Olhos Felinos escrita por Jodivise


Capítulo 10
Capítulo 9 Madagáscar


Notas iniciais do capítulo

Depois do susto no Cabo das Tormentas, o Black Pearl ruma até à Ilha de Madagáscar, onde grandes surpresas o esperam.



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Capítulo 9: Madagáscar

O reflexo do pôr-do-sol era visível nos olhos da bela mulher. Estava encostada a um dos pilares que decoravam o jardim real.

- Mayara? – Uma mulher igualmente bela aproximou-se da primeira. – O pôr-do-sol está mais belo que nunca!

- Está vermelho. – Mayara disse. – Sinal de uma guerra próxima.

Serena suspirou e sentou-se na borda do pequeno lago, sorrindo à passagem dos peixes vermelhos e de outras cores.

- Devias estar feliz. – Serena disse. – Afinal o dia da tua união com quem amas aproxima-se.

- Eu sei. – Mayara passou a mão por uma das folhas da enorme planta a seu lado.

- Já… não gostas dele? – Serena arregalou os olhos.

- Não é isso. – Mayara sentou-se ao lado da irmã. – Eu amo-o, mas algo me diz que este casamento vai trazer uma infelicidade muito grande.

- Mayara… - Serena fechou os olhos tentando organizar as ideias. - … tu gostas dele, ele gosta mais ainda. O que é que pode dar errado?

- Talvez seja só impressão minha. – Mayara voltou a fixar o horizonte.

- Ou será pelo facto de perderes a tua independência? – Serena perguntou.

- Somos princesas. Herdeiras de Atlântida. A nossa liberdade é apenas uma forma de expressão. Estou condenada pelos grilhões do sangue real a uma vida dedicada à protecção do meu povo.

As duas irmãs olharam-se. Serena sabia que Mayara poderia ter razão. Não era a primeira vez que as suas visões e sexto sentido estavam certos.


Jack espreguiçou-se e abriu os olhos. A tímida claridade começava a entrar pelas janelas da popa, indicando que a severa tempestade dava sinais de amansar. Depois da visita de Calai, o Black Pearl passara por uma tremenda tempestade que provocara a queda do mastro da mezena. Jack tinha estado toda a noite no timão e aproveitou a acalmia para descansar. Quando chegou, Lara dormia. Jack sorriu ao lembrar-se mas ao virar-se para a mulher saltou com um susto. Lara estava sentada na cama, hirta como uma estátua, os olhos vítreos fixando o vazio.

- Lara? – Jack perguntou, aproximando-se da mulher.

- Ela estava prometida. Ia casar. – Lara falou devagar.

- Ela quem? – Jack abanou a cabeça sem perceber.

- Mayara. – Lara disse e virou-se para Jack. – Eu lembro-me do sonho que tive. Era como se estivesse no lugar dela. Falava com Serena…

- A Alicia? – Jack perguntou.

- Jack eu estou falando das princesas de Atlântida. Mayara ia-se casar, mas tinha receio... – Lara disse.

- De que o noivo não fosse tão bem apresentado como eu? – Jack sorriu de modo cafageste e Lara atirou-lhe uma almofada à cara bufando em seguida.

- Ela estava apaixonada, Jack. – Lara começou a vestir-se. – Só que algum pressentimento lhe dizia que iria acontecer uma desgraça depois do casamento.

- Oh! – Jack exclamou. – Love, são sonhos. Se tu foste ela, então é normal sonhares com a vida anterior.

- Mas eu nunca sonhei antes! Mesmo quando Éris me tentou matar, nunca tive sonhos desses. – Lara sorriu ao ver a cara de Jack depois de falar na deusa da discórdia. – É como se esse acontecimento da vida de Mayara estivesse ligado ao nosso futuro, entendes?

- Não. – Jack disse. – E quanto ao noivo, já sonhaste com ele?

- Nunca lhe vi a cara completamente. Apenas a voz e os olhos. Porquê?

- E dessas vezes vocês estavam apenas a conversar não é? – Jack levantou-se e caminhou até Lara.

- Jack que raio de perguntas são essas? – Lara olhou-o de forma interrogativa.

- Nada. Apenas não quero visitantes nos teus sonhos. Principalmente se não se chamarem Jack Sparrow!

- Pois. – Lara abanou a cabeça. – Eu não tenho "esse" tipo de sonhos com mais ninguém! – Lara beijou Jack e este aprofundou-o.

- Mas continuo a não gostar desse palerma que está a bordo! – Jack disse, interrompendo o momento e fazendo Lara rolar os olhos e afastar-se. – Algo me diz que ele só faz isto tudo para te conquistar!

- Ah claro! E acabou salvando a tripulação inteira, coisa que não ias fazer! – Lara ripostou.

- Eu ia fazer! Ele é que se meteu na frente! – Jack exclamou ficando furioso.

Ambos se calaram quando Mary entrou a correr.

- Mãe, pai, olhem o que o Dai me deu! – Mary mostrou um boneco em madeira. Lara pegou e viu que se tratava de um tigre talhado em madeira e bastante perfeito.

- É lindo, princesa! – Lara disse e Mary saiu de novo a correr, contente com o novo brinquedo.

- Eu não disse? Tudo para chamar a atenção! – Jack exclamou e Lara saiu do quarto emburrada.

As nuvens começavam a desaparecer, não passando apenas de farrapos que passavam lentamente. Para bombordo, era visível ao longe a costa sul-africana.

- Com vento favorável chegaremos a Madagáscar em três dias e mais qualquer coisa. – Barbossa disse.

- Não há problema com o mastro assim? – Lara apontou para o mastro da mezena.

- O navio é forte. Demorará um bocadinho mais. Mas nada que não se resolva em Madagáscar.

- E a guarda? – Lara perguntou.

- Guarda? – Barbossa arregalou os olhos. – Aquela ilha é o paraíso dos piratas, Lara!

Lara sorriu e deu uma volta pelo convés. Viu Alicia e foi ter com ela.

- Alicia, era mesmo contigo que queria falar! Eu hoje tive um son… - Lara foi interrompida pelo berro de Alicia que nem sequer se dignou a olhar para si.

- WILL! – Alicia gritou ao ver o Holandês submergir finalmente.

- Sabe que não vale a pena falar com ela, depois de mais de um dia sem o marido! – Grace exclamou.

- Pois, parece que hoje anda tudo muito ocupado. – Lara falou com ar soturno, vendo Alicia correr, saltar e abanar os braços, fazendo sinal ao navio assombrado.

- Sempre tem o Jack. – Grace disse. Lara olhou-a de lado. – É a verdade! Piratas têm sempre coisas fascinantes a dizer.

Lara riu ao ver o quanto Grace estava contente com a companhia de Barbossa. E o mesmo para o capitão. Olhou para o leme e viu Jack subir as escadas olhando para si com o ar mais bravo do mundo. Ele é que tinha insinuado coisas e Lara é que tinha levado por tabela. Que ficasse com o seu mau humor, pensou Lara.

- Discussões não levam a lado nenhum! – Grace disse.

- O Jack começou. Ele que peça desculpa. – Lara disse e os seus olhos desviaram-se para outra cena que a deixou com o coração na boca. Mary estava ao colo de Darius e os dois riam-se divertidos enquanto este lhe mostrava como fazer perfis de animais com as mãos. De vez em quando apontava para o alto mar, talvez contando histórias das suas viagens.

Lara aproximou-se devagar. Não queria interromper a cena, mas algo a puxava para lá.

- Mamã, o Dai contou-me que já enfrentou um dragão! – Mary exclamou e tanto Lara como Darius riram-se.

- Oh, aposto que o senhor Darius acabou matando o dragão heroicamente com uma espada mágica! – Lara exclamou.

- Claro, mas ainda saí de lá com o cabelo chamuscado! – Darius exclamou.

- Mary, está na hora de comeres algo. Vai ter com a Grace. – Lara disse.

- Não quero. – Mary fez beicinho.

- Mary Rose… - Lara simulou um olhar sério.

- O pai deixa-me brincar mais tempo. – Mary botou a língua de fora e correu na direcção de Jack.

- Pirata! – Lara exclamou e sentou-se ao lado de Darius.

- Você tem uma filha muito inteligente. Você e o Jack claro! – Darius sorriu e entreteu-se a afiar um punhal.

- Nunca equacionou juntar-se à pirataria? – Lara perguntou.

- Estou aqui, não estou? – Darius riu.

- Sim, mas só porque vamos para a sua ilha preferida. – Lara disse. – Sempre quis ser um tripulante da marinha mercante?

- Sempre quis uma aventura dentro das regras. – Darius disse.

- Oh, quer dizer que não perde a cabeça por muito! – Lara exclamou.

- Só pela mulher dos meus sonhos. – Darius disse olhando Lara nos olhos e fazendo esta engolir em seco. – Os seus olhos ficam verdes ao sol.

Lara ficou sem pinta de sangue. Três factores assolaram a sua mente e todos eles a fizeram ter vontade de se enfiar no buraco mais próximo. Primeiro, só Jack tinha notado que os seus olhos ficavam verdes. Segundo, a resposta de Darius soava a indirecta. Terceiro, teve a certeza que já tinha visto os olhos de Darius em qualquer lugar e isso a deixava com um nó no estômago.

- Eu… vou ver como está o Will. Afinal já não nos vemos há muito tempo! – Lara exclamou, levantando-se e correndo até ao bote onde Alicia estava.

- O que fazes aqui? – Alicia perguntou.

- Cala-te e rema. O ar no Pearl está bastante pesado. – Lara disse, fingindo mirar o Holandês.


- Jack, a Lara… - Barbossa falou analisando a situação.

- Cala a boca, zombie. – Jack ameaçou, quase tendo um ataque de raiva, vendo Lara subir ao outro navio e pousando os olhos em Darius. – Será que podemos pôr veneno numa dessas tuas maçãs e dar de presente ao sujeito?

- Se queres envenená-lo porque não utilizas o rum? – Barbossa perguntou.

- O rum não. É demasiado valioso. – Jack disse, cerrando os punhos ao ponto de quase fazer sangue.


- E foi isto! Sonhos esquisitos, pressentimentos esquisitos e agora ele sai-me com aquela! – Lara exclamou depois de contar a história toda a Will e Alicia. Sentia que eram as únicas pessoas que não iriam julgá-la.

- Estranho. – Will disse.

- Estranho o quê? O gajo esconde algo. Houve uma coisa que ele disse que me ficou no ouvido. Antes do ataque dos zombies. – Alicia disse.

- O quê? – Lara e Will perguntaram ao mesmo tempo.

- Ele disse que eu e a Lara éramos iguais e diferentes ao mesmo tempo. E que não tínhamos mudado nada. – Alicia disse. – Era como se já nos conhecesse há muito!

- Eu disse que não confio nesse sujeito. – Will disse, levantando-se em seguida. – Pensem bem. Ele cai do céu, dizendo que conhece a tal ilha de Páscoa. Depois salva a Mary em São Tomé.

- Isso é casual. – Lara disse.

- Mas salvar a tripulação inteira? Pessoas que nem conhece? – Will perguntou. – Trocar a alma a troco de nada.

- Ele disse que já não tinha alma há muito tempo. – Lara disse.

- Estou como o Jack. Fiquem de olho nesse Darius. – Will avisou.

- Vens connosco a Madagáscar? – Alicia perguntou.

- Não posso ir a terra como sabes. Mas acompanharei o Black Pearl até lá. Entretanto tentava saber por lá, se alguém conhece o Darius nem que seja de passagem. – Will disse.

- Como? – Alicia perguntou.

- Eles devem ter um posto de agentes do comércio. Se o navio do Darius fez lá escala pode estar registado. Procurem saber. – Will disse e as duas mulheres assentiram.


Três dias depois…

A tripulação do navio de velas negras lançava os botes enquanto analisavam o ambiente confuso do lado leste de Madagáscar. Era um porto privilegiado de piratas, e não havia sinal de guarda ou de alguma companhia comercial.

- Bem-vinda a Madagáscar, love. Um paraíso de piratas! – Jack abriu os braços com o seu típico sorriso. No entanto, Lara ainda estava brava e o sorriso de Jack murchou.

- Onde é que vamos achar um escritório que contenha informações sobre navios que por cá passaram? – Alicia perguntou enquanto caminhava ao lado de Lara.

- Não sei. Mas não me parece que o consigamos por aqui. – Lara disse enquanto levava Mary ao colo.

- Se vocês procuram alguém que vos dê essa informação, só na localidade mais próxima. Tem lá um escritório de comerciantes. Não gostam de piratas, mas tiveram de se habituar à ideia. – Barbossa disse. – Sabem falar francês?

- Não muito. – Alicia torceu o nariz.

- Não é longe. Se quiser eu acompanho-vos. – Darius ofereceu-se.

- NÃO! – Alicia e Jack gritaram ao mesmo tempo, assustando os outros.

- Eu vou sozinha. – Alicia disse. – A Lara vai ficar aqui não é? – Alicia piscou o olho a Lara e esta ficou sem entender. – Eu levo o… - Alicia olhou para a tripulação procurando alguém. - … o Marti comigo.

- O que é que ela vai lá fazer? – Jack perguntou a Lara, enquanto viam Alicia e Marti se afastarem.

- Fazer um favor a Will. – Lara encolheu os ombros.


A vila onde se localizava o pequeno escritório era mais pequena que a anterior, mas demoraram imenso tempo a achar o dito. Isto porque pouca gente falava inglês correctamente.

- Acho que é aqui. – Marti apontou para uma pequena casa, com as janelas abertas e onde dois homens carregavam caixas lá para dentro.

- Por favor, alguém fala inglês? – Alicia perguntou e um dos homens apontou para o outro.

- O que deseja uma mulher sozinha? Algum pirata lhe fez mal? – o homem olhou Marti de lado.

- Para sua informação não estou sozinha. – Alicia falou em tom bravo. – E não fui atacada por nenhum pirata. Para mais vocês não são nenhuma autoridade pois não?

- Não. Apenas registamos e recolhemos as cargas dos navios mercantes que por cá passam. – o homem rude disse.

- Por falar em registo, onde posso consultar todos os navios que por cá passaram e ancoraram? – Alicia perguntou.

- Isso só com Mr. Lawrence. – O homem informou. – Ele é que faz o registo e que manda aqui. Pode entrar. – O homem indicou a porta e Alicia olhou para Marti, fazendo sinal de que queria entrar sozinha.

A casa era bastante simples. Rodeada de janelas, uma porta dava acesso a outro aposento, enquanto que do lado contrário umas escadas acediam ao piso superior. No centro, uma mesa decorava o espaço quase vazio, não fossem as inúmeras caixas e barris.

- Onde posso falar com Mr. Lawrence? – Alicia perguntou ao homem que mantinha a cabeça baixa escrevendo algo num pergaminho.

- Lá em cima. – O homem indicou. – E por favor, seja o assunto que for, não lhe fale em piratas. Ou o homem passasse.

Alicia olhou confusa o homem e subiu as escadas. Parecia que iria ter com o rei de Inglaterra ou algo parecido. Entrou dentro de uma sala iluminada pela luz solar e bastante arejada. Não havia ninguém. Fixou-se num mapa-mundo e sorriu. Eram tão diferentes dos mapas do século XXI. Alicia tinha-se adaptado muito melhor que Lara, mas isso não a impedia de sentir saudades da sua anterior vida. Também mandava cartas à família através do intermédio de Hermes, no entanto não tinha tanta frequência nas respostas como Lara.

Pensou no aviso do funcionário do piso inferior. Mr. Lawrence não gostava de piratas e ela era uma.

- Se não gosta de piratas porque veio para Madagáscar? – Perguntou em voz baixa para si própria.

- Porque era a única maneira de deitar o passado para trás. – A voz de um homem fez Alicia dar um salto e olhá-lo.

E foi aí que teve o maior susto da sua vida. À sua frente estava um homem elegante. No entanto o seu ar era tão triste que o fazia ter mais anos do que tinha realmente. Mas isso não impediu Alicia de o conhecer. Com ou sem peruca, de pirata, oficial ou simples funcionário do comércio, aquele era sem dúvida...

- James Norrington? – Alicia perguntou completamente estática e de olhos arregalados.

- Como? – O homem ficou sem entender patavina. – Creio que se enganou na pessoa. O meu nome é John Lawrence.

- Oh sim? Sabe é que eu… - Alicia viu que tinha metido água. Tinha a certeza que era Norrington, mas este havia morrido. Pelo menos nos filmes morreu. - … tenho a mania de dar nome às pessoas. E achei que você tinha cara de James! – Alicia riu-se e o possível Norrington ficou com a leve impressão que esta era maluca.

- Adiante. O que é que uma senhorita está fazendo aqui? – Perguntou.

- Ah… é que eu perdi o meu marido há algum tempo. Foi numa viagem e nunca mais voltou. E como a sua rota passava por aqui, eu pensei que poderia saber se efectivamente o seu navio passou aqui ou não. – Alicia engoliu em seco.

- Bem, nós temos o registo dos navios mercantes e de viagem que porventura atraquem cá. No entanto, se passarem ao largo nós não ficamos com a identificação. Mas talvez ajude se souber o nome do navio ou do capitão, senhora…

- Alicia Grant. – Disse. Era bom que não revelasse o Turner, embora tivesse mais do que gosto no nome do marido. – Ele partiu em 1722 numa viagem de expedição do comandante Jacob Roggeveen. O nome do navio não sei.

- 1722? Não estava aqui nesse ano. – Alicia pode ver a tristeza acentuar-se no rosto do homem.

- Não trabalha aqui desde sempre?

- Não. Eu era… - o homem fez uma pausa. - … mercador em Inglaterra e depois nas Caraíbas.

Alicia fez um aceno de cabeça e analisou o homem enquanto este procurava na gaveta da estante, um molho de folhas. Retirou de lá um monte delas e pousou em cima da mesa.

- Não costumamos ficar com o nome de cada marinheiro. Só do navio, a sua proveniência e o capitão. – Avisou.

- Eu sei. Só quero saber se passou por cá ou não. – Alicia pediu.

- 1722… - O homem passou o dedo e parou a meio da folha. - … Comandante Jacob Roggeveen. Ancorou aqui para abastecer e trocar algumas mercadorias. Era uma viagem de expedição e levava mais três navios, cujos nomes não constam. No entanto já vinha de regresso.

- De regresso? – Alicia disse.

- Sim. Eu já ouvi falar deste comandante. Parece que ele encontrou uma ilha nova no Pacífico.

- Sim. Só que o meu marido não voltou. – Alicia disse cruzando os braços.

- Há aqui uma anotação. Levaram remédios porque traziam alguém ferido dentro do principal navio, o Afrikaansche Galey.

- Era alguém da tripulação? – Alicia perguntou.

- Não… - continuou a ler. - … ouve até um alerta de peste porque o indivíduo fora recolhido numa das ilhas que visitaram. De resto não há mais nada. De certeza que não era o seu marido.

- Pois. De certeza que ele ficou nalgum porto admirando algum rabo de saia. – Alicia sorriu sarcasticamente.

- Se o fez, não é um cavalheiro. Homem nenhum deixaria uma mulher tão bela como a senhora. – John Lawrence sorriu timidamente e Alicia notou que era hora de ir embora.

- Obrigada pela informação, senhor… Lawrence. – Alicia despediu-se.

- Tenha cuidado com esses piratas que por aqui andam.

- Eu sei me cuidar Mr. Lawrence! – Alicia desceu as escadas como um foguete e levou Marti de arrastão.

- O Norrington morreu certo? – Perguntou pelo caminho.

- Sim. O próprio Bootstrap matou-o. – Marti esclareceu, deixando Alicia ainda mais confusa. Precisava falar com Will urgentemente, nem que para isso tivesse de ir ao fundo do mar.

Continua…


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Notas finais do capítulo

Novo capítulo. Espero que gostem!!!

Obrigada pela review CamilaVargas!

Saudações Piratas!!!

JODIVISE



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