My Destiny Is You escrita por Nyh_Cah


Capítulo 72
Capítulo 72




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A semana seguinte foi um inferno. Eu mal estava em casa, o advogado de acusação queria saber de tudo, queria que eu contasse a história toda. Eu percebia. Ele queria que ela também fosse presa. Ela não queria perder o caso, então entrevistava todas as testemunhas vezes e vezes sem conta para ver se nada lhe escapava. Ele era um bom advogado, mas eu sentia falta de estar mais tempo em casa, com os meus filhos. A minha mãe normalmente ficava com eles de tarde, se eu precisasse de sair de manhã, eles tinham que ir para a Esme. Eu não queria sobrecarregá-la. Ela tinha lá o Thony e de vez em quando também tinha o Ray e a Amy. Eram muitos para ela tomar conta sozinha. Ela dizia que não se importava mas eu via como ela ficava ao fim do dia. Ela acabava sempre exausta.
Amanhã, seria o julgamento. Com o tempo corrido, nem tive tempo para me preocupar com o medo. E eu preferia assim, era melhor. Ficava mais calma. Estava mais uma vez com o advogado. Ele queria uma última sessão para me dar alguns conselhos.
- Alice, amanhã, não se preocupe com a Maria. Faça de conta que ela não está lá. Amanhã, a Alice precisa de ser confiante. Quando lhe perguntarem alguma coisa, não enrole. Diga a verdade, segura de si mesma. Assim todos terão a certeza que está a dizer a verdade. O truque é demonstrar confiança, mesmo que esteja cheia de medo. – Disse ele. Ele tinha razão e eu ia fazer tudo o que ele me mandasse, só para ter a certeza que a Maria ia presa para o resto da vida. – Eu sei que a Alice consegue fazer isso. – Afirmei com a cabeça para lhe dizer que ia fazer isso. – Por hoje, é tudo. Vemo-nos amanhã no tribunal.
- Está bem. Obrigada por tudo. – Agradeci.
- Apenas o meu trabalho. – Disse ele apertando a minha mão como uma forma de despedida. Ele ainda tinha que falar com outras testemunhas. Saí do escritório dele e dirigi-me ao carro para ir para casa. A minha mãe estava em casa com a Amber, a Liv e o Will. Estava desejosa de estar com eles. Mal estive com eles hoje de manhã. Acordei tarde, só deu tempo para almoçar e vir ter com o advogado. Fui para casa o mais rápido que pude. Assim que cheguei, estacionei o carro e entrei dentro de casa. Assim que entrei, imediatamente, ouvi o Will a chorar. Fui até à sala e a minha mãe estava com ele ao colo a tentar dar-lhe biberão. Às vezes, ele fazia “birra” porque queria mama e não o biberão. Ele não gostava muito disso.
- Então, bebé? – Falei para ele, tirando-o cuidadosamente do colo da minha mãe. Ele imediatamente se aproximou do meu seio. Como previ, ele queria mamar. Sentei-me no sofá e destapei o meu sei para ele puder mamar. Ele mamou sofregamente enquanto eu acariciava-lhe os cabelinhos loiros. Ele estava tão bonito. Sorri para ele e ele parou um pouco de mamar para puder sorrir para mim, mas continuou a mamar de seguida. Quando ele parou, tapei o meu seio e meti-o para arrotar. Ele estava cansado. Normalmente a esta hora, ele já estava a dormir. Mal arrotou, adormeceu.
- Eu não presto para tomar conta de bebés. – Disse a minha mãe frustrada, sentando-se no sofá.
- Ele faz isto várias vezes, mãe. Ele não gosta muito de se alimentar pelo biberão. Ele prefere a mama. – Expliquei-lhe. – Ele ainda é muito pequenino. É normal. Não te sintas mal por isso. – Disse-lhe.
- Mas tu tens tanto jeito. Mal foi para o teu colo, ele calou-se.
- Mãe! Eu sou mãe dele, ele sabe disso, é normal, ele acalmar-se no meu colo. Tanto a Amber como a Liv também foram assim. E se eu não tivesse jeito por esta altura, era mau sinal. Já tive duas bebés antes do Will. 
- Está bem, mas mesmo assim, não tenho grande jeito. – Resignou-se ela.
- Não penses mais nisso. Está bem? – Ela apenas afirmou com a cabeça para me responder. – A Amber e a Liv? – Perguntei.
- Estão as duas lá em cima. A Amber estava a fazer os trabalhos de casa e a Liv estava a brincar no quarto dela. – Respondeu-me ela. – Como correu com o advogado?
- Correu bem. Estivemos a ajustar os últimos pormenores e ele esteve a dar-me alguns conselhos. – Respondi. – Ele acha que vai correr tudo bem, e que temos tudo para vencermos o caso. Eu estou a confiar nele.
- Pelo que ouvi e pelo que sei, vocês têm tudo para ganhar. Vocês têm tudo para meter a Maria atrás das grades.
- Eu sei que temos e estou a tentar arduamente para me sentir confiante. Mas só de pensar que ela vai estar lá, a olhar para mim enquanto eu digo tudo o que ela me fez. Ela é engenhosa mãe. Ela é muito inteligente. Ela vai arranjar maneira de tentar escapar da prisão e aí é que reside o meu medo. Se ela escapar, a minha vida vai ser um inferno. E eu não tenho medo que ela me mate ou me magoe. Eu não tenho medo disso. Eu tenho medo pelos meus filhos. Ela já atropelou a Amber e raptou a Liv. Eu tenho medo pelo Jasper, por todos vocês que são próximos a mim. Porque enquanto ele não me conseguir atingir directamente, ela vai-me atingindo através de vocês. E eu não quero que isso aconteça. Eu não quero que vocês sofrem por minha causa. Já muita gente sofrer por minha causa e eu não quero que isso volte a acontecer.
- Eu sei, querida. Mas uma coisa que também sei é que tu és uma mulher forte. Sempre foste. Desde pequenina. E sei que vais chegar lá e vais fazer de tudo para que ela não escape. Eu tenho a certeza disso. Por isso, querida, tens de acreditar em ti mesma, tens de ser mais confiante, tu vais encontrar a força dentro de ti. É só procurares bem. Ela reside já em ti, é só procurares. – Disse a minha mãe acariciando-me a bochecha. – Eu sei que a vais encontrar até amanhã. E nunca te esqueças que tens uma família contigo. Nós estamos todos contigo. Eu amanhã não posso ir ao julgamento, porque estou a trabalhar, mas quando saíres do tribunal, quero que me ligues e me contes tudo. Eu quero saber de tudo.
- Eu ligo, mãe. Obrigada por tudo. – Disse sorrindo ternamente para ela.
- De nada, querida. Agora tenho de ir. Só vou despedir-me das minhas netas. – Disse ela sorrindo. Ela subiu as escadas e eu subi as escadas atrás dela para ir deitar o Will. Ele já estava a dormir profundamente. Deitei-o no seu berço e aconcheguei melhor o lençol, em volta dele. Eu sabia que a minha mãe tinha razão. Eu só preciso de encontrar a força que já reside em mim, eu preciso de ser forte amanhã, para não dar qualquer chance à Maria, de escapar ilesa.
Saí do quarto do Will e fui ver onde estavam a Amber e a Liv. Estavam as duas muito sossegadinhas. Fui até ao quarto da Amber, ver o que ela estava a fazer. Ela estava sentada em frente à sua escrivaninha a fazer os trabalhos de casa.
- Olá princesinha. – Disse entrando no quarto dela.
- Mamã! Já voltaste. – Exclamou ela vindo ter comigo. – Preciso da tua ajuda aqui, mamã. Não percebi este exercício do trabalho de casa. É rápido. – Pediu ela. Sentei-me na cadeira e depois sentei-a ao meu colo e expliquei-lhe como se fazia até ela compreender. Quando ela não tinha mais duvidas, fui ter com a Liv, que estava muito sossegadinha a desenhar no quarto dela. Ela nunca parava quieta, à excepção quando desenhava. Ela adorava desenhar e era como um calmante para ela. Entrei no quarto devagarinho para não a distrair e sentei-me ao seu lado.
- Olá, amor. – Disse ao pé dela. – Que desenho bonito. – Estava realmente bonito. Ela desenhava realmente bem para a idade dela e não era por apenas eu ser a mãe dela.
- Mamã! Obrigada. – Disse ela sorrindo abertamente. – Estou quase a acabar, depois posso mete-lo no frigorifico? Ele vai ficar mais bonito se tiver lá coisas coladas.
- Claro que podes, amor. – Respondi sorrindo. – A mãe vai lá para baixo, preparar o lanche para irem comer.
- Está bem. – Disse ela continuando a pintar. Levantei-me e fui até lá abaixo e preparei o lanche. Depois de elas comerem, elas ficaram a ver televisão e eu fui adiantando o jantar. O Jasper acabou por chegar mesmo no momento que eu acabei o jantar. Comemos todos e depois de vermos um filme fomos dormir. Amanhã, a sessão no tribunal era cedo, e eu queria dormir bem. Deitei-me e fiquei à espera do Jasper.
- Como te sentes? – Perguntou ele assim que se deitou ao meu lado.
- Estranhamente calma. – Respondi. E era verdade. Estava à espera de estar mais nervosa. Mas eu prometi que ia ser forte e era isso que eu estava a fazer.
- Ainda bem. – Respondeu ele sorrindo. – Já sabes que se acordares a meio da noite e não conseguires voltar a dormir, acordas-me. Eu não me importo. Eu só quero que tu passes bem a noite.
- Sim, Jasper, eu sei. – Respondi beijando-lhe nos lábios apaixonadamente. Enrosquei-me nele e adormeci passado um bocado. Dormi bem a noite toda. Só acordei uma vez por causa do Will e depois voltei a dormir. Na manhã seguinte, acordei com o Jasper a chamar-me. Ainda era um pouco cedo, mas ainda tinha que me ir arranjar. Tomei um banho rápido, vesti uma roupa mais formal e sequei o cabelo. Pus um pouco de maquilhagem, mas muito leve e fui tomar o pequeno-almoço. Comi pouco devido ao nervosismo. O Jasper tentou que eu comesse mais, mas era melhor não insistir, senão acabava por deitar tudo cá para fora. Ficámos à espera da Esme e do Carlisle, eles vinham ficar com a Amber, a Liv e o Will que ainda estavam a dormir. Mal, eles chegaram, nós tivemos que sair porque já estávamos a ficar atrasados.
No tribunal, levaram-me para uma sala específica para as testemunhas. Encontrei a Alyson na sala, mas não podíamos falar uns com os outros. Sorri para ela apenas para a cumprimentar, mas depois sentei-me um pouco nervosa à espera que me chamassem. O advogado veio ter connosco e esteve a falar um pouco, mas não demorou muito tempo. Eu iria ser a última testemunha a ser chamada, o que fazia com que ficasse mais nervosa com o decorrer do tempo. Passado umas horas, levaram-me para a sala de tribunal, onde estava a decorrer a sentença. Iriam chamar-me. Respirei fundo algumas vezes para me acalmar e quando me pediram para sentar-me na cadeira, fui calmamente. O primeiro que me ia entrevistar era o advogado que estava a defender a Maria. Ele primeiro, perguntou-me algumas coisas que não tinham a ver com o caso, tal como eu tinha conhecido a Maria e se sabia que ela tinha sido namorada o Jasper. Não percebi muito bem o propósito delas. Mas depois começou a fazer perguntas mais específicas sobre alguns factos que aconteceram.
- Então, a Senhora Cullen acusa a minha cliente de ter atropelado a sua filha mais velha. É verdade? – Perguntou.
- Sim, é verdade. – Respondi curto. Como o advogado de acusação disse, se eu não falasse muito e enrolasse corria menos risco de contrariar o que disse antes ou do outro advogado usar algo contra mim, do que eu disse.
- E como pode ter tanta certeza assim? – Perguntou. – A senhora não viu quem ia dentro do carro.
- A Maria mandou um bilhete a dizer que foi ela. – Respondi.
- E como pode ter a certeza que foi ela que o escreveu? E não outra pessoa a passar-se por ela.
- Não posso. – Respondi a verdade. Eu não podia provar que tinha sido ela a escrever o papel, mesmo sabendo que tinha sido ela.
- Mas eu posso. - Disse o meu advogado. – Eu mandei fazer uns testes de comparação de letras e tenho a certeza que a folha escrita a que eu mandei comparar, foi escrita pela senhora Fernandez. Eu mesmo a vi escrevendo e o senhor também. – Disse o meu advogado mostrando umas imagens. – De acordo com os técnicos, foi a Maria que escreveu o bilhete a dizer que atropelou Amber Cullen. Mesmo os senhores podem ver que as assinaturas são muito idênticas e a assinatura da senhora Fernandez é bastante invulgar. – Acabou o advogado por concluir. O outro não disse mais nada sobre este assunto. Não havia mais nada por onde pegar. Começou a fazer também perguntas sobre o rapto da Liv, mas o advogado de acusação tinha a chamada que a Maria fez para casa da Esme que tinha ficado gravada na central de telefones e mesmo assim fizeram um teste para compararem as vozes, para provar que era a voz da Maria. O advogado da Maria, tentou passar a ideia que eu é que me tinha atirado para a frente das bicicletas mas para além de haverem câmaras que gravaram o ocorrido, (como havia um banco por perto, haviam câmaras a gravar o exterior do banco que por sorte apanhou a minha discussão com a Maria e viu-se claramente que ela me empurrou para a frente das bicicletas. Por fim, o advogado da Maria, acabou por desistir de me perguntar sobre o acidente de automóvel. Já deviam ter perguntado à Alyson. Quando mais nenhum dos advogados tinha mais perguntas para me fazer, mandaram-me levantar da cadeira e ir embora. Levantei-me e fui conduzida até ao exterior, mas disseram-me que poderia continuar a assistir na plateia. Entrei e fui me sentar ao pé do Jasper e da Alyson. Ele abraçou-me e beijou-me a testa. Eu estava ainda nervosa e tremia um pouco. O Jasper pegou nas minhas mãos para me acalmar.
- Vamos fazer um intervalo de vinte minutos para a decisão. – Informou o juiz batendo de seguida com o martelo. Saímos todos lá para fora e fomos até à cafetaria para comermos algo.
- Como te sentes? – Perguntou o Jasper preocupado.
- Nervosa. – Respondi olhando para ele, apreensiva.
- Vai correr tudo bem. A defesa foi um desastre. Mal soube defender o caso. Claro que o caso era difícil de defender devido à quantidade de provas e de testemunhas, mas mesmo assim, a defesa fez mesmo um mau trabalho.
- Espero que pensem todos como tu, Jasper. – Suspirei. Ele apenas me abraçou e beijou de seguida.
- Vá, vamos comer algo que mal comeste de manhã. – Disse ele. Apenas concordei com a cabeça, porque sabia que não valia a penas discutir com ele sobre isso. Comemos rapidamente e depois voltámos para a sala do tribunal para ouvir a sentença. O juiz entrou também e bateu com o martelo para recomeçar a sessão.
- Maria Fernandez foi declarada culpada por duas tentativas de homicídio, rapto e violência, a prisão perpétua. – Declarou o juiz. Mal ele disse isto, começou um burburinho na sala de tribunal. Eu apenas fiquei em choque. Eu não sabia como reagir. Eu sentia-me tão aliviada que não sabia como reagir. Eu apenas sentia-me imensamente aliviada, como há muito tempo não me sentia.
- Alice! – Chamou o Jasper ao meu lado. – Alice! – Sentia algo quente a escorrer-me pelas bochechas. Acho que eram lágrimas. – Alice, o que se passa? – Perguntou o Jasper. Olhei para ele e via-o um pouco desfocado devido às lágrimas. Abracei-o fortemente e ele também me abraçou. – Alice, diz-me porque estás assim. – Pediu o Jasper desesperado.
- Apenas me sinto aliviada, Jasper. Está tudo bem. – Disse entre soluços. Ele relaxou depois de eu ter respondido e abraçou-me com mais força.
- Eu também, Alice. – Disse apenas. Ficámos mais um pouco abraçados e depois fomos ter com o advogado para agradecer-lhe. Era devido a ele que a Maria estava presa. Ela fez um óptimo trabalho. Depois disso, fomos falar com a Alyson um pouco até ela ter que ir para casa.
- Vai ficar tudo bem agora, Alice. Tudo bem. – Disse o Jasper sorrindo. – Vamos para casa. – Eu apenas sorri para ele. Estava extasiada.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que me atrasei, mas as férias acabaram e eu não consegui postar durante a semana. A parti de agora, vou sempre postar ao fim de semana. Só para saberem. Mas para vos compensar fiz um capitulo bem grande. É assim, não sei se está tudo correto mas eu escrevi como pensei que as coisas seriam no tribunal. Espero que tenham gostado e fico à espera dos vossos comentários!
Beijinhos
S2



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