My Destiny Is You escrita por Nyh_Cah


Capítulo 62
Capítulo 62




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O juiz escondeu um sorriso. Ele estava feliz por aquela família ter aceitado o pequeno bebé.
- Bem, vamos já acelerar o processo. Preciso que assinem uns papéis e depois podem ir ter com o vosso filho ao hospital. Ele ainda se encontra lá. – Explicou o juiz. – Basta ficar um de vocês para a parte burocrática.
- Eu fico aqui com o meu pai para a parte burocrática, está bem? – Perguntou o Emmet à Rose. Ela assentiu com a cabeça. Tudo, ainda parecia um sonho do qual ela tinha medo de acordar. A Esme já se encontrava com a Amy na sala em que ela estava a brincar. Ela não sabia o que a sua filha tinha decidido, tinha saído da sala antes disso. Rose, Jasper e Edward, acabaram por sair da sala e ficaram os três na entrada do tribunal.
- Viste, loirinha? Tudo acabou por correr bem. Nunca deixaríamos tirarem-te aquela pirralha. – Disse o Edward carinhosamente para a irmã. Os olhos da Rose começam a ficar brilhantes e Jasper e Edward percebem imediatamente o que vai acontecer. Edward sai em busca da sua sobrinha e Jasper abraça a irmã carinhosamente.
- Podes chorar Rose. Está tudo bem, podes chorar. Acabou, ninguém vai levar a Amy para longe de ti. – Disse o Jasper para a irmã. Ele sabia como ela se sentia. Sabia o sentimento que a dominou e o alívio que estava a sentir agora por saber que não iria perder uma das pessoas que mais ama. – Eu sei como te sentes, Rose. Há poucos dias pensei que iria perder a pessoa mais importante da minha vida. É um sentimento desesperante, saber que podes perder alguém que amas e não conseguires fazer nada. Mas acabou tudo em bem, Rose. Está tudo bem agora. – Jasper sente a irmã a abraçá-lo com mais força e ela aconchegou-a mais nos seus braços. Ela acabou por esconder o rosto no peito do irmão. E enquanto ela soluçava violentamente, Jasper acaricia-lhe carinhosamente a cabeça para ela acalmar-se. – Mas sabes? Quando segurares esse bebé nos teus braços e senti-lo encostado ao teu peito, tudo o que passaste não vai passar de apenas um pesadelo distante. Um pesadelo que não interessa lembrar. Porque vais ver que tudo vai melhor e correr bem. Foi o que eu senti, quando ouvi a voz da Alice a dizer-me que estava tudo bem, quando segurei o Will pela primeira vez e quando fui a tua casa e beijei as minhas princesinhas. Aí sentes que tudo está bem. – Nesse momento, o Edward chega com a Amy e a Esme. Amy estava desejosa de estar com a mãe. A Rose percebe a presença da filha e estende-lhe os braços para a poder abraçar. A menina percebe e abraça a mãe com força. Ela não sabia porque é que a mãe estava a chorar, apenas queria fazer o que a mãe fazia com ela quando estava assustada. Amy abraçou a mãe com força e beijou-lhe o rosto singelamente. Rose acaba por acalmar-se nos braços da sua filha.
- Respondi mal a alguma pergunta, mãe? O juiz brigou contigo por minha causa? – Perguntou a menina vendo a sua mãe mais calma. – Eu não fiz de propósito, mãe.
- Não amor. Tu és a melhor filha que eu poderia pedir. A filha mais linda e inteligente que existe. – Disse a Rose beijando incessantemente o rosto da pequena que sorria com os beijos da mãe. 
- Tu és a melhor mãe do mundo. – Disse a Amy sorrindo. A Rose pegou nela ao colo e ficou à espera com os seus irmãos e a sua mãe, do Emmet e do seu pai. Eles ainda estavam com o juiz para a parte burocrática. – Mãe, será que podemos ir ver hoje a tia Alice? – Perguntou a pequena. – É que eu tenho saudades dela.
- Sim, querida, podes. O teu irmão está com ela.
- Boa! – Disse a pequena entusiasmada. – E será que eu já posso pegar no meu priminho?
- Isso, não querida. O Will está um pouco doente e não podemos pegar nele. Mas depois quando ele melhor, tenho a certeza que o tio Jazz e a tia Lice vão deixar-te pegar nele.
- Quero que ele fique bom rápido.
- Nós também, querida. – Respondeu a Rose. Nesse momento, o Emmet e o Carlisle saem da sala onde estavam com o juiz e vão ter com a família.
- Já está tudo tratado. Podemos ir. – Informou o Carlisle.
- Princesa, tu vais com os avós, ver a Tia Lice e depois nós vamos ter contigo, está bem? – Perguntou o Emmet para a Amy.
- Está bem. – Disse ela mesmo querendo ficar agarradinha à sua mãe. Estava tão confortável, nos braços dela. Eles saíram todos do tribunal e dirigiram-se aos seus carros. Rose passou a Amy para a Esme para irem buscar o Ray, a Amber e a Liv. A Amy fez um pouco de birra mas acabou por ir com os avós. Edward teve que ir para a empresa, trabalhar e a Rose, o Emmet e o Jasper foram para o hospital para irem ter com o novo membro da família.
Durante o caminho, o Jasper ligou para a Alice para a pôr a par do que estava a acontecer. A Alice ficou contente pela Rose.
- Como é que ela está, Jasper? – Perguntou a Rose. Com isto tudo, tinha ido ver a amiga muito poucas vezes e das vezes que foi, ficou lá muito pouco tempo.
- Está melhor. Já consegue andar um pouco e já tem menos dores. – Explicou o Jasper.
- Isso é bom. – Disse a Rose feliz pela amiga. – E o Will?
- Ainda está entubado e na incubadora. Eles dizem mais uns dias mas ele nunca mais se livra daqueles tubos. Ele ainda é muito pequenino para estar a passar por isto tudo.
- Ele vai melhorar, Jasper.
Quando chegaram ao hospital, o Emmet estacionou o carro no parque de estacionamento e depois entraram os dois na parte do berçário do hospital. Antes de entrarem no berçário, o Emmet teve que ir até à assistente social do hospital apresentar os papéis de adopção. Enquanto o Emmet ia ter com a assistente social, o Jasper e a Rose ficaram do lado de fora do berçário a ver os bebés pelo vidro. A Rose localizou logo, qual era o seu filho. O único bebé com uma bata de hospital, sem o nome no berço e com uma manta um pouco velha por cima dele, que também devia ser do hospital. Ele encontrava-se a chorar desesperadamente. A Rose estava nervosa do outro lado do vidro, ela queria simplesmente entrar e pegar no seu bebé. Reconfortá-lo para ele parar de chorar. Ele estava ali tão sozinho.
- Rose, acalma-te. – Pediu o Jasper pondo uma mão no ombro da irmã. Ela assentiu com a cabeça mas o seu bebé continuava a chorar desesperadamente e ela ainda não podia fazer nada. Ainda não podia entrar no berçário e encostar o seu bebé, no seu peito.
Passado um bocado, o Emmet volta com a autorização para entrarem no berçário para verem o bebé. A Rose entra imediatamente no berçário e vai em direcção ao seu bebé sem qualquer dúvida. Ela percebe que ele precisa dela. Mal ela chega ao pé do berço onde se encontrava o seu filho, ela pega nele e aconchega-o. Ali, em contacto com ele, Rose percebo que o Jasper tinha razão naquilo que disse. Com o seu bebé no seu colo, o tormento que passou nos últimos dias, passara apenas a ser um pesadelo distante que ela não fazia questão de lembrar. Tudo valia a pena.
- Eu sei, amor. A mãe demorou muito a chegar. Ficaste muito tempo sozinho. Mas isso não vai voltar a acontecer, bebé. – O pequeno continuava muito agitado e a chorar. A Rose vestia um top que deixava a parte superior do seu peito descoberta. Assim, ajeito o pequeno de modo a cabeça dele ficar em contacto com a pele do seu peito, de modo a poder ouvir o bater do coração da mãe. O bebé começou a acalmar com o compasso ritmado que ouvia. Sentia-se segura daquela maneira. Rose olhava para ele carinhosamente e naquele momento tinha a certeza que aquele ser era seu filho, aquele ser pertencia-lhe. O Emmet aproxima-se da mulher e do filho e observa a cena com um sorriso no rosto. O Jasper já tinha saído do berçário. O momento pertencia apenas ao seu cunhado e à sua irmã. Queria dar-lhes um pouco de privacidade.
- Nunca o vi acordar sem chorar. Ele passa o tempo todo a chorar. – Comentou uma enfermeira amavelmente. – Esta enfermeira tinha estado presente no nascimento do pequeno. Sentia pena por ele, por não ter ninguém. Ele estava em fase de desintoxicação, o que fazia o pequeno sofrer ainda mais.
- Porque é que ele estava a chorar tanto? – Perguntou a Rose.
- Ele está a passar pelo processo de abstinência. A mãe era drogada, o que faz com que o bebé também o seja. Como o organismo dele não está a receber drogas, ressente-se. Sente falta da substância e isso faz o bebé sofrer. Por isso é que ele chora e fica assim agitada. – Explicou a enfermeira para a Rose e o Emmet. – Nunca o vi tão sossegado como está agora. – Comentou a enfermeira.
- Quanto tempo é que ele vai sofrer com isso? – Perguntou a Rose preocupada.
- Não sabemos ao certo, mas ele vai deixar de estar dependente disso. Vai deixar de sentir falta, mas até lá, têm de ser pacientes com ele. Ele vai apresentar um comportamento diferente dos outros bebés. Fica irritado e chora muito mas com o tempo tudo melhora. – Explicou a enfermeira. – Está a pensar em amamentar? – Perguntou a enfermeira. A Rose olhou confusa para ela.
- Eu sou apenas mãe adoptiva. Não posso amamentá-lo. – Disse a Rose confusa com a pergunta da enfermeira.
- Mesmo sendo mãe adoptiva, pode amamentar. Não é já que isso acontece, mas existe maneiras de estimular os seios a produzirem leite e conseguir amamentar o seu bebé.
- Quando tempo é que isso demora? – Perguntou a Rose curiosa com a ideia. Se ela pudesse amamentar o seu bebé, ela queria amamentá-lo. Ela lembra-se de amamentar o Ray e sabe que é um momento único entre a mãe e o bebé. Um momento que os aproxima de uma tal maneira que não pode ser explicado em palavras.
- Depende. Existem mães adoptivas que não chegam a conseguir, outras demoram alguns meses e outras apenas semanas. Tudo depende da convicção e do empenho da mãe.
- Eu quero tentar amamentá-lo. – Disse a Rose para a enfermeira. – Como é que eu posso fazer isso? O que é que eu tenho que fazer para isso ser possível?
- Há várias maneiras. Fazer massagens no peito, apanhar sol com eles descobertos, sem ser nos horários de sol intenso e também com aparelhos que fazem bombeamento do peito com foco na estimulação. Também existe a técnica de relactação, que é uma grande ajuda e já existem medicamentos para estimular a produção de prolactina que é a hormona do leito materno. Mas nada ajuda mais do que do que a sucção da boca do bebé.
- Em que é que consiste a técnica de relactação? – Perguntou a Rose curiosa.
- A forma mais frequente dessa técnica é o uso de uma sonda nasogástrica nº 4 ou 6 com a extremidade cortada e arredondada. Uma das pontas da sonda fica junto ao bico do peito e a outra ponta é mergulhada no leite. O leite pode estar numa seringa, num copo, ou noutro recipiente que esteja convenientemente limpo. O recipiente deve estar num local mais alto do que o peito, pois assim o leite enche a sonda, chegando assim o leite à boca do bebé. Para forçar a sucção deve baixar o recipiente. Nesta técnica a criança mama à mesma do sei peito, estimulando a produção de leite. Ao fim de um tempo começa a produzir o seu próprio leite, cada vez em maiores quantidades.
- Onde é que se pode comprar um sonda nasogástrica? – Perguntou a Rose cada vez mais entusiasmada com a ideia. Ela estava a adorar a ideia de poder amamentar o seu bebé.
- Posso arranjar aqui no hospital. Já não era a primeira vez.
- Pode-me arranjar uma? – Perguntou a Rose.
- Claro, vou buscar. Espero aqui.
- Obrigada. – Agradeuceu a Rose. A enfermeira acabou por sair do berçário e ficaram apenas a Rose, o Emmet e o bebé. O Emmet percebeu o quanto a Rose queria amamentar o bebé. Seria muito bom para ela.
- Esse pequeno adormeceu com a cabeça encostada ao teu peito. – Comentou o Emmet carinhosamente.
- Ele deve estar a sofrer tanto. – Comentou a Rose para o marido.
- Mas vai passar e nós vamos estar aqui para o ajudar.
- Pois vamos. – Comentou a Rose sorrindo ternamente para o seu filho. – Não é maravilhoso eu poder amamentá-lo? – Perguntou a Rose com um enorme sorriso na cara.
- É. – Respondeu o Emmet beijando de seguida a mulher.
- Queres pegar-lhe?
- Quero. – Respondeu o Emmet. A Rose passou cuidadosamente o bebé para o colo do marido. O bebé remexeu-se um pouco mas continuou a dormir. A enfermeira, acabou por voltar uns minutos depois, com algumas sondas na mãe.
- Trouxe várias, para se acontecer algo a uma, tem suplente. – Explicou a enfermeira. – Quer experimentar? – Perguntou.
- Agora? – Perguntou a Rose surpresa.
- Sim, está na hora de alimentá-lo. Aproveita e treina já.
- Pode ser. – Respondeu a Rose, um pouco a medo. Ela queria mesmo que isto da amamentação corresse bem.
- Sente-se ali na poltrona. – Disse a enfermeira. – Vou buscar o leite. – Informou a enfermeira, indo para uma sala ao lado do berçário. Passado um minuto, voltou com um recipente com leite. Ela pôs uma das sondas dentro do recipiente e outra perto do bico do seio da Rose, que já estava descoberto. O Emmet passou o bebé para o colo da Rose e a Rose começou a acordá-lo, visto que ele estava a dormir. Como já estava na hora de se alimentar, não foi muito dificil acordá-lo. A Rose indicou o bico do seio ao bebé e ele começou a mamar. Rose apenas sorria para o seu filho. Poder amamenta-lo, mesmo sendo desta forma, era uma experiência única. Ela nunca pensou que poderia voltar a fazer isso. Claro que os movimentos de sucção da boca do seu filho lhe magoavam um pouco, mas ela não se importava. Ela só queria saber que qualquer dia nem seria necessário a sonda. Emmet sentou-se no braço da poltrona e começou a acariciar os cabelinhos castanhos do seu filho. Ele estava maravilhado com a cena. Nunca pensou voltar a ver a Rose a amamentar um bebé.
- Emmet, ele não tem nome. – Comentou a Rose, enquanto amamentava-o.
- Ele tem nome. – Comentou a enfermeira. – Eu estava lá quando ele nasceu e a mãe biológica antes de morrer disse dois nomes. Amy e Peter.
- O que achas, querida? – Perguntou o Emmet para a Rose. Eles sempre poderiam mudar o nome. Rose percebeu que a mãe biológica dos seus dois filhos amava-os, à maneira dela, mas amava-os. Percebeu que devia pôr o nome que a mãe biológica disse. Além disso o nome era bonito.
- Vai se chamar Peter. – Disse a Rose, sorrindo para o Emmet. Emmet sorriu para ela, concordando.
- Já estás cheio, amor? – Perguntou a Rose para o filho que tinha parado de mamar e aconchegou-se no peito da mãe para voltar a dormir. A enfermeira ajudou a Rose e depois a Rose pôs o Peter para arrotar. Não demorou muito para isso acontecer. De seguida, aconchegou-o com a cabeça do bebé contra o seu peito e o Peter adormeceu outra vez com o som do bater do coração da mãe. Quando o Peter adormeceu, a Rose deitou-o no berço e tapou-o com a mantinha. Aí deu-se conta que não tinha nada para o filho. – Emmet, não temos nada para ele. – Comentou a Rose.
- Fica descansada. Vamos comprar ainda hoje, ou amanhã. Ele tem de ficar ainda aqui no hospital.
- Está bem. – Disse a Rose. – Quando é que vamos poder levá-lo para casa? – Perguntou a Rose para a enfermeira.
- Daqui a dois dias ou três ele pode ir. – Rose sorriu com isso. Daqui a uns dias tinha o seu filho em casa.
- Rose, vamos? Já está a ficar tarde. – Perguntou o Emmet.
- Sim, deixa-me só despedir dele. – Respondeu a Rose para o Emmet. Chegou-se ao pé do berço e beijo a testa do filho carinhosamente. – Amanhã, voltámos, amor. – Prometeu a Rose. Emmet também beijou a testa do filho e depois ele e a Rose sairam do hospital para irem para casa.


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Notas finais do capítulo

Olá, gente. Eu sei que devia ter postado ontem, mas eu tinha um grande imprevisto. O meu disco na sexta à noite caiu ao chão e avariou, ou seja, tudo o que tinha nele foi ao ar, incluindo os textos. Bem, fiquei sem New Life (uma das minhas outras fics, para quem não sabe) e só consegui recuperar grande parte dela hoje, ainda me falta o ultimo capitulo que provavelmente vou ter que reescrever! Mas pronto, agora já está tudo mais ou menos e eu consegui postar.
Espero que tenham gostado do capitulo. Eu achei que ficou super fofo *.*
Espero os vossos comentários!
Beijinhos
S2



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