e dado ao fato que Jasper sente emoções, posso dizer que não foi uma experiência agradável.

Jasper gosta de dizer que a mordeu por que sabia que ela seria seu grande amor.

Devo admitir, às vezes sinto certa inveja, não pela forma que ele encontrou Alice, e nem por que era Alice. Apenas por que ele encontrou alguém para dividir a eternidade, mesmo tendo amigos não é fácil passar a eternidade sozinho.

Sim, eu posso ter a mulher que quiser, mas isso enjoa depois de tanto tempo. É por isso que quis me casar a meses atrás, ter alguém para partilha tudo. Pode ser assustador no começo, mas depois de todos esses anos, sem ninguém de verdade, isso seria um alivio.

Edward,acho que a entidade que possui James, é a mesma que possuiu Alice.

Ergui os olhos para Carlisle depois que ele soltou a bomba.

-Jasper sabe?

Ele iria matar James em segundos, acho que quem deve cuidar disso é Charlie.

-E Bella?

Ela se sente culpada, matar alguém não vai fazer diferença. Você sabe disso melhor do que eu, mas preciso que ela descubra o que aconteceu com James antes. Ele deve ter falado com algum conhecido na cidade para saber sobre ela.

-Você acha?

Se ele já soubesse onde ela estava antes, por que simplesmente não a atacou na batalha? Esse demônio é diferente por que estava trabalhando a parte, uma missão isolada. Um plano B.

Com esse comentário Carlisle se despediu de mim e saiu do quarto, me deixando afundado em meus pensamentos.

Jane P.O.V

Carmem me olhou de lado quando entrei no quarto, Nessie estava lá sentada ao lado dele.

Eu havia acabado de me reunir com meus senhores, não havia dúvida que a entrada na propriedade foi obra de alguém de dentro. Por isso decidiram chamar a única que poderia descobri o responsável por isso: Tanya.

Nunca fui fã dela, mas estou ansiosa para saber como vai reagir com Edward. Afinal ela estava se rastejando para ele em sua ultima visita aos Volturis.

-Tem mais coisa. – Carmem sussurrou para mim em tom extremamente baixo. Olhei-a interrogativa, e a morena puxou um pouco do coberto.

Fiquei rígida no mesmo instante, quando vi a marca em seu estomago, agora curado. O circulo quase completo era a marca de nascença que nascia apenas nos Kruschev, e essa família foi dizimada há séculos pelas mãos dos Romenos...

No entanto aqui está o descente vivo e imortal de um licantropo.

E ainda havia pedido "paz" em sérvio quando me viu.

-E isso fica cada vez mais interessante. – Murmurei para Carmem, enquanto olhava para o lobisomem que aparentava dezenove anos.

*Significa paz em servio.


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Notas finais do capítulo

Noooooossa! Emocionante, não?!

JAMES! Tomem essa bitches! E ainda por cima o bichinho matou Renné! Pediu para morrer, né?

De qualquer maneira foram tantas emoções por aqui... Eu acho que foi um capitulo repleto de ação! Era Emmett e Rose pra lá (eles mereciam), era Edward com Bella (Aêêê!), era Nessie e Jake (quem ficou surpreso =P?), era Jasper atiçando os outros a se pegarem... Enfim, "romance" não faltou aushauhsa'

Eu tenho certeza que depois desse capitulo Alice ganha o titulo de empata foda do ano! Por que ela ferrou a vida de todo mundo até do pobre Jasper (já pensou se pensam que ele é frio na cama =O?). Mas ela serviu para mostrar o quanto é importante para o clã, algo sai do trilho e ela já entra em alerta! Viu como os Cullen's tem todo um pré-plano para emergência?

Não posso termina minha nota final sem falar da protagonista da historia, certo? Pois bem, Bella começou o capitulo com um clima e terminou em outro estado de espirito. Eu escrevi tudo isso para simplesmente falar, que sim, ela é fria, mentirosa e é realmente forte. Mas Bella ainda tem humanidade dentro de si, ela definitivamente não é de ferro.

Então eu termino o capitulo com Jane, Carmem, Nessie e um lobisomem que salvou a vida da mesma de outro lobo. Jane fala que ele é um Kruschev, que merda isso significa vocês vão descobrir depois!

Teorias???

Até mais!

Maça ;*