My Destiny Is You escrita por Nyh_Cah


Capítulo 50
Capítulo 50




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Jasper
Estava em casa da minha irmã. Precisava da ajuda dela, ela era a única que me conseguia ajudar. A Alice tinha saído de casa e não disse para onde foi. Mas porque é que eu disse que ela estava paranóica? Ela estava apenas com medo, com medo que algo acontecesse com algum de nós. Porque é que não compreendi logo isso e ela teve que sair de casa para eu o compreender? Não queria perde-la, não outra vez. Da primeira vez que a perdi para ficar com a Maria, foi doloroso. Quando no dia seguinte ninguém a viu e a partir desse dia, ninguém sabia dela, eu entrei em desespero. Eu ainda a amava, eu apenas sentia atracção pela Maria e foi só eu mudar-me para casa dela que tudo sobre ela se tornou claro. Ela era maluca! Não me deixava sair de casa, não me deixava falar com a minha família nem com os meus amigos. Eu tinha que ser exclusivamente dela. Eu fartei-me e a família dela também. Eles perceberam o que ela era e decidiram interná-la num hospício. Sentia-me profundamente agradecido por isso, pois voltei a contactar com a minha família, de quem eu sentia imensa falta. Pensava que ao livrar-me da Maria, me sentiria feliz, mas não, sentia-me miserável e um completo infeliz. Ao inicio não percebi porquê, mas depois percebi que ainda era apaixonado pela Alice e sentia-me imensamente culpado por tê-la feito ir embora. Sentia tanto a falta dela! Do seu sorriso, da sua alegria, da sua personalidade. Ela era tão viva e era o que me fazia ser vivo. Sem ela, não existia vida dentro de mim, não existia nada e a vida não significava nada. Todos à minha volta continuaram a viver, a minha irmã casou e teve um filho, o Edward juntou-se com a Bella. Só eu é que não tinha seguido com a minha vida, como se vivesse num mundo diferente do deles. A minha família fez de tudo para eu voltar a ser o mesmo, mas era impossível. Apenas uma pessoa conseguiria trazer vida para dentro de mim e essa pessoa era a Alice. Passados quatro anos de solidão e tristeza, a minha mãe avisa-nos que tem duas visitas para jantar connosco num Sábado à noite. Um jantar de família. Não fazia a mínima ideia de quem eram as visitas e nem estava interessado. Quando descobri quem eram as visitas entrei em choque. Tudo o que eu mais queria durante estes anos, era encontrar a Alice e naquela noite ela estava no meio da sala da casa onde eu morei a minha vida toda, a sorrir timidamente para mim. O meu coração voltou a bater, bastou vê-la, mas abriu-se uma enorme ferida no meu coração quando vi que ela vinha com uma menina. Ela era adorável e estava meio escondida atrás das pernas da Alice. Pensar que outro homem a tocou e que lhe tinha deixado um filho, foi demais para o meu coração e a única maneira que consegui para esconder os meus sentimentos, foi insultá-la e falar mal com ela. Não gostei de fazer isso, não gostei mesmo nada, arrependi-me no segundo a seguir, mas não podia voltar atrás no tempo.
A Rose falou comigo nessa altura e fez-me perceber que a Alice tinha todo o direito de ter estado com outros homens, visto que eu a tinha deixado para ficar com a Maria. Eu percebi isso mas custava-me à mesma e quando ela voltou lá a casa outra vez, voltei a ser rude com ela, voltei a tratá-la mal, mas em vez de ela sair a chorar como tinha feito da outra vez, encarou-me e pediu para falar comigo. Sentia tanta falta da voz dela. Era como uma melodia para mim. Aceitei em falar com ela, e em muito tempo, foi o primeiro momento em que me senti verdadeiramente feliz. Ela contou-me que a Amber, a menina adorável que vinha com ela, era minha filha e que tinha ido embora para não atrapalhar a minha relação com a Maria. Percebi o seu ponto, visto que os seus pais só se casaram porque a mãe dela ficou grávida dela. Ela não me queria obrigar a ficar com ela por causa de um bebé. Ter a Amber como filha foi um dos maiores presentes que ela me deu. Nunca pensei que ter uma filha fosse tão bom, mas era. Eu adorava estar com ela, brincar com ela. Queria estar todos os momentos perto dela para não perder nada do seu crescimento. Estar perto da Alice também contribuiu para essa felicidade. Há muito tempo que não a experimentava.
Quando a Alice ficou doente, logo me prontifiquei para ficar com ela e tomar conta da Amber. Elas eras as mulheres da minha vida e eu precisava de tomar conta delas. Os dias em casa da Alice, foram os melhores que eu tive num espaço de quatro anos. Era como se voltássemos a estar juntos de novo. Na última noite que lá estive, entregámo-nos um ao outro. A noite foi perfeita. De manhã cedo, recebi a mensagem de uma das minhas antigas clientes a pedir um encontro imediato. Vesti-me e fui ter com a Katherine. Naqueles últimos dias, antes de a Alice adoecer, aproximámo-nos um do outro. Eu tinha-a defendido num caso. Nesse dia, ela disse que era apaixonada por mim e começámos a namorar. Eu sabia que ficar com a Alice era improvável e eu até gostava da Katherine, até nutria sentimentos por ela. Mas não gostava dela como a Alice. Fiquei uns tempos com ela e a minha vida até era boa, até descobrir que a Katherine me traía. Apanhei-a na nossa cama com outro homem. Acabei tudo com ela e decidi fazer uma viagem repentina para espairecer. Fui a casa da minha mãe durante a noite e deixei-lhe um bilhete a explicar que já não namorava com a Katherine e que ia viajar sem data de regresso marcada. Fiquei cinco meses fora. Foram precisos cinco meses para perceber que a única mulher que alguma vez iria amar era a Alice e que precisava de fazer de tudo para conquistá-la e tê-la de volta. Quando voltei, encontrei-a grávida de sete meses. Ao inicio, voltei a pensar que ela se tinha envolvido com outro homem e fiquei triste mas depois ela disse-me que tinha engravidado naquela noite em que nos entregámos um ao outro. Ficou felicíssimo por saber que ia ter outra filha. Foi outro presente maravilhoso que a Alice me deu. Com o tempo consegui voltar a conquistá-la e voltámos a ser um casal. Ela e a Amber vieram morar comigo. Foi maravilhoso sentir que tinha uma família. Os meses seguintes foram extraordinários, nunca pensei que pudesse voltar a ser tão feliz. Mas foi possível e isso tudo deve-se à Alice.
Quando a Maria voltou a aparecer. Passei o tempo todo preocupado, tanto com a Alice como com as minhas filhas. Ela era louca. Os piores momentos da minha vida, foi quando ela atropelou a Amber e raptou a Liv. Nunca me senti tão impotente como nesses dois momentos. Depois quando ela, atirou a Alice para a frente de uma bicicleta a alta velocidade, a preocupação tornou-se maior. Ela não tinha medo de matar ninguém. Ela não tinha medo das consequências. A Alice ficou traumatizada. Não saía de casa para sítios públicos, sem ser o trabalho. Não conseguia ficar sozinha em casa e passava muitas noites sem dormir, devido ao medo. Eu pensava que compreendia como ela se sentia, mas não. Isso ficou provado na nossa discussão. Eu não sabia mesmo o que ela estava a sentir e ela saiu de casa. Depois de tudo o que aconteceu, eu não podia deixar que ela saísse da minha vida outra vez. Eu precisava dela para viver.
Eu e a Rose ligámos para ela a tarde inteira, mas ela não atendia. Estava com medo que algo acontecesse. Ao fim da tarde, ela atendeu a chamada da Rose e falou com ela, depois falou comigo. Ela sentia-se culpada, eu percebi isso e o medo de eu rejeitá-la foi o que a impediu de já ter vindo para casa. Ao fim de uma longa conversa, ela disse que vinha para casa e que demorava no máximo uma meia hora. Voltei a sentir-me aliviado, ao saber que ela ia voltar para o pé de mim, ao saber que ela desculpou o que eu disse e que ainda me amava.
- Papá! – Chamou-me a Liv com voz de choro, interrompendo os meus pensamentos. Depois de a Alice sair de casa, a Liv não parou de chorar. Ela queria a mãe. Queria que os pais voltassem a ficar juntos. A Amber também estava triste mas ela não chorava para não assustar a Liv. Ela tomava conta da Liv e dizia que tudo ia ficar bem, mesmo não sabendo disso, mesmo estando tão triste como a Liv. Eu tinha tanto orgulho nela. Ela estava a crescer e a mostrar ser uma grande menina.
- Sim, princesinha? – Perguntei, aconchegando-a ao meu colo. Ela estava com as bochechas, o nariz e os olhos vermelhos de tanto chorar e estava exausta.
- Quando é que a mãe volta para casa? – Perguntou ela. Tínhamos acabado de saber que a Alice ia voltar, por isso, elas ainda não sabiam.
- Ela está a vir agora, para casa. – Disse sorrindo para ela.
- A sério? – Perguntou ela mais feliz.
- A sério, já estive a falar com ela, e ela está mesmo agora a vir para casa.
- Que bom! – Disse ela abraçando-me fortemente. Abracei-a também. – Vou contar à Amber. – Disse ela sorridente, saindo do meu colo apressadamente. Fiquei sozinho no sofá da sala da casa da Rose. O Emmet estava a tomar conta das crianças e a Rose foi comer qualquer coisa à cozinha. Só queria que a Alice chegasse rápido.
Passados quarenta minutos, estava a andar de um lado para o outro na sala, preocupado. A Alice disse que demoraria, no máximo, trinta minutos. Já se tinham passado, quarenta e cinco e ela ainda não tinha aparecido. Estava a ficar realmente preocupado. E se ela tinha desistido de voltar? E se ela não quer mais ficar comigo? Estava a desesperar.
- Jasper…. – Chamou a Rose interrompendo os meus pensamentos. Olhei para ela e vi que ela estava a chorar. O que tinha acontecido? – A Alice deu entrada nas urgências do hospital, está em estado crítico no bloco operatório. Como fui o último número que ela tinha registado, ligaram-me. – Explicou ela entre soluços.
- O que aconteceu? – Perguntei em desespero.
- Não sei, eles não me explicaram. – Disse ela chorando copiosamente.
- Vou para o hospital. – Informei-a. – Podes ficar com elas?
- O Emmet vai ficar, já o avisei. – Disse ela. – Eu vou contigo.
Fomos, os dois, em direcção ao meu carro e eu dirigi até ao hospital, o mais rápido que podia.
Entrámos apressadamente e fomos até a recepção.
- Pode nos dar informações sobre Alice Cullen? – Perguntei desesperado. Queria saber o que tinha acontecido com ela e como é que ela estava.
- Alice Cullen está em cirurgia. – Informou-nos a rapariga da recepção.
- Sabe o que lhe aconteceu? – Perguntou a Rose entre soluços.
- Não mas aquela senhora, sabe. Foi quem ligou para a emergência. – Informou-nos a rapariga. Ela apontou para uma mulher que devia estar na sua meia-idade, tinha cabelos castanhos-claros. Ela estava sentada numa cadeira na sala de espera. Olhei para a Rose e ela olhou para mim. Assenti com a cabeça, confirmando-lhe que ia falar com a senhora. Precisava de saber o que se tinha passado. Aproximei-me calmamente para não assustar a senhora.
- Desculpe, a senhora foi quem encontrou a Alice? – Perguntei educadamente à senhora. Ela olhou atentamente para mim.
- Sim, fui eu. – Disse ela afirmando com a cabeça.
- O que aconteceu? – Perguntei um pouco desesperado.
- Ela estava parada no sinal vermelho. Quando o sinal caiu para verde, veio um carro de trás a uma velocidade considerável e bateu no carro dela. A mulher do outro carro, saiu do carro. Ao princípio, pensei que era para ir ajudar a Alice mas essa mulher abriu a porta, disse qualquer coisa à Alice e depois foi embora apressada, acho que dei pela minha presença. Eu anotei a matrícula. – Disse ela passando-me um papel com a matricula do carro.
- A…
- Alyson. – Completou ela.
- A Alyson consegue descrever-me a mulher do outro carro? – Perguntei. 
- Claro. Tinha um corpo esbelto e era muito bonita. Os cabelos dela tinham uma cor muito característica, ela tinha o cabelo cor de ouro, e compridos. Nunca tinha visto aquela cor de cabelo na minha vida. – Explicou ela. A Alyson tinha acabado de descrever a Maria. A Maria tinha tentado matar a Alice. A Alice tinha razão, a Maria apenas estava à espera do momento perfeito e conseguiu-o.
- Obrigada, Alyson. Muito obrigada, por chamar os paramédicos para a Alice.
- De nada. – Disse ela sorrindo um pouco. – Fazia com qualquer um.
- Sabe o que ela tem? – Perguntei.
- Não sei ao certo, mas desconfio. Sou enfermeira noutro hospital e aqueles sintomas, condizem com um deslocamento da placenta.
- É grave? – Perguntei.
- É. – Respondeu a Alyson, simplesmente.
- O que pode acontecer? – Perguntei outra vez desesperado.
- Calma, eu não tenho a certeza se é isso. Se for isso, é perigoso, tanto para a mãe como para o bebé. O bebé começa a receber oxigénio e nutrientes em menor quantidade, se estiver muito tempo privado disso, pode acabar por morrer. A mãe pode morrer de hemorragia. – Explicou-me ela. Entrei em pânico. Eu não podia perder nenhum dos dois. Eles não podiam deixar-me.
- O que lhe estão a fazer no bloco operatório? – Perguntou a Rose, falando a primeira vez que nos dirigimos à Alyson. 
- Pelo que o médico disse, estão a fazer-lhe uma cesariana.
- Mas ela está apenas de sete meses e meio. – Disse a Rose em choque.
- O bebé tem mais hipóteses de sobreviver fora do ventre do que dentro do ventre numa situação destas. Acredite que é o melhor para os dois. – Explicou a Alyson.
Ficámos o resto do tempo em silêncio, só se ouviam os soluços da Rose. Passados uns minutos, o meu telemóvel começou a tocar. Olhei para o ecrã para ver quem era. Era a minha mãe. Ela já deve saber o que se passou, deve ter ligado para casa da Rose por alguma razão. Atendi o telemóvel.
- Estou, mãe. – Disse com a tristeza presente na voz.
- Jasper, o que se passou? – Perguntou a minha mãe preocupada.
- A Maria bateu no carro da Alice. A Alice está no bloco operatório, o médico está a fazer-lhe uma cesariana de emergência. – Expliquei.
- Ó meu deus! Eu e o teu pai vamos para aí, querido. – Disse ela. Sabia que não valia a pena contestar, porque ela viria na mesma.
- Está bem, mãe. Estamos na sala de espera. – Disse-lhe.
- Estamos aí num instante.
Desliguei o telemóvel e voltei a mete-lo no bolso.
- Os pais vêm para cá. – Informei a Rose. Ela sorriu debilmente e aconchegou-se em mim. Sabia que estava a custar-lhe isto da Alice. Era como se estivesse a rever o dia em que teve o Ray. Ela também foi levada de urgência e fizeram-lhe uma cesariana de urgência, mas a ela laquearam as trompas. – Rose, vai tudo correr bem. – Disse acariciando a sua bochecha.
- Só não quero que ela passe pelo mesmo que eu. Não quero que ela sofra tanto. – Explicou, deitando algumas lágrimas. Ela estava a sofrer. Eu percebia isso.
- Eu sei, Rose.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da surpresa que vos trouxe. O POV do Jasper. Espero sinceramente que tenham gostado. Eu sei que vocês estavam à espera de saber se a Alice está bem ou não, mas eu tive que fazer este capitulo. Queria vos dar o ponto de vista do Jasper sobre tudo o que aconteceu desde que a Alice voltou. Espero mesmo que tenham gostado. O proximo capitulo também vai sei do ponto de vista do Jasper e vai ser o capitulo bem emotivo e tenso. Espero os vossos comentários! E quem sabe uma recomendação :p
Beijinhos
S2