My Destiny Is You escrita por Nyh_Cah


Capítulo 3
Capítulo 3




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Nos dias antes de ir para Portland, estive a guardar as nossas roupas, que não eram muitas, algumas coisas nossas de valores e partimos para Portland.

A viagem demorou pouco tempo e fez-se bem. A Amber parecia sentir a minha felicidade e entusiasmo porque ela apresentava os mesmo sentimentos do que eu.

Quando lá chegámos, percebi a falta que aquele sítio me fazia. Só quando cheguei lá é que percebi as saudades que eu sentia de Portland. Eu amava esta cidade.

O apartamento que em princípio íamos alugar, situava-se ao pé do parque de Portland, um sítio que eu adorava. O apartamento tinha sido construído recentemente. Era branco por fora e por dentro era muito simples, tinha apenas dois quartos, uma sala que era a divisão maior do apartamento, uma cozinha, uma casa de banho e um hall de entrada. Já estava mobilado. Era muito agradável e acolhedor, este apartamento. Simplesmente adorei. Decidi alugá-lo, logo na hora.

A Amber foi inspeccionar o apartamento todo na hora seguinte de nos termos instalado. Eu fiquei a arrumar as poucas coisas que trouxemos de Seattle. Quando acabei, deitei-me no sofá e a Amber deitou-se comigo. Ficámos a ver televisão e a comer bolachas, acabando por adormecer as duas no sofá.

No dia seguinte, fui a umas entrevistas de emprego que não consegui marcá-las para a outra semana. Tive de levar a Amber comigo mas ela portava-se sempre bem. Quando acabei todas as entrevistas, fomos para casa e eu preparei algo rápido para comermos. Enquanto preparava o almoço, a Amber ficou a ver televisão.

Depois de almoço a Amber pediu-me para ir para o parque em frente ao nosso apartamento. Eu não lhe podia dizer que não, simplesmente adorava aquele sítio.

Ela esteve a brincar nos escorregas e nos baloiços durante uma grande parte da tarde. Quando se fartou, veio para o pé de mim. Eu estava sentada num banco a observá-la.

- Mamã, estou cansada. Podemos ir para casa? – Perguntou ela.

- Podemos. – Disse eu carinhosamente.

Ela começou a correr para ir para o apartamento, visto que o apartamento e o parque eram ao lado um do outro. Ela corria alegremente e ria-se.

- Amber Rose! Cuidado! Mais devagar! – Repreendi-a indo a correr atrás dela. Com tanta correria, ela acabou por chocar contra uma pessoa. Nunca via para onde andava! Fui até ela o mais rápido possível.

- Desculpe, ela ter chocado contra si. Ela nunca vê por onde anda. – Desculpei-me pegando na mão da Amber para a levar para casa.

- Não faz mal… Alice? – Perguntou a mulher à minha frente atónica por me ver. Não estava nada à espera de encontrar a Esme, aqui. A Esme era a mãe do Jasper. Era coisa de mãe mais próxima que tive. Ela considerava-me uma filha e eu considerava-a minha mãe. Ela era uns centímetros mais alta que eu. Os seus cachos castanhos-claros caiam-lhe pelo meio das costas. Tinha a pele de um tom claro e os olhos castanhos. Ela era a pessoa mais doce e carinhosa que eu conhecia. Ela preocupava-se com toda a gente, queria sempre saber se nós estávamos bem. Ela era mãe do Jasper e da Rose, irmãos gémeos, e do Edward. A Esme tinha adoptado o Edward quando ela tinha seis anos. Ele era uma pessoa extremamente corajosa e forte. Tinha os cabelos castanhos aloirados meio despenteados e os olhos verdes o que contrastava com a sua pele pálida. O pai dele tinha matado a sua mãe e a sua irmã mais nova à frente dele. Depois de o pai dele as matar, matou-se a si próprio, tudo à frente dele. Ele chamou o 112, algo que a mãe dele sempre o ensinara a fazer, e explicou o sucedido. Depois ele foi levado para uma instituição e passados dois meses a Esme e o Carlisle adoptaram-no. A partir daí, ele foi uma criança extremamente feliz. – Alice? – Repetiu ela visto que eu não respondia. Estava atónica a olhar para ela. Sabia que era provável encontra-los mas nunca pensei que os ia encontrar tão rápido. Ainda não estava preparada.

- Esme? – Gaguejei.

- Eu nem acredito que estás aqui. Nós sentimos tanto a tua falta. – Disse ela abraçando-me. – O que é que aconteceu? – Perguntou. Já estava à espera dessa pergunta. Eu fui-me embora de um dia para o outro sem dizer nada a ninguém.

- É uma longa história… - Respondi ainda um pouco estupefacta.

- Tenho tempo. – Disse ela. – Alice, sabes que ainda podes contar comigo não sabes? – Perguntou ela. Felizmente, sabia que podia contar com ela. Sempre poderia contar com ela. Ela sempre estaria ali para ajudar toda a gente e era isso que eu mais gostava nela.

- Sei. Vamos para o meu apartamento. – Sugeri. Ela afirmou com a cabeça e seguiu-me. Quando chegámos ao apartamento, mandei a Amber ir brincar para o seu quarto para ficar a falar com a Esme na sala.

- Então, Alice, o que aconteceu para te ires embora, sem te despedires? – Perguntou ela com tristeza na voz.

- O Jasper acabou comigo… - Comecei. – Ele disse que as coisas já não estavam a resultar entre nós e que se tinha apaixonado por outra pessoa.

- Maria… - Disse a Esme com amargura na voz.

- Sim, ele disse que estava apaixonado pela Maria. – Disse eu a lembrar-me desse momento.

- Mas porque não ficaste? Ainda nos tinhas a nós! – Perguntou. Tinha de lhe contar a verdade. Não havia outra maneira de lhe explicar as coisas. Eu sabia que podia confiar nela. Sabia que lhe podia contar tudo o que se tinha passado. Mas eu tinha tanto medo que ela reagisse mal, que ela ficasse chateada comigo e se distanciasse. Ela estava à espera que eu respondesse.

Suspirei, tentei acalmar-me e comecei a contar o resto da história.

- No dia que o Jasper acabou comigo, tinha descoberto que estava grávida. Depois de ele acabar comigo, fui para casa. Contei aos meus pais que estava grávida com a esperança de eles ajudarem-me. Eles reagiram pior do que eu estava à espera. A minha mãe pareceu odiar-me mais do que me odeia. O meu pai chamou-me de puta e expulsou-se de casa. Eu tinha decidido dar uma vida melhor ao meu bebé e então fui para Seattle. Aluguei um apartamento e arranjei um emprego como empregada de café. Trabalhei durante os nove meses de gravidez para poder ganhar o máximo de dinheiro que conseguia. Ao princípio até fazia horas extraordinárias para me pagarem mais. Quando a Amber nasceu, tive que abandonar o emprego para cuidar dela, passando a viver apenas do subsídio de desemprego. Cuidei dela estes quatro anos. Há pouco tempo, estava a procurar emprego num jornal e descobri um em que pagavam bem. Percebi que estava cheia de saudades de Portland, então voltei. Aluguei este apartamento e continuo à procura de emprego. Preciso mesmo do emprego. Não sei se o dinheiro vai chegar para tudo, agora que tenho de pagar os medicamentos da Amber. – Disse desesperada. O dinheiro mal chegava ao fim do mês.

- Medicamentos? O que a Amber tem? – Perguntou ela visivelmente preocupada. Não sei se ela tinha percebido que a Amber era neta dela mas mais cedo ou mais tarde ela iria perguntar.

- Sim, a Amber tem asma e preciso de comprar alguns medicamentos para evitar as crises. Também foi uma das razões de eu me mudar. Lá em Seattle era muita confusão e poluição e aqui é tudo mais sossegado. Quero proporcionar à Amber uma condição de vida melhor.

- Quem é o pai da Amber, Alice? – Perguntou a Esme um pouco desconfiada. Ela já devia desconfiar de quem era por isso não valia a pena mentir. Acabaria por ser descoberta e eu não quero viver em mentiras. Quero ter uma vida sossegada.

- É o Jasper… - Respondi olhando para as minhas mãos.

- Ela é minha neta? – Perguntou ela entusiasmada.

- É… - Disse continuando a olhar para os meus pés.

- Estou tão feliz, tenho mais um neto!

- Não está chateada comigo? – Perguntei olhando para ela surpreendida. Não estava à espera desta reacção. Pensava que ela iria ficar chateada comigo.

- Não. – Disse ela visivelmente feliz. – O Jasper sabe?

- Não… Não lhe quis contar depois de ele ter acabado comigo. Não lhe queria obrigar a ficar comigo apenas porque iria ter um filho dele. Não queria que acontecesse o mesmo que aconteceu com os meus pais... Eu sei que ele merece saber mas eu não achei justo estragar-lhe a vida.

- Mais do que a Maria fez, é impossível. – Constatou a Esme. Olhei para ela confusa. Ela percebeu que eu não sabia o que se tinha passado na minha ausência. – A Maria era obcecada por ele. Fez com que ele se afastasse de todos os seus amigos e pior, fez com que ele se afastasse da sua família. Ele estava tão deslumbrado por ela que não se importou com nada. Quando se apercebeu de tudo, era um pouco tarde de mais. A Maria começou a ter crises de ciúmes e ameaçava suicidar-se ou matar alguém. Nós não sabíamos o que fazer para o ajudar. A família dela acabou por perceber a quão louca ela estava e internaram-na numa clínica. Até hoje, ela permanece na clínica. – Explicou ela.

Fiquei estupefacta a ouvir aquela história. Nunca pensei que a Maria fizesse isso. Ela não tinha razão para fazer isso. Ela conseguia sempre tudo o que queria.

- Mamã… é a avó? – Perguntou a Amber timidamente ao entrar na sala. Ela deve ter estado a ouvir a conversa. Ela sabia a história. Eu já lhe tinha contado quando ela tinha três anos. Ela esteve no parque a brincar com uma menina e a menina estava com os seus pais e com a sua avó. Ela percebeu que apenas tinha a mãe e quando chegou a casa perguntou-me onde estava a papá e os avós. Eu expliquei-lhe tudo o que podia para ela e ela compreendeu. Ela sempre quis conhecer o pai e os avós. Era o maior sonho dela. Lembro-me que houve um Natal que eu lhe perguntei o que ela queria que o Pai Natal lhe trouxesse. Ela olhou para mim e respondeu “Quero conhecer o papá e os avós”. Fiquei surpreendida com a resposta dela. Eu expliquei que o Pai Natal não conseguia fazer isso e então ela disse que não queria mais nada.

- Sim, princesinha. É a avó. – Disse-lhe. Não era justo mentir-lhe. Era tudo o que ela mais queria, era conhecer a avó. Ela veio a correr para o pé de mim e sorriu para a Esme.

- Olá. – Disse ela timidamente.

- Olá, querida. – Disse a Esme pegando na Amber ao colo.

- Amber, estás com fome? – Perguntei-lhe. Ela afirmou com a cabeça e depois levou a avó para o quarto para brincar com ela. Ela estava tão feliz. Notava-se. Ela tinha os seus olhinhos a brilhar e aquele sorriso que eu adorava não lhe saía do rosto.

Fui fazer o lanche dela e depois chamei-a para ela vir comer.

- Ela é tão parecida com o Jasper! – Admirou a Esme.

- Eu sei. Têm os mesmos gostos, são mesmo muito parecidos. Principalmente os olhos e a cor do cabelo.

- Ela é tão querida. – Disse a Esme embevecida.

- Pois é! – Disse com orgulho.

Ficámos o resto da tarde a brincar com a Amber e a falar. Sentia-me mais leve por ter contando tudo à Esme. Ela compreendeu tão bem e estava tão feliz por ter descoberto que tinha uma neta. Ela contou-me sobre todos na família. Disse que a Rose e o Emmet se tinham casado e tinham agora um filho com quase três anos. Ele chama-se Ray. A Bella e o Edward também estavam juntos mas ainda não tinham casado. Estava tão feliz por saber que eles estavam bem.

Por volta das sete, a Esme teve que se ir embora. Ela despediu-se de nós.

- Tens mesmo de ir, avó? – Perguntou a Amber, triste por a avó ter que ir embora.

- Eu volto, ok amor? – Disse ela carinhosamente à Amber.

- Ok. – Disse ela um pouco sorridente.

Fui levar a Esme a porta enquanto a Amber ficava na sala a ver televisão.

- Quero ver-vos outra vez, ok? – Perguntou a Esme.

- Ok, também a quero ver outra vez mas ainda não conte a ninguém que eu voltei. Não estou preparada para as reacções deles. – Disse.

- Ok. Eu não digo nada mas tens de dizer alguma coisa a eles. Principalmente ao Jasper.

- Eu sei… ele tem o direito de saber mas por enquanto ainda não tenho coragem de o enfrentar. É muito cedo. Preciso de tempo.

- Eu sei, Alice. Eu compreendo. Eu vou esperar até tu estares preparada. Sabes que tens me sempre a mim para apoiar-te.

- Eu sei. Obrigada! – Disse dando-lhe um beijo na bochecha e ela saiu. Fui para a sala para o pé da Amber.

- Então, princesinha, gostaste da avó? – Perguntei-lhe sentando-me ao lado dela.

- Adorei! Ela é tão linda! – Disse ela feliz.

- Pois é! – Disse sorrindo por a minha princesinha estar tão contente. Ela continuou a ver televisão e eu fui para a cozinha fazer o jantar. Pus a mesa e depois servi a comida.

Depois de acabar de jantar e arrumar a cozinha fui para a sala para o pé da Amber. Ela estava a desenhar.

- O que estás a desenhar? – Perguntei ternamente à Amber.

- Estou a desenhar a avó, tu e eu. – Disse ela mostrando-me o desenho.

- Está lindo, filha.

- Depois vou dar à avó, achas que ela vai gostar? – Perguntou-me ela inocentemente.

- Tenho a certeza que ela vai adorar o desenho. – Ela sorriu para mim.

Fiquei a ver televisão enquanto a Amber desenhava e brincava com os seus brinquedos. Por volta das onze fui deita-la.


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Notas finais do capítulo

Dei-vos um capitulo bem grande por isso espero muitos comentários! :P
Espero que tenham gostado do capitulo!
Bjs
S2