Glitter In The Air escrita por Soshy


Capítulo 21
Capitulo 21 - Surtando (...)


Notas iniciais do capítulo

O nome todo do capitulo era " Surtando por professoras loucas, amigas teimosas e clãs irritantes" mas não coube no espacinho haha
Ah! Eu comecei uma nova estória, caso tenham tempo de dar uma passadinha por lá: http://fanfiction.com.br/historia/269854/A_Little_Big_Secret/
Essa é a sinopse:
"Meu nome é Alexis Stone, tenho 17 anos e sou atriz. Bem, pelo menos isso que eu era antes de tudo acontecer. Porque agora, eu me tornei uma simples garota norte-americana chamada Melissa Wood, que vai para a escola, tem de manter notas altas, e, para completar, não recebe milhões ao final do mês por fazer isso."



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- Olha só, não tá falando que apenas a casca com o anel de floema foi retirado? - assenti. - Então, o floema não é responsável pelo transporte da "seiva elaborada"? - assenti novamente, mas não tinha efetiva certeza do que ela estava falando. Ainda era informação demais para minha cabeça, mas aos poucos uma coisinha  e outra iam entrando na minha cabeça. A paciência de Alexia era realmente invejável. - Então, as folhas abaixo do corte irão realizar a fotossíntese, porém, devido a interrupção do floema, a glicose com material radioativo ficará retida abaixo do anel, porque mesmo que o xilema não tenha sido afetado, ele só é capaz de transportar água e sais minerais.

- Tá legal... - precisei de uns bons minutos para absorver as informações. - A professora espera mesmo que eu me lembre de tudo isso? Sem contar no milhão de outras coisas que ainda tem nos outros três malditos capitulos que ela vai cobrar? Qual o problema dessa mulher?! - exclamei horrorisada. Alexia ria do meu desespero, claro! Com certeza à essa altura do campeonato ela não precisava sequer de dois décimos para passar.

- Hales relaxa. Não é tão absurdo assim como você está fazendo parecer. Nós só começamos a estudar hoje, claro que vai ser meio assustador no início por causa dos nomes, mas com o tempo você se acostuma.

- Isso que eu espero. Só tenho duas semanas para fazer tudo entrar na minha cabeça.

- E vai, acredite. - ela disse sorrindo enquanto tentava inutilmente bagunçar meu cabelo. - Mas que droga de cabelo que não bagunça é esse? - ela dizia incrédula.

- Ah, pergunte aos meus pais. Seria bom o meu cabelo ficar bagunçado, pelo menos sairia dessa mesmisse escorrida.

- Tá falando isso porque o seu cabelo é bom. Tem noção do quanto é difícil deixar meu cabelo apresentável? Eu tenho que acordar vinte minutos antes do horário só para domá-lo. - apenas ri de seu exagero.

- Estou com fome. - disse após ouvir meu estômago começar a roncar.

- Deu pra perceber. - Alexia riu. - Vamos fazer uma pausa?

- Só se for agora. - disse enquanto juntava alguns dos nossos materiais em um canto qualquer do meu quarto. - Olha só, aqui em casa nunca tem comida decente porque a minha mãe vive inventando dietas estranhas. - minha cara de nojo deveria estar hilária pois Alexia gargalhou. - Então, o que você acha de a gente dar uma passadinha no Burger King?

- Por mi está ótimo! Já faz um tempo que queria voltar a comer as batatas supremas de lá!

- Batatas supremas? - minhas sobrancelhas estavam arqueadas.

- É! São batatas fritas com bacon e cheddar! 

- Uau, a comida dos deuses! - disse com uma falsa empolgação de Alexia riu enquanto dava um tapa em minha cabeça.

- Vamos logo antes que eu desista de dar uma pausa e te obrigue a voltar pra biologia.

- Você não seria tão má! - disse de modo exageradamente dramatico.

- Nunca duvide do poder maligno de pessoas ruivas. - Alexia dizia tentando fazer sua voz infantil ficar assombrosa, fato que nos fez gargalhar.

- Vamos deixar de palhaçada e ir comer?

- Vamos sim!

Caminhavamos lentamente pelas ruas enquanto conversávamos sobre qualquer coisa. Passar o tempo com Alexia era fácil até demais, o que era bom. Se nesse momento eu estivesse sozinha, não sei o que aconteceria comigo. Minha cabeça ultimamente tem estado confusa demais e tenho medo que ela trabalhe demais nesse meu lado insano que por alguma razão inexplicável, eu não consigo controlar. É triste admitir que aquele ser de olhos claros tenha um efeito tão forte sobre mim. 

Isso é tão ridículo! No que é que eu tenho me tornado, afinal?

- Hales, tá tudo bem? - Alexia me tirou de meus devaneios assim que chegamos ao shopping.

- Sim, sim. Eu só estava pensando em algumas coisas.

- Coisas do tipo, como você sente falta do Jackson?

- Claro... Claro... Ei! - exclamei assim que percebi o que ela havia feito. - Não tem nada disso! Eu não sinto falta dele, eu não sinto nada por ele! E você deveria parar de fazer isso! Não tem ideia de como é irritante! - disse exaltada. O assunto Johnson me deixava um tanto quanto afetada.

- Hales, a verdade nem sempre é boa, mas uma hora ou outra você vai ter que encará-la. - Alexia dizia como se fosse um biscoito da sorte. Odiava quando as pessoas começavam a falar comigo desse modo. Não é como se o destino de alguém pudesse ser pautado nesses dizeres ridículos que provavelmente eram feitos por velhinhos chineses que, como não tinham mais nada para fazer no campo pois não tinham mais força para erguer enchadas, começavam a escrever coisas sem sentido apenas para se distrairem.

- Eu agradeceria muito se você não tocasse nesse assunto. Já vi que com você não adianta negar nada porque você nunca acredito no que eu digo.

- Eu vou acreditar nas suas palavras a partir do momento em que você aceitar que está apaixonadíssima pelo Jack.

- Pode anotar aí então que no dia 35 de fevereiro você vai poder passar a acreditar nas suas palavras.

- Claro, claro... Pode deixar, quem sabe esse dia não acaba por se tornar verdade.

Revirei os olhos. Alexia era tão ou mais teimosa que eu. 

Pedimos as tais batatas supremas e elas realmente eram deliciosas, só não gostei muito daquele cheddar por cima, toda vez que eu o colocava na boca sentia uma estranha sensação de estar comendo sabão. E não, eu nunca comi sabão, só imagino que, se acaso um dia eu o fizesse, ele teria aquele gosto.

Assim que terminamos as batatas decidimos comprar sorvete e sentamo-nos novamente na praça de alimentação e me arrependi amargamente de ficar mais tempo naquele lugar no instante em que vi Sharon e seu clã se aproximarem de nós.

- Haylezinha, querida. - sua voz anasalada fazia meu estômago se enjoar.

- Sharonzinha, meu bem. - disse tão sincera quanto ela. Ela grunhiu de nojo e Alexia riu.

- Vejo que agora você arrumou uma amiguinha. - Sharon olhava Alexia de cima a baixo com olhar de desprezo. Claro, ninguém nunca era bom o bastante para Sharon, ainda mais se a tal pessoa fosse mais bonita que ela sem a necessidade de duas mãos de concreto - vulgo maquiagem- no rosto.

- Pois é. Algumas pessoas são capazes de arrumar amigos sem ter a necessidade de comprá-los, Sharon. - Alexia disse e eu a adorei ainda mais por isso, ainda mais quando eu vi a cara da descerebrada junto de seu clã.

- Humpf, não sei porque ainda perco meu tempo com coisas tão insignificantes... - Sharon disse antes de dar um estalo com as mãos e fazer com que seus outros clones a acompanhassem.

- Pobres garotas. - disse e Alexia me olhou confusa. - Fala sério, aguentar aquele perfume enjoativo da Sharon e aquela voz anasalada por muito tempo é castigo demais!


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