Simples como Amar... escrita por Tamara
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem
Ela estava perdida no meio daquele vasto oceano azul. Ela apenas nadava, nadava e nadava. Não sabia para onde ir, estava desesperada, de repente perdeu as forças e se deixou afundar. Sentia como se nada mais importasse, apenas queria que fosse rápido, e estava sendo.
Talvez a morte não fosse tão má, talvez a morte muitas vezes fosse melhor do que a vida. Mas só talvez, apenas superstições.
Mas nada disso importava agora, bolhas de um último suspiro saíram de sua boca.
Estava vendo a sua luz, um anjo vinha ao seu encontro, pegou em sua blusa e começou a puxá-la para cima. Por que, ele estava puxando-a para cima? Por que simplesmente não a levava? Ela estava confusa, até que se deu conta, que não era um anjo e sim um homem, um homem que estava salvando-a da morte. Ele a levara para a superfície, encostava os lábios nos seus, dando-lhe ar. Ela tossiu, abriu os olhos, mas não conseguia ver o rosto do seu salvador, estava tudo embaçado.
Ele começou a se afastar, ela nem ao menos vira o rosto dele, então gritou para que voltasse, mas nada adiantava ele se afastava cada vez mais, ela gritava loucamente para que o estranho voltasse, ele olhou para trás e continuou a se afastar. Cada vez mais longe, longe, longe...
Então ela acordou com o barulho do despertador. Espreguiçou-se na cama e levantou.
Foi no banheiro, tomou um banho, escovou os dentes e foi para a cozinha. Quando estava indo para a cozinha escutou barulhos, alarmada, pegou sua varinha, preparada para deixar imóvel o possível assaltante.
- Quem está ai? – ela fala, apontando a varinha para o intruso que mexia na sua geladeira.
- Calma Hermione, sou eu! – fala Jéssica, jogando os braços para cima.
- Quando eu te dei permissão pra entrar na minha casa sem me avisar? – grita Hermione aliviada por não ser um assaltante.
- Relaxa Mi, eu sou praticamente de casa. Agora abaixa essa varinha. – Jéssica fala, voltando a mexer na geladeira. – Essa sua geladeira ta praticamente vazia, nem leite têm.
- Mas que folgada! – fala indignada – Invadi a minha casa, mexe na minha geladeira e ainda por cima reclama!
- Eu só disse que a tua geladeira ta fazia, não precisa ficar assim. – Jess finge estar ofendida.
- Para de manha Jess, não tem nada na geladeira? – Hermione vai até a geladeira.
- Nadica de nada.
- Bom temos dois ovos, saladas, suco, macarrão de ante ontem... É acho que tenho que fazer compras.
- Tem mesmo, mas para agora eu trouxe uma torta pra gente. – Jéssica fala dando sorriso e mostrando o pacotinho com a torta.
- Você é demais! – Hermione fala pegando o pacote das mãos da outra e começando a arrumara a mesa.
- Eu sei! – Jéssica dá um sorriso e faz uma pose.
- Tu é estranha. – Hermione fala olhando a estranha pose da amiga. Que ao ouvir o comentário desfez a pose e encolheu os ombros.
Quando Hermione acaba de pôr à mesa a campainha toca. Hermione abre a porta e Sophie entra com um sorriso de orelha á orelha no rosto.
- Bom dia! – ela diz extremamente feliz sentando no sofá.
- Nossa o que aconteceu pra você ta tão feliz? – Pergunta Jéssica vindo da cozinha.
- É, qual é o motivo pra esse mega sorriso no rosto? – pergunta Hermione sentando no sofá.
- Adivinha? – Sophie fala com um sorriso maroto.
- NÃO! – grita Jessica se sentando na frente das duas.
- Não o que? – pergunta Hermione.
- Não... – Jess faz suspense.
- Para com esse suspense bobo e fala logo. – diz Mi impaciente, mas rindo.
- VOCÊ TRANSOU! – ela fala sorrindo olhando fixamente para Sophie.
- Não! – Sophie fala indignada, como se fosse obvio. – Você e seus pensamentos indevidos.
- Querida Sophie, a Jess só tem pensamentos indevidos, afinal ela é uma tarada pervertida. – Hermione fala rapidamente.
- Tarada pervertida é a mãe. – Jess se defende – Eu só me empolguei, vem cá Sophie quando tu vai transar?
- Quando ela casar. – responde Mi.
- Gente! Também não é pra tanto, eu só não encontrei a pessoa certa. – Sophie fala com ar sonhador.
- Ta, mas fala logo quem ou o quê é o responsável pelo seu sorriso no rosto? – pergunta Mi curiosa.
- Eu vou sair com Maicom amanhã. – ela fala, esperando a reação das amigas, mas estas não demonstram nenhuma.
- Quem é o estranho? – fala Jess decepcionada.
- OMG! Mione fala pra ela quem é o Maicom.
- Eu falo quando tu me falar quem é o estranho. – fala Hermione, realmente curiosa pra saber quem era o cara.
- Mi! O Maicom trabalha no profeta, é aquele moreno que a Jess viu uma vez e ficou babando. – Sophie diz, decepcionada com a falta de memória das amigas.
- Ata. O McNill, Maicom McNill. – diz Hermione se lembrando – Por que não falou logo que era o McNill? – ela dá um tapinha no braço de Sophie.
- Pensei que você soubesse né. Trabalha lá há três anos.
- Eu só sei o sobrenome. Ninguém chama o cara de Maicom, só de McNill .
- Não! – fala Jessica de repente, assustando as outras duas. – O cara é lindo!
- Eu sei!
As três em um momento de loucura começam a dar gritinhos histéricos.
- Ta para! Estamos parecendo três adolescentes. – fala Sophie parando de gritar e começando a rir, as outras duas fazem o mesmo.
- Ok, ok! Já que sabemos que amanhã a Sophie vai transar, vamos comer que eu to com fome. – diz Hermione se levantando e indo até a cozinha.
- Mi! Você também? – Sophie fala corando.
- Muito tempo de convívio com a Jéssica dá nisso. – ela fala encolhendo os ombros.
Todas vão para a cozinha, pegam um pedaço de torta e começam a comer.
- Hum... Hoje eu tive um sonho estranho. – fala Hermione se lembrando do sonho que tivera.
- O que você sonhou? – perguntou Jéssica.
- Foi estranho... Eu tava me afogando... Daí veio um anjo na minha direção... Mas não era um anjo, era um homem me salvando. – relata Hermione enquanto come a torta. – Só que não consegui ver o rosto dele... Eu gritei para ele voltar... Mas ele só se afastou cada vez mais...
- E o que aconteceu? – pergunta Jessica na expectativa.
- Eu acordei.
- Hum... Que sonho romântico... Enquanto se afogava, um homem veio e á salvou. – fala Sophie com ar sonhador.
- Não foi nada romântico, foi sinistro isso sim. – diz Hermione – E não é a primeira vez que tenho esse sonho. Há mais ou menos dois anos sonhei a mesma coisa.
- Nossa! Será que esse sonho não tem algum significado? – pergunta Jéssica, com ar sinistro.
- Se tem eu não sei qual é. – fala Mi – Mas mudando de assunto, o que vocês vão fazer hoje?
- Já que hoje é domingo... Eu não sei. – Sophie diz – Acho que vou ficar imaginando como vai ser o meu encontro o Maicom e fazer esteira pra ver se emagrece até amanhã.
- Nossa que dia deprimente Sophie. – fala Jéssica – Eu provavelmente vou pra casa do John. E você Mi?
- Não sei. Acho que vou ficar escrevendo o meu novo livro.
- Hum... Aquele que não é de auto-ajuda? – pergunta Sophie sabendo a resposta.
- É, chega de livros de auto-ajuda. Vou partir para a ficção. Uma boa comédia romântica.
- A história é sobre o que? – pergunta Jess.
- Duas pessoas que dizem se odiar, mas que se amam. É o máximo que vou falar até agora. – diz Hermione bebendo o seu suco.
- Hum... Duas pessoas que se amam, mas que dizem se odiar. Igual você e o Malfoy! – fala Sophie sabiamente. Fazendo Hermione se engasgar com o suco e corar violentamente. As outras duas apenas riem da situação da amiga.
- SOPHIE! – repreende Mi, se recuperando.
- Que foi? É a verdade. – a morena diz inocentemente.
- Não é a verdade! Eu simplesmente odeio Draco Malfoy, pelo simples fato dele ser um metido hipócrita, arrogante e prepotente. – Hermione fala vermelha de tanta raiva.
- Nossa! Ele é tudo isso? Eu tenho vontade de conhecer esse Draco Malfoy, vocês falam tanto dele. – diz Jéssica.
- Nem queira conhecer, ele é um idiota. – fala Hermione indo até a pia lavar a pouca louça do café-da-manhã, pois todas já terminaram de comer.
- Se você o visse ia baba. Ele é MUITO lindo. – diz Sophie. – E isso você não pode negar Mi.
- Ta ele é bonito, mas continua sendo um idiota. – fala Hermione.
- Vocês se brigam, mas amam. – fala Sophie, ela sempre defenderia a sua tese de que por trás de tantas brigas Hermione Granger e Draco Malfoy se sentiam apaixonados um pelo outro.
- Cala a boca! – Mi fala jogando uma bola de sabão nela.
- JÁ SEI! – grita Jéssica assustando as outras duas.
- Já sabe o que Jess? – pergunta Hermione ainda um pouco assustada.
- O que iremos fazer hoje! Nós iremos... – ela fala com um sorriso de orelha á orelha.
- Claro! Uma noite entre meninas seria legal. Que DVD eu loco? – diz Sophie, pensando que havia completado o que a outra estava dizendo.
- Quem falou em noite entre meninas? – fala Jéssica.
- Não é? – pergunta na expectativa.
- É obvio que não! Você acha que eu perderia uma noite de sexo selvagem com o Joe, pra ficar vendo filme e comendo pipoca com você?
- Magoou – fala quase chorando.
- Não fique triste Sophie, temos uma amiga canibal que não tem sentimentos! – Hermione fala, consolando Sophie.
- Ok chega! – fala Jéssica irritada – Será que eu posso falar o que estou planejando para hoje á noite?
- Fala logo! – falam as duas.
- Hoje será a inauguração de um club trouxa, e é tipo, super famoso! Tem um em cada canto de Londres.
- Claro! É o Love Game! Já ouvi falar nele. – disse Hermione.
- Então... Vamos na inauguração?
- Eu nunca fui para um club trouxa. – diz Sophie com os olhinhos brilhando. – CLARO QUE VAMOS!
- Eu também quero ir, mas pelo o que eu saiba as entradas já estão esgotadas. – diz Mi.
- Dã, nós somos bruxas. Deixa que dou um jeito. – fala Jess dando uma piscadela.
- Se for assim tudo bem! Mas pena que vou trabalhar amanhã!
- È verdade, amanhã tem trabalho! Nossa, agora que percebi que o meu encontro vai ser numa segunda...
- Por vocês não marcaram sexta?
- Não sei, mas deixa assim mesmo, até sexta demora mais.
- E que club estréia num domingo? – diz Jéssica. – Aff! Vou chegar que nem um zumbi amanhã no trabalho.
- Eu também.
- Idem.
- Já vou indo pra casa. – fala Jéssica, pegando sua bolsa – Vou ligar pro Joe, preparar as entradas.
- Que horas vai ser? – pergunta Sophie.
- Hum... Umas 10h00min!
- Então ta combinado! Vocês vêm aqui umas quatro da tarde, pra gente começar a se arrumar. – fala Mi.
- Ok! Eu também vou indo, tchau Mi. – diz Sophie.
- Tchau meninas!
Hermione acompanha as duas até a porta, se despedem novamente.
Ela vai até a sua pequena biblioteca que tinha em casa, pega o seu notebook, acomoda-se na poltrona que havia lá e começa a escrever mais uma parte de seu livro.
Mas não consegue se concentrar direito, o sonho que tivera muito lhe intrigava.
Continua...
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