Life Ways escrita por Vic Teani


Capítulo 16
Interrogados - Season Two


Notas iniciais do capítulo

Olá! Um pouco atrasado, retomei a fic! Esse capítulo foi betado pela minha amiga Aline.
Então, espero que gostem... Ah, já comecei a escrever o próximo capítulo!



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  - Você se lembra do aluno Sasuke Uchiha?
  “Como não lembrar?” pensou Tsunade, percorrendo a pequena sala com os olhos. O cômodo era pequeno, mas aconchegante.
  Um curto corredor de madeira levava a uma porta simples, do mesmo material. Esta, por sua vez, dava para aquela pequena sala, que era mobiliada apenas com uma mesa e duas cadeiras de cada lado desta, um grande arquivo na parede esquerda e um quadro do período Heian à direita. Uma luz amarela garantia a iluminação da sala juntamente com um abajur sobre a mesa e uma luminária focada no quadro.
  - Sim. – respondeu, voltando os olhos para Danzou.
  - A senhora consegue pensar em algum motivo para que ele tenha sido seqüestrado?
  -Não. – disse e ficou pensativa por alguns segundos. – Porém, pensando bem, ele tem um sobrenome de peso, então se tivesse que apostar; diria que a rivalidade entre a corporção Uchiha e outras empresas possa ter sido o motivo.
  - Entendo. – Danzou se calou, pensativo, analisando a mulher de cima à baixo. - O nome Orochimaru significa algo para você? – ele questionou, após alguns instantes de silêncio. A loira foi pega de surpresa, mas instantes antes que a emoção chegasse ao seu rosto e se tornasse evidente, ela se recompôs, permanecendo fria. Medindo cuidadosamente as palavras, prosseguiu:
  - Eu o conheço, apesar de não tê-lo visto pessoalmente.
  - E de onde o conhece? – perguntou Danzou. Apesar dele ter sido completamente frio, Tsunade viu um brilho de excitação no olho que não estava coberto por faixas.
  Aquele homem não era seu inimigo, porém, havia algo nele que ela não gostava.
  - Como já disse, nunca o vi pessoalmente. Só o conheci por cartas. Ele conheceu um amigo meu em uma viagem. Eles ficaram amigos e me escreveram algumas vezes. E só. É tudo o que eu sei.

  - Senhor, pode me contar como conheceu o criminoso Orochimaru?
  O homem grisalho odiava aquelas formalidades, principalmente estando na presença de alguém conhecido.
  - Você mudou. – constatou Jiraya.
  - Por favor, vamos manter a natureza formal da situação. – cortou Danzou.  
  Jiraya o analisou, pela terceira vez desde que entrara na pequena sala
  . - Já que insiste – disse ele, dando de ombros – Se quer saber, conheci Orochimaru em uma viagem para Tóquio, há alguns anos. Ele veio até mim dizendo ter um bom material para meus livros. – Jiraya repensou as próximas palavras – Em troca, ele queria que eu o ajudasse em sua pesquisa.
  Danzou prendeu a respiração. “Chegamos ao ponto”, pensou Jiraya, notando o quase imperceptível fator.
  - E qual seria essa pesquisa?

  - Mitarashi Anko – disse Danzou, quase sorrindo; um sorriso não de felicidade, mas de vitória – Você já conhece esse lugar, não é?
  - Não esperava ter que olhar essa sua cara feia de novo, Danzou.
  - Ora, seja educada, a senhora está na presença de uma autoridade.
  - É incrível como qualquer um chega no poder hoje em dia. – ela praticamente cuspiu as palavras. Danzou deixou o sorriso estampar seu rosto.
  - Vamos direto ao ponto, então? – ele disse – Muito bem. Quero que você me diga exatamente quais são os planos de Orochimaru.
  - Eu sei tanto quanto você. Debandei do grupo dele há anos.
  - Não esperava que você me dissesse o que ele tem em mente agora – disse Danzou – Eu acredito que ele planeja hoje exatamente a mesma coisa que há seis, oito ou dez anos atrás.
  Anko piscou, um pouco atordoada.
  - Você está falando das pesquisas genéticas?
  Foi o ápice. Danzou respirou fundo, e por dentro ele sentia um êxtase jamais imaginado. Não foi preciso que Danzou falasse para que ela entendesse que havia chegado ao ponto.
  - As pesquisas genéticas de Orochimaru...Você deve saber que ele não saia gritando seus segredos aos quatro ventos, não é?
  - Sim, eu sei disso, criança – disse Danzou, e Anko conteve o impulso de quebrar a cara dele. – Mas sei também que você era uma das poucas em quem ele confiava.
  A mulher soltou um suspiro.
  - Entenda, Orochimaru não confia plenamente em ninguém. Só sei de poucas coisas, e a maior parte deve ser irrelevante.
  - Por que não me fala um pouco dessas coisas “irrelevantes”?
  - Você nunca vai desistir, não é? – disse ela, meio que dando de ombros.
  - Desistir? É uma vida inteira dedicada à isso, querida, não posso simplesmente desistir.
  - Muito bem, falarei de uma vez, depois irei embora e você me deixará em paz, okay?
  - Como quiser. – Danzou sorriu, sabendo que era uma promessa vazia.
  - Ninguém sabe o objetivo exato das pesquisas de Orochimaru – começou Anko. – O que eu posso dizer é que ele reúne cobaias de tempos em tempos. Ele até mesmo obteve resultados realmente assustadores, mas não era o que queria, pois eles não o deixaram satisfeito.
  - Que tipo de resultados seriam esses? – Danzou quase tremia de ansiedade. – O que Orochimaru conseguiu?
  Anko estremeceu.
  - Coisas realmente assustadoras. Você não iria... Ah, o que eu estou dizendo, você vai acreditar, não é?
  - Se não fosse acreditar, não estaria me dando ao trabalho de falar com você.
  - Enfim – ela murmurou. – Quando vi os primeiros resultados, só acreditei porque estava bem diante dos meus olhos, lembrando agora, parece ainda mais surreal... Como qualquer experimento, teve suas falhas, várias das “cobaias” morreram... Outras ficaram muito agressivas e tiveram que ser sacrificadas. Algumas foram engaioladas, como monstros, o que, na verdade, elas acabaram se tornando.
  - E o que ele usava como cobaias?
  Anko balançou a cabeça, se recusando a reviver aquelas lembranças.
  - Vamos, eu preciso saber – Danzou apoiou um braço na mesa e se inclinou para a frente. – Eu preciso saber tudo o que eu puder!
  - Eu... Eu não posso! Não posso...
  - Fale! – ele bateu na mesa, fazendo ecoar o barulho no pequeno aposento.
  Anko olhou-o, os obres marejados, implorando, silenciosamente, do fundo de sua alma para não precisar transformar em palavras as imagens que invadiam sua mente, saindo dos cantos mais obscuros de sua memória.
  - Entenda, não posso fazer isso! – ela exclamou – Eu pensei que poderia, depois de todos esses anos, mas simplesmente não...
  - Fale, desgraçada! – ele gritou, fazendo-a pular na cadeira – Fale logo, e depois, se quiser sair daqui e morrer, faço-o!
  Ela lhe lançou um olhar de profundo ódio, mas ele não se abalou. A adrenalina corria nas veias daquele homem; aquela resposta era para ele tão necessária quanto uma droga.
  - Crianças! – ela gritou. – Crianças, pequenas e indefesas. – uma lágrima escorreu pelo seu rosto – É o que queria saber, seu velho maldito? Então durma bem essa noite pensando nisso!
  Derrubando a cadeira, ela se levantou e saiu correndo da sala, deixando a porta aberta. Danzou, que havia prendido a respiração durante toda a cena, soltou um suspiro e riu baixinho, sentando-se em sua cadeira.
  - Senhor Danzou, está tudo bem? – perguntou um homem, entrando depressa na sala. – Eu vi uma mulher correndo...
  - Está tudo bem, Shikaku. – interrompeu Danzou.
  – Onde ela está?
  - A mulher? Yamato está tentando acalmá-la.
  - Libere-a. Ela não está em condições de prosseguir. Se necessário, ela voltará aqui futuramente.
  Acatando a ordem, o policial se retirou.

  Os alunos mais uma vez lotavam a entrada do colégio. No meio do tumulto, o homem de cabelos acinzentados passava despercebido.
  - Até segunda, Sasori-sensei! – despediu-se Tenten, acenando para o professor ruivo. Ele sorriu para ela e retribuiu o aceno, contudo seu sorriso sumiu ao ver uma pessoa conhecida parada próxima ao portão.
  Ele andou apressado na direção do homem de cabelos cinzas e o puxou pelo braço até que ficassem fora de vista.
  - Kabuto, o que está fazendo aqui? – indagou. – Quer estragar tudo?


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