Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 28
27. Surpreendendo.


Notas iniciais do capítulo

Oi! =)
A música ajuda a deixar o capítulo mais fofo, por isso minha dica é escutem a música. ;)

E queria dar as boas vindas oficiais para babi_gabi, aLuAp, Bella_rio, gis_amor e letter_to_elise, espero que continuem acompanhando a fic e também gostando!

Muito obrigada pelo carinho e reviews de todas vocês! *-*
E sobre eles estou atrasada em respondê-los, mas responderei a todos ainda essa semana, prometo! hihi

Beijo e boa leitura...



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Giovana após sair do quarto do seu irmão gêmeo subiu as escadas encaminhando-se até o quarto de seus pais. Lá chegando, ela bateu levemente na porta e com a resposta positiva de sua mãe entrou no comodo.

- O que foi, filha? - perguntou docemente.

- Mãe é que amanhã vou precisar ir mais cedo para o cursinho...

- Não tem problema, avise a Manu, ela não irá se importar de irmos mais cedo.

- Ah, mãe! Que isso, acho que o Gu não vai se importar de levar ela amanhã, e quem precisa chegar cedo sou eu, não ela.

- Mas Giovana hoje eles se...

- Dona Clara, não se preocupe, eles não iram brigar e tem mais são apenas quinze minutos de viagem. - disse piscando.

- Tudo bem, fale com o seu irmão. Se ele se recusar, ela irá conosco.

- Claro, mãe. - abraçou e beijou a face de sua adorada mãe e saíu do local.

A garota voltou para o quarto do irmão e explicou o seu plano, o rapaz concordou e como já estava tarde, ela despediu-se e desejou boa sorte para ele e recolheu-se em seu quarto.

 

O despertador soou e Manoela abriu os olhos quando escutou os primeiros acordes da música suave que tocava, não gostava de músicas agitadas ao acordar, ela preferia acordar aos poucos e com calma ao invéz de acordar de supetão.

Como de praxe, espreguiçou-se, em seguida levantou-se e fora tomar um banho e fazer o restante de sua higiene. A garota voltou ao quarto e vestiu o seu uniforme, escovou seus cabelos e acabou por fim prendendo-os em um rabo de cavalo. Pegou sua bolsa e seu caderno e desceu as escadas. A casa estava silenciosa, o que ela estranhou, pois sempre naquele horário havia movimento pela casa, continuou descendo as escadas até chegar à sala. Avistou Gustavo sentado no sofá assistindo algo na televisão.

- Bom dia! - ele disse sem desviar a sua atenção do aparelho.

- Bom dia! - respondeu em voz baixa. Encaminhando-se para a cozinha para tomar seu café da manhã. Estranhou novamente que a mesa estava posta apenas com um prato, uma xícara e um copo, além das delícias que sempre havia no café da manhã. Ela sentou-se e tomou-o, ao terminar voltou à sala. - Onde está a Giovana?

- Ela foi mais cedo com a mãe. - deu de ombros.

- Hum... Vou pegar um ônibus, então. - disse já indo em direção a porta.

- Não!

- Como? - virou-se.

- Você vai comigo, minha mãe me pediu. - olhou para ela indiferente.

- Não, eu vou de ônibus.

- Como você anda teimosa! Já disse, você vai comigo. - Levantou-se pegou as chaves do carro e passou por Manoela. - Vamos? - Ela achou melhor não discutir, as coisas já estavam estranhas e confusas o suficiente entre eles, por fim assentiu e o seguiu.

O silêncio reinava no automóvel, ela olhava pela janela, estava confortável com aquele silêncio, não queria encarar o que tinha ocorrido entre os dois na tarde anterior, já Gustavo estava angustiado com aquilo.

- Manoela precisamos conversar.

- Eu aceito as suas desculpas.

- Quem disse que eu ia pedir desculpas? - ela olhou para ele incrédula.

- Não?

- Lógico que não! - ela negou com a cabeça, cruzou os braços e voltou a olhar a paisagem. - Não pediria desculpas por algo que eu queria fazer e que você também queria.

- Eu queria? - ele assentiu com um sorriso torto em seus lábios. - Você é louco! Você se aproveitou de toda a situação para fazer aquilo, não foi?

- Não fale besteiras. Eu não me aproveitei daquilo, que droga! - Ele encostou o carro e desligou-o.

- O que você está fazendo? - disse ela ainda mais surpresa.

- Nós precisamos conversar sério, e só saíremos daqui depois de você entender algumas coisas.

- Você é realmente louco. - disse ela destrancando a porta e saindo do carro. O rapaz fez o mesmo. Manoela caminhava em direção à parada de ônibus, mas Gustavo a impediu.

(Come home - OneRepublic http://www.youtube.com/watch?v=u-nOUo2pqRA&feature=fvst)

- O que você está fazendo?

- Eu não vou com você. Você não está no seu juízo perfeito...

- Eu realmente acho que não estou no meu juízo perfeito... Perdi ele completamente quando te conheci. - segurou o rosto dela em suas mãos.

- Agora a culpada sou eu?

- Sim, é você! - ela se debateu e libertou-se das suas mãos e começou a correr, ele correu atrás dela. - Espera! - ela não o fez e ele alcançou-a novamente a virando para si.

- Me solta Gustavo! Eu pensei que você estivesse mudando, amadurecendo, mas você não passa de um garoto mimado que não assume os próprios erros. - Novamente ele segurou o seu rosto em suas mãos.

- Eu gosto de você! - ela abriu os seus olhos.

- O que você disse?

- Que eu gosto de você! Olha, eu sei que eu sempre fui um idiota, um otário com você e que eu não sou o cara mais perfeito, e que aos seus olhos o meu irmão é o cara perfeito, mas ele também não é. Poxa, não é fácil para eu dizer isso, e não diria se não tivesse certeza do que eu estou sentindo... Olha, eu estou tentando entender o mundo, as pessoas e você. E sabe por que? Por você. Eu sei o quando eu fui mimado e imaturo, e sinceramente se eu pudesse escolher, não gostaria de alguém que não sente o mesmo por mim. Eu sei que você gosta do meu irmão, está nos seus olhos... Mas de alguma forma eu sei que eu posso te conquistar.

Ela o olhava surpresa, incrédula. Aquelas palavras haviam lhe pegado de surpresa, não espera ouví-las, principalmente, vindas de Gustavo.

- Gustavo, eu...

- Xiii, não fale nada agora. - disse fechando os olhos. - Apenas me deixe fazer isso mais uma vez, depois você pode fazer o que quiser: me bater, gritar, fugir, mas não me negue isso, por favor! - ela não respondeu apenas fechou seus olhos e deixou que ele aproximasse seus rostos e que os lábios dele fossem de encontro aos seus. A garota sentiu a maciez dos lábios dele, eram aconchegantes e quentes. Abriu sua boca dando permissão para que ele aprofundasse o beijo. Fora tão carinhoso, calmo e fora mais que um simples beijo, ela pode perceber a sinceridade de suas palavras ali, naquele gesto tão delicado e íntimo. - Obrigado! - disse o rapaz encerrando o beijo com alguns selinhos e encostando sua testa na dela. Manu abriu seus olhos e se deparou com a imensidão azul dos olhos de Gustavo, eles ficaram assim apenas olhando um nos olhos do outro, sem dizer mais nenhuma única palavra.

- A aula... Precisamos ir para a aula. - disse ela, saindo daquela posição e voltando para o carro, ele a seguiu. Alguns minutos em silêncio se passaram e desta vez fora a garota que o quebrou. - É verdade, o que você disse? - perguntou sem encará-lo.

- Sim, não falaria nada daquilo se não fosse verdade.

- E por que você resolveu falar? Como tudo isso começou?

- Por que se eu assumi para mim o que eu sinto e decidi que vou lutar por isso, precisava dizer isso para você. Não importa quando isso tudo começou, nem eu sei ao certo... - Silêncio. - Olha, eu sei que você também sente algo, se não você não teria aceitado nenhum dos meus beijos, e por causa disso eu quero te mostrar que eu posso te conquistar e que eu estou disposto a mudar e melhorar por você, mas também e principalmente por mim. Pois sei que o meu jeito já machucou muitas pessoas e agora você aos poucos me fez ver que isso não faz sentido.

- Gustavo... Olha, eu preciso pensar sobre tudo isso. É tudo muito novo para mim.

- Não pense que não é novo para mim também.

- Eu acredito que seja, mas... - Ele parou o carro e ela o olhou com um olhar questionador.

- Colégio, chegamos. - deu de ombros.

- Ah, sim! Bom, eu preciso pensar sobre tudo isso. - disse abrindo a porta, ele segurou a sua mão e ela o olhou.

- Eu não quero te iludir, não quero brincar com você. É sincero de verdade. - ela olhou para suas mãos juntas e depois olhou para o rosto dele e assentiu, puxando levemente sua mão e saindo do carro apressada. Ela atravessou o estacionamento do colégio sem olhar para os lados ou para trás, quase sendo atropelada por um carro que estava saindo de uma vaga, pediu desculpas para o motorista e chegou ao portão de entrada, passando reto por ele.

- Manu! - Chamou Juliana a fazendo parar e olhar para amiga.

- Oi, Ju! - cumprimentaram-se com beijos na face e um abraço.

- O que aconteceu que você estava tão distraída?

- Gustavo! - disse simplesmente.

- O que aquele retardado fez dessa vez? Foi grosso, maltratou as crianças?

- Não, não! Nada disso. Ele foi muito legal com todos no orfanato e até mesmo comigo. - a ruiva a olhou sem entender. - É que aconteceram algumas coisas...

- Que "coisas"?

- Umapraiachuvaumbeijoumacaronaumadeclaraçãoeoutrobeijo. - falou rapidamente.

- Hein? Não entendi nada, o que aconteceu? - quando a morena ia falar novamente o sinal soou e elas tiveram que entrar para a sala de aula.

- No intervalo eu te explico. - sussurrou para a amiga.

A aula passou depressa, Juliana durante estava ansiosa para saber o que havia ocorrido, quando o sinal soou indicando o início do intervalo se virou para trás, onde Manu sentava.

- Então, o intervalo chegou. - a morena riu.

- Não sabia que você era tão curiosa!

- É você que fica enrolando para contar. - Ambas arrumavam suas coisas e assim que terminaram de recolher seu material, levantaram e saíram da sala. Manoela contou o que havia acontecido, dês do orfanato até a praia, e depois contou sobre o que havia ocorrida naquela manhã. - Nossa! Tem certeza que esse é o Gustavo Ferreira mesmo? - ela fez uma careta em resposta. - Ele não é tão idiota assim, o que você vai fazer?

- Não sei, eu estou confusa. Foi tão de repente, eu realmente não sei o que vou fazer.

- Mas você pensa na possibilidade de dar alguma chance para ele?

- Não posso negar que as mudanças dele me fizeram admirá-lo, e ultimamente ele anda tão...

- Fofo, querido, apaixonado?

- Ei, acho que ele ganhou uma fã! - brincou.

- Não é isso, só acho que seria uma ótima lição para ele, por que ele estando ao teu lado aprenderia muito. - deu de ombros. - E eu vejo que seus olhos brilharam quando você contou sobre a declaração dele. - Manu sorriu e negou algo com a cabeça.

- Me pegou de surpresa, mas no fundo eu sei que as palavras dele fazem sentindo e vejo que ele corre atrás do que ele quer, e aos poucos acho que ele me conquistaria.

- E o Douglas? - Sua expressão ficou séria!

- O que tem ele?

- Você gosta dele, mas pelo visto agora está começando a gostar do irmão mais novo também, isso está parecendo coisa de filme ou novela.

- Eu não sei o que faço! - levou as mãos ao rosto, cobrindo-o.

- Você quer a minha opinião sincera? - ela tirou as mãos do rosto e a encarou assentindo. - Você é encantada pelo Douglas, afinal ele a salvou e graças a ele sua vida mudou completamente. Ele é um rapaz lindo, inteligente, carinhoso, enfim, perfeito. Porém, não acredito que você goste tanto dele no sentido de homem e mulher, sabe o por que? - Manu estava impressionada com as palavras da amiga, balançou a cabeça negativamente em resposta a pergunta. - Por que você está balançada pelo Gustavo, por isso, minha amiga. - elas se encaravam seriamente até a morena desviar o olhar para baixo pensativa, as palavras da ruiva, de algum modo, faziam sentido.

 

 

Continua...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostaramw? Não?
Concordam com a Juliana? Oo


Muito obrigada pelo carinho!

Beijo ;*
Naathy