Caixa das Ilusões escrita por _-_Flora_-_


Capítulo 15
Vida Nova


Notas iniciais do capítulo

desculpem pelo tamanho. tenho prova amanhã.



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Andava pela rua sendo puxada pelo braço. Não prestava atenção em nada que estava acontecendo. Em minha mente, só via a imagem de Alex, com o rosto sofrido.

Eu odiava Léo. Agora, além de ter que me preocupar com Cléo, ia ter que ficar de olho nele. E, principalmente, tentar fugir dele.

Comecei a prestar atenção nele. Ele estava com a expressão dura. Só olhava fixamente para frente´. Ele andava rápido, não conseguia acompanhá-lo. Eu estava quase caindo.

-- Pode andar mais devagar? -- insisti.

Léo me encarou com a expressão séria. Ele ficara muito bravo comigo. Mas não havia problema nenhum em fugir com Alex.

-- Vou andar como eu quiser!

-- Pode pelo menos me soltar? -- eu estava brava. Sua mão estava me apertando. Não conseguia mais sentir meu braço.

-- Você vai fugir se eu te soltar! -- ele gritou. Qual era a função dele afinal? Me proteger ou me fazer achar que ele quer me matar?

-- Não vou! Eu prometo. -- fiz uma promessa que eu não sabia se seria forte o sficiente para cumpror.

Ele me soltou. Pensei em correr até a casa de Alex, mas ele é mais rápido. Com certeza me alcançaria. E não me soltaria novamente.

Era possível ver a marca de seus dedos em meu pulso.

Que raiva! Por que esse garoto entrou na minha vida?

 

Quando cheguei em casa, resolvi manter distância de Léo. Foi em vão. Ele me seguia para todos os lugares. Assim seria impossível viver.

No dia seguinte eu teria aula. Ele não podia ficar me seguindo pela escola. Mas eu estava enganada.

O dia amanheceu cinzento. As nuvens negras tomavam conta do céu. Que também estava cinza.

Os trovões eram altos, mas ainda não estava chovendo.

Quando estava abrindo a porta para sair, antes que chovesse, Léo entrou na minha frente.

-- Eu vou com você. -- ele disse, gentilmente.

Ele tinha duas personalidades. Uma era a que me protegia, mas ao mesmo tempo me odiava. Mas, a outra, era a que me protegia e que me amava ao mesmo tempo.

-- Claro. -- respondi. Não consegui negar o pedido. -- Mas não fique me seguindo!

Passei pelo portão do colégio com Léo ao meu lado. Tive que dizer que ele era um primo distante.

Procurei pelo pátio, com o objetivo inútil de encontrar Alex ao lado de Cléo. Mas ele estava sozinho. Sem ninguém ao seu lado. Era a oportunidade perfeita para falar com ele.

Comecei a correr. Mas, como sempre, Léo me puxou.

-- Eu só vou falar com um amigo! -- briguei.

-- Sei. O mesmo amigo que você estava beijando quando te encontrei ontem.

Fiquei vermelha. Ele não podia ter sido mais discreto?

-- Ninguém é confiável, no momento! Você tem que entender, Mel! -- ele disse.

-- É Melayne! E Alex é muito confiável! Até mais que você! -- quando percebi, estava quase gritando.

Ele me soltou. Corri até Alex. Tinha que dar explicações.

-- O que ele está fazendo aqui? -- perguntou, assim que me coloquei na sua frente.

-- Ele quis vir. Mas, como eu disse antes, não gosto dele.

Ele pareceu entender. Mesmo assim, não parecia muito feliz com a presença de Léo na escola.

-- Alex, não fique triste! -- eu disse. -- Eu prometo que Léo não vai atrapalhar!

-- Até parece. Aquele garoto é um assassino de beijos.

Eu concordei com ele. Mas eu tinha que me livrar de Léo, ou Alex nunca mais me dirigiria a palavra.

É sempre assim. Sempre que entra uma nova pessoa na sua vida, ela muda.


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Notas finais do capítulo

Para: Bruna
usei sua idéia do assissino de beijos.



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