Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 31
30. Uma grande decisão.


Notas iniciais do capítulo

Flores! *-*
Muito obrigada por todo o carinho com a "Pequena Flor de Lótus"

De verdade, muito obrigada!

Esse capítulo é dedicado principalmente a Caarina, minha eterna beta. Obrigada pelo apoio amiga! *-*

Beijo e boa leitura.



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Gustavo sabia o quanto Manoela estava confusa. Notara que sua constante presença poderia influênciá-la e não era isso que ele queria, não queria que ela ficasse com ele por influência de alguém, ainda mais sendo ele o influenciador. Na verdade, queria deixá-la livre para fazer pensar sobre o que e quem ela realmente queria. Por mais que o sentimento que estava sentindo fosse novo para ele, ele sabia que era verdadeiro e se tivesse que ficar com ela seria por que ela estava sentindo o mesmo e tinha consciência de tal. Ele estava evitando-a, já havia se passado uma semana desde aquela noite no quarto da garota. O rapaz tomou algumas medidas para conseguir não encontrá-la com muita frequência, como sair mais cedo para o colégio e no interválo das aulas saía com Felipe, essas atitudes eram vistas de maneira negativa pelo amigo que dizia que ele estava fazendo as coisas do modo errado. Essa situação de depender da decisão de alguém o deixava desconfortável, não estava acostumado a isso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Manu percebeu que ele a evitava, atitude oposta a de Douglas, que todas as noites, quando chegava do trabalho, ia conversar com ela. A garota não podia negar que era inevitável não se encantar pelo jeito carinhoso e atencioso do mais velho, e quanto havia achado que estava realmente apaixonada por ele. Mas, no fundo, quando Gustavo se declarou e começou a demonstrar o quanto suas palavras e atitudes estavam sendo sinceras, isso começou a mostrar outras formas de se apaixonar por alguém e com essa reviravolta que ocorreu em tão pouco tempo, era inevitável não estar confusa entre os dois belos irmãos.

Por mais que todas as noites tivesse a companhia de Douglas, se sentia incompleta, inquieta. Adorava a companhia dele, mas o afastamento brusco de Gustavo a incomodava muito.

- O que foi?

- O que?

- Você parece angústiada, pequena. O que está acontecendo?

- Não estou angústiada. - O rapaz arqueou as sobrancelhas e ela suspirou. - Tudo bem, eu estou incomodada com algo...

- Algo? - ela assentiu. - Hum... E isso tem a ver com o meu irmão?

- Sinceramente, eu queria responder que não. Mas você saberia que eu estaria mentindo... Então, sim, tem a ver com ele.

- Se lembra do que eu lhe disse a alguns dias atrás?

- Que você gostava de mim?

- Não, sobre que eu sentia que estava te perdendo? - ela assentiu. - Cada dia eu tenho mais certeza disso.

- Douglas, você nunca vai me perder. - disse abraçando ele fortemente, ele fez um carinho nos cabelos dela.

- Eu sei que literalmente não, mas seu coração não tem espaço para os dois e eu sinto que o Gustavo ocupou o lugar que até agora você achava que seria meu.

- Douglas, não fale isso, isso não é...

- Verdade?

- Não, isso não é verdade. - Ele sorriu.

- Pequena, eu tenho vinte e três anos, sou um homem feito. Não vou ter ataques pela sua decisão. Nos sentimentos não mandamos, eles apenas surgem, as vezes, sem nem mesmo percebermos e por mais que negamos o que sentimos, eles estão lá e não conseguimos esconde-los.

- Eu não entendo.

- Um dia você vai entender. - acaríciou o rosto delicado da garota que estava deitada sobre seu peito e ela o olhou, ele aproximou seus rostos e lhe deu um selinho em seus lábios. Depois de mais alguns minutos o rapaz se retirou, mas com isso deixou a dúvida, a incerteza.

 

Na manhã seguinte, Gustavo acordou mais cedo, como vinha fazendo durante aquela semana. Ele tomou seu banho, fez sua higiene e arrumou-se com o seu uniforme. Desceu as escadas, pegou as chaves de seu carro, passou pela cozinha e quando chegou a garagem tomou um susto ao ver ali parada a garota que vinha evitando.

- Bom dia! - disse ela com um sorriso.

- Bom dia! -respondeu, já se encaminhando para o carro pelo lado do motorista.

- Por que você tem me evitado?

- Eu não tenho te evitado, eu só estou dando um tempo para que você não se confunda mais. E olha, desculpa ter te confundido. Eu te esqueço rápido, não se preocupe.

- Ei, o que você está dizendo?

- Eu sei, sempre soube que você gosta do meu irmão e eu atrapalhei isso, me desculpe. - Abriu a porta do carro, ela abriu a porta do carona e entrou também no veículo. - O que você pensa que está fazendo?

- Vou com você!

- Não vai!

- Você está agindo como uma criança. Já disse que eu vou com você! -O garoto bufou e ligou o carro. O caminho estava sendo feito em silêncio, ele havia ligado o som do carro em uma rádio qualquer, estava se sentindo muito incomodado por aquele silêncio entre os dois. - Pare o carro! - disse ela quebrando o silêncio.

(Adore - Paramore http://www.youtube.com/watch?v=nmbel1mMZec)

- O que? - perguntou incrédulo.

- Eu disse para parar o carro.

- Me dê um bom motivo para isso?

- Apenas pare o carro e daí eu lhe dou um bom motivo. - Ele olhou para a garota incomodado, não gostava de receber ordens, mas acabou fazendo o que ela disse.

- E então, estou esperando o motivo.

- Precisamos conversar.

- Acho que já conversamos bastante, e tem outra eu já sei da sua escolha...

- Não, você não sabe de nada. - ele olhou para ela confuso. Ela olhou para ele. - Eu não sei como, não sei quando, não sei o por que, mas você de alguma forma acabou me conquistando, atitude após atitude, palavra após palavra, beijo após beijo. - A garota corou nessa parte. Enquanto ele ainda a olhava sério. - Eu não sei, foi tudo tão rápido e não posso dizer que eu goste demais de você, eu apenas estou aprendendo a gostar. Sem saber, você está me conquistando e quando você começou a me evitar eu vi que sentia a sua falta e que isso me incomodava, quando eu vi aquele dia a Vanessa te beijando, senti ciúmes. Certa vez ouvi ou li em algum lugar que só sentimos ciúmes do que gostamos. - O garoto a olhava sem reação. - Gustavo você está entendendo? - O garoto sorriu torto.

- Você está querendo dizer, que você quer ficar comigo, é isso? - Ela assentiu. Ele desprendeu o cinto de segurança, voltou a olhar para ela, ela o olhava sem entender o que ele estava fazendo. Ele sorriu, aproximou seu rosto do rosto dela e beijou sua testa, depois cada uma de suas bochechas, seu nariz, seu queixo. Ela ria do gesto dele. Os carinhosos beijos do garoto, finalmente, chegaram a boca dela. Primeiro depositou apenas um singelo selinho e sussurrou: - Quer namorar comigo? - Ela não repondeu, apenas envolveu seus braços no pescoço dele, puxando-o, assim acabando com a distância de seus lábios e o beijou. Só quando lhes faltou o ar, eles interromperam o beijo. Gustavo acariciou o rosto da, agora, namorada. - Se eu não fizer você a namorada mais feliz, eu vou fazer de tudo para chegar o mais próximo disso possível. - Ela sorriu.

- Não faça promessas, Gu.

- Por quê? - ele perguntou confuso.

- Por que? - Ela suspirou. - Nós não sabemos o dia de amanhã, me faça feliz hoje. Me conquiste hoje...

- Vou te conquistar todos os dias... E isso não é uma promessa, é uma constatação. - disse sorrindo prepotente, algo que lembrava o "velho" Gustavo de outra hora.

- Bobo! - ela disse dando um tapa de leve no ombro dele. Ele apenas roubou um selinho dela em resposta e endireitou-se no banco, colocou o cinto de segurança, novamente, e deu a partida, colocando o carro em movimento.

- Estou feliz, sabia? Aliás, muito feliz! - olhou para ela e sorriu.

- Eu também estou. - disse baixando a cabeça.

- É? E por que essa expressão?

- Gustavo, tem o Douglas...

- Ele vai ficar bem, Manu.

- Eu sei, só que... - Mordeu o lábio inferior e então proceguiu: - Eu só queria contar para ele, antes de que qualquer outra pessoa fique sabendo.

- Claro, eu entendo. - disse estacionando o automóvel no estacionamento do colégio. - De quanto tempo você precisa? - Ele perguntou, olhando para ela. Estava calmo, realmente entendia a preocupação dela. Esse jeito todo doce, meigo e determinado fora alguns dos motivos pelos quais ele se apaixonara por aquela bela garota.

- Hoje eu converso com ele.

- Eu não quero te apressar.

- No fundo, ele sabia da minha decisão antes mesmo de mim. - O garoto olhou para ela sem entender. - Ele dizia que estava me perdendo...

- Hum... Eu te adoro, sabia? - Ela sorriu e o beijou.

- Eu também te adoro! - disse retirando o cinto e abrindo a porta, ele a impediu puxando-a levemente e depositando um selinho em seus lábios. Eles sorriram um para o outro e então ela saiu do carro encaminhando-se ao portão de entrada. Enquanto Gustavo, sorriu e levou as duas mãos a sua nuca, encostando-se no banco ainda sorridente e de olhos fechados. Ainda não acreditava que ele havia sido correspondido, e por mais que ela não gostasse de promessas, ele tinha certeza que cumpriria a todas que fizesse para ela.

 

 

 

Continua...

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? =S
Querem me matar? Aiiiiiiiin não!
Enfim, não se preocupem com o Douglas, o anjo, também será muito feliz...

E acho que a fic terá mais 10 capítulos e acaba. (Vai ser triste dizer tchau para essa fic. ='( )

Beijo ;*
Naathy

P.S.: Amanhã respondo todos os reviews atrasados, prometo! =X