Dead Radio Fm escrita por DeadTeam, Oyundine, Cargenih


Capítulo 2
Escape the dead


Notas iniciais do capítulo

Oi gente sou eu de novo o/
Nesse capítulo, nós já podemos ver um pouco mais da historia e um pouco mais do Daisuke e as decisões que ele é obrigado a tomar agora que tudo que ele conhece começou a mudar.
As coisas também vão ficando um pouco mais legais, pois finalmente é introduzido um dos membros do grupo principal.
Bem, acho que vocês vão tirar suas conclusões quando começarem a ler. Espero que gostem.
Bem, acho que é só isso para se falar além de boa leitura. (não se preocupem quem vai escrever o próximo não sou eu).

Ass: Daisuke



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Após uma noite de sono no refeitório, acordei cerca de 9h da manha com batidas fortes na porta. Eram outros sobreviventes que estavam fugindo. Eles pareciam estar encurralados, mas eu não podia abrir a porta ou seria morto também.

            - Por favor, abra a porta rápido, eles estão se aproximando!- disse uma voz masculina.

            Fiquei em silencio, eu queria ajudá-los, mas não teria como fazer isso.

            - Por favor, somos apenas nos dois aqui. Deixe-nos entrar! Rápido!- disse uma mulher desesperada.

            Após alguns segundos eles foram alcançados. Os gritos antes de desespero aumentaram seguidos de dor e sangue. Na porta o sangue começou a escorrer para dentro... Eu não conseguia me perdoar por ter feito aquilo com eles, mas o que eu poderia ter feito sem ao menos ter armas? Eu apenas atrasaria a morte deles.

            Depois do ocorrido continuei a juntar o máximo de suprimentos que conseguia levar e improvisar algumas armas. Mas tudo que eu consegui foi uma faca de cozinha, um spray e um isqueiro. Quando deram 10h30min abri a porta do refeitório para ver se era seguro sair. O corredor parecia estar deserto e os corpos que deveriam estar ali também sumiram. Restava apenas um taco de baseball e uma carteira. Abri a carteira e consegui pegar 1500 ienes e levei o taco comigo para proteção. Depois de pegar as coisas, comecei a caminhada até o estacionamento.

            Durante o caminho todo para o estacionamento não vi muita coisa fora do comum, apenas a cena que se tornara normal. Pessoas sendo devoradas por criaturas que um dia já foram humanas... Era difícil admitir, mas de certo jeito aquilo não me importava mais, eu já tinha me acostumado com aquilo.

            Enquanto andava não percebi que um deles estava me seguindo, e quando menos esperava ele pulou para cima de mim.

            - Droga, sai de cima, desgraçado! -disse enquanto tentava evitar que ele me mordesse.

            Tentei usar o taco, mas eu já estava o usando para me proteger da criatura... Eu estava desesperado, será que eu morreria ali? No fim eu só consegui atrasar minha morte em algumas horas? Em meio a todos os pensamentos lembrei-me da faca que eu carregava comigo. Eu me esforcei para tentar pega-la em minha mochila enquanto me defendia até que consegui pega-la. Eu empurrei a criatura para longe de mim para ter espaço para esfaqueá-lo, mas quando olhei para cara dele notei que era o professor de física que fora atacado no dia anterior.

            - Mas que droga é essa? Você estava morto! - disse eu hesitando.

            Ele continuou sem resposta apenas me encarando. Até que começou avançar.

            No instante em que ele começou a correr meu corpo se moveu sozinho, eu avancei também e encravei a faca na garganta dele. Enquanto ele se debatia no chão eu peguei o taco e esmaguei a cabeça dela contra o chão.

            - Eu tentei te avisar... -disse ofegante – Eu nunca fui com sua cara ou sua matéria...!

            Peguei a faca e sai do lugar o mais rápido que pude, outros deles ainda podiam aparecer.

            Após 30 minutos de caminhada eu finalmente consegui avistar o estacionamento. Havia cerca de 40 pessoas lá, e todos eram alunos.

            - Vejam, mais um chegou. - disse uma garota.

            Todos começaram a inicio me olharam, mas depois agiram normalmente.

            - Você veio pela mensagem também? – perguntou um garoto de óculos.

            - Porque mais viria?

            - Bem… De qualquer jeito, meu nome é Toshio Yuu do primeiro ano B, e você?

            - Sou Daisuke Yuudai.

            - Veja, parece que finalmente chegaram. - disse ele apontando para um grupo que acabava de entrar no estacionamento.

            - Quem são exatamente eles?

            - Parece que foram eles que enviaram a mensagem ontem. São eles que estão com as chaves.

            Todos ficaram alegres ao ver o grupo que parecia carregar uma caixa com eles.

            - Bom dia a todos os sobreviventes. - disse um Garoto que parecia ser do terceiro ano. - Eu sou Big Daddy.

            Todos estranham o nome que ele havia adotado para si, mas que escolha tinhamos? Aquela talvez fosse a única chance que teríamos de sair dali.

            - Bem, para vocês todos estarem reunidos aqui, significa que ouviram minha mensagem. Então, vamos ao que interessa. Cada chave de carro normal custara 3000 yens, cada lugar no ônibus escolar 500 e as chaves dos ônibus são 10000. As chaves dos carros serão escolhidas aleatoriamente.

            - O que?! Você esta nos cobrando para nos salvar?- perguntou um garoto assustado.

            - Que criança esperta, descobriu o obvio... - disse ele rindo - e aos espertos que esperam tentar me roubar, acabaram como ele.

            Dizendo isso os outros que estavam com ele arrastaram o corpo de um aluno que estava amarrado pelo pescoço com uma corrente.

            - Bem, esse infeliz tentou roubar uma das chaves de mim e foi nisso que acabou... Mas voltando ao assunto, os que forem pagando comecem a embarcar.

            Todos ficaram pasmos, não conseguíamos acreditar que mesmo em meio aquele caos havia pessoas capazes de tentar chantagem. Todos estavam com medo, mas o que eles podiam fazer? Todos começaram a revirar suas carteiras a procurar dinheiro para pagar pelo menos a passagem de ônibus enquanto outros pediam dinheiro emprestado.

            - Daisuke, você tem dinheiro?- Perguntou Yuu.

            - Tenho metade do que preciso para um carro.

            - Eu só tenho comigo 1000 yens também... O que faremos?

            - Eu só sei que não confio nesses caras... Mesmo em uma situação dessas, tentar um truque tão baixo...!

            - Eu sei, mas... Que escolha temos?

            - Eu vou voltar ao colégio procurar por dinheiro.

            - O que?! Isso é loucura, você não vai voltar vivo de lá!

            - Olhe novamente ao seu redor.

            Quando ele se virou viu diversas pessoas se preparando para voltar ao colégio para procurar dinheiro para se salvarem.

            - Eles todos vão morrer...

            - Eles queriam não ter que fazer isso, mas estão sem dinheiro. Ou eles vão tentar procurar uma salvação ou sentam e esperam sua morte.

            -...

            - Não se preocupe, Tome seu lugar no ônibus antes que acabe, e tome cuidado.

            - Certo. Vemos-nos por ai Daisuke.

            - Adeus.

            Virei-me e fui caminhando para saída quando senti algo me segurando.

            - Você vai voltar para a escola também?- perguntou uma garota de cabelos longos e castanhos.

            - Sim.

            - Gente! Encontrei mais um.

            Um grupo de aproximadamente 25 pessoas rapidamente se juntou onde estávamos e a garota me explicou a situação atual.

            - Então vocês pretendem se dividir em grupos e entrar lá?- perguntei.

            - Sim, isso ira aumentar nossas chances de sobrevivência.

            - Bom plano. -disse enquanto me levantava. - Quantos de nós vão entrar?

            - Apenas os com preparo físico, ou seja, umas 15 pessoas.

            - Certo, então faremos assim: Os que vão entrar se dividiram em três grupos de cinco. Dois entram e um grupo fica aqui para proteger os outros.

            - Porque um dos grupos ficaria?- perguntou um aluno do segundo ano.

            - Não confio nesses caras. E caso algo aconteça precisamos de um grupo de suporte.

            - Como manteremos a comunicação? – perguntou a garota.

            - Nos comunicaremos pelos celulares, mas deixem os em modo silencioso. Eles são atraídos pelo barulho.

            - Certo. Mas como faremos para dividir o dinheiro?

            - Eu pretendo pegar um carro qualquer, e vocês?

            - Pretendíamos arrumar um ônibus para todos nós... Não gostaria de vir com agente?

            - Não obrigado, eu ainda tenho assuntos a tratar.

            - Certo então...

            - Agora são 11h30min, começamos a operação as 12h00min, nesse meio tempo se preparem e comam.

            Todos se juntaram em algum lugar para comer, e alguns se separaram para se despedir de suas namoradas. Enquanto todos se preparavam me isolei um pouco para descansar e comer.

            - Então é aqui que você está.

            Quando me virei vi que era a garota de cabelos castanhos que havia me chamado para o plano mais cedo.

            - Ah... Oi.

            - Porque você não esta com os outros?

            - Não sei direito, mas às vezes eu gosto de me afastar das pessoas para pensar.

            -Entendo como é, às vezes me sinto assim... Vontade de esquecer tudo e ficar sem preocupações... Mas acho que isso será impossível agora não é?

            - Não duvido...

            - Posso te fazer uma pergunta?

            - Faça.

            - Você tem um motivo para continuar vivo? Digo... Qual é seu motivo para não vir com agente?

            - Eu tenho que ver se meus amigos estão bem. - Nesse momento eu sabia que estava mentindo... Afinal, eu não tinha amigos ou quem proteger, eu apenas queria viajar sozinho por uns tempos e ver minha casa pela ultima vez...

            - Entendo... Eu também tenho alguém importante para ver, mas ele não esta aqui nesse momento.

            - Onde ele esta?

            - Não sei ao certo, eu pretendo procura-lo assim que conseguir encontrar um lugar seguro para meus amigos.

            - Eles significam tanto assim para você?

            - Nesse momento eles são como uma família pára mim... Eu não conseguiria me perdoar se não conseguisse protege-los... Por isso estou preocupada com você.

            - Não fique tão preocupada, eu ficarei bem e encontrarei vocês depois.

            - Isso é uma promessa?- disse ela enquanto tentava disfarçar a cara de preocupação com um sorriso.

            - Sim.

            - Então, não morra tão fácil.

            - Não morrerei... Agora vamos. – disse enquanto me levantava - A operação já vai começar.

            - Vamos. -disse ela andando.

            - A propósito, qual é o seu nome?

            - Sayuri Akane, mas eles gostam de me chamar de Akane, e o seu nome?

            - Daisuke Yuudai.

            - Não se esqueça de nossa promessa, Daisuke! -disse ela sorrindo.

            Fomos-nos onde todos os outros estavam e começamos a nos arrumar para voltar ao colégio. Todos, em geral, carregavam tacos de baiseball, canos e correntes.

            - Estão todos prontos?- Perguntei enquanto colocava a mochila nas costas.

            - SIM!- disse o grupo.

            - Então vamos.

            Caminhamos em direção ao portão para ir ao colégio.

            Quando chegamos perto de entrar na escola falei.

            - Esperem.

            - O que houve?

            - Cinco... Quatro... Três... Dois... Um!

            Nesse instante o sinal da escola começou a tocar. Todas as criaturas que estavam no pátio começaram a correr para o segundo pátio onde o sinal estava batendo.

            - Como nós fomos esquecer o sinal da escola?

            - Vamos rápido, ele não vai os distrair por muito tempo!

            Começamos a correr para o colégio enquanto as criaturas iam para o outro pátio onde o sinal soava. Quando chegamos ao prédio principal o corredor continuava ecoando o sino então nossos passos seriam camuflados.

            - Certo, a partir daqui nós nos dividiremos em dois grupos. Vocês cinco - disse enquanto separava cinco pessoas – Vão para o prédio dois e recolham tudo que possa vir a ser útil. O restante vem comigo e nos encontramos na sala dos professores exatamente as 14h30min.

Depois disso cada grupo seguiu seu caminho.

            Após alguns minutos andando, chagamos a primeira sala de aula. Ao chegarmos lá fechamos a porta e procuramos em todas as carteiras e mochilas por dinheiro e algo mais que podia ser útil.

            - Acharam algo útil?

            - Não muita coisa, apenas alguns mangás, 3000 ienes e uma arma de choque.

            - Então ainda faltam 7000 para vocês e 1000 para mim... Muito bem, vamos para as outras salas, e me entregue a arma de choque.

            No instante em que íamos sair, o sinal parou de bater. Já não havia mais nada que distraísse as criaturas, então nos apressamos.

            Após quase uma hora procurando finalmente conseguimos juntar quinze mil ienes, cinco latas de spray de pimenta e comida.

            - Rápido, enviem uma mensagem ao outro grupo e vamos logo para sala dos professores. - disse enquanto verificava se era seguro o corredor.

            Enviamos uma mensagem ao segundo grupo, eles estavam seguros e já haviam conseguido chagar a sala dos professores, só estavam a nossa espera.

            Quando estávamos a chegar à sala dos professores, ouvimos um celular dentro de uma das classes ecoando pelo corredor, em seguida ouvimos gritos ferozes e passos rápidos. As criaturas tinham nos encontrado.

            - Corram!- gritei enquanto guiava o grupo.

            Corremos o máximo que conseguimos até encontrarmos o outro grupo que nos esperava na entrada da sala dos professores.

            - Entrem rápido, eles estão chegando.

            Corremos para dentro da sala e trancamos a porta. As criaturas batiam ferozmente na porta tentando derruba-la, mas a porta era resistente e não cederia tão cedo. Mas ainda tínhamos o problema de como conseguiríamos sair de lá.

            - Droga, estava tudo indo tão bem até aquele maldito celular tocar... - disse um garoto dos que estava em meu grupo.

            - Não adianta lamentar agora... Temos que encontrar um jeito de sair daqui.

            Enquanto eles descansavam e contavam o dinheiro, sentei-me em uma cadeira e comecei a pensar.

            - O que faremos Daisuke?

            - Nós precisamos ganhar tempo para fugir... Acho que tive uma idéia...

            - Diga logo, precisamos de qualquer coisa.

            - Primeiro temos que conseguir ligar todos os alto-falantes da escola novamente, e depois disso precisamos chegar à cozinha...

            - Ligar os alto-falantes eu entendo, mas para que iríamos à cozinha?

            - Iremos abrir o gás e explodir o colégio, mas nós teríamos apenas cerca de 5 minutos até a explosão ocorrer... Estão dispostos?

            - Temos outra opção?

            - Não.

            - Então vamos... Certo pessoal?- Todos estavam com ele, todos tinham esperanças em mim para ajudá-lo a sair. Apesar de ser uma grande responsabilidade e uma operação arriscada resolvi executa-la e sair dela com todos vivos como havia prometido para Akane.

            Começamos a operar os alto-falantes e conseguimos programar para que os que estavam no ginásio tocassem mais alto que todos os outros. Isso faria eco e os atrairia para lá.

            - Pronto, ajeitei os auto-falantes. -disse um membro do grupo.

            - Que musica você colocou?

            - O hino da escola, isso deve deixá-los ocupado por 20 minutos mais ou menos.

            - Então, assim que você ativar a musica, todos nós correremos até a cozinha da escola. Permaneceremos em silencio até chegar lá.

            - E com quem fica o dinheiro?

            - Há quanto ao total?

            - Quase 70 mil ienes.

            - Fique com o dinheiro, você é o mais rápido de nós e caso algo aconteça, você conseguira chegar lá rapidamente.

            - Ok.

            - Então vamos.

            Depois de dito isso, ligamos o radio. E não demorou muito para que as criaturas que batiam na porta fossem embora fazendo que conseguíssemos ir até a cozinha. (17 minutos restantes).

            Após corrermos por cinco minutos e enfrentarmos algumas das criaturas que ficaram para trás conseguimos chegar à cozinha. Lá nos pegamos todo óleo que conseguimos e acendemos todos os registros de gás e começamos a correr novamente. (7 minutos restantes).

            Antes de sairmos completamente do prédio, espalhamos o óleo por todo o colégio, mas ainda sobrava o problema de como ascenderíamos tudo. Então nós modificamos o sinal, para que quando chegasse exatamente 15h00min os cabos se juntariam provocando faíscas que acionariam o fogo. (70 segundos restantes).

            Nós corremos o máximo que conseguíamos para fora do colégio, mas quando deu 14h50min a musica parou. Tudo que podia se escutar era nossos passos distantes em caminho ao estacionamento.

            - Vamos rápido, não falta muito tempo! - gritei enquanto entrava no estacionamento.

            Assim que todos chegaram fechamos o portão do estacionamento. Relaxamos aliviados.

            - Ah... Ainda bem que conseguimos! -disse um membro do grupo.

            - Ainda não é hora para relaxar, precisamos comprar as chaves logo antes que aquilo comece. - disse enquanto me recompunha. - Vamos.

            Todos se levantaram e me seguiram ao estacionamento onde o outro grupo nos aguardava.

            - Meu deus, Vocês estão bem? –disse Akane correndo em nossa direção com o resto do grupo.

            - Estamos bem sim. - Disse enquanto abraçava Akane. - Preciso falar com você em particular.

            Quando nos afastamos do grupo ela perguntou:

            - Porque me trouxe aqui, esta tudo bem?

            - Sim, esta tudo bem. Só queria lhe entregar isso. -disse enquanto a entregava a arma de choque.

            - O que eu devo fazer com isso?

            - Nós vamos fazer a troca, mas não confio muito neles... Caso qualquer coisa aconteça, use a arma.

            - Entendi. Vamos.

            Juntamos-nos novamente ao grupo e pegamos o dinheiro necessário para comprar o ônibus e um carro para mim. Após separarmos o dinheiro necessário e guardarmos o resto fomos até onde Big Daddy estava.

            - Ora, então vocês voltaram... Pronta para aceitar minha proposta?

            - Calado porco. -disse Akane com raiva em sua voz - Aqui esta seu dinheiro.

            - Hum... Então vocês conseguiram sobreviver... Escolham o ônibus.

            Akane pegou a chave de um ônibus grande o suficiente para levar o grupo e mais algumas pessoas e escolheu um carro para mim.

            - Acho que é só isso. - disse ela se virando.

            - Não tão rápido. - disse Big Daddy segurando Akane.

            - O que você esta fazendo, porco?! – gritou Akane enquanto tentava se soltar.

            - Você acha que em meio a essa merda toda eu perderia a oportunidade de pegar uma garota tão gostosa?-disse ele enquanto abria o uniforme dela.

            - Isso não fazia parte do acordo Daddy! - gritei.

            - Foda-se o acordo, eu quero é aproveitar... E se algum de vocês der uma de espertinho, eu a mato. - disse ele colocando uma faca sobre a garganta dela.

            Todos ficaram assustados, não sabiam o que fazer. Fiz um sinal com a cabeça para que Akane usasse a arma assim que eu a desse tempo para se soltar. Assim que ela respondeu o sinal com a cabeça eu comecei a agir.

            - Daddy, porque não resolvemos isso como pessoas civilizadas?

            - Vai tomar no cu, seu filho da puta! Mais um passo eu mato ela.

            - Certo... -disse enquanto olhava o relógio, faltavam apenas 30 segundos para explosão. - Quanto você quer para soltar ela?

            - Quanto você tem?

            - Não muito, temos apenas mais 10000 ienes com agente.

            - Eu aceito todo o dinheiro, mais aquelas duas garotas em troca. - disse ele enquanto apontava duas garotas do nosso grupo.

            - Ora Daddy não seja tão ganancioso...

            - Ou é isso ou eu fico com ela.

            - Hum. Parece que não há jeito... Dez... Nove... Oito

            - O que você ta fazendo agora, seu retardado?!

            - Cinco... Quatro... Três... Dois... Um.

            Nesse instante o colégio começou a explodir, a armadilha havia funcionado. Durante a explosão os capangas de daddy e ele ficaram distraídos o que deu espaço para Akane dar um chute nele e fugir.

            - Meu saco! Sua vadia!- disse ele de joelhos e em dor.

            - Nunca mais coloque suas mãos sobre uma garota, seu verme! - disse Akane enquanto apontava a arma de choque a ele.

            - Você não tem capacidade de atirar isso! Sua... - antes de ele terminar, Akane já tinha disparado a arma com carga total no peito dele.

            Daddy caiu no chão em convulsões e dor e seus capangas foram ajudá-lo.

            - Vocês ainda querem continuar com ele?- Gritou Akane para as pessoas no ônibus de Daddy que estava a observar enquanto pegava o dinheiro todo de volta do Daddy.

            Quase como imediato todos começaram a descer do ônibus dele e a se juntar ao nosso grupo. Daddy ainda tentou impedir, mas nós seguramos os capangas e Akane chutou sua cabeça, o que acabou o nocauteando.

            - Rápido, vamos embora daqui. Em breve aquelas criaturas começarão a vir para cá. - disse enquanto guiava as pessoas para o ônibus.

            - Mas o que foram aquelas explosões? – perguntou Akane enquanto fechava o uniforme.

            - Nós deixamos aquela armadilha antes de sairmos, pelo menos grande parte deles ira morrer de vez agora. Suba rápido antes que eles cheguem, eu vou procurar um carro para mim.

            - Não se preocupe, eu escolhi aquilo para você. -disse ela apontando para uma Hummer preta estacionada. - E leve esses quinze mil ienes... Não aceitarei não como resposta.

            - Muito obrigado Akane, não sei como agradecer... Mas de qualquer jeito acho que isso é um adeus.

            Quando eu estava me virando ela me puxou e me beijou. Eu não sabia o que fazer ou dizer naquele momento... Mas não sei por que eu me senti mais vivo.

            - Agora você tem mais um motivo para viver. - Disse ela sorrindo. - Não se esqueça de nossa promessa.

            Sorri de volta para ela e fui embora. Sentia-me feliz por ter a conhecido. Enquanto em afastava gritei para eles.

            - Servirei de isca para dar tempo para vocês saírem. - o motorista fez o sinal de que haviam ouvido e esperaram que eu começasse a abrir caminho.

            Entrei na Hummer e a liguei, eu sabia um pouco como dirigir, pois meu avô me ensinara quando fiz 15 anos.

            Ligando a Hummer comecei a dirigir para o portão principal enquanto o ônibus deles me seguia. Do colégio em chamas, ainda saiam algumas daquelas criaturas que estavam queimando. Naquele momento eu pensei “Será que nem mesmo nesse fogo infernal elas morrem?”. Eu resolvi passar por cima delas para abrir caminho. Conforme andava mais e mais delas eram esmagadas pela Hummer. Quando chegamos ao portão principal resolvi acelerar mais ainda e arrombar o portão.

            Quando derrubei o portão, o ônibus deles seguiu acelerado para outra direção, o que me deixou aliviado por um momento... Eles estavam seguros por enquanto, agora tudo que me faltava era sair daquele lugar também.

            Fiquei dirigindo pela cidade durante horas. A cidade parecia mergulhada em caos, estupros, roubos, assassinatos e saques... Tudo estava ocorrendo, inclusive o ataque daquelas criaturas... Fiquei assustado. Como as pessoas conseguiam pensar ainda em assaltar uma loja ao invés de se juntarem e tentarem sobreviver?

            O sol estava se pondo, e a cidade se tornara um lugar perigoso para se andar de dia e a noite, então resolvi procurar um lugar para passar a noite. Dirigi até um bairro calmo até que encontrei uma casa que parecia não ter sido afetada por toda aquela loucura. Abri a garagem e estacionei o carro, tive certeza de que não havia ninguém me observando ou seguindo até que fechei a garagem.

            Entrando na casa pude notar que realmente não tinha sido afetada. Parecia simplesmente uma casa japonesa normal. Como eu estava com fome tentei procurar algo na geladeira para fazer um jantar.

            Enquanto cozinhava fui vendo algumas fotos espalhadas pela cozinha e acabei não percebendo que talvez eu não estivesse sozinho na casa.

            - Droga... Ao meio dessa confusão toda me esqueci de ir ao banheiro e tomar um banho. - eu ainda usava o uniforme de ginástica da escola, uma camisa pólo com calças azul escura.

            Assim que terminei de cozinhar tudo tapei as panelas e fui ao banheiro. Finalmente podia descansar e me sentir relaxado... Pelo menos era o que eu pensava até começar a ouvir ruídos.

            - Há alguém ai? - disse enquanto colocava as calças e pegava o taco de baiseball.

            Quando sai do banheiro e voltei para cozinha notei que as panelas haviam sumido... Eu com certeza não eu estava sozinho, mas quando me virei fui acertado por algo e acabei desmaiando.

            Após algum tempo desacordado senti algo lambendo minha cara e acordei rapidamente. Quando olhei ao redor eu estava no quarto de uma garota e havia um cachorro de porte médio sentado ao lado da cama me observando.

            - Quem é você?- perguntei em vão ao cachorro enquanto o acariciava.

            - Woolf* Woolf*. –começou a latir o cachorro.

            - O que houve?

            Ele correu para baixo, ele parecia querer que eu o seguisse.

            Desci as escadas com ele e ao chegar novamente na sala vi uma garota sentada no sofá ouvindo musica.

- Ah. Hachiko, é você. - disse ela enquanto acariciava o cachorro. – O que houve com aquele garoto?

- Woolf* Woolf*. – latiu o cachorro enquanto vinha em minha direção.

Quando ela me viu pareceu estar extremamente calma.

- Hum... Então você acordou. Como vai a cabeça?

Quando coloquei a mão na testa notei que estava enfaixada. Ela parecia ter feito os curativos.

- Melhor agora... Foi você que me acertou, certo?

- Você invadiu minha casa. -disse ela ainda sentada no sofá ouvindo o radio. - De qualquer jeito, deixei um pouco de comida para você no microondas.

- Obrigado. -disse indo para mesa comer enquanto ainda estava quente.

Ficamos em completo silencio durante algumas horas até que o programa de musica que ela estava ouvindo acabou e começou a dar uma noticia.

“Novamente alertamos a todos os moradores que evitem sair de suas casas e evitem qualquer contacto com pessoas infectadas. Pedimos também que barriquem suas casas e esperem o socorro do exercito... Repetimos....”

- Tsch... - disse a garota enquanto se levantava.

Resolvi não atrapalha-la. Ela parecia estar indo tomar banho ou algo do gênero. E o cachorro deitou-se ao meu lado.

Após alguns minutos ela voltou com outra roupa e abriu a geladeira. Ela pegou duas latas de refrigerante e jogou uma pra mim.

- E então, qual seu nome?- disse ela enquanto se sentava.

- Daisuke Yuudai, e o seu?

- Iwashita Mika... Então, o que você fazia por aqui?

- Consegui fugir do meu colégio, agora estou indo para casa procurar por meus amigos e conhecidos para depois ir a algum lugar que não tenha sido atingido por essa praga.

- Tsch...

- O que houve?

- Você ainda acredita que haja paz em algum lugar mesmo tendo visto essas criaturas? Mesmo que haja um lugar em paz, não ha como as coisas voltarem ao normal.

- Mas o que custa ter um pouco de esperança?

- Custa tempo. Estou indo dormir, Tente não fazer muito barulho... Vamos Hachiko. - ela se levantou tomou rapidamente o refrigerante e subiu para o quarto onde se trancou e provavelmente dormiu.

- Garota estranha... - disse enquanto tomava o refrigerante, tirava a mesa e barricava todas às portas.

            Depois de preparar tudo, tomei um banho e dormi. Eu pretendia partir na manha seguinte bem cedo... Destino? Bem, acho que antes de deixar essa cidade fantasma eu no fundo queria visitar minha casa.

            Na manha seguinte, acordei novamente com o cachorro lambendo minha cara. Mas quando me levantei dessa vez encontrei o café da manha pronto para mim. A garota parecia ter preparado tudo para minha partida.

            Sentei-me a mesa e comecei a comer, mas alguns minutos depois a garota estava descendo com uma roupa nova e algumas mochilas.

            - Para que toda a mala?- perguntei assustado.

            - Irei com você. - ao falar isso ela parecia seria e decidida.

            - Certeza disso?

            - Para eu estar afirmando... -disse ela com um tom de sarcasmo na voz.

            - Seus pais sabem disso?

            - Eles não estão mais vivos. -disse ela friamente.

            - Sinto muito.

            - Não sinta, apenas termine rápido que estamos de saída.

            Ela parecia estar realmente com pressa, então eu comecei a comer mais rápido e a juntar alimento para levarmos para a viagem. Depois de juntar o máximo de suprimentos possíveis comecei a embarcar tudo enquanto a garota ia para uma cabana no quintal pegar algo.

            Quando terminei de embarcar as coisas ela e o cachorro voltaram. Ela estava com uma katana na mão e uma pistola Beretta M76. Eu olhei para ela e o cachorro e resolvi não perguntar nada, apenas pedi para embarcarem.

            Eram 11h quando saímos da casa dela em direção ao bairro onde eu morava.

Durante grande parte da viagem ficamos em silencio. Até que ela falou.

            - Me chame de Mika.

            - Certo... Chame-me de Daisuke... Espero que nos possamos nos entender.

            - Tsch. Tanto faz. -disse ela ligando o radio na mesma estação da noite anterior.

Enquanto ela ficava ouvindo um jazz na estação do radio fiquei a observar ela... Ela parecia ser alguém normal a primeira vista e parecida comigo... Poucas palavras e reservadas... De um certo jeito, eu me sentia bem na companhia dela e daquele cachorro alegre.

Bem, a viagem não começara há muito tempo, mas eu tinha certeza de uma coisa: Essa viagem com certeza não será como todas as outras.

Chapter 2 - Escape the dead - End


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Notas finais do capítulo

Eu não sou a melhor pessoa para escrever isso... (Daisuke)

Tanto faz. MIKA >>>>>> ALL (Mika)