Babás por Um Dia: Perdidos no Shopping escrita por GiullieneChan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Nota: Pela cronologia, Junon e Kenny são três anos mais velhos que Ângela. Alexandre tem seus 5 anos.



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—Não acho que seja uma boa ideia. Nunca saiu sozinho com ela antes, Giovanni. -Maeve não escondia seu nervosismo diante da decisão do marido de levar Ângela ao Shopping Center.

—Sem dramas, Maeve. -declarou pegado o bebê de quase oito meses no colo, enquanto levava uma bolsa na mão. -Qual foi o combinado? Eu levaria a Ângela no Dia das Crianças para passear e você teria um dia de folga! Você não ia sair com as garotas? Fazer compras no centro da cidade ou algo parecido?

—Sim, mas...

—E não irei sozinho. Kamus irá também, levar Alexandre...Kanon levará os gêmeos. Milo e Saga vão para dar apoio.

—Por que com esse time de cavaleiros eu não me sinto segura? -comentou em voz alta.

—Deixa de neuras. -ele a puxa com uma mão livre pela cintura e lhe dá um beijo terno, mas nem um pouco casto. -Voltamos à tarde. Vamos conhecer o ídolo dela.

—Que ídolo? -estranhou. –Godzilla?

—Sei lá...um cara vestido de dinossauro roxo. -deu os ombros.

—Giovanni...Ângela não gosta de Barney. Ela odeia Barney! Tem medo dele! -tentou explicar. -Sua filha gosta do Godzilla.

—Gosta? -e olhou para a menina com o rostinho de anjo e sorriu. -É a mia bambina! Não gosta de caras afrescalhados que se vestem de dinossauros roxos! Tem bom gosto!

—Céus. -suspirou Maeve, e então virou quando percebeu a chegada dos demais pais com seus filhos. –Que Freiya me ajude!

Kamus chegou com o comportado Alexandre, de quase sete anos, incrível como pai e filho eram parecidos, Kanon já segurava os gêmeos Junon e Kenny, um em cada braço provavelmente apartando alguma briga entre os meninos de três anos.

—Está bem. -ela suspirou e beijou o rosto da filha. -Obedeça ao papai.

—Desencana Maeve. -avisou Milo chegando com Saga naquele momento. -Não vamos perder a Ângela ou coisa parecida.

—É bom mesmo, Milo de Escorpião. -avisou a asgardiana e se aproximou dos homens. -Pois se algo acontecesse com minha filha, vocês não dormiriam mais sossegados. Eu os mataria enquanto estivessem adormecidos. -depois sorriu e acenou dando tchau. -Tenham uma boa tarde.

—Ela me assusta às vezes. -murmurou Milo a Kamus quando saiam.

—Desirée também. Nunca vi tantas recomendações pra um simples passeio ao Shopping! -resmungou o aquariano.

—Acontece que para as mulheres primeiro os filhos, depois, bem depois estão os maridos. -comentou Milo.

—Como pode saber disso? -pergunta Mascara da Morte. –Não é casado!

—Li isso em algum lugar.

—Ele e Dione estavam fazendo terapia de casal. -explicou Kamus.

—Ainda são namorados e já fazem terapia de casal? –exclamou Kanon.

—Eu fui enganado. Ela disse que era uma palestra sobre carros!

—Juliana não disse nada. Confia em mim. -falou Kanon com orgulho.

—É porque sua esposa nem sonha que você já perdeu os gêmeos uma vez... e dentro de casa. -provocou Saga. -Se soubesse disso, você estaria dormindo no quintal até hoje!

—Isso aconteceu uma vez só! UMA VEZ SÓ! -Kanon impacientou-se. -Nunca mais perdi os pestinhas de vista desde então!

Saga cruzou os braços, fitando o irmão e erguendo uma sobrancelha.

—Eles sumiram da sala, não sumiram? –Kanon perguntou com o semblante inalterado.

—Sim.

—Foram para os fundos da Casa de Câncer?

—Sim.

—Já volto.

Kanon sai correndo para dentro da casa de Câncer e minutos depois volta com os dois meninos embaixo dos braços e com uma expressão que pedia para não falarem nada.

—Chega disso! -pediu Máscara da Morte. -É só um passeio idiota no Shopping, para ver um cara de roupas de dinossauros, tirar fotos e vir embora. Que mal há nisso?

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No Shopping...

—É uma visão do Tártaro!

Exclamou Máscara da Morte diante da enorme quantidade de crianças correndo e pulando em volta deles, todos querendo ver Barney. Impacientes pela demora do show.

—Isso não começa logo não? -perguntou Milo olhando para o relógio. -Estão atrasados meia hora!

—Eu não sei. -Kamus deu os ombros.

—Pai, tô com fome! -queixou-se Alexandre.

—Eu também. -queixou-se Milo. -Porque não compra um Mac?

—E eu lá tenho cara de ter um filho do seu tamanho? -Kamus revidou impaciente para o amigo.

—Puxa... -Escorpião fez beicinho.

—Para! -avisou Kamus.

—Com o que? -indagou Milo, fazendo o olhar magoado.

—Com a chantagem emocional. Sabe que isso não funciona comigo.

—Eu não estou fazendo nada. Só estou amargurando minha mágoa pelo meu amigo insensível à minha fome. –respondeu suspirando. –Esqueci a carteira... mas tudo bem, eu vou beber água ali daquele bebedouro para disfarçar a fome.

Kamus lançou um olhar furioso para Milo que deu os ombros, suspirando de novo.

—Tô com fome! Tô com fome! Tô com sede! Tô com sede! -diziam os gêmeos ao redor de Saga e Kanon.

—Se sairmos daqui perdemos o lugar pra ver o show na frente. -diz Kanon.

—São seus filhos. Faça algo. -disse-lhe Saga.

—Você é o tio. Não pode comprar um lanche e um suco para cada um?

—Tô com fome! Tô com fome! Tô com sede! Tô com sede!

—Fazer o que? -e Saga puxa Milo pela gola da camisa. -Vem.

—Pra que? -queixou-se. -O show vai começar!

—É um show idiota! E não vou carregar lanches e sucos pra todos sozinho!

—Nesse ponto tenho sorte. -disse Máscara da Morte dando uma mamadeira para Ângela, de repente fez uma careta. -Que cheiro é esse?

—Vem da sua filha. -aponta Kamus.

—Tá insinuando que mia bambina cheira mal? -cerrou os punhos na direção do Kamus.

—Estou dizendo que ela precisa trocar as fraldas. -respondeu Kamus com calma.

—Catso! E onde eu faço isso? -olhou para os lados.

—No Fraldário. Já ouviu falar? -Kanon provocou. -Deve ter um por aqui!

—Papa...-Kenny puxava a calça do pai, com uma expressão angustiada. -Faze xixi.

—Que? Agora? -e o levantou para cima, passando correndo entre as crianças e pais que acotovelavam-se para verem o show. -Kamus, olha o Junon pra mim!

—Qual deles é o Junon? –Kamus fica preocupado, fitando o pequeno que sorri para ele. –Tem certeza que deixou o gêmeo certo?

—Papai? O Barney não vem. -Alexandre falou parecendo cansado. –Vamos embora?

—Isso é ridículo! -exclamou Kamus. -Vou lá ver porque a demora. Fica aqui de mãos dadas com o Junon e não saiam!

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Na fila do McDonalds...

—Hum...são três McLanches Feliz, três sucos. -Saga analisava e fazia as contas.

—Quatro. Pede um pra mim também. E não esquece o brinquedinho. -pediu Milo.

—Quantos anos você tem? -indagou Saga.

—Ei, estou com fome também! Mas esqueci minha carteira. -queixou-se e deu um longo suspiro. -E este mês são mini games. Mas tudo bem, quando eu tiver folga de novo... sabe-se lá quando... eu volto aqui.

—Está tentando me comover?

—Não... deixa... –Suspira de novo.

—Novamente pergunto... quantos anos você tem?

—Façam seus pedidos. -pediu a atendente sorrindo.

—Pede. -insistiu Milo. –Vou ali beber água daquele bebedouro para enganar minha fome.

—Pela deusa... –Saga suspirou. –Não trouxe mesmo a carteira?

—Sai com pressa e...Contava com meus melhores amigos de toda a minha vida para...

—Folgado. -Saga resmungou.

—Ei. Anda com essa fila! -pediu uma senhora atrás deles, impaciente. –Estou envelhecendo nessa fila!

—Ainda estamos decidindo o que comprar para as crianças. -explicou Milo, que depois lança seu olhar magoado para Saga.

—Não estamos não. -Respondeu Saga. -Não vou comprar lanche pra marmanjo.

—Tudo bem... eu entendo... -falou Miro seriamente.

—Três Mclanches feliz e três sucos de laranjas. –Ele ouve Milo suspirar alto e profundamente e revira os olhos. -Se eu te der esse maldito lanche, vai me deixar em paz? -perguntou entre os dentes.

—Seria gentileza sua me pagar o almoço. -respondeu sorridente. –Meu amigo.

—Quatro Maclanche Feliz. Com suco de laranja.

—O meu pode ser refrigerante. -Milo opinou e Saga contou mentalmente até dez.

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Fraldário...

—Fica quietinha aqui, enquanto seu papai vai trocar sua fralda. -pedia Máscara da Morte ao bebê, enquanto começava a trocá-la.

—Que lindo!  -uma jovem mãe comentou. -É raro encontrarmos um pai tão disposto a trocar uma fralda!

—É... pra mim não é nada demais. Eu gosto de cuidar de mia ângelo. -respondeu sem graça, acabando de trocar Ângela.

—Não seja modesto. -falou outra mãe. -Sua esposa deve ser afortunada. Meu marido raramente se dá ao trabalho de me ajudar com as crianças.

—Homens não se dão a esse trabalho. -uma terceira falou. -Minha mãe os classifica como Seres das Cavernas. Por isso é tão admirável ver um homem cuidando com tanta dedicação de um bebê.

—Não é tão raro assim, meu cunhado também cuida dos filhos.

—Que marca de fralda você usa?

Máscara da Morte sentiu-se perdido com tantas mulheres falando ao mesmo tempo, cercando-o. Elas não paravam de falar, de lhe perguntar as coisas, de falar sobre maridos, fraldas, filhos... que não percebeu quando uma bebezinha de cabelinhos loiros começou a engatinhar para fora do Fraldário.

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Show do Barney...

Kamus entrou nos bastidores do show, cansado de esperar pelo começo deste e louco para voltar ao Santuário. Aquele dia das crianças não estava sendo como ele planejara.

—O que houve? Por que o show não começa logo? -o cavaleiro de aquário perguntou.

—Acontece que o Barney não vem. -explicou um contra regra com voz carregada de tédio, ajeitando os óculos.

—Como assim não vem?

—Síndrome do Pânico. O cara está péssimo. -lamentou-se.

—Desde quando? -indagou Kamus surpreso.

—Desde o show de ontem. -suspirou. -Os meninos sabem ser cruéis.

—QUEREMOS O BARNEY! QUEREMOS O BARNEY! QUEREMOS O BARNEY! QUEREMOS O BARNEY! QUEREMOS O BARNEY! -gritavam as crianças da plateia.

—Vamos ser linchados! -um outro contra regra gritava desesperado.

—Cadê o substituto? -berrou o diretor. -Deveria ter chegado há horas!

—Ligou avisando que a mulher foi pro hospital ter o bebê e não vem.

—Droga! E agora?

—Hum... -o contra regra de óculos analisou Kamus de alto a baixo. -Você pode nos ajudar?

—Com o que?

—Seu tamanho é perfeito! Você caberia na fantasia de Barney sem problemas!

—EU! -espantou-se. -Mon Dieu! Eu nunca faria isso!

—Como se chama, amigo? -perguntou sendo amigável.

—Kamus...

O contra regra o levou até a cortina e mostrou os meninos, que ainda gritavam:

—QUEREMOS O BARNEY! QUEREMOS O BARNEY! QUEREMOS O BARNEY!

—Olhe para aquelas carinhas... vieram de todos os cantos da cidade para ver o Barney. Tem filhos?

—Sim. Um e está ali.

—Então Kamus... -ele o agarra pela camisa com desespero. -Seja um super pai e salve o show, pelo seu filho, pelos filhos de todos que estão ali...pelo meu pescoço e minha carreira! Seja o Barney!

—Glup!

Na plateia...

—Aqui tá chato, Junon. Vamos ao parquinho? -perguntou Alexandre ao menino que pulou contente com o convite. E saíram.  -Não gosto do Barney mesmo. Se ainda fosse o Max Steel.

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Banheiros...

—Dá licença! Emergência! -pedia Kanon correndo com o menino embaixo do braço e entrando no banheiro masculino, e dando graças aos deuses por achar um banheiro vago. -Aqui. Agora faça.

—Papa...tem qui cantá!

—Cantar?

—Mamãi canta pa eu faze xixi.

—O que falta me acontecer? -suspirou. -Taá eu canto...o que quer que eu cante? Eu não sei o que cantar!

—A histoia da istelinha Lili. -pediu. –Istelinha! Istelinha!

—Não conheço essa filho.

—Du cuelho Beni? Puiá, puiá cuelho Beni!

—Não. -e suspirou. -Filho, é só xixi. Imagine uma cachoeira e faça o que tem que fazer. Faz assim... Shhhhhhhhhhhhhhh....

—Mais...é cocô taméim.

—Então faz! -perdendo a paciência.

—Num consigo! –o menino faz um gesto com os braços, como se tentasse explicar ao pai e passa a mão no rosto impaciente. -Teim qui canta pra faze cocô!

—Mas eu não sei cantar isso! Sua mãe quem inventou essas músicas! Eu não sei! -passou a mão pelo rosto. -Pode ser uma música que o papai conheça?

—Tá. Faze o que… não é a mamãi.

—Ok... –Kanon suspira e começa a cantar sem melodia. -Down by the sea, I found your hidden treasure, Just you and me, We overdosed on pleasure...Yonnies in the wind, We're ruggin' up for winter...Putting out the cold and windy weather... -parou de cantar ao ver a expressão do filho de quem não estava gostando da música. -O que foi?

—Mamãi cantá mais bunito.

—Kenny...se você fizer esse cocô, eu te dou um dinheiro. Agora anda logo com isso! -sem paciência.

—Tá. -o menino fez força, ficando vermelho e depois ergue as mãos para cima comemorando. –Pontuuuuu!

—Pronto? Já fez? Só isso?

—Limpa agoia. -disse levantando-se e esperando. Kanon o olhou ficando em pânico.

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Em algum lugar do Shopping...

Uma bebezinha engatinhava explorando o Shopping, as pessoas pareciam não notá-la. Então ela se levanta apoiada no vidro de uma porta, chamando a atenção de um segurança do Shopping, que se aproxima e pergunta:

—Cadê a mamãe, lindinha? -olhando para os lados.

A menina olha para uma mulher loira sentada lendo um livro. A mulher desvia o olhar do livro e sorri para o segurança. Ele cumprimenta com o quepe e diz para Ângela, acariciando sua bochecha:

—Não se afasta da mamãe. -e voltou para a sua ronda.

Mamãe... A palavra tem um súbito efeito na menina, que senta no chão, olhando ao redor como se a procurasse. Recomeça a engatinhar procurando pela sua mãe.

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Fraldário...

—CADÊ? CADÊ? CADÊ? CADÊ MINHA FILHA? -gritava um desesperado italiano na porta do Fraldário. -Vocês! -aponta para as mulheres. -Sua malucas, mal amadas, fanáticas em fraldas e talcos...eu perdi minha filha de vista por causa de vocês!

—Que homem grosso! -dizia uma delas.

—Ele é que é irresponsável e quer pôr a culpa em nós! -indignou-se outra.

—Suas...ONDAS... -cerrou o ataque quando recebeu um chute na nuca, jogando-o de cara no chão.

—Sem Yomotsu no Shopping, Máscara. -pediu Saga, que havia dado o chute.

—Diz ai, Pierino. Qual o motivo do estresse? -Milo perguntou, apoiando o pé na cabeça de Máscara da Morte.

—Sai de mim, Inseto! Minha filha desapareceu!

—QUÊ! -espantaram-se olhando para os lados, procurando-a.

—Como você conseguiu perder a Ângela de vista? -perguntava Milo olhando atrás de uma lixeira. -Como consegue perder um bebê?

—Meu irmão perde dois a cada semana, esqueceu? -falou Saga também procurando, deixando os lanches de lado.

—A Maeve não vai me perdoar. –ficando desesperado.

—Que isso? A Maeve te ama! -falou Saga.

—Ela é tão doce que vai saber perdoar.

A imagem da doce Maeve sendo substituída por uma maníaca assassina toma conta das mentes dos três cavaleiros que recomeçam a procurar por Ângela, desesperadamente, por todos os lados.

—ÂNGELAAAAAA!!!!!

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que vai ainda acontecer nesse Dia das Crianças?
Kamus se vestira como Barney?
Kanon conseguira sair daquele banheiro com Kenny?
Aonde Alexandre, Junon e Ângela foram?
será que as esposas descobrirão e matarão seus maridos pelo péssimo serviço de baby sitters?
Será que Milo ganhou o brinquedinho do MacLanche Feliz?
Respostas a essas questões universais...em três dias...Espero...T.T

As crianças são filhas dos Cavaleiros e aparecem nos fics Uma nova Canção, Uma garota especial.

O fato do Kanon ter perdido os filhos aparece no fic Babá por Um dia.

Kanon cantou um trecho da musica Down By the Sea, do grupo Men at Work.



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