Blackwhite escrita por carol_teles


Capítulo 11
A Droga


Notas iniciais do capítulo

novo capitulo, pessoal.
Sem tempo para conversar, sorry.
Aproveitem.



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...:Ikuto POV:...

- Preciso da ajuda dos Tigres do Norte.

- Ohhh, quer a minha ajuda? – digo com um sorriso debochado

- Isso não é brincadeira. É um problema seu também.

- Vamos escutar ele, Ikuto-nii-san. Parece sério.

- To muito afim não. Volta mais tarde. – pego umas roupas para mim – tenho um compromisso com um banho e depois com a Amu.

- Deixa pra lá. A gente pode sair outro dia, Ikuto.

- Não. Eu prometi te levar num encontro hoje e eu vou.

- Ta tudo bem. Não quero atrapalhar com seus problemas de gangue ou seja lá o que for.

- Ela não é fofa? – Kei abraça a Amu.

- Eu vou ligar para a Rima e para a Utau. Elas devem estar preocupadas.

- Diz que eu mandei um oi. – Kukkai e Nagihiko dizem ao mesmo tempo.

- Ta bom. – ela sai do clube.

- Senta ai. Vou tomar um banho e depois você fala o que quer. – depois de uns 30 minutos saio. Blusa aberta, cabelos molhados, peito à mostra. O suficiente para todas as mulheres caírem de amores aos meus pés. Mas a Amu é diferente. Ela fica na dela, quietinha e de vez em quando olha, se virando depois, toda vermelha.

- Então? Desembucha. O que quer Kei? – sento do lado da Amu, usando uma mão para secar meus cabelos.

- Tudo bem. É uma história meio longa, então se vai fazer alguma coisa, vai logo. – olho para a Amu do meu lado. É, vou me aproveitar da situação. Encosto-me no braço do sofá, flexiono uma perna e puxo a Amu, colocando-a entre minhas pernas. Abraço ela pela cintura e sinto as costas dela contra meu peito. Sinto um leve cheiro de morango vindo dela.

- Estou pronto.

- O q-q-que e-está f-fazendo, Ikuto? – Amu tenta se soltar dos meus braços. Inútil. Pensei que ela já sabia que quando eu quero fazer alguma coisa, ninguém me impede. Eu posso me aproveitar mais da situação, mas acho melhor pegar leve. Não quero irritar a Amu.

- Quieta, Amu. O Kei quer contar uma historinha. – beijo o lóbulo da orelha dela e ela se encolhe. Ah moleque! Achei o ponto sensível.

- Ikuto, pare de perturbar a Amu-chan. Esse problema também envolve a gente. – ta, ta, já to quieto.

- Bem, há 3 anos atrás, mais ou menos, escutei que um grupo de gangues estava se reunindo para falar sobre um assunto muito importante. Alguns dias depois, começou um boato de que eles estavam vendendo uma droga rara.

- Droga? Maconha? Haxixe? Cocaína?

- Vou chegar lá. No começo ignorei, mas alguns dos meus homens começaram a consumir essa droga e mudaram muito. Tive de expulsá-los. Mas o problema não parou por ai. O comércio dessa droga aumentou e várias gangues se desfizeram por causa disso. E os que foram expulsos, começaram a querer vingança, e isso causou várias brigas desnecessárias. Perdi muitos dos meus por causa disso. E não para por ai. Akira-kun, o líder dos Dragões do Sul está envolvido diretamente nisso.

- Nós passamos por isso também, não foi Ikuto-nii-san?

- É... – hum, então foi por causa de uma droga. – Ei, vocês me disseram que o Akira estava se encontrando com uns caras de fora não foi?

- Isso é sério? Droga, a situação ta mais avançada do que pensei.

- Continue a história, Kei-san.

- Bem ,isso continuou piorando e até a policia foi envolvida. Eles já tinham tido um caso assim, anos atrás, mas não foi resolvido. – Amu treme e eu olho para ela. Frio? Trago ela para mais perto e ela relaxa um pouco.

- O líder do Tubarões do Oeste veio me propor uma aliança para acabar com os caras que estavam vendendo essa droga. Mas não foi necessário. Sem mais nem menos, o comércio da droga parou.

- Como assim? – Kukkai pergunta. Ele é meio lento.

- Ele ta dizendo que alguém cuidou da situação.

- Isso. Alguém ‘convenceu’ o cara por trás de tudo isso a parar.

- Quem?

- O Rei. Ou BW, tanto faz.

- Mas não é possível. Ele acabar com isso de um dia pro outro. – isso é muito estranho. O Tadase ta tentando evitar chamar atenção pro cara. Suspeito.

- É só um palpite.

- Amu? – chamo ela enquanto os outros discutem – está tudo bem?

- Está. Estava lembrando de umas músicas.

- Ta entediada, né?

- Não. Eu não sabia que você tinha esse lado responsável, ikuto.

- Ta me chamando de desleixado?

- Não. Apesar de você ser um pouquinho folgado. – ela ri.

- Ah é?

- Sim. To feliz por descobrir mais um lado seu. – ah cara. Quando ela sorri assim, na da pra resistir. Tenho que beijá-la.

- Amu, Amu, Amu, você não aprende mesmo. – balanço a cabeça em sinal de reprovação. Viro o rosto dela, para ficarmos cara a cara.

- O que e-e-está f-fazendo? – ela tenta virar o rosto de volta.

- O que você acha? – quando estou quase lá, a mão dela me para.

- Para! O Kei ta aqui.

- E daí? Não vou beijar ele.

- Não! Ikuto! – ela me impede todas às vezes. Isso só me faz querer mais e mais. – espera! – eu suspiro e me afasto.

- O que?

- Q-quando estivermos s-sozinho...t-t-tudo bem.

- Sozinho? Ai eu vou poder fazer qualquer coisa? – ah, eu to gostando disso.

- S-sim. Ei, não! Qualquer coisa não!

- Você disse qualquer coisa.

- Mas não é a qualquer coisa que você está pensando!

- No que estou pensando, Amu? – sorrio maliciosamente.

- V-v-você está p-p-pensando em... – a voz dela vai diminuindo, até sumir, enquanto o rosto dela fica vermelho. - P-para de rir!

- Ei, Ikuto! Não quero interromper o momento love-love de vocês, mas isso é importante. - o povo chato.

- Ok, foi depois desse problema que o BW sumiu da face da Terra. E agora ele voltou.

- Então ta insinuando que o problema das drogas também voltou?

- Não to insinuando, to afirmando. E tem mais alguma coisa acontecendo. Meus homens já pegaram Akira-kun juntos com o pessoal de fora mais de uma vez.

- Ta, é um problema. Mas o que quer que eu faça? Comece uma guerra? – reparem no nível de sarcasmo.

- Não. Quero que fique atento e ajude a resolver. Se a policia se meter, todos nós vamos ser suspeitos.

- Você pode usar a influência do seu pai né? Ter um pai chefe de policia ajuda. – digo.

- Ele me pediu para ajudar, imbecil. Por que eu to dentro dessa confusão. Vou te dizer uma coisa boa. Akira-kun declarou guerra contra as outras 3 gangues, dizendo ser o melhor.

- Desafio aceito. Quero ver ele repetir isso com meu punho na cara dele. –agora isso é pessoal. Ninguém me humilha e sai impune.

- Ok, agora isso. – ele tira um pacote de dentro do bolso dele. Dentro, tinha vários outros saquinhos com um pozinho branco dentro. Parece estar molhado. Então eu lembro. É igual aos que eu vi dentro do armário da Amu – O que acham que é isso?

- Chá em pó? – Kukkai arrisca.

- Nem perto.

- Areia? Farofa?

- Não.

De repente a Amu se liberta do meu abraço, se levanta e toma o saco das mãos do Kei.

- Amu-chan? – o que ela está fazendo? Amu observa o saco de perto e agita ele. Hã? Ficou preto? Que diabos...

- Onde c-conseguiu isso, Kei?

- Amu-chan?

- Você não devia ter isso. É perigoso.

- Amu-chan, você sabe o que é isso?

- Jogue fora. Dê pro seu pai. Faça qualquer coisa, menos ter isso com você.

- Ei, espera ai, o que é isso? – Kukkai pergunta.

- Droga. Isso é droga. – Amu se senta ao meu lado e se cala. Como ela tinha droga na casa dela? Sera que...

- A rara?

- Sim – Kei responde.

- E como você tem isso com você?

- Um dos meus homens conseguiu roubar.

- Pra mim não parece uma droga.

- Não é uma droga; É a droga. – Amu diz.

...:Amu POV:...

Nada bom. Nada, nada bom mesmo. Como o Kei conseguiu isso?

- Como assim, Amu-chan?

Ah não, não, não. Eu não quero que tudo se repita. Não vou agüentar se...eu perder mais alguém.

- Amu. – escuto a voz do ikuto ao meu lado e sinto ele segurar minha mão – Como você sabe disso?

- Eu...

- Amu-chan, você precisa dizer para a gente. Talvez nos ajude muito a resolver isso logo.

- Hum hum, vocês não devem, não podem mexer com isso. É perigoso. – isso é pouco. É ultra-mega-hiper-gigante-máximo-total perigoso. E ganhei mais uma palavra estranha para meu dicionário. Eba.

- Amu-chan, diga o que você sabe. – Kei pede.

- Amu. – ah não! Esse olhar de ‘vou até o fim com isso’ do Ikuto não! Posso conhecer ele há apenas uns 2 meses, mas já sei que quando ele coloca esse olhar, é ‘sai da frente que o Ikuto ta passando’.

- Digam para todos saírem daqui. Ninguém pode escutar.

- Ei, todos vocês, saiam daqui. – Ikuto grita.

- Mas chefe, por que?

- Saiam. Agora. – Ikuto lança um olhar de dar medo e todos correm para fora.

- Assustar não é melhor meio, Ikuto-kun.

- Cala a boca. Amu, pode falar.

- Hum... Hã...

- O que?

- N-n-nada. Essa droga ai é muito rara. Muito, muito, muito rara mesmo. Ela é extraída de uma planta só encontrada no Brasil, chamada de ‘céu da noite’. Tão entendendo?

- Continua.

- Ela dá frutos de 100 em 100 anos. Hoje só existe poucas espécies dela. È do fruto que extrai um líquido, o WL, wine of life. Dele fazem esse pozinho ai.

- ta, mas qual o efeito?

- Dá sensação de paz, alivio e você se esquece de tudo a sua volta. Ela melhora suas condições físicas, até ajuda a melhorar algumas doenças. Causa mudança de personalidade, agressividade. Faz você se sentir o todo-poderoso, dono do mundo, e achar que pode fazer qualquer coisa.

- Qualquer coisa? Massa. – Não é não.

- Ai ta o problema. Você se sente assim e se vicia, querendo mais e mais. Faz coisas absurdas, o que causa muitas mortes. Mas o efeito é temporário. Depois de um tempo, a droga começa a atacar as células nervosas.

- As o que? – Kukkai pergunta.

- Os neurônios. – Nagihiko diz.

- Vai destruindo eles, um por um, então o corpo tenta se defender e a droga ataca o sistema imunogênico. É parecido coma Aids, mas é pior. Quando as defesas do corpo caem, você ta indefeso, aí a droga se espalha por todos o corpo e ataca tudo que vê pela frente.

- Isso parece um parasita. – Tadase-kun comenta.

- Então vem a dor. Você não consegue se mexer direito, pois dói, respirar dói, fazer qualquer coisa dói. Muito.

- E o hospital?

- A droga se mistura com as células do corpo. Se tentar matá-las, mata a pessoa. Não tem cura ainda.

- Então você passa o resto da vida no hospital?

- Não. Pensa numa luta. Você está ferido, no chão, sem forças. Eu tenho uma arma e atiro. O que acontece?

- Morte. – Kei se joga no encosto da cadeira.

- Vocês não deviam se meter nisso. É assunto para a policia.

- Mas agora é nosso problema. – Ikuto se levanta, pegando o casaco dele. – Estamos dentro Kei. Agora, eu vou para um encontro.

- Não! Você não pode! Vai se machucar.

- Sei me cuidar.

- Isso não é igual a suas lutas! É perigoso! Eles são maus! Muito, muito maus!

- Eles? Quem são eles? – ah, merda. Falei demais.

- Isso não importa! Vocês não podem se envolver nisso.

- Eu não vou ficar quieto enquanto eles destroem a minha gangue. – Kei diz.

- Kei! Por favor! Eu não quero que se machuque.

- Amu-chan, agradeço a preocupação, mas sei me cuidar.

- Não sabe não! Nagihiko, diz pra ele!

- To com eles. Sinto muito, Amu-chan.

- Kukkai?

- To com eles.

- Tadase-kun?

- Sinto muito, Amu-chan. – Ahhrgggg! Por que garotos são tão idiotas?!

- Kei! Por favor. Por mim. Não faz isso.

- Eu vou ficar bem.

- O Kyou disse a mesma coisa. E agora ele ta morto! – grito com os olhos já cheios de lágrimas.

- Amu-chan, entendo que sinta falta dele, mas isso não teve nada haver com a morte dele. Foi um acidente.

- Não foi só ele! Papa, Mama, Ami! Eu vi todo mundo morrer e não pude fazer nada! Eu não quero perder mais ninguém... Não vou...aguentar... – caio no chão, chorando. Cada vez que eu lembro, dói mais. Por que eles? Por que eu não pude fazer nada? Por que eu era tão fraca? Por que eu não morri também?

- Amu. – alguém me abraça e sinto cheiro de flores de cerejeira. Ikuto. Não sei como, mas por alguns segundos, eu senti o Kyou me abraçando. Segurança, conforto, alegria. Tudo que eu costumava sentir quando o Kyou me abraçava to sentindo agora.

- Amu, ninguém vai se machucar. Eu não vou deixar. Vou proteger todos eles, inclusive esse otário do Kei. – ele ta tentando fazer eu me sentir melhor? – Eu prometo. Por isso, para de chorar.

- É Amu-chan. Você fica bem mais linda sorrindo. – Nagihiko diz.

- E como. – Kukkai...

- Se a Utau-chan souber que você acabou de flertar com Amu-chan... – Tadase diz rindo.

- Tadase! Você não vai contar né?

- Quem sabe...

- Finalmente sorriu né? – Kei, estou confiando em você. Não vá me deixar também.

- Vocês ganharam. Façam o que quiserem.

- Ótimo!

- Mas... Até quando vão ficar se abraçando ein, Amu-chan? Ikuto? – ai meu deus! Que vergonha!

- D-desculpa. – me afasto e levanto com o rosto vermelho. Não acredito que estava abraçando ele.

- Você está bem agora? – ele se levanta sem tirar os olhos de mim.

- E-estou, obrigada. – para de me olhar!

- Está pronta?

- Para que?

- O encontro.

- Ah é! Ta bom. Kei, tome cuidado viu? – abraço ele.

- Você também. Não deixe o Ikuto-kun te enganar.

- Hahaha, não vou. – fico nas pontas dos pés e sussurro algo no ouvido dele.

- Amu-chan... eu também te amo muito. – ele me da um beijo na bochecha. Hã? O que...De novo. Isso é... intenção assassina. Quem... Quando me viro vejo o Ikuto me olhando com um olhar capaz de congelar o inferno.

- Hã, Tchau! Vamos Ikuto. Vem! – puxo ele para fora com força, antes dele começar uma briga. Eu to sentindo. To sentindo a raiva vindo dele. To com medo! Olho para ele. Ah ele ta serio.

- Ikuto... Você está com raiva?

- Não. – Ele ta! Ele definitivamente ta com raiva!

- Eu...hã...desculpa e obrigada.

- Amu?

- Obrigada. La dentro, sabe? Por ter me a-abraçado. Me fez sentir...segura de novo. Obrigada, Ikuto. – seguro a mão dele com força.

- Vou pegar isso como recompensa. – Hã? Uwww, esse sorriso malicioso... O Ikuto ta bem agora. Mas eu por outro lado, to perdida.

- O-o que v-vai fa... – ele me beija antes que eu possa terminar. Ele é um pervertido. Mas também é gentil, carinhoso e me protege. Gosto dele assim.

- O que ta fazendo ai para, Amu? Vou te deixar para trás. – Hã? Vixe! Ele já ta lá na frente.

- T-to indo!

- Tenho a impressão de que esse encontro vai ser muito divertido. – ele diz sorrindo maliciosamente de novo. Retiro o que disse. Ele é só um pervertido.


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Notas finais do capítulo

Reviews?