Se Ele Acreditasse escrita por Anazinha_Cullen


Capítulo 3
Cap. 03 - Nova Companhia




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    Até o final do dia seguimos até Tacoma. A viagem foi meio devagar, pois tínhamos que correr juntos, o que era difícil e desconfortável, já que ficávamos lado a lado. Bree não queria ser carregada por mim, e isso acabou criando certa lerdeza.

    Era quase noite, o comércio estava começando a fechar, então nos escondemos e esperamos ficar completamente escuro. Enquanto a espera não terminava fiquei pensando sobre Fred, aquele garoto era bom. Ele fugiu e eu nem percebi, agora Bree queria ir atrás dele. Era tentador, poderia ajudar na fuga contra os Volturi, mas seria mais um na confusão, e ele não me deixaria vê-lo. Ela teria que ir sozinha, mas eu não queria deixar. –Riley. Viver completamente sozinho seria um baque grande demais - Riley. Afinal, passei os últimos meses cercado por uns 20 vampiros e – RILEY! Você está aí? – Bree perguntou, ou melhor, berrou no meu ouvido, tirando-me de meus devaneios.

    - O que foi?

    - Já está mais tarde, eu vou à biblioteca pegar alguns livros agora ok?

    - Vamos arranjar algumas mudas de roupas primeiro. – falei

    - Pode ir, eu te encontro aqui em uma hora. – ela disse, mas seus olhos mexeram estranhamente

    - Não vai.

    - Não vou o quê?

    - Não vai me encontrar. Você vai ir embora para Vancouver. Por mais que você fale que continuará comigo você só está esperando uma chance para fugir não é? – não foi bem uma pergunta, já que eu já sabia a resposta.

    - Não Riley, eu não vou fugir. Eu quero ficar viva e não dá para fazer isso ficando longe de você pelo jeito não é?

    - NÃO MINTA! – Falei, prensado-a contra a parede do beco, minhas mãos em seu pescoço delicado – QUANTAS VEZES JÁ FALEI PARA NÃO MENTIR? Já chega – a soltei – Pegue seu livro, arrume o que quiser na cidade e vá embora.

    - Eu... –ela começou um pouco arrependida. – Eu vou ficar Riley. Não minto dessa vez.

    - Bree, Bree, Bree... Você fala isso agora, depois vai mudar de ideia. Você me odeia. Agora o sentimento é recíproco.

    - Não é verdade, eu...

    - Já falei para não mentir!

    - Mas...

    - Vá embora AGORA! – disse, e observei-a se afastar, lançando-me um último olhar mortal.

    Fiquei mais cinco minutos me acalmando. Mandei-a embora. Estou por minha conta agora. Sem ninguém para me atrapalhar mais. Ainda bem.

    Depois de “amansar” meu gênio fui para uma loja, fechada há essa hora. Estaria escuro para um humano, mas eu enxergava perfeitamente. Peguei uma mochila marrom e caminhei para a sessão de roupas. Furtei duas calças jeans, duas blusas de algodão e uma regata. (*imaginando o Riley de regata: suspiro*). Além disso, passei em uma loja e peguei um iPod e enchi com algumas músicas, já que estava sozinho eu iria ter um longo tempo para pensar, e essa não era uma boa ideia para mim.

   

    Na semana que se passou eu me adaptei a rotina de dividir meu dia entre a corrida cautelosa e a caçada e durante as noites eu ia para uma cidade e afanava o que precisava. Até hoje eu havia cometido um deslize e matado um humano, mas fora a isso eu estava indo bem na nova dieta. Outro problema era disfarçar meu cheiro, eu costumava trilhar caminhos já percorridos, sempre indo para o norte, mas nem sempre eles estavam ali. Pelo lado bom, aparentemente os Volturi haviam parado de me procurar, pois poderiam viajar mais rápido que eu. Além disso, eu ainda não sentira seus cheiros.

    Tudo estava bem, até o oitavo dia. Eu estava acabando com um sangue de um urso (que por sinal é bem mais apetitoso do que um herbívoro) quando ouvi um galho quebrando a um metro de distância. Virei-me para trás e vi uma garotinha humana de aproximadamente seis anos, com os cabelos ruivos, olhos verdes e um cheiro doce. Não demorou um segundo para eu perceber isso, e quando dei por mim estava sendo jogado a dez metros de distância. Mantive uma posição de ataque, e quando a vampira partiu para cima de mim eu saltei para uma árvore, peguei impulso e pulei para as costas dela, pegando seus braços a ponto de ficar imobilizada.

    - Quem é você? – perguntei no seu ouvido

    - Vívian. – ela conseguiu se soltar de meu aperto e correu para o lado da menininha – Não encoste um dedo nela.

    - Ou... –provoquei

    - Eu te mato.

    - Prática. Gostei de você. Mas por que guarda a garota?

    - Sinto-me honrada de ter sua graça – falou sarcástica – E não te interessa o porquê.

    - Qual a sua idade?

    - Tenho vinte anos. E cinco meses como vampira – acrescentou. – Esta é Sally. – Vívian parecia receosa se falava ou não sobre a menininha.

    - Para onde está indo? –ela perguntou

    - Não sei – respondi simplesmente.

    - Como não sabe? Isso é impossível. Todos nós sabemos para onde vamos.

    - Está errada. Todos sabem de onde são, não para onde vão. Todos sabem seu passado, porém não tem ideia do seu futuro.

    - Sinto muito se eu sei de onde sou e para onde vou.

    - E posso saber esses preciosos dados? –perguntei irônico.

    - Por que eu te diria?

    Fingi respirar fundo como se fosse apenas um pobre humano.

    - Porque sou apenas um vampiro tolo e curioso, que quase perdeu a voz por falta de uso, e adoraria conversar com alguém civilizado, por mais que não veja ninguém com essas características. – terminei com um sorriso maldoso brincando nos meus lábios.

    - Eu SOU civilizada! Ao contrário de você! –ela mordeu a isca! Nem acredito!

    - Prove. – falei. Sim, eu sou “sutil” em minhas manipulações. Vejo o que pode ofender a pessoa e uso isso ao meu favor. Faço isso de maneira óbvia até de mais, ela (Victória) me falou isso uma vez.

    - Sou do Alasca, estou indo em direção ao Texas.

    - E isso prova que você é completamente ingênua. O sul é completamente descontrolado. Guerras para todo lado. Você não quer um ando de vampiros brigando perto dela - apontei para a menina. – Eu conheço bem esse tipo de vampiros, acredite – falei tudo isso sendo sincero. – Vou dar uma volta pelo Canadá, se quiser podemos ir juntos.

    - Vai se controlar perto de Sally? – assenti – Então eu irei com você.

POV Bree

   

    Qual era o problema dele, tudo bem a gente não se amava, mas eu precisava dele, não queria admitir, mas precisava, ele tinha mais tempo como vampiro do que eu, ele sabia de mais coisas do que eu, e agora além de achar um jeito de despistar os Volturi da minha cola, tenho que achar o Fred sozinha, e se ele já tivesse ido embora achando que eu tinha morrido?  

    Qual era o problema dele, eu não estava mentindo, ta, só no início, mas depois não! Homens, vampiros ou não são um pé no saco. 

    -Bree, calma você consegue, você consegue – disse pra mim mesma me concentrando em não pirar. 

    - Primeiro, vamos pegar os livros, depois as roupas e cair fora – disse e fui até a biblioteca. 

    Tomei cuidado para não fazer nenhum estrago, era bem difícil se controlar agora que eu era vampira, ainda mais recém criada, eu tinha que ter o dobro do cuidado. Peguei alguns livros que eram necessários e outros que pareciam interessantes, e sai de fininho, ufa, ainda bem que não quebrei nada. 

    Segui para as lojas de roupas e peguei o essencial e nada demais, afinal eu era uma vampira não sentia frio nem calor, peguei umas três calças jeans, umas regatas pretas e umas camisetas coloridas, e uns casacos afinal eu ia pra Vancouver e se alguém me visse apenas de regata acharia estranho, e peguei uma mochila lilás, eu era vampira, mas não precisa deixar de gostar das coisas que gostava antes. 

    Resolvi levar uma agenda e algumas canetas, seria bom fazer observações, sobre lugares onde se esconder e lugares bons pra ficar, peguei um mapa e uma bússola, graças aquele acampamento que minha mãe me forçou a ir no verão passado eu sabia usar essas coisa. Pensando nisso senti uma saudade imensa dela, saudade de voltar pra casa e ter tudo como era antes, onde meus únicos problemas eram o dever de geometria. 

    Sai da loja e fui para a floresta, comecei a correr a procura de alguma coisa para comer, achei um cervo, eu odiava cervos, mas no exato momento cavalo dado não se olha os dentes, abati aquele ali mesmo. 

    Abri o mapa e achei uma trilha, como era muito usada tinha um cheiro forte de humanos. Resolvi sair da tentação, graças a ser recém-criada eu era bem rápida, corri o mais longe possível dali.

    Enquanto ia em direção a Vancouver senti a falta do Riley, não queria, mas senti, eu estaria mais segura com ele ali caso algo viesse a nos atacar, dois é sempre melhor que um, mas ele não estava e eu tinha que me virar, e se tudo desse certo eu logo chegaria a Vancouver e acharia o Fred, e com esse pensamento continuei a seguir na minha nova vida.


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Notas finais do capítulo

Nota da Autora: eu sei que a maioria não queria que isso acontecesse, mas sabe aquela autora que tem o final na cabeça, mas nem ideia do meio? Pois é, sou eu. Por isso aparecem coisas meio malucas. Calma gente, a Bree ainda volta!
o POV Bree desse cap foi escrito pela minha maravilhosa beta ok? eu amei! foi tudo que eu imaginei sobre a Bree!
espero que ninguém me abanone com essa demora toda! nas férias eu não escrevi, e depois não consegui inspiração :(
bjs



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