Turnabout Land escrita por Kotomi


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Nah AF de 2008 deu briga feia por causa de Pokemons! XD ...Acho que essa historia foi uma praga para isso acontecer! imagina se desse em assassinato, soh sei que foi briga feia! XD



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Eu não podia acreditar... Eu estava tão confiante de que, finalmente, tinha alguma chance de vencer este caso apenas para ver Edgeworth se recuperar numa velocidade incrível! Mas isso não importava, eu tinha de continuar a lutar pelo meu cliente com todas as minhas forças. Era a única forma de inocentá-lo!

- Os mapas da Comunidade PokéLand listam os moderadores de cada um dos sub-fóruns, Wright.

Por que ninguém havia me avisado disso?!

- Se olharmos aqui, na Oficina Web++ - ele disse, com o mapa em mãos – A moderadora é a Usuária Apple!

- Sim, e qual a relevância disso? – questionou o Juiz.

- Por que não deixamos a testemunha responder, já que ele tem vasto conhecimento sobre a Comunidade. Ikari Shinji, deponha sobre a moderadora Apple! – ordenou Edgeworth.

- Huh, não há muito o que falar. – respondeu Shinji.

- Como assim, não há o que falar? – eu perguntei

- É que a Apple... Ela não acessa PokéLand há semanas.

- O QUÊ?! – eu perguntei, incrédulo. Como era possível o distintivo dela estar no tópico se ela não freqüentava o fórum há semanas. A não ser que...

- Se ela não visitou a Comunidade, então é óbvio que ela não visitou esse tópico, Wright. Esse distintivo não pertence à moderadora Apple.

- OBJECTION! – eu protestei. – Isso é impossível! Se o distintivo não é dela, então de quem ele é?!

- Testemunha, por favor. – disse Edgeworth, empurrando o dever de responder minha pergunta a Shinji.

- Há algum tempo, menos de um ano, nós tiramos o posto de moderador de alguns usuários inativos da Comunidade. Entre eles, estava algum moderador inativo da Oficina Web++. Esse distintivo provavelmente é dele, perdido por lá após ele perder seu cargo.

- OBJECTION! Isso é ainda mais improvável!

- Mais improvável,Wright? – disse Edgeworth, com um sorriso sinistro – É impossível que Apple tenha perdido seu distintivo lá. Então, resta apenas uma possibilidade: que esse moderador de um ano atrás o perdeu nesse tópico velho. O distintivo está lá por mera coincidência. Ele não significa nada para este caso! E não se esqueça de que as impressões digitais do réu é que foram encontradas na arma do crime, não as impressões de algum moderador!

- NÃÃÃÃÃÃO!!! – eu gritei, desesperado, com meu queixo caído e suando frio.

O tribunal novamente virou uma bagunça. Eu havia conseguido, por algum tempo, fazer Deagá parecer inocente. Mas agora, por um detalhe tão pequeno, ele novamente era tão culpado!

- Rápido, Phoenix! – disse Mia – Não há mais nada sobre este crime? Nenhuma outra pessoa o viu? Nenhuma outra prova foi encontrada na cena do crime?

- Não há mais nada, Mia. Mais nada!

- Então, este realmente é o fim...

- Ordem! Ordem no tribunal! – gritou o Juiz – Esta é uma inesperada virada de eventos, Sr. Edgeworth!

- Oras, não é nada. Apenas fazendo meu trabalho. – respondeu o promotor, curvando-se para o Juiz.

- Phoenix! – disse Mia, com um tom muito sério – Esta é sua última chance! Se você não fizer nada agora, é o fim!

- Eu sei, Mia! Mas... – eu não queria admitir, mas não havia o que eu podia fazer.

- Devido às evidências apresentadas, não me resta dúvida alguma. – anunciou o Juiz.

Tudo do caso começou a piscar perante meus olhos. As pistas, as pessoas, as informações. “Nenhuma outra pessoa o viu?” A frase de Mia sobre o crime ecoava em minha mente. Eu tinha certeza que mais nenhuma pessoa havia visto o crime, mas seria que isso era toda a verdade? Será que não havia mais nenhum enigma a se resolver?

“Mas o Abra clama ter visto algo mais... Exceto que ele se recusa a me contar.” ........ “E eu não posso exigir que um bot deponha num tribunal de Justiça!” Essas afirmações que Shinji fizera no dia anterior, eu não conseguia esquecê-las. Elas, também, ecoavam minha mente nesse momento de desespero.

E agora, elas seriam minha única chance. O que eu estava prestes a fazer beirava o ridículo, mas era a única chance de salvar meu cliente. E, para esse fim, eu era capaz de qualquer coisa.

- Eu declaro o réu, Deagá, culp...

- OBJECTION! – eu interrompi, batendo em minha mesa – A defesa gostaria de convocar uma nova testemunha!

- Uma... – disse Mia, incrédula.

- Nova... – disse o Juiz, apavorado com minha persistência.

- TESTEMUNHA?! – disse Edgeworth, com seus dentes rangendo novamente – Não seja ridículo, Wright! Apenas Shinji presenciou o assassinato!

- Não. Mais alguém viu esse crime. A defesa convoca, para depor neste caso...!

As palavras não saiam de minha boca. Aquilo era loucura demais.

- Sim, Sr. Wright? Nos ajudaria muito se você dissesse o nome de sua testemunha misteriosa. – disse o Juiz, ansioso para ver qual era a minha carta na manga.

- Eu convoco Abra, o bot que habita o notebook de Shinji, para de...

- OBJECTION! – protestou Edgeworth – E eu aqui, com medo de que o Sr. Wright realmente pudesse virar este caso. Não seja ridículo, Wright! Notebooks não podem depor. Basta apenas que Shinji vasculhe os dados e conte-nos a nós, o que ele já fez!

- OBJECTION! Mas Abra é um bot. Ele é como um robô que habita o computador, com sua própria inteligência artificial!

- O QUÊ?! – disse Edgeworth, em pânico – Testemunha, isso não é verdade, ou é?!

Shinji ficou silenciado por algum tempo. Foi então que eu me lembrei da outra coisa que ele me contara no dia anterior: como ele morria de medo de que descobrissem que seu notebook o estava “dominando”. E agora, o que ele diria para nós, sob o juramento de falar apenas a verdade?

- Eu não faço a menor idéia de que o Sr. Wright está falando. – ele finalmente respondeu, desviando seu olhar de mim – Eu já li sobre bots nos meus estudos de computação, mas meu notebook não possuiu nenhum desses programas.

- Isso não é o que você falou ontem! – eu disse, desesperado.

- E você pode provar o que ele “falou” ontem, Wright? – interveio Edgeworth – Evidências são tudo aqui. Se você não pode provar isso, então sua afirmação não vale nada!

Eu queria ter alguma resposta para a afirmação de Edgeworth. Mas as palavras não saiam. A argumentação dele era perfeita. Eu acreditava do fundo do meu coração na inocência de Deagá, mas como eu poderia provar isso para o tribunal? Eu não tinha mais nenhuma evidência, mais nenhuma testemunha... Eu não tinha mais nada!

- Pois bem. Devo agradecer ao Sr. Wright pela dose de entretenimento que ele nos proporcionou – anunciou o Juiz – Mas um Tribunal de Justiça não é lugar para palhaçadas. Assim sendo, declaro o réu, Deagá, culpad...

- AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

O ensurdecedor grito de Shinji ecoou pelo tribunal. Ele não estava mais segurando seu notebook delicadamente; agora, ele o prensava com suas mãos, usando toda sua força para mantê-lo fechado. Seu corpo inteiro tremia e, em seu rosto, podia-se enxergar um rapaz tomado completamente por um medo imensurável.

- Algum problema, Sr. Shinji? – perguntou o Juiz, preocupado.

- N-n-não. Problema n-n-nenhum. – ele respondeu, gaguejando.

- OBJECTION! – eu protestei. Essa era minha chance! – Então por que você está tão nervoso, tão apavorado? Ikari Shinji, eu sei que você está escondendo algo sobre seu notebook!

- OBJECTION! – interveio Edgeworth – Wright, pare de perturbar a testemunha! Você perdeu este caso, aceite isso! Não há nenhum bot naquele notebook!

- AAAAAAAHHHHH! – gritou Shinji, assim que Edgeworth pronunciou a palavra “bot”. Era como se seu notebook tivesse feito um esforço maior para abrir ao escutar aquela palavra.

- OBJECTION! – eu retruquei – Então por que Shinji está tão horrorizado?

- E como qualquer um de nós poderia possivelmente saber?!

- Que tal se a testemunha apenas tivesse me contado isso, sem querer, ontem?

- Impossível!

- Ontem, Shinji me disse que o que ele mais temia era que descobrissem o domínio que seu notebook exercia sobre ele, escondendo informações sobre o caso. Agora, ele tenta freneticamente fechar o notebook, horrorizado. Isso só pode significar...

- OBJECTION! Não seja ridículo, Wright! NÃO-HÁ-BOT-NAQUELE-NOTEBOOK! Não é difícil de entender!

- Se não há bot, então por que a testemunha está tendo tanto trabalho em...

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH! – gritou Shinji.

Desta vez, porém, ele fez mais do que gritar. O notebook se abriu, mesmo com as mãos do rapaz fechadas. Como resultado, Shinji foi derrubado para trás, enquanto que o notebook voou pelos ares, rodopiando freneticamente. Finalmente, ele caiu na mesinha do banco de testemunhas, aberto.

O notebook então se ligou sozinho. Na tela, aparecia a imagem de um gordo, com aparentes 40 anos, e roupas que aparentavam ser de séculos atrás. E, então, sozinho, ele começou a escrever uma mensagem:

- oi, eu sou o Abra. estou mto triste pq vcs naum acreditaram q eu existia =/ - foi a mensagem que apareceu no computador.

Eu havia vencido. Foi difícil, mas eu consegui. Eu consegui que um computador obtivesse o direito de depor num Tribunal de Justiça! Eu não sabia o que Abra havia visto, mas eu tinha certeza de que essa era minha chance de virar esse caso ao avesso!


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Notas finais do capítulo

Lembrete: o Abra por ser de um programa ele realmente ira falar na linguagem de msn!



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