Life Ways escrita por Vic Teani


Capítulo 9
Nuvens negras no horizonte...




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  A porta do luxuoso quarto foi aberta.
  Uma garota de aproximadamente dezesseis anos entrou no quarto.
  Seus cabelos eram ruivos cortados de um modo exótico, usava uma blusa roxa aberta na parte debaixo, mostrando o umbigo, e um short curto.
  Usava óculos frágeis, que na verdade eram mais para o visual, visto que só precisava deles para ler.
  Mas ela nunca os tirava. Não, deis do dia em que aquele garoto a havia elogiado...
  Ela foi tirada de seus devaneios pelo homem alto parado em frente a ela.
  Seu sorriso era puramente malicioso. Como ela odiava aquele rosto.
  O odiava hoje e sempre o odiou, desde aquele dia, tantos anos atrás, em que ele se aproximou dela, dizendo ser sua salvação.
  Como ela foi idiota de acreditar naquelas palavras vazias. Como ela se deixou enganar por aquele homem que só queria se aproveitar dela de todas as maneiras.
  - A quanto tempo, minha querida – ele disse se aproximando dela e a beijando.
  Ela não retribuiu o beijo.
  - Você está mal humorada hoje? – perguntou ele – Não tem problema, eu lhe não vou te fazer mal. Alguma vez eu já lhe fiz?
  Ele tinha coragem de dizer aquilo. Cada dia deis que ela se juntara a ele tinha sido de puro sofrimento. Dor, no começo era tudo o que ela sentia. Quando a dor passou, ela passou a sentir uma tristeza enorme. Triste por ser burra, por ter se deixado enganar. E então, a raiva, raiva daquele homem que abusava dela, raiva daquele homem que poderia matar uma pessoa com um sorriso no rosto.
  Ela queria matá-lo. E sem dúvida ela o faria, assim que ele cumprisse sua parte.
  - Vamos, Karin, eu não quero esperar. Além disso, hoje temos um amigo – ele apontou para Kabuto, que sorria maliciosamente.
  Esse era outro que ela odiava. Tão cruel quando o outro, tão sínico, tão desprezível.
  Orochimaru a beijou mais uma vez, tocando seu seio e o apertando com força.
  A menina quis gritar, mas e conteve. Aquilo era só o começo, ela não poderia se mostrar fraca. Além disso, era o que ele queria. Ele queria vê-la gritar, pedir por socorro. Como ele achava aquilo delicioso.
  Ele abriu o botão de sua blusa, revelando um sutiã preto.
  Ela sentiu o outro se aproximar dela por trás e arrancar com força a camisa, jogando-a no chão. Ele colocou os lábios no pescoço da garota e suas mãos percorreram o corpo dela.
  Ela odiava aquilo. Odiava os dois. Odiava ter que fazer uma coisa tão suja.
  Mas valia a pena. Por que um dia, ela iria se reencontrar com aquele garoto. Em um dia que não estava longe, eles cumpririam a sua parte do trato e fariam ela vê-lo novamente. E isso fazia tudo valer a pena.
  Os dois homens a tocavam, mordiam e beijavam. Já estava em suas roupas intimas e eles ainda vestidos.
  Ela sentia as ereções dos dois roçarem em suas pernas. Ela queria se ver livre deles, ela queria jamais ter isso com ele.
  Mas agora era tarde demais. E ela teria que continuar, para reencontrá-lo. Para fazer tudo aquilo valer a pena.
  Várias manchas vermelhas já apareciam em seu corpo, fruto dos gestos nada delicados daqueles dois.
  Mas ela não se daria por vencida. Não agora que estava tão perto de conseguir o que queria.
 
  O sinal havia tocado. Os alunos saiam apressados das salas.
  Só haviam sobrado três pessoas sentadas naquelas cadeiras.
  - Podem ir na frente – disse Sasuke, para Shikamaru e Ino.
  Os dois saíram, deixando o moreno sozinho.
  Ele guardou as coisas pacientemente na mochila e se levantou.
  Andou pelos corredores agitados do colégio e finalmente chegou ao portão principal.
  E então, ele viu. O conversível vermelho, parado em frente a porta.
  O homem que o olhava dentro do carro.
  Ele queria dar meia volta e correr, mas não podia. Ele tinha que enfrentar aquilo.
  Não, definitivamente não faria como ele. Não iria fugir, como aquele homem fugiu quando a família foi morta.
  Sasuke andou lentamente até o carro, abriu a porta e entrou.
  - Finalmente apareceu. Estava preocupado – disse o mais velho.
  - Não estava – disse ele, sem olhar para o irmão.
  - Sasuke, não pode ficar com ódio de mim para sempre...
  - Por que não?! – ele disse – Você nunca me deu um único motivo para gostar de você! Eu nunca te conheci de verdade! Você fugiu quando eu era um bebê, abandonou a família! Eu só te conheci pelo o que os meus avós falavam, e agora você resolve aparecer para tirar de mim a empresa da família!
  - Sasuke, eu não...
  - Cale a boca! – ele disse, e então saiu do carro, batendo a porta.
  - Ei, você tem que ir para casa...
  - Eu vou! – falou o mais novo, sem olhar para trás – Mas sem você!

  - Consegui! – disse a menina de cabelos rosados, olhando para a folha que havia recebido de sua professora – Naruto, Kiba, eu consegui! Entrei para o colégio particular!
  - Parabéns! – disse o loiro, sorridente.
  - Eu ainda acho que isso não importa – resmungou Kiba.
  -Ah Kiba! – disse a garota, fazendo cara de emburrada – É importante pra mim, você não pode ficar nem um pouco feliz?
  - Deixa ele – disse Naruto – ele anda mal humorado esses dias.
  Sakura olhou para o amigo moreno, preocupada. De fato, havia algum tempo que Kiba ficava horas olhando para o nada, perdido em pensamentos.
 
  O homem moreno estava sentado em frente ao computador, digitava rapidamente e não tirava os olhos da tela.
  - Se não pode ir até os arquivos, faça eles virem até você – ele disse, dando enter.
  Ele se referia aos artigos secretos de Danzou, que ele mantinha em sua sala, em um cofre que ninguém sabia a localização. Ali ficavam os arquivos dos mais procurados, os mais perigosos. Se Danzou escondia alguma coisa, ela estaria ali.
  Havia sido extremamente difícil burlar os vários programas de segurança que estavam protegendo os arquivos, mas ele havia conseguido.
  Finalmente, após tanto tempo, ele entrou nos arquivos daquele homem.
  Olhava maravilhado as letras que apareciam na tela, todos os segredos que ninguém mais sabia.
  Enxugou o suor da pele pálida e foi até o banheiro. O curto cabelo negro estava desarrumado. Ele abaixou a cabeça e jogou água no cabelo, e passou um pente de modo desleixado.
  Ele não descuidava da aparência, mas naquele momento, aquilo não importava.
  Lavou o rosto e o enxugou, voltando então aos arquivos que havia descoberto.
  Colocou o pen-drive no laptop e com um clique, todas aquelas fichas criminais, todos aqueles relatórios, tudo, estava sobre seu poder.

 


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