Cinco meses se passaram desde aquele dia. E, aos poucos, eu fui me recuperando, e junto comigo, minha reputação. As pessoas aos poucos foram esquecendo, e pararam de me rotular como “corno”.

Mas naquela semana eu estava completamente ocupado e atolado em obrigações. Como presidente do Grêmio Estudantil eu tinha que aprovar um projeto para reformar o Ginásio da escola e expor minha ideia de criar um novo salão de festas. Tinha uma reunião com os diretores das áreas do Grêmio para discutir o mau comportamento de alguns delinqüentes da escola.

Minha irmã iria me visitar naquela semana, pois a faculdade havia dado uma semana de folga devido ao término de uma pintura. E, ainda por cima, eu não tinha um par para o baile de encerramento do semestre. E, eu, no cargo que eu ocupava, não poderia me dar ao luxo de aparecer num baile público sem par.

Até Emmett (um completo idiota com o Q.I menor que 10) conseguiu chamar a Rosalie Hale pra ir com ele. E Rosalie Hale era a maior gata. Desejada por todos,incluindo a mim.

Mas naquele ano eu estava na completa seca. As Denali já haviam arranjado seus pares. Angela, Jéssica, Lauren, Victoria todas já tinham pares. Corri desesperado para o livro dos casais, procurando meio desesperadamente por alguma garota que não tinha par. E, estava quase desistindo  quando parei no nome de Isabella Swan.

É claro que se fosse qualquer outra ocasião, eu simplesmente ignoraria aquele nome. Mas emergências são emergências. Fui pessoalmente até a casa de Charlie Swan. Bati na porta, e ele apareceu.

_Gostaria de chamar Isabella para ir ao baile de encerramento do semestre comigo. Você se importaria?_ Eu perguntei, educadamente. Ele pareceu meio relutante, e resmungou algo quase impossível de se escutar. Deu passagem para que eu entrasse e subiu as escadas.

Eu me dei a liberdade de sentar no sofá e esperar pacientemente até que ele tomasse alguma decisão. Quase quinze minutos depois ele desceu, acompanhado de Isabella.

_Converse com ela. Eu permitirei, mas não obrigarei que ela faça nada contra sua vontade._ Charlie murmurou.  Eu me levantei, e por cortesia beijei sua mão.

_Gostaria de ir ao baile de encerramento do semestre comigo?_ Eu perguntei.

_Quem está te obrigando a fazer isso?_ Ela perguntou, indecisa.

_Ninguém! Eu vim por espontânea vontade. Então, aceita meu convite?_ Eu perguntei.

_Sim, Cullen, eu aceito._ Ela respondeu. Mas antes que eu falasse um obrigado, ela me interrompeu.

_Mas terá que me prometer algo._

_O que quiser._

_Prometerá que não se apaixonará por mim._ Ela respondeu. Eu queria rir. Mas eu não podia, seria muito mal-educado de minha parte.

_Eu prometo._ Me limitei a responder.