Blackwhite escrita por carol_teles


Capítulo 26
I Loved, Love And I Will Always Love You.


Notas iniciais do capítulo

Geeente! Finalmente o capitulo que todos esperavam! Sinto muito pela demora. Aconteceram alguns imprevistos e só pude postar agora. Mas acho que vai valer a pena quando acabarem de ler esse capitulo. Não posso falar muito agora porque tenho aula daqui a pouco, então vou me despedir aqui. Aproveitem e por favor, me digam através de reviews o que acharam. ^^



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…:Normal POV:…

– Nós vamos cuidar das coisas aqui, Ikuto. Leve a Amu-chan. Ela deve estar cansada. – Nagihiko sorri gentilmente para a garota que não havia deixado o lado do rapaz de cabelos azulados por um único momento. Apesar de que isso provavelmente era culpa do mesmo, que não havia largado a mão dela por um único segundo.

Ikuto apenas acenou com a cabeça e olhou para a garota a seu lado, apertando sua mão com firmeza e a guiando em direção a sua moto. Ele não podia descrever o que havia sentido ao ver aquele garoto a arrastando pelo braço. Mas ele tinha certeza absoluta do que havia sentido quando viu a faca contra o delicado pescoço dela. Medo. Terror. Ele tinha se sentindo insanamente aterrorizado ao ver os olhos da garota repletos de medo. Naquele momento, ele pensou o que faria sem ela. Como ele teria forças para se levantar todos os dias e ir para a escola. Como ele iria encarar sua irmã, seus amigos, seu pai. Era verdade que ele viveu esses últimos meses afastado dela. Mas era uma coisa viver afastado sabendo que ela estava bem e segura e outra, completamente diferente, viver sabendo que nunca mais poderia ver o rosto dela. Que nunca mais ouviria a risada dela, veria o sorriso dela, escutaria a voz dela chamando seu nome.

– Ikuto? – a garota o chamou novamente, hesitante. Será que ele estava bem? Ele estava parado em frente a moto havia minutos, simplesmente a encarando. Ela tocou no braço dele e sorriu ao ver ele voltar a si. Ela esperou enquanto ele pegava o capacete reserva de sua moto e gentilmente o colocou em sua cabeça. Então ele a ajudou a subir na moto, subindo imediatamente em seguida. Ela colocou os braços ao redor da cintura dele e fechou os olhos ao sentir uma das mãos dele em cima das suas. Ele estava ali agora. Ele a protegeria. Ela estava segura.

Amu só voltou a abrir os olhos quando ouviu Ikuto desligar a moto e se afastar dela, descendo da moto. Ela olhou ao redor, surpresa ao perceber que estavam em sua casa. Então percebeu o que iria acontecer. Ele a deixaria ali e iria embora. Como fez no dia dos namorados. Ela piscou, tentando impedir que as lágrimas que haviam se formado caíssem por seu rosto. Por que ela insistia em ter esperanças? Por que ela insistia em sofrer daquele jeito, em continuar acreditando que tudo era só um grande pesadelo e que Ikuto ainda a amava. Estúpida. É o que ela era.

– Amu. – ela virou a cabeça rapidamente ao escutar o rapaz chamando seu nome e fechou os olhos com força enquanto ele tirava seu capacete. Imediatamente, ela levou as mãos ao rosto, fingindo estar coçando os olhos enquanto limpava suas lágrimas. Ela parou subitamente ao sentir as mãos deles segurando as suas e afastando-as de seu rosto. Ela observou, confusa e assustada, enquanto ele colocava suas próprias mãos em seu rosto e acariciava suas bochechas, limpando as lágrimas. Ela fungou e o rapaz sorriu, fazendo o coração da garota acelerar.

Ele se afastou, esperando ela descer da moto e assim que o fez, ele segurou sua mão, começando a andar em direção ao apartamento da garota. Ela simplesmente o seguiu, não ousando falar nada com medo de que ele fosse embora. Quando ele finalmente abriu a porta do apartamento dela e entrou, ela pode voltar a respirar normalmente. Ela entrou e rapidamente fechou a porta, tentando se convencer de que aquilo o impediria de ir embora. Então ela escutou o barulhos de vidros batendo um no outro e foi até seu quarto, olhando para os lados e procurando o rapaz.

– Ikuto? – ela chamou, sorrindo ao vê-lo aparecendo na porta do banheiro, segurando um kit de primeiros socorros em sua mão. Ela o observou, confusa. O que ele queria com aquilo? Será que ele havia se machucado?

– Venha aqui. – ele falou suavemente, tão suavemente que quase não pareceu uma ordem. Ela obedeceu silenciosamente e se sentou ao lado dele na cama.

– O que foi Ikuto? Você está machucado? – ela perguntou gentilmente. Ela quase gritou ao sentir ele segurando sua mão de repente, mas se conteve. Ela observou enquanto ele procurava algo dentro da caixa quietamente e ela se perguntou por quê ele não estava falando nada. Será que ele não queria saber por que ela fora sequestrada? Se eles tinham feito alguma coisa com ela?

Ela olhou para baixo ao sentir algo frio em seu pulso. Seus olhos se arregalaram ao ver a vermelhidão de seus pulsos e se perguntou como ela não havia sentido nada. Aquilo deveria estar doendo muito, mas ela não sentia nada. Só conseguia sentir os dedos de Ikuto massageando e espalhando o creme em seu pulso gentilmente. Então ela percebeu o estado da mão do rapaz. Apesar de estar limpa agora (ele provavelmente havia lavado as mãos no banheiro), as juntas de seus dedos estavam muito machucadas. Ela imaginou o quanto ele havia socado os capangas do Akira antes de encontrá-la.

Ela tirou suas mãos das dele, fazendo-o encará-la. Ignorando, ela pegou o pequeno vidro de remédio do kit, bandagens e cortou dois pedaços de esparadrapo. Ela segurou a mão dele firmemente ao sentir ele tentar se afastar.

– Você está machucado Ikuto. Deixe-me tratar você. – ela pediu suavemente, olhando-o diretamente nos olhos. Quando ela sentiu que o rapaz não resistiria mais, ela se concentrou no seu trabalho. Eficientemente, ela cuidou da primeira mão dele, limpando os ferimentos, colocando o remédio e enfaixando aquela parte de sua mão, mas tendo cuidado para não impedir os movimentos dele. Quando ela estava já na metade do processo na outra mão, ela sentiu algo quente em sua mão. Franzindo os olhos, ela parou e olhou para sua mãos, vendo uma gota de água. Confusa, ela começou a olhar para cima, quando viu outra gota caindo em sua mão. Seguida de outra e mais outra. Então finalmente compreendeu o que eram. Não era gotas d’água. Eram lágrimas. Lágrimas de Ikuto.

– Ikuto! – a garota o olhou, alarmada. Por que ele estava chorando? – O que foi? Eu machuquei você? Me desculpe!

– Não… - ela se aproxima, tentando escutar o que ele estava falando – Não peça desculpas para mim. Não… faça isso. – o garoto a olha, seus olhos brilhando com as lágrimas que ainda não haviam caído.

– Ikuto… - a garota murmura, sem saber o que falar ou fazer – Por que você está chorando, então? Por favor, me diga.

– …Eu amo você. – ele sussurrou suavemente. – Eu amo você, Amu.

– E-eh? – a garota se afastou, assustada. Ele… Será que ele tinha mesmo falado aquilo? Ou será que ela havia imaginado tudo? Talvez aquilo tudo fosse um sonho e ela ainda estava no galpão. Não tinha a menor chance de ele ter falado aquilo. Não mesmo.

– Eu amo você, Amu. Mais do que qualquer coisa.

– Pare! – a garota grita, seus olhos começando a lacrimejar – Por que você está falando isso? Por que você está fazendo isso comigo?!

– Eu amo você, Amu. – ele repete, olhando para ela. Sempre olhando para ela.

– Para de dizer isso! – ela grita, levantando-se – Para de mentir para mim! Eu pensei que a gente era amigo. Amigos não mentem um para o outro.

– Eu não estou mentindo, Amu. Eu amo você. – ele se levanta, andando até ela, mas parando ao ver ela se afastando.

– Eu estou alucinando. Só pode ser isso. Eu ainda estou no galpão e…

– Amu. – ele a interrompe, segurando as mãos dela nas suas – Eu sinto muito. Eu machuquei você. Eu quebrei seu coração e eu sinto tanto por isso. Mas eu… eu tinha que fazê-lo. Eu tinha que proteger você. Eu tenho que proteger você.

– Como diabos você protege alguém machucando eles, Ikuto?!

– Se eu não… Se eu não tivesse falado aquelas coisas… Você não teria se afastado de mim, Amu. Eu precisava que você se afastasse de mim.

– Claro que você precisava! – ela grita, desvencilhando-se das mãos que a seguravam – Porque eu só era uma aposta! Uma DROGA de uma APOSTA! Porque você não me amava e nunca me amou!

– Não, Amu. Eu precisava que se afastasse de mim porque eu a amava. E porque eu a amava, amo, eu precisava protege-la. E o único meio de fazer isso era afastando você. Ter você me odiando era o único meio mantê-la longe de mim. Se eu pudesse ter feito isso de outra maneira, qualquer outra maneira, eu teria feito.

– … Okay então. – ela cruza os braços, ainda furiosa e claramente não acreditando nele – Do que você estava me protegendo, então, Sr. Herói?

– Você não soube Amu, mas já faz meses que o Akira vem sequestrando as pessoas.

– E-eh?

– Ele sequestra a namorada, os irmãos, os amigos; ele sequestra qualquer um que seja próximo de você e os usa para chantageá-lo. Ele tem feito isso com todas as gangues principais. Ele matou a irmã de um dos meus e fez tudo parecer um acidente de carro. Tudo isso para me atingir. E você… Você, Amu, é o que eu tenho de mais precioso. A única garota que eu já amei e provavelmente, a única que eu vou amar. Eu não podia… Eu não podia arriscar perder você. Então eu menti. Menti para você. Disse a você coisas terríveis para que você nunca mais quisesse me ver. E você acreditou tão facilmente. – ele segurou a mão dela, usando sua outra mão para segurar seu rosto – Tão facilmente Amu.

– O que você queria que eu fizesse então, Ikuto? Gritasse? Esperneasse?

– Sim! Eu queria que você gritasse, me batesse, fizesse um escândalo me pedindo para eu não deixa-la. Depois de tudo que eu havia lhe dito na roda gigante… sobre como eu amava você mais do que tudo e todos, você aceitou tudo tão facilmente que me fez querer gritar com você. Eu quase fiz.

– Por que não gritou?

– Porque eu sabia que se eu fizesse, se gritasse, eu nunca mais teria coragem para fazer aquilo. Deus, eu sequer sei como eu consegui fazer. Mas eu fiz.

– Mas não funcionou. Ele ainda me sequestrou.

– Teria funcionado se ele não tivesse roubado. Eu tinha tudo sobre controle. Haru estava seguindo você e a protegend…

– O que?! – ela gritou, incrédula – Então o garoto que está me seguindo há semanas é por sua causa?!

– …Sim. Apesar de eu estar com um pressentimento que eu não devia ter falado isso. – ele sorriu levemente.

– Não devia mesmo! – ela fala, cruzando os braços, mas o rapaz pode ver a sombra de um sorriso em seus lábios – Caramba, eu não acredito! Por que diabos você mandou ele me seguir?

– Proteção. Você ficaria surpresa com o tanto de vezes que ele se livrou de fotógrafos para você, Amu.

– … Bem, eu acho que devo agradecê-lo por isso.

– Sim.

– Mas ainda não é desculpa para você mandar alguém me seguindo! – a garota bufa.

– Eu sei. Desculpe.

– … Quando?

– Eh? – ele a olha, sem entender.

– Desde quando ele está me seguindo? – ela pergunta, séria.

– …Desde que eu terminei com você.

– Tanto tempo assim! E nem mesmo funcionou! Eu fui sequestrada.

– Ele roubou. – Ikuto acusa, sua expressão se fechando – Ele usou três caras para pegar uma garota. Ele é um covarde.

A garota o olhou por alguns segundos, então se virou, dando as costas a ele. O garoto a observou de onde estava, temendo se aproximar e enraivecer a garota. Ele sabia… Sabia que seria difícil para ela acreditar nele. Para ela perdoá-lo. Pelo amor de Deus, ele tinha partido o coração dela em dois e depois pisado nos pedaços. Nem ele acreditava que seria capaz de perdoar alguém que fizesse isso com ele. Mas Amu não era ele. Ela era… diferente. Ela era gentil. Amorosa. Bondosa. Ela sempre via o lado bom das pessoas. Ela estava sempre disposta a perdoá-los se eles se arrependessem verdadeiramente de seus erros. Era exatamente por isso que ele tinha se apaixonado por ela. Porque ela não se importava com o exterior da pessoa, ou com o tanto de dinheiro ou fama que a pessoa tinha. Ela se importava com o que estava dentro. E se o que estava dentro fosse feio, ela transformava em algo bonito. Assim como ela havia feito com ele.

– … ndo agora? – Ikuto é tirado de seus pensamentos pela voz da garota, que agora estava bem a sua frente, a uma distância suficiente para ele abraça-la e beijá-la.

– O que? – ele pergunta bobamente, fazendo a garota quase grunhir. Por que que ele tinha que ser tão fofo daquele jeito?

– Como eu posso saber que não está mentindo agora? Que isso não é tudo parte de mais uma aposta que você fez?

– Você não pode. – ele responde honestamente – Acho que terá que confiar em mim.

A garota abaixa a cabeça, ficando imóvel por alguns segundos.

– Sabe, Ikuto, quando você… terminou comigo, eu senti uma parte do meu coração sendo arrancada e levada por você. E depois disso… Era como se eu não pudesse respirar direito, ver direito. Eu estava lá, mas não estava. Era como se estivesse vivendo a vida de outra pessoa. Ou um sonho. Eu achava que acordaria um dia e que tudo voltaria ao normal.

Ela parou de falar ao sentir as mãos dele segurando seu rosto e limpando suas lágrimas. Ele não falou nada, mas ela sabia, apenas por olhar nos olhos dele, que ele havia sofrido tanto quanto ela. Talvez até mais do que ela, visto que fora ele quem tivera que machuca-la com todas aquelas palavras, mesmo nenhuma sendo verdade e depois aguentar ficar longe dela sem motivo algum.

– Caramba, eu cheguei a me culpar pelo que tinha acontecido! – ela riu.

– Amu! – ele a olhou, horrorizado – Não foi culpa sua. Nada. Eu fui o único a machucar você. E eu vou me arrepender disso para sempre.

– Você disse que fez para me proteger. – ela murmura, sorrindo – Então tecnicamente não foi sua culpa, não é? Foi do Akira. – Ikuto sorri e finalmente se deixa abraçá-la.

– Eu senti sua falta, Amu. Todos os dias. Eu acordava e me sentia vazio. Eu via você todos os dias na escola, triste, e eu só queria ir até você e abraça-la, pedindo perdão por tudo e implorar para você voltar para mim. Eu via os garotos se aproveitando que você estava sozinha e triste, e iam flertar com você. Eu queria matá-los! Gritar que você era minha. – ela riu com isso. Apesar de tudo, ele ainda insistia com essa história de ela ser ‘dele’ – Não ajudava em nada ter aqueles idiotas toda hora me falando sobre como você e o Kazuma estavam se aproximando.

– … Ele me beijou, sabe? O Kazuma-kun. – ela sussurra no peito dele, olhando para cima.

– Eu sei. E eu não culpo você, Amu. Nem ele… Mas eu realmente queria ficar uns minutinhos a sós com ele e…

– Ikuto! – a garota ri, batendo no peito dele – Você disse que não culpava ele.

– Eu sei. – ele sorri, acariciando os cabelos da garota – Mas isso não significa que eu não tenha morrido de ciúmes quando soube. Eu… vim aqui, sabia? Na noite em que ele beijou você e em várias outras noites. Eu via você todos os dias assim que acordava e depois, na escola, mas… tinha dias que eu não conseguia dormir só pensando em você.

– Ikuto… Espera. Como assim você me vê todos os dias assim que acorda? – a garota o olhou, desconfiada – Você não mandou instalar uma câmera aqui dentro, ne? – o rapaz riu.

– Eu tenho uma foto sua, Amu. Fica do lado da minha cama. E eu tenho várias fotos no meu celular.

– O que você é? Um perseguidor? – ela resmunga, embaraçada, enquanto ele ria – Mas Ikuto… Por que está me dizendo isso agora? Você não quer mais me proteger?

– Você não entende, Amu? Eu não posso viver longe de você. Eu não consigo. Houve várias vezes em que eu quase contei a você tudo, mas a mais perto que eu cheguei foi no hospital. – ele suspira, olhando-a. - Eu quase a beijei. – ele sussurra, olhando fixamente para seus lábios - Eu estava tão perto de beijá-la… Eu queria tanto beijá-la - ele se aproxima, deixando seus rostos a centímetros de distância. Tão perto que ela podia sentir a respiração quente dele em seu rosto, fazendo suas bochechas esquentarem.

– M-mas você não beijou. – ela sussurra, sem conseguir mover seu corpo. Sem conseguir se afastar dele. Caramba, ela sequer sabia como ainda conseguia falar!

– Não, não beijei. Eu me convenci que, enquanto não desse um fim nessa guerra entre as gangues, ser amigos era o suficiente. Ou pelo menos eu tentei me convencer. – ele sorri – Dá para ver que não me sai muito bem nisso. – ele se afasta um pouco, permitindo a garota a respirar normalmente.

Ela o observa por alguns segundos, milhões de pensamentos cruzando por sua cabeça. Ela deveria perdoá-lo? Ou não? E se fosse tudo mentira? E se não fosse? E o Kazuma-kun? Como ele ficava nessa situação? Se ela voltasse para Ikuto, significava machucá-lo. Ela não devia fazer isso. Não devia voltar para o Ikuto. Perdoá-lo? Talvez. Mas voltar para os braços dele? Era errado. Ele havia sido o único que havia destruído seu coração. E se ele fizesse de novo? E se arrependesse disso e terminasse tudo com ela de novo?

Ela o olhou de canto de olho e corou ao perceber que ele também estava olhando para ela. Virando rapidamente, seus olhos pousaram em algo. Bem ali, em cima de sua cadeira, estava a jaqueta de Ikuto. A que ele havia emprestado a ela e depois dado a ela porque ela havia gostado dela. Ela olhou para baixo. A quem ela estava tentando enganar? Ela já sabia o que fazer desde que ele havia falado pela primeira vez naquela noite que a amava.

– Amu? – a garota se virou ao escutar a voz do garoto – Eu sei que isso é muito cruel da minha parte, mas… você me perdoa?

– Eu vou embora. – ela declarou, assustando o rapaz.

– O-o que?

– Eu vou embora, Ikuto. – ela repete – Eu vou embora da sua vida. Você nunca mais vai me ver, nem eu a você. Eu vou esquecer todos os meus sentimentos por você…

– Amu, por favor! – o rapaz se aproxima, desesperado – Por favor, Amu, não! Eu…

– … Se você soltar a minha mão novamente. – a garota o olha seriamente, então olha para baixo, fazendo com que ele também olhasse, apenas para perceber que ela havia segurado sua mão.

Surpreso e confuso, o garoto demorou alguns segundo para entender o que havia acontecido. Então ele olhou para o rosto de Amu e viu o mais belo sorriso que já havia visto em toda a sua vida. Um sorriso de alegria, carinho, perdão e… amor. Foi instintivo. O garoto segurou com firmeza a mão dela, puxando-a contra seu corpo com toda a força que pode, abraçando-a contra si firme, mas gentilmente. Ele colocou seu rosto na junção do ombro com o pescoço dela e respirou fundo, sentindo aquele familiar cheiro de morangos.

– Obrigado… - ele sussurrou contra sua pele, provocando arrepios na garota, que simplesmente o abraçou mais forte – Eu quero beijar você, Amu. – ele declara após um tempo, afastando-se o suficiente para seu rosto ficar frente a frente com o dela.

– Eu também. – ela admitiu timidamente, com suas bochechas vermelhas, fazendo-o sorrir.

– Eu senti falta disso. – ele sussurra, passando seu polegar pelas bochechas dela, instalando uma de suas mãos no rosto dela e a outra na nuca dela. Lentamente, ele trouxe o rosto dela para mais perto e quando seus lábios estavam a milímetros dos dela, ele sussurrou – Eu amo você, Amu. – e então a beijou.

Foi um beijo lento e carinhoso. Os lábios do rapaz se moviam suavemente sob os dela, provando deles. Era um beijo não só de amor, mas de arrependimento, culpa, dor, tristeza e perdão. Ambos colocavam nele tudo que haviam sentido durante o tempo que ficaram separados. A dor da separação. O arrependimento pelas palavras ditas. A tristeza causada pela saudade. O amor e o perdão… que no final foram mais fortes e superaram tudo.

Eles se afastaram devagar, mas continuaram um nos braços do outro. Eles se olharam, sorrindo e Ikuto abaixou o rosto, capturando seus lábios mais uma vez rapidamente. E então outra. E mais outra. A garota ria enquanto ele beijava todos os locais em seu rosto, até mesmo seus olhos. O garoto se afastou após beijá-la mais uma vez na boca e sorriu, acariciando seu rosto.

– Acho que isso foi o que eu mais senti falta. – ele murmura, olhando-a carinhosamente.

– Me beijar? – a garota ergue uma sobrancelha, brincalhona.

– Não. Bem, eu senti falta disso também. – ele sorri maliciosamente, fazendo a garota sorrir – Mas eu quis dizer isso. – ele toca os lábios dela – O seu sorriso.

– Por que? – ela pergunta sem ar, sentindo os efeitos do sorriso do rapaz.

– Honestamente? Eu não sei. - ele balança a cabeça – Eu achava que iria sentir mais falta de provocar você e observar você ficando toda vermelha – ele admite, fazendo com que ela bata no peito dele.

– Ikuto!

– O que? – ele ri.

– Você é mau. – ela fez beicinho, fazendo o rapaz grunhir e puxá-la contra si – Kya!

– Não faça isso, Amu. Faz com que eu queira beijá-la – ele avisa.

– Ninguém está impedindo você, está? – ela provoca. Apesar de embaraçada com suas palavras, ela sabia que queria aquilo. E se Ikuto não o fizesse, ela provavelmente o faria.

– Eu avisei.

Esse beijo era completamente diferente do outro. Enquanto o primeiro beijo havia sido sobre amor e carinho, esse estava tomado pelo desejo e luxúria. Suas línguas batalhavam entre si, entrelaçando-se e explorando a boca do amante. Ikuto sabia para o que aquele beijo levaria os dois, mas ele precisava ter certeza de que Amu sabia. E que o queria. Então ele se obrigou a reduzir o beijo, retraindo sua língua e simplesmente mordiscando e sugando os lábios da garota.

– Não pare, Ikuto. Por favor. – a garota implorou contra a boca dele, sua voz trêmula de desejo.

– Tem certeza? – ele murmurou, seus lábios se movendo contra os dela vagarosamente enquanto ele acariciava as costas da garota.

– Sim…

(N/A: Vai começar um Lemon aqui.)

O garoto se afastou, apenas o suficiente para olhar nos olhos da garota por alguns instantes, então a beijou. Começou lento, quase sensual, e lentamente o garoto foi buscando mais, mordendo o lábio da garota, pedindo-a para abrir a boca o suficiente para ele deixar sua língua encontrar com a dela. Ele a deixou controlar o ritmo, estabelecer os limites para que não se sentisse assustada. Era algo novo para ela, e mesmo que ela estivesse pronta para aquilo, ainda assim era um grande passo na vida dela, deles, e ele queria que fosse especial.

Enquanto ele deixava ela se ocupar com o beijo, ele deixou suas mãos viajarem pelo corpo dela, vagarosamente, explorando, conhecendo os locais que em poucos minutos ele estaria tocando sem o impedimento de roupas. Então quando ele percebeu que ela estava relaxada o suficiente, ele se afastou, abandonando os lábios dela. A garota o olhou, confusa por um momento, então sentiu as mãos dele subindo por seus braços, passando por seus ombros e se juntando entre seus seios, onde começava os botões de sua camisa. Ela corou, percebendo as intenções dele.

Ele notou o vermelho em suas bochechas e sorriu de modo reconfortante para ela, beijando seus lábios suavemente. A garota o olhou e então sorriu, dando permissão. Para a surpresa dela, ele não desviou o olhar do dela por nenhum momento enquanto suas mãos trabalhavam em sua blusa. Ela ficou imóvel enquanto isso, apenas olhando para ele. Quando sentiu o tecido escorrendo por seu corpo, ela abaixou os braços, deixando a blusa cair no chão. Corando ao sentir o vento diretamente contra sua pele, ela conteve o impulso de se cobrir com os braços. Era a primeira vez que ela iria ficar nua em frente de um garoto. Ikuto provavelmente já havia visto corpos muito mais bonitos que o dela, mas naquele momento, ela não se deixou afetar por aquilo. Era com ela que ele estava. E segundo ele, era com ela que ele queria ficar. Aquilo era o suficiente para ela.

– Ikuto? – ela chamou, confusa ao ver o garoto se abaixando. Então ela agarrou o ombro dele, equilibrando-se, quando ele tirou seu pé do chão, para gentilmente tirar seu sapato e sua meia. Ele fez o mesmo com o outro pé e Amu sorriu para o garoto. Ele simplesmente sabia como fazê-la se sentir especial e… amada.

Ele se levantou e a beijou. Apenas um toque de lábios, para lembrá-la que ela ainda estava no controle da situação. Ela agarrou a blusa dele ao sentir suas mãos em sua cintura, descendo lentamente para o zíper lateral de sua saia. Ela inspirou profundamente ao sentir ele desfazendo o zíper, e deixando a saia cair ao seus pés. Ela fechou os olhos com força, em um momento de pânico. Ela realmente estava fazendo isso.

– Amu. – Ikuto chama, percebendo o medo na garota – Está tudo bem. Estou aqui com você. Eu amo você. – ele sussurrou contra sua orelha, abraçando-a. A garota arregalou os olhos ao sentir a pele de Ikuto diretamente contra a sua e se perguntou quando ele havia tirado a camisa. Ela mexeu as mãos que estavam presas entre seus corpos e parou subitamente ao sentir algo. Será que… Aquilo era o coração dele? Batendo tão furiosamente contra o peito dele? Não podia ser. Estava tão rápido. Mais rápido que o dela.

Ela se afastou, levantando o rosto e encontrando os olhos dele, que a encaravam com amor e compreensão. Então ela se sentiu estúpida. Por que ela estava com tanto medo? Ikuto nunca faria nada contra a vontade dela.

Colocando-se nas pontas do pé, a garota puxou o rosto dele até o seu, beijando-o, enquanto o empurrava com o corpo em direção a cama. Antes que Ikuto pudesse perceber o que estava acontecendo, Amu o empurrou de leve com as mãos, colocando força o suficiente para que ele caísse deitado na cama. Ela sorriu ao ver a expressão surpresa no rosto dele. Subindo em cima dele, a garota só parou quando seu rosto estava de frente para o dele. Então ela o olhou por um segundo e sorriu para ele. Não um sorriso qualquer, mas o sorriso malicioso que ele sempre mostrara para ela.

– Pervertida. – ele sussurrou, roubando um beijo dela enquanto virava seus corpo, ficando por cima dela.

– Aprendi com o melhor. – ela sussurrou de volta, fazendo-o sorrir o mesmo sorriso que ela o havia mostrado.

– Ainda tem muito o que aprender. E eu terei prazer em ensiná-la. – ele murmurou sensualmente contra a orelha dela, beijando seu lóbulo e sorrindo ao sentir ela estremecer contra si.

Lentamente, ele foi beijando toda a extensão de seu pescoço, dando mais atenção a alguns locais que ele sabia que eram mais sensíveis na garota. Ele sequer podia começar a descrever o que sentira ao ouvir o primeiro gemido escapar dos lábios da garota. Ele havia beijado bem atrás da orelha dela e quando havia sugado um pouco a pele logo abaixo, a garota havia gemido sensualmente em seu ouvido, suas mãos agarrando o cabelo dele. Ele sorriu. Com certeza arrancaria mais daqueles até o final da noite.

Continuando seu caminho, Ikuto deixou uma trilha de beijos desde seu pescoço, descendo por entre seus seios, até seu abdomen. Ele ignorou a constrição em suas calças, preferindo se concentrar na garota embaixo de si. O jeito que ela o observava, como ela acariciava seus cabelos e os puxava quando ele a fazia se sentir bem, o jeito como ela fechava os olhos e soltava pequenos gemidos ao sentir os lábios dele contra sua pele, mordiscando sua pele, sugando-a e depois beijando-a, para logo em seguida ele se focar em outro local de seu corpo e fazê-la se perder novamente nas sensações.

Ikuto fez o caminho de volta até os lábios da garota, tomando-os para si enquanto puxava uma das pernas da garota para sua cintura, prendendo-a lá e usando o peso de seu corpo para virá-los. Tão logo ele conseguiu ajeitar suas posições, ele usou um de seus braços para se erguer, enquanto usava o outro para manter a boca de Amu colada na sua. Sentado, ele abandonou os lábios da garota, descendo por seu pescoço, enquanto suas mãos subiam pelas costas dela. Quando ele sentiu o fecho contra seus dedos, parou por um instante, e então o desfez.

Amu estava distraída com os beijos do rapaz quando sentiu o fecho de seu sutiã abrir. Instintivamente, ela fechou os braços, impedindo a peça de cair. Ikuto a abraçou, beijando seu ombro enquanto esperava. Logo, a garota se afastou dele, criando espaço suficiente para que ele pudesse puxar as alças do sutiã por seus braços e tirá-lo dela, jogando-o em algum canto do quarto. Ela o observou enquanto ele olhava para a parte recém despida. Era quase engraçado o jeito que ele encarava seus seios fixamente, como uma criança quando vê um doce.

Sentindo-se corajosa, a garota beijou os lábios do rapaz, pegando uma das mãos dele e colocando-a em cima de seu seio esquerdo. Ele a olhou, surpreso, então sorriu ao ver a expressão embaraçada no rosto dela. Depositando um beijo suave em seus lábios, ele apertou o seio em sua mão, massageando-o. A garota gemeu alto contra sua boca e se afastou, chocada com o barulho que havia saído de si.

Enquanto isso, Ikuto sorria, satisfeito com a reação dela. Logo, ele concentrou toda a sua atenção nos seios dela, massageando-os, beijando e mordiscando seus mamilos, para em seguida suga-los com força, arrancando gritos da garota, que só podia se segurar no rapaz e se deixar perder nas sensações. Tudo era tão intenso. Era como se Ikuto estivesse em todos os lugares ao mesmo tempo. Suas mãos estavam sempre viajando pelo torso dela, algumas vezes descendo para acariciar suas pernas e maliciosamente apertar uma de suas nádegas. E sua boca… Deus, sua boca… Ele podia fazer maravilhas no corpo dela com ela. Amu nunca havia apreciado tanto a habilidade de Ikuto com ela e ela se perguntava o que mais ele podia fazer. Seja beijando, mordendo, lambendo, sugando, o garoto simplesmente sabia onde, como, e quando tocá-la.

Todos os seus sentidos estavam focados nele. Nas suas mãos, nos lábios dele, em sua língua, no locais em que suas peles nuas e quentes se encontravam, na sensação do cabelo dele roçando contra sua pele enquanto ele brincava com seus mamilos com sua boca, na sensação dos lábios deles se esticando em um sorriso satisfeito cada vez que ela gemia em prazer. Tudo era tão prazeroso. Tão… erótico.

– Ikuto… - ela gemeu contra a orelha dele ao senti-lo descobrir outro local em que era sensível e quase gemeu novamente ao sentir o corpo dele estremecer contra o seu.

– Amu… - ele beijou seu pescoço – Você é tão linda… Tão macia… - ele continuou os beijos, deixando outra trilha por seu corpo – Tão… deliciosa. – ele capturou seus lábios em outro beijo apaixonante, deixando a garota sem ar, enquanto suas mãos, mais uma vez, exploravam seu corpo.

Ele sorriu ao sentir ela arqueando seu corpo em direção a suas mãos. Ela era tão responsiva… O jeito que movia seu corpo contra o seu, roçando suas peles, como mexia seus lábios contra os seus, como suas mãos o tocavam gentilmente, acariciando seu peito e mandando pequenos choques por sua coluna. Tudo só fazia com que ele quisesse devorá-la de uma vez.

– Ikuto… Por favor… - a garota implorou. Pelo que? Ela não sabia. Só sabia que o que quer que fosse, tinha que conseguir agora. Ou enlouqueceria.

Ikuto entendeu o que a garota queria, apesar de ela não saber. Ele nunca havia sonhado, nem em seus sonhos mais selvagens, que chegaria o dia em que Amu o imploraria para ele tocá-la… . E como o cavalheiro que era, ele não podia deixar uma dama esperando, não é?

Tão devagar quanto pode, Ikuto foi deslizando seus dedos pelo corpo da garota, acariciando, e quando estava perto de seu alvo, ele conseguiu diminuir mais ainda a velocidade de seus movimentos, fazendo a garota em cima de si grunhir, impaciente. Gentilmente, ele desfez os laços que prendiam a calcinha rendada ao corpo da garota, jogando-a longe, então deixou seus dedos explorarem o novo local. Ele gemeu contra o pescoço dela ao sentir seus dedos finalmente alcançarem o seu alvo. Deus, ela estava tão molhada… Tão convidativa. Ele queria prova-la. Mas não agora. Não. Era hora de dar algum… alívio a garota.

Usando seu braço livre para segurar a cintura da garota, ele penetrou um de seus dedos dentro dela, escutando o pequeno suspiro que ela soltou em seu ouvido. Sorrindo maliciosamente, ele mexeu seu dedo algumas vezes, permitindo que ela se acostumasse com a invasão. Quando sentiu que ela estava relaxada o suficiente, introduziu outro e dessa vez ela gritou, perdendo seu fôlego por um instante, sua respiração acelerada, de modo que cada vez que inspirava e expirava, seus seios subiam e desciam de forma tentadora na frente de Ikuto.

Ele começou a mover seus dedos devagar dentro dela, investigando ao local, enquanto se distraia com os seios a sua frente, agarrando um deles em sua boca. Ela estava quente, úmida e o melhor de tudo, bem apertada. Ele quase conseguia imaginar seu membro ali dentro, movendo-se, fazendo-a gritar em prazer e levando-a a um orgasmo que ela nunca mais esqueceria. Ele mal podia esperar. Mas primeiro, tinha que prepará-la.

Amu estava enlouquecendo. O garoto simplesmente não sabia o que estava fazendo com ela mexendo os dedos dentro dela daquele jeito. Será que ele não podia ver o quanto ela estava desesperada? Era tanto prazer acumulado que chegava a doer. No começo, Amu havia se assustado quando tinha sentido os dedos do garoto tocando-a em sua feminilidade. Mas então ele havia mexidos eles… Deus, fora a melhor sensação que tivera em toda a sua vida. Ela queria aquela sensação de novo. Então ela tomou a situação em suas próprias mãos. Se Ikuto não a ajudaria, ela mesma o faria.

Aliviando o peso de suas pernas, ela deixou seu corpo cair contra os dedos dele. Gemendo contra o pescoço dele ao sentir seus dedos irem mais fundo, ela ignorou o grunhido do garoto, insatisfeito por ter perdido sua diversão. Distraindo-se com o pescoço e os cabelos de Ikuto, Amu começou a se mover para cima e para baixo, mantendo o ritmo, mudando a posição de seu quadril de acordo com o movimento dos dedos dele dentro de si.

Ela estava perto. Muito perto. Ikuto sorriu maliciosamente. Ela precisava sofrer um pouco mais. Depois de meses de namoro, com ela só o tentando, ela merecia um pouco de frustração. Assim resolvido, ele tirou seus dedos de dentro dela vagarosamente, enquanto sua boca buscava a dela para impedir qualquer reclamação. Com uma mão em suas costas e a outra segurando uma perna dela, ele virou seus corpos, deitando-a embaixo de si na cama, finalmente a libertando do beijo.

Pacientemente, Ikuto explorou o corpo de Amu novamente, beijando-a, acariciando-a, lentamente descendo por ele, sempre de olho em seu alvo. Logo, ele o alcançou e ele sorriu ao ver o jeito que a garota imediatamente abriu as pernas, esperando pelos dedos dele. Mas não era isso que ele tinha mente. E a garota logo percebeu, quando ele continuou descendo por seu corpo, até sua cabeça parar exatamente entre suas pernas. Usando suas mãos para separar mais as pernas dela, Ikuto beijou o interior de suas coxas, lentamente beijando seu caminho até seu sexo.

A garota se contorceu na cama ao sentir a respiração quente dele contra si e quando sentiu aquele musculo delicioso e quente dentro de si, tudo que pode fazer foi gritar. Ela gritou e gritou. Cada vez que ele a penetrava com sua língua, lambendo seu interior, ela sentia uma parte de sua consciência se esvaindo e tudo que podia fazer era gritar e gemer. Era tão bom. Por que era tão bom? Ela era para estar gritando com vergonha, mas tudo que ela podia fazer era gemer o nome do rapaz, implorando que ele não parasse. Será que ela estava virando uma pervertida? Provavelmente. Ela se importava? Nem um pouco. Desde que Ikuto não parasse o que estava fazendo.

Ele podia sentir. Ela estava quase alcançando o ápice. O prazer que estava causando nela estava se acumulando e logo ela experimentaria o primeiro orgasmo de sua vida. Animado, ele acelerou sua ministrações nela, agora contando com a ajuda de seus dedos para apertar e massagear aquele pequeno grupo de nervos que toda mulher tinha e que ele sabia como tratá-lo melhor do que ninguém.

Não demorou muito. Era tudo uma questão de sincronização. Apenas moveu sua língua de uma maneira e pressionou seu clitóris e foi tudo o que precisou. A garota gozou imediatamente, e enquanto ela gemia, ele usava sua língua para beber tudo, não deixando escapar uma gota sequer. Era exatamente como ele tinha imaginado. Ela era deliciosa.

– Ikuto… - a garota sussurrou, não tendo confiança para falar mais nada. Ela tentou levantar a cabeça para ver o que ele estava fazendo, mas não tinha forças o suficiente. Desistindo, ela simplesmente fechou os olhos e tentou recuperar o fôlego. Então ela escutou o barulho de roupas caindo no chão e sentiu a cama afundar. Ela se forçou a abrir os olhos e encontrou o rosto de Ikuto acima do seu, seus olhos a observando enquanto ele sorria como se fosse o homem mais feliz do mundo.

– Eu amo você, Amu. – ele sussurrou, antes de beijá-la e uma dor lancinante subir por seu corpo, partindo de seu sexo. Ela tentou gritar, mas o rapaz não deixou, mantendo seus lábios colados aos dela. Ela mexeu as pernas, tentando aliviar a dor entre suas pernas, mas nada do que fazia adiantava. Então ela simplesmente se deixou levar pelo beijo de Ikuto.

Ela focou toda a sua atenção nos lábios deles e na mão, que segurava a sua de forma reconfortante. Ela o beijou de volta com toda a paixão que possuía, aproveitando o momento para explorar o corpo do garoto novamente. Quando ela estava se animando pelas reações do garoto (o corpo inteiro dele estremecia enquanto as mãos dela passeavam pelas costas dele), ele se afastou, movendo-se dentro dela e arrancando um gemido baixo da garota.

A dor havia… desaparecido. Completamente. Tudo que ela podia sentir era um leve…pulsar dentro dela. Um pulsar que a excitava só de pensar nele. Ela sentiu o olhar de Ikuto sob si e sorriu para o garoto, abraçando-o.

– Nós somos um só agora, Ikuto. – ela sussurrou contra seu ouvido de um jeito que ele podia escutar o sorriso na voz dela. Então ele mordeu a orelha dela e ela soltou um gritinho, batendo no peito dele – Malvado.

Ele sorriu maliciosamente, fazendo a garota corar. Então ele se abaixou, beijando-a novamente, mas dessa vez, sincronizando o ritmo de sua língua com a de seu quadril. Ele começou devagar, entrando e saindo dela, sem força, apenas profundidade. Havia momentos em que ele atingia locais dentro dela que a faziam gemer contra os lábios dele e nesses momentos, ele aumentava um pouco mais sua velocidade. Então ele se afastou dos lábios dela, deixando-a livre para gemer e gritar de prazer o quanto quisesse. Ele teria certeza de fazê-la gemer muito.

Usando um de seus braços para levantar o quadril da garota, ele a ergueu, colocando-a em uma posição que o permitia uma maior variação de movimentos. Chocando seu quadril contra o dela com toda sua força, ele ouviu o grito que a garota soltou, o prazer claro em sua voz, e sorriu, chocando-se contra ela de novo e de novo, sem lhe dar tempo algum para recuperar seu fôlego. Ele continuou naquele ritmo por alguns minutos, até sentir que a garota estava próxima de outro orgasmo e diminuir, apoiando seu rosto entre os seios dela e continuando com estocada rápidas, curtas e fortes. Ele sentiu os braços da garota abraçando-o contra seu corpo, levantando seu quadril um pouco, só um pouco, mas o suficiente para fazê-lo gemer em prazer com o novo ângulo.

– I-ikuto…! – ela tentou chama-lo, sua respiração rápida e falha impedindo o que queria – Iku-Ikuto! Por…favor…

O garoto se moveu rapidamente, mudando suas posições em segundos. Seu quadril continuava na mesma altura, mas uma das pernas da garota estava presa no ombro do rapaz, enquanto a outra era segurada por ele contra o corpo dela. Ele gemeu alto ao sentir seu membro afundando dentro dela muito mais profundamente. Só mais um pouco…

– Ikuto… Falar… importante… - a garota tentou novamente, suas palavras saindo entre seus gemidos e ofegos. Ela mal podia acompanhá-lo agora. Ela tinha que contar a ele. Contar antes que fosse tarde.

– Amu… - ela escutou a voz dele antes de sentir seus lábios. Ela agarrou seus ombros, segurando-o ali com todas as suas forças e beijando-o como se aquele fosse o último beijo que teriam. Ela estava perto. Podia reconhecer agora que já havia experimentado uma vez. Usando o resto de suas forças, a garota o empurrou alguns centímetros, o suficiente para poder falar.

– Eu amo você… Ikuto! – ela gritou ao sentir jatos quentes dentro dela e sentiu todo o seu corpo pulsar, o orgasmo a atingindo de forma intensa. Então ela sentiu todo o seu corpo relaxar e sorriu ao perceber que o mesmo havia acontecido com ele.

Ikuto amaldiçoou em sua mente sua fraqueza enquanto sentia seu membro relaxando dentro dela. Aquilo não devia ter acontecido. Ele queria ter feito-a gozar pelo menos duas vezes. A primeira ele assistiria de camarote todas as expressões que fazia e a segunda, seria apenas para ter o prazer de vê-la gritando em prazer novamente. Mas então ela foi e disse aquilo… Aquelas três palavrinhas… que o tinham feito o homem mais feliz da face da Terra. Ela o pegou de surpresa. Completamente. Ele não estava esperando por aquilo. E quando escutou aquelas palavras sendo ditas contra seus lábios, não pode fazer nada, a não ser deixar acontecer.

– Ikuto? – a garota o chamou, assustada com o silêncio dele.

– Não foi justo, Amu. – ele murmura contra seu pescoço, roçando seu nariz contra ele.

– Eh?

– Não foi justo você dizer uma coisa daquelas logo quando eu estava… distraído.

– …Desculpe. Eu não deveria ter falado? – a garota pergunta, triste. Será que era errado falar sobre sentimentos quando eles estavam… fazendo amor? Mas ele tinha dito!

– Não seja boba, Amu. – ele fala, levantando o rosto e beijando seus lábios – Eu fiquei tão feliz em escutar você dizendo que me amava que perdi o controle. Eu amo você, Amu. – ele a beijou novamente, dessa vez demorando um pouco mais. Quando ele se afastou, sorriu, e ficou encarando-a.

– O que? – ela pergunta, sem entender o olhar.

– Eu amo você, Amu. – ele repete, seus olhos brilhando. Então Amu finalmente entende o que ele queria.

– Eu amo você também, Ikuto. – ela ri ao ver o sorriso no rosto dele aumentar. Como é que o homem que ela havia feito amor a pouco tempo podia ser esse bebezão em cima dela?

– Você está cansada, Amu? – ele pergunta gentilmente, deixando seu corpo cair ao lado do dela, imediatamente usando seus braços para trazê-la para perto de si, abraçando-a.

– Hmm. – ela murmura contra o peito dele – Você pode cantar para mim?

– Mas é você quem sempre canta para mim. – ele murmura, roçando seu rosto contra o pescoço dela.

– Yeah, mas eu fui a única que sofreu uma experiência traumática, então você é quem tem que cantar.

– Por experiência traumática, espero que esteja se referindo ao sequestro e não ao que acabou de acontecer. Porque pelo que eu me lembro, você parecia estar aproveitando muito tudo que eu fazia.

– Ikuto! Seu pervertido! – Amu grita, com suas bochechas vermelhas, enquanto o garoto ria.

– Eu só disse a verdade. – ele sorriu, trazendo-a de volta para seu abraço – Agora, shh, vou cantar para você. Feche os olhos e vá sonhar comigo.

– …Idiota. – ela resmunga, mas mesmo assim sorri, aconchegando-se contra ele e suspirando. Tudo estava de volta ao normal.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?? *-*