Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 33
32. Assumindo o namoro.


Notas iniciais do capítulo

Oi, flores!

Bom tenho uma novidade: Estou fazendo um clipe pra fic. (amador, eu sei, mas é de coração.) No próximo capítulo posto o link para quem quiser conferir.

Ah, e quero dar boas vindas a três novas leitoras D_autora, linii_v e MonsterNess. Sejam muito bem vindas, flores!

Ah! Esse é o maior capítulo que a fic terá, não pretendo escrever um capítulo tão grande assim de novo! Mas ficaria sem graça se eu tivesse dividido. Eu acho. =S

Beijo ;*



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                Depois de algumas horas conversando sobre a atual vida deles e relembrando momentos vividos, Douglas olhou no relógio e se assustou com o horário, já passava da meia noite e na manhã seguinte precisava ir trabalhar.

                - Tenho que ir. – disse triste, levantando-se. Realmente, não queria sair dali. Ele estava feliz por ter reencontrado Daniela. Ela então levantou e lhe estendeu a mão, para que eles se despedissem com um singelo aperto de mãos. Um contato físico poderia ser perigoso no ponto de vista dela. Até aquela noite acreditava que tinha esquecido por completo seu amor da adolescência, mas ao vê-lo ali, ainda mais belo e mais maduro, havia feito ressurgir tal sentimento.

                - Tudo bem. Não vou te prender mais, Doug. - brincou. - Foi muito bom te ver. – ele apertou a mão dela delicadamente.

                - Digo o mesmo, Dani. – sorriu. – Me acompanha até a saída?

                - Claro! - Os dois caminharam em silêncio até a porta de saída, onde estavam dois seguranças um de cada lado da porta.

                - Não quer uma carona, está tarde e...

                - Não, estou de carro.

                - Ah! – Ele segurou uma das mãos dela e levou até seus lábios depositando um beijo suave ali. Ela sorriu balançando a cabeça em negativa. – Não vamos perder o contato, foi muito bom passar essas horas conversando com você. Podíamos, sei lá, sair qualquer dia desses para conversar mais...

                - Claro. A gente se fala. – ele riu.

                - Me dá o seu número.

                - Eu tenho o seu.

                - Você não vai me ligar, eu te conheço. – ele retirou seu celular do bolso e ela, mesmo um pouco contra a sua vontade, lhe disse o seu número, ele anotou e salvou. – Do que você tem medo? – disse ele anotando o nome no registro.

                - Como?

                - Por que essa relutância em me ver novamente?

                - Douglas eu... Eu não tenho essa relutância.

                - Ah, não?

                - Não! – ele se aproximou mais dela, ela abaixou a cabeça.

                - Você também sentiu, não é?

                - O que? – se fez de desentendida.

                - Isso. – a puxou pela cintura e sua outra mão foi pra a sua nuca, seus lábios se encontraram, depois de tantos anos era como se nunca tivessem ficado longe um do outro. Aquele beijo era repleto de saudade, carinho e paixão. Sentimentos que até então estavam adormecidos, ressurgindo comprovando que o receio que ela tinha de que isso pudesse acontecer, foi comprovado. Porém, não fora apenas ela que sentiu e sim foi recíproco. O beijo só foi encerrado por protesto de seus pulmões que necessitavam de ar. Ambos respiravam com dificuldade, ele encostou sua testa na dela. – Vem comigo! – pediu em um sussurro.

                - Não posso.

                - Por quê?

                - Nós dois trabalhamos agora. – ele olhou incrédulo para ela.

                - E desde quando isso é um empecilho para você?

                - Desde quando eu não sou mais uma adolescente rebelde que se deixa levar por impulso. – ele continuou a olhar da mesma forma, ela sorriu docemente e fez um carinho no rosto dele. – Eu senti exatamente o mesmo que você, e não estou lhe dando um fora, ou vou sumir por ai, não é nada disso. Só que acho melhor irmos com calma. – ele concordou e eles se beijaram novamente se despedindo e combinaram que no dia seguinte combinariam de fazer algo só os dois. Douglas voltou para casa feliz e impressionado pelos caminhos que a vida nos leva. Será que existe destino? Depois dos acontecimentos dos últimos meses, mais precisamente desde que encontrou Manoela, cada dia acreditava mais na existência do destino.

 

                Uma semana havia se passado desde aquele dia. Giovana e Manoela passariam a ir para seus, respectivos, pré-vestibular e colégio com Gustavo. Ele conversava com sua mãe e se prontificou que daquele dia em diante seria ele que levaria as garotas. Isto deixou Clara um pouco desconfiada da real intenção de seu filho mais novo, mas acabou concordando e ficou feliz por isso, pois independente do que estivesse acontecendo com ele, à mudança em seu comportamento era notável e de uma semana para cá ele estava mais feliz, isto também se notava nas duas garotas que naquele momento olhavam para eles, aguardando o rapaz. Os jovens se despediram de Clara e ela havia desejado uma boa aula para todos.

                - Quando vocês vão assumir esse namoro para todos? – perguntou Giovana assim que entraram no carro. Gustavo olhou para a namorada e ela olhou para ele e depois para a outra garota.

                - Em breve, Gi.

                - Aham, sei! Já se passou uma semana que eu escutei isso pela primeira vez.

                - Quem sabe você não liga para o seu amigo do jornal do colégio e ele coloca na primeira página, hein maninha? – ironizou o garoto.

                - Gustavo, cala a boca! – o garoto apenas revirou os olhos e continuou olhando para frente prestando atenção no transito. - Eu estou falando sério. Não entendo o porquê dessa demora. Vocês estão juntos e felizes, por que continuar escondendo o namoro?

                - Tudo bem, Gi. Você tem razão! Hoje nós vamos assumir para todos que estamos juntos e felizes. – olhou sorrindo para o namorado, esse apenas sorriu de canto e a olhou brevemente. – E você e o Ale?            - a garota de olhos cor de mel então começou a contar as novidades de seu namoro e o quanto estava feliz. Em pouco tempo Gustavo já havia estacionado em frente do pré-vestibular e a irmã desceu do carro, mas não sem antes dizer que de noite ela iria organizar uma reunião de família para que o casal contasse a novidade.

                - Não entendo como a Gi pode ser tão intrometida! – disse o garoto colocando o carro em movimento.

                - Ah, amor! Ela tem razão e ela não é intrometida.

                - Tem certeza? – disse ele estacionando o carro e arqueando a sobrancelha.

                - De que ela não é intrometida?

                - Não, de que você está preparada para assumir para todos sobre nós. – ela sorriu docemente, retirou o cinto de segurança e se inclinou na direção dele, capturando seus lábios em um beijo carinhoso.

                - É, acho que eu não estou pronta, vai que eu encontre alguém melhor por aí. – disse brincalhona depositando vários selinhos nos lábios do garoto.

                - Adoro o seu beijo, sabia? – disse ele mordendo o lábio inferior dela.

                - Eu também adoro o seu. – afastou-se um pouco dele, apenas para olhá-lo nos olhos. – Mas eu estou com medo.

                - Do que? – colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. Ela se separou dele e voltou a sentar no banco do carona, olhando pela janela.

                - Da reação dos seus pais. – Gustavo sorriu e balançou a cabeça negativamente.

                - Eles te amam, acho que se eles tiverem receio de algo é em relação a mim. – deu de ombros. Ela voltou sua atenção para ele e ele estava com sorrindo confiante. Ela cada dia mais se sentia mais feliz ao lado dele. É como se ela ficasse completa só em estar perto daquele garoto que foi conquistando-a dia após dia. Eles ficaram ali, parados apenas um sorrindo para o outro durante alguns segundos. – Precisamos ir para a aula. – ela assentiu e eles saíram do carro. Ele fez a volta no automóvel, parando na frente dela. Segurou o seu rosto com as duas mãos, fazendo um suave carinho com as pontas dos dedos e lhe deu um selinho demorado. – Você está pronta? – ele sussurrou e ela assentiu. – Não importa o que os outros dirão, lembre-se que eu vou estar ao seu lado e nada do que possam vir a dizer irá abalar o nosso namoro. Certo?

                - Sim. – Eles sorriram cúmplices e ele soltou o rosto da namorada, para assim poder entrelaçar sua mão com a dela.

                - Por que você falou sobre os comentários?

                - Sinceramente? – ela assentiu. – Eu já me relacionei com muitas garotas do colégio, e muitas mais fora dele, e na maioria das vezes eu acabei partindo o coração delas.

                - Ah!

                - Manu, você sabe bem o quanto eu lutei para estar com você. O quanto eu mudei para merecer você. – ela assentiu sorrindo e depositou mais um selinho em seus lábios. – Eu te adoro muito.

                - Eu também, amor.

                E assim, encaminharam-se para a entrada do colégio de mãos dadas e sorridentes, causando o espanto de todos os outros alunos, alguns os olhavam surpresos, outros incrédulos e algumas garotas com raiva e nesse grupo se incluíam Vanessa e Fernanda.

                - Ele pirou? Foi por essa coisinha que ele me largou? – disse ela com desprezo.

                - Ela é muito gata! – Disse Gabriel. Vanessa e Fernanda olharam para o amigo repreendendo-o. – O que foi? É gata mesmo. – deu de ombros.

                - Mas o Gustavo me paga, como ele pode ter feito isso comigo? – disse com raiava. Rodrigo riu.

                - Quanto tempo vocês acham que vai durar esse namoro dos dois? Fala sério, o Gustavo sempre foi o cara mais galinha que eu conheço. E... – Olhou para Vanessa. – Desculpa quebrar a sua ilusão de que “O Gustavo era meu, só meu!”, mas ele nunca foi só seu. – disse rindo.

                - Você é um idiota Rodrigo. Bem que o Gu fez em quebrar a sua cara na sua última festa. O rapaz a olhou com raiva, porém não respondeu apenas se retirou dali.

                Enquanto isso, Felipe chegava ao colégio pouco tempo depois, e percebeu o quanto os demais alunos estavam ouriçados, e o murmurinho que havia se formado no local. Olhou sem entender. Aproximou-se de um garoto negro e perguntou o que estava acontecendo.

                - Ah, o Gustavo Ferreira chegou de mãos dadas com a tal de Manoela, aquela garota que o pai dele adotou. – Felipe sorriu e agradeceu a informação ao rapaz, caminhou rapidamente para encontrar o amigo.

                O casal caminhava feliz, não se importando com os comentários, logo Manoela avistou Juliana e eles foram até ela.

                - Manu, sua amiga desnaturada, por que você não me contou nada? – ela sorriu para ela e depois olhou para Gustavo que também sorriu.

                - Ju, eu e o Gu combinamos que iríamos deixar em segredo. Apenas a Giovana e o Douglas estavam sabendo sobre nós dois. E hoje estamos oficializando para todos o nosso namoro.

                - E quanto tempo faz que vocês estão juntos?

                - Uma semana. – foi Gustavo que respondeu dando um selinho na namorada.

                - Acho bom você tratar muito bem a minha amiga, viu? Se eu ver ela triste por sua causa eu te mato. Esta me ouvindo, garoto? – ele riu e assentiu.

                - Não se preocupe, eu não vou fazê-la sofrer, muito pelo contrário, não é meu amor? – ela assentiu feliz.

                - Sério como vocês estão melosos! Credo! – Os três riram do comentário da ruiva.

                Pouco tempo depois o sinal soou e o casal se despediu. Ao chegar a porta de sua primeira aula, encontrou Felipe parado, encostado na parede, o encarando com um sorriso nos lábios.

                - Estou feliz por você cara! – cumprimentou o amigo e os dois entraram na sala.

                A manhã passou tranquilamente, no intervalo o novo casal ficou junto trocando demonstrações de afeto, como carinho e beijos. Quando as aulas tiveram seu fim, Gustavo, Manoela e Giovana retornaram para casa, almoçaram e depois a mais velha saiu, pois iria encontrar seu namorado, deixando os dois namorados sozinhos.

                - O que você quer fazer agora de tarde? – perguntou o rapaz enquanto ele e Manu estavam deitados no sofá assistindo um filme qualquer. A garota hesitou alguns segundos antes de responder, ela virou seu rosto para olhá-lo.

                - Faz tempo que eu quero ir a um lugar...

                - Que lugar? – ele arqueou a sobrancelhas, ela mordeu o lábio inferior. – Fala amor, aonde você quer ir, eu te levo.

                - Eu queria ir ao cemitério onde meus pais estão enterrados. – falou abaixando a cabeça. Ele a abraçou, fazendo um leve carinho em suas costas.

                - Você sente saudades dos seus pais, não é?

                - Muita, mas se for difícil para irmos até lá, tudo bem. Outro dia eu vou.

                - Não, nós vamos. – disse sorrindo ternamente.

                Em poucos minutos os dois estavam na estrada a caminho do local. Gustavo olhou de relance para a namorada e ela aparentava nervosismo, não desviava a atenção da janela, ele então segurou uma de suas mãos, pegando ela de surpresa, ela então o olhou e ele sorriu encorajando-a, ela esboçou um sorriso também. Ele a cada dia a surpreendia mais, não acreditava que ele largaria tudo para ir com ela até lá. Quase uma hora depois chegaram ao seu destino.

                - Você está bem? – perguntou ele assim que estacionou o carro. Ela assentiu. – Eu estou com você, não se esqueça disso. – beijou-a calmamente e depois desceram do carro entrando no cemitério. O garoto tinha verdadeiro horror a lugares como aquele, mas por ela estava ali, segurando a sua mão e a apoiando. Imaginava o quanto era difícil para ela. Não demorou muito para localizarem a sepultura, ela o olhou em um pedido silencioso para ficar sozinha. Ele entendeu, soltou sua mão e permaneceu no lugar enquanto ela caminhava até o local onde seus pais estavam enterrados. O rapaz observava de longe todos os movimentos que ela fazia, incluindo quando ela contornou as duas fotos que estavam na lápide com a mão e quando ela começou a chorar, sentiu vontade de ir até ela e a envolver em seus braços, nunca imaginou que as lágrimas de alguém pudessem doer tanto nele. Porém, não foi até lá, respeitaria aquele momento e quando ela se levantasse e voltasse para onde ele se localizava a abraçaria e a consolaria. E foi exatamente isso que ele fez quando ela retornou alguns minutos depois.

                - Obrigada, Gu! Você não tem noção do quanto isso foi importante para mim.

                - Eu imagino, Manu. E você não imagina o quanto foi difícil ver você chorando e não poder ir até lá, lhe abraçar e secar cada lágrima que escorria. – ele beijou-a na testa e a abraçou mais forte. – Como é possível gostar tanto de alguém? – Ela o olhou e sorriu.

                - Não sei, mas eu não quero que isso acabe.

                - Não vai.

                Estava próximo do pôr-do-sol, então o casal resolveu voltar para casa. Quando chegaram, entraram pela porta da garagem e assim que chegaram na sala de estar, perceberam que Giovana não estava brincando quando informou que iria realizar uma reunia familiar, pois todos os membros da família estavam sentados conversando.

                - Até que enfim vocês chegaram! Onde vocês estavam? – indagou a garota assim que avistou os dois.

                - Não te interessa! – respondeu Gustavo, que recebeu um olhar de repreensão de Manoela.

                - O Gustavo foi me levar até o cemitério, onde meus pais estão enterrados. – respondeu de cabeça baixa. Todos ficaram em silêncio até que Clara se levantou e foi abraçar a filha adotiva.

                - Você está bem, querida? – sussurrou no ouvido dela. Ela assentiu esboçando um sorriso.

                - Bom, filha por que você convocou essa reunião? – perguntou Carlos para a filha.

                - É que o Gustavo tem algo para contar, não é maninho? – Gustavo revirou os olhos, mas por fim assentiu. Douglas arqueou as sobrancelhas, já imaginava qual seria o motivo daquela reunião de família.

                - Pai, mãe... – Olhou para cada um deles, sua mãe já tinha retornado para o seu lugar ao lado de Carlos. – Vocês devem ter percebido que eu estou um pouco diferente nos últimos tempos, não é? – os dois concordaram. – Bom, essa mudança tem um nome e o nome dela é Manoela. – Sorriu para a garota que o abraçou escondendo seu rosto, estava envergonha pela situação.

                - Vocês estão namorando filho? – perguntou Clara surpresa.

                - Sim. – disse ele sorridente.

                - Que lindos! Meus dois bebês juntos! – disse sorridente indo abraçar os dois. Carlos olhou para Douglas e o rapaz sorriu assentindo.

                - O que você acha Douglas? – perguntou o pai.

                - Ele está apaixonado por ela, olha o quanto ele mudou. Não é mais aquele menino mimado que ele sempre fora, e até agora está tratando-a muito bem. – disse tranqüilizando o mais velho.

                - Espero que continue assim, ela já sofreu demais.

                - Eu sei pai, eu também espero. – virou se para os dois. Sua mãe e sua irmã conversavam animadamente com o novo casal.

                - Filho, você sabe o compromisso que está assumindo, vejo a Manu como uma filha e se você a fizer sofrer se entenderá comigo. – disse Carlos sério.

                - Eu sei pai. Não a farei sofrer, muito pelo contrário.

                - Assim espero. – sorriu pela convicção que as palavras de seu filho mais novo tiveram. – Mas não são só vocês dois que possuem uma novidade. – olhou para o filho mais velho e sorriu. – Eu e o Douglas também temos uma novidade.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não?

Meninas acho que a fic não chegará a mais 8 capítulos, acho que terá menos. #mimimi.

Muito obrigada pelos reviews e carinho de todas!

Beijo ;*
Naathy