Tudo Tem Seu Tempo escrita por BetaCullen


Capítulo 2
Encontrando a Estranha


Notas iniciais do capítulo

Vou continuar fazendo mais capítulos para ver se fica mais interessante, estou querendo fazer parecer um romance de verdade.



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Quando cheguei no  prédio, estacionei o carro e me dirigi ao elevador. Estava ocupado procurando as chaves dentro da pasta quando ouvi alguém gritando para segurar o elevador. Coloquei uma mão em umas das portas, e então meu queixo quase caiu, não me lembro de tê-la visto antes.

- Obrigada. – me disse com um sorriso, e que sorriso.

Sem dúvida era a garota mais bonita que eu já tinha visto na vida, tinha olhos azuis muito claros, dentes alinhados, a boca possuía lábios levemente cheios, um rosto simétrico e bonito, cabelos castanhos que caiam até metade das costas. Não era muito alta, mas também não era baixa e tinha um corpo de quem frequentava academia. Tentei controlar o meu espanto, e agir com naturalidade, ou seja, parar de secar a garota.

- De nada. Desculpe mas não me lembro de tê-la visto no prédio, é moradora nova? – perguntei, foi quando notei que ela não havia apertado o botão para o seu andar, ou seja, o elevador iria para o meu andar, o oitavo direto.

- Sim, sou sua vizinha de andar. Foi em mim que você esbarrou hoje pela manhã. – disse com um olhar que parecia me avaliar.

Senti meu rosto corar, droga.

- Era você! Desculpe, estava muito atrasado, não estava prestando atenção para onde ia. – Baixei a cabeça com vergonha e esperei o elevador parar. Quando parou, ela saiu primeiro e me disse com um sorriso que quase me fez tropeçar.

- Não tem problema, eu entendo de estar atrasada, mais do que possa imaginar.

Senti minha boca secar e meu estômago ficar gelado... Eu estava muito estranho hoje. Sem minha vontade consciente, retribui o sorriso.

- Mesmo? – eu disse, e então me lembrei que não sabia seu nome – Desculpe, não me apresentei, sou Mark Phillip. - E estendi a mão.

Ela fez o mesmo gesto, dizendo seu nome - Sou Erika Johns.

No momento que nossas mãos se tocaram, senti um choque percorrer meu corpo, do ponto de contato até os pés, “que estranho”, pensei.

- Prazer em conhecê-la Erika.

- Digo o mesmo, Mark. Tenho que entrar, ainda tenho que me arrumar para ir a uma festa de criança, - disse isso rolando os olhos - meu sobrinho esta fazendo aniversário e ainda nem comprei o presente. Boa noite, vejo você depois.

- Boa Noite – disse me dirigindo a minha própria porta.

Antes de entrar dei uma última olhada em Erika que estava entrando no seu apartamento, nossos olhares se cruzaram, sorrimos e entramos em nossos respectivos apartamentos. Fechei a porta atrás de mim, e pensei que era a primeira vez que alguém mexia comigo assim, só com o olhar.

- Mark, você esta oficialmente ferrado, droga!!

Me dirigi ao banheiro, precisava de um banho para relaxar.

Entrei no banheiro e me olhei no espelho, “eu não sou de todo ruim”, pensei. Não prestava muita atenção na minha aparência, nunca fui relapso, mas não é o tipo de coisa que me sentia compelido a cuidar.

Tinha estatura normal para um homem, 1.85m, cabelos escuros, de um castanho quase negro  em corte desalinhado, olhos azuis acinzentados. Mantenho minha forma física fazendo Box tailandês três vezes por semana, por isso possuo músculos magros. Recebia frequentemente cantada de mulheres, mas nunca dei importância para isso, não gosto de relacionamentos frívolos e não tinha tempo nem paciência para relacionamentos mais sérios.

Resolvi parar de pensar em besteiras, e entrar no banho.

Depois de alguns minutos estava comendo um sanduíche e tomando um suco, aproveitando para ler um relatório que teria que dar o parecer até o fim de semana, quando o telefone tocou. Larguei tudo e fui ver quem era. Lógico que era dona Marie, minha mãe, depois de 2 semanas sem notícias, seria estranho ela não dar sinal de vida.

- Oi mãe.

- Olá Mark, ainda lembra que tem mãe? – disse ela com um voz um tanto ríspida.

- Lembro sim, só estou um pouco sem tempo, mas se esta me ligando para me passar bronca, pode parar por aí. A senhora sabe que eu amo vocês, mas não quero ser esculachado por trabalhar um pouco...

- um pouco?! – ela me interrompeu – Meu filho, isto não é saudável, ser workholic é uma coisa, o que você é ainda não foi nomeado, é preciso que você tenha pelo menos um dia da semana livre. Como esta a sua alimentação?

- Eu estou comendo bem mãe, esta tudo bem, e quanto a parar de trabalhar em um dia da semana, eu tenho todo o final de semana livre. Esqueceu que eu não trabalho nem Sábado nem Domingo?! – Falei, tentando acalma - lá.

- Duvido que você descanse nos fins-de-semana. Conhecendo você como eu conheço, você deve ficar estudando estes malditos relatórios e gráficos durante todo o seu tempo livre.

“Droga” – pensei, a velha realmente me conhecia. – A senhora esta enganada – eu disse, mas minha voz tremeu, “raiva”, sempre fui um mentiroso terrível.

- Vou fingir que acredito meu bem. – Ela disse isso com um risinho, que dizia “não tente mentir para sua mãe, não cola”  -  mas não liguei para você para lhe passar um sermão sobre o seu trabalho, estou convidando você para um jantar sábado a noite, não aceito não como resposta. Se continuar assim, verá sua sobrinha novamente somente quando ela estiver na pré-escola.

- Tudo bem, vejo vocês no sábado à noite então. – Sabia que não tinha discussão.

- E...-ela fez uma pausa, sabia que lá vinha indiretas sobre minha vida amorosa, sim, a inexistente.

- Sim? – perguntei, já sabendo o que esperar.

- Se tiver alguma amiga para apresentar-nos, pode trazer.

- Mãe, você sabe que eu não tenho tempo para isso, e também...

- Não vou entrar no dilema do tempo novamente, você sabe que quando queremos alguma coisa achamos tempo para fazer o que nos interessa, você não arrumou tempo para praticar aquela abominação que você chama de esporte?

- Mãe, não vou discutir sobre luta de novo, e concordo com a teoria do tempo, mas não vamos entrar em detalhes, ok? Vejo a senhora no sábado, então você pode guardar todo o sermão sobre a minha vida amorosa para o jantar. Preciso ir dormir, amanhã ainda é Sexta-Feira.

- Tudo bem. Desculpe querido. Boa noite,se eu incomodo é porque me preocupo com você meu bem. – ela disse chorosa.

- Eu sei mãe, sei que suas intenções são as melhores...

- Te amo, boa noite.

- Também te amo, beijo e boa noite.

Desliguei o celular. Coloquei o sanduíche no lixo, tinha perdido a fome. Escovei meus dentes e fui dormir, apesar de ser apenas dez horas da noite. A noite de sábado seria uma longa tortura, precisava me preparar psicologicamente.


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Notas finais do capítulo

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