Ainda olhando para a prima do Uruha, senti que o mundo dava voltas e a musica que estava em um volume alto de repente sumiu na minha cabeça, era como se um taquicardia tivesse danificado tudo dentro de mim. Suzuki realmente existia , mesmo eu não entendendo que mesmo não o conhecendo sonhava com o mesmo sempre, e o pior era que ela era "ela!

- Você está bem Jess? Está ficando pálida.

- Eu estou bem Uruha - Menti para não deixa-lo preocupado.

Mas no meio daquele desespero o barulho de sirene ecoou o ambiente e como numa grande feira todos começaram a correr, pois uma festa para adolescentes e com bebidas só podia resultar problemas.

Todos começaram a correr e logo perdi a doce visão da Suzuki entre a multidão.

- Jess, é melhor você ir!- me alertou Uruha.

- Não vou deixar você aqui sozinho.

- Acredite, você só vai me preocupar mais aqui , ainda mais nesse estado.

Ele tinha razão, como no fim de todas as festas alguem tinha que mentir e dizer que não tinha bebida e se eu ficasse lá passando mal ia ser dificil contar tal mentira.

Enquanto os primos mais velhos do Uruha sumia com as bebidas , o mesmo tentou acertar as coisas com os policiais que estavam na porta. E eu saia pelos fundos, e como meu carro estava na frente peguei carona com o Toddy , um amigo do Uruha.

Chegando em casa encontrei meu pai no sofá cochilando e com a tv ligada, trouxe uma pequena manta para cobri- lo e desliguei a tv, o mesmo devia estar tão cansado que pegou num sono aqui na sala mesmo.

Pensativa nos acontecimentos de mais cedo, me encolhi na cama para tentar colocar as coisas nos lugares dentro da minha cachola, imaginando o que estava acontecendo comigo , o porque de sonhar com essa garota, e agora encontra- la. Minha mãe sempre dizia que tudo na vida tem um sentido e nada é por a caso, nesse momento eu queria encontrar uma resposta para meus problemas.

Quando estava pegando no sono a campainha tocou e percebi que meu pai não levantou para atender, rapidamente desci e fiquei meio preocupada ,pois já era tarde. Olhei pela janela e só dava para ver uma pequena silhueta pois a iluminação era pouca.

Antes que toca- se novamente  eu abri de uma unica vez e com o susto não o consegui me mover, apenas consegui dizer uma unica palavra:

- S...uzu..ki?!