Prelúdio escrita por CamillaVicter


Capítulo 17
Capítulo 17 - Para Todo o Sempre...


Notas iniciais do capítulo

Oiii, genteeee!!!
Entonces... Nossa!!! Esse desafio foi MEEEEGA difícil de resolver!!! Mil e quinhentas respostas depois, eu resolvi dividir os prêmios em três categorias: a resposta mais engraçada, a mais fofa e a mais louca, porém realista!
Os ganhadores foram:

— Team teen (a mais louca, porém realista!)- EU PULARIA DE BANGJUMP COM UMA CARTAZ LILÁS (amo lilás) escrito: "Eiii, Ó eu aqui. Quero um prelúdio só pra mim!!!"

— Catharina (a mais fofa)- Eu acho que o mais importante quando se trata de um livro que será publicado, é se manter informado e sentir que vale a pena lê-lo. Por isso, eu tentaria saber o máximo possível, e tentar me comunicar com o escritor, para dizê-lo de que é muito importante para seus leitores e verdadeiros fãs a publicação do livro. O escritor, além de sentir honrado (eu acho né?) ficaria feliz e satisfeito com a publicação e para agradar seus fãs, provavelmente tentaria agilizar o processo. Tenho certeza, de que para um escritor, a coisa mais importante, além de sentir que sua história é boa e gratificante, digna de orgulho, é saber que têm outras pessoas que sentem o mesmo! Esse contato seria bem difícil, mas se esse leitor realmente gostasse a história, e como no meu caso sentisse que é importante e uma coisa para ter o livro, seria melhor fazê-lo, mesmo com as dificuldades, do que esperar de mãos atadas =)

— E luiliu (a mais engraçada)- Pegar DNA de lobo e injetar em mim, depois pegar DNA de borboleta e injetar em mim, depois DNA de gorila e injetar em mim, e pegar DNA de morcegor chupador de sangue e injetar em mim e dizer que sou a reencarnação dela e preciso do livro para seguir os passos da minha ancestral!!(sera que ganho? >.<)(Por que vc não reinvidicou o prêmio??? Fiquei bem triste!! Eu adorei sua resposta!! ^^)

É isso!! Parabéns, ganhadores!! Desculpem pela demorinha, mas...
Aproveitem o último capítulo!! ^^



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Capítulo XVII – Para todo o sempre...

 

Morrer não é tão ruim afinal.

No início, eu não senti dor alguma. Só o que eu via era aquela incrível luz. Ela não me deixava ver mais nada além dela, mas era como se emanasse uma sensação reconfortante. Eu não conseguia sentir medo, nem dor. Nada. Só aquela estranha sensação reconfortante.

Mas eu também não queria sentir mais nada. Tudo o que eu me lembrava era de um único som. E era o suficiente. Eu não precisava de mais nada.

Matthew estava vivo. Eu ouvi o seu coração batendo. Eu ouvi. Claro e nítido. Com toda a minha certeza. Com a mesma certeza que eu tenho de que o sol nascerá de manhã. Com a mesma certeza que eu tenho de que a lua iluminará meus pesadelos. Com certeza...

Eu salvei a razão do meu viver. Eu salvei. Mesmo que agora eu já não possa mais viver. Isso não me importa. Não haveria motivos para viver sem ele. Então, eu acabaria morrendo de qualquer maneira. Por que, então, não dar ao mundo o prazer da presença dele? O mundo não seria mundo sem o Matthew. Não haveria interesse maior que pudesse mover a Terra, constantemente, ao redor do sol. Não haveria motivo para que a lua surgisse toda noite para vê-lo. Não haveria explicações. Porque não existiria razão nelas.

E a razão é ele.

Sempre foi. E sempre será.

No meu mundo.

Não sei quanto tempo passou — eu nem estava prestando atenção, para falar a verdade —, mas alguma coisa começou a mudar. A luz que me mantinha ali começou a fraquejar. Eu já não via mais o mesmo brilho reconfortante nela. Ela estava indo embora gradativamente e, com ela, a sensação de conforto.

Outros sentimentos começaram a surgir.

Solidão. Eu estava completamente sozinha. Mas... O paraíso não deveria ser tão solitário. Talvez fosse o inferno — eu já cometi pecados suficientes para isso? Eu não sei! Mas não era tão terrível quanto eu imaginaria um inferno. Se eu tivesse que pagar pelos meus pecados, eu teria pensado em castigos mais apavorantes...

Um lugar sem minha família e amigos, por exemplo. Sem o Matthew...

Bom, eu estou sozinha. Talvez esse seja o inferno, mesmo! O meu inferno.

Finalmente, eu comecei a afogar no medo. Um único motivo para apreensão passou pela minha cabeça: eu morri. E o Matthew é imortal. Nunca mais nos veremos? Não há esperança, afinal. E a minha família... Dimitri. Meu pai. Stephanie. Eu não os verei mais?

Com certeza, esse é o inferno. Será que eu cometi tantos erros assim?

Eu percebi, ainda mais aflita, que a luz estava se extinguindo quase completamente. Uma escuridão esmagadora tomou conta de mim e, com ela, uma sensação de completo terror.

Onde raios eu estou? Se esse é o inferno, eu me arrependo completamente de todos os meus pecados.

A escuridão era quase palpável. Eu senti-a apertando o meu peito, dificultando a minha respiração. Mas, se eu morri, eu não deveria precisar respirar. Isso não está certo!

— Chris... Não, Chris! Por favor!

Matthew? Matthew!? Onde você está?

— Não, Chris... Ah, por favor! Você, não!

Isso não está certo! Sua voz perfeita não deveria estar maculada com esse tom de desespero. Matthew! Onde você está?

— Chris! Não me deixe! Por favor!

Ele está chorando?

Não! Não! Não!

Isso não está certo! Ele não pode chorar. Não existe lágrima no mundo digna de atravessar seu rosto magnífico.

Eu preciso fazer alguma coisa.

Matt! Eu queria gritar. Me desculpe!

Qualquer coisa. Qualquer coisa para vê-lo sorrindo outra vez. Qualquer coisa para perder-me em seu sorriso perfeito.

Se ao menos eu pudesse vê-lo...

Mas eu morri!

A escuridão, agora, parecia água em volta de mim; afogando-me. E, ainda assim, apertava meu peito; empurrando-me para baixo. Eu estava afundando nas trevas. Eu quis nadar, mas meus braços pareciam presos ao lado do meu corpo. E a escuridão empurrava meu peito para as águas negras.

E, então, eu afundei totalmente.

Não havia esperança. Eu estava enfraquecida. Não tinha forças suficientes. O suprimento de oxigênio em minha corrente sanguínea estava se esgotando.

— Não, Chris... Não! Não morra! Por favor, volta... Por mim!

Matthew!

Minha consciência estava escorregando por entre os meus dedos, mas eu forcei-me a emergir daquelas águas sinistras.

Foi a voz dele que me deu forças para nadar.

Eu preciso fazê-lo sorrir outra vez. Nada é mais importante nesse momento.

Matthew...

Eu podia vê-lo, agora. Mas estava muito longe. Quanto tempo eu ainda agüentaria sem respirar? Quanto mais eu nadava, mais parecia que eu estava afundando. Eu estendi a mão hesitante para tocá-lo. Muito longe...

Meu braço caiu; fraco.

— Não, Chris! Por favor! Volta...

Seu rosto contorceu-se de dor.

Eu quis gritar.

Isso não está certo!

Forcei-me outra vez a sair das trevas. Meus braços latejavam de dor, mas eu me concentrei na única coisa que realmente importava.

Ele.

E, então, eu abri os olhos.

Eu já não estava mais afundando. E também não havia mais escuridão.

Na verdade, estava claro. Claro demais...

Eu reconheci imediatamente o branco excessivo das paredes à minha volta. A enfermaria da vila...

A luz irritou meus olhos e eu, instintivamente, pus a mão sobre meu rosto bloqueando a claridade. Estranho. Há quanto tempo eu estive no escuro? O mais esquisito foi quando eu reparei que estava sem meus óculos, mas tampouco precisava deles. Tudo parecia incrivelmente perfeito em minha visão.

Esperei meus olhos se acostumarem e olhei em volta pela primeira vez. Numa poltrona ao fundo do quarto, estava meu pai. Sua cabeça estava pousada no peito — obviamente dormindo — e um livro estava aberto sobre seu colo. Ao lado dele, em uma cadeira um pouco menos confortável, estava Dimitri também cochilando.

E, então, meus olhos o encontraram. Matthew estava sentado no chão ao lado da minha cama com os braços e a cabeça deitados no colchão ao meu lado. Não parecia uma posição muito confortável. Passei os olhos longamente pelo seu rosto. Ele tinha chorado. A umidade em seu rosto ainda não tinha secado.

Eu estendi a mão para secar suas lágrimas, mas isso iria acordá-lo. E as grandes manchas rochas sob seus olhos diziam-me o quanto ele precisava dormir. Ele deve ter passados algumas noites em claro.

Quanto tempo eu estive desacordada?

Meus olhos varreram a enfermaria procurando um relógio. 03h17min indicava o marcador luminoso do relógio digital na mesinha ao lado da cama. Da manhã, eu imagino. Isso explicaria porque todos estavam dormindo.

Eu sobressaltei-me quando a porta do quarto abriu-se devagar. Era a Stephanie. Ela estava vestida com um pijama azul, provavelmente tinha acabado de levantar da cama. Ela olhou em volta brevemente e seus olhos chegaram a se cruzar com os meus, mas ela estava distraída e não percebeu, na hora, que eu estava acordada, então continuou andando em direção ao meu irmão — meu irmão? Talvez fosse ao meu pai. Não dava para saber. Mas ela estacou no meio do caminho como se tivesse se lembrado de uma coisa muito importante e, então, virou a cabeça novamente e seus olhos azuis encontraram-se com os meus. Ela piscou os olhos algumas vezes, descrente, antes de falar.

— Christinne? — ela perguntou hesitante como se eu fosse uma miragem no deserto.

Eu pus um dedo nos lábios indicando-a que fizesse silêncio e ela abriu um sorriso sincero e veio flutuando até o meu lado.

— Nossa! — ela sussurrou. — Qu... Quando você acordou?

— Nesse instante! — eu respondi retribuindo seu sorriso.

Ela encarou-me por alguns instantes, ainda sorrindo, como que para ter certeza de que eu não era uma miragem. E, então, puxou-me para um abraço.

— Meu Deus, Chris! É muito bom ver você acordada! — ela cochichou quando nos separamos. — Pensando bem... — ela franziu as sobrancelhas — Você tem noção de quantas promessas eu vou ter que cumprir agora que você sobreviveu?

Eu sorri ignorando seu comentário malicioso.

— Ei... Quanto tempo eu fiquei desacordada? — eu sussurrei.

Ela hesitou por um momento avaliando minhas reações.

— É tão ruim assim? — eu perguntei tentando manter minha voz baixa e estável.

Ela concordou com a cabeça.

— Três? — eu testei. Não poderia ser tão terrível assim. — Quatro dias?

Ela continuou em silêncio, encarando-me com seus expressivos olhos azuis.

— Uma semana?

Ela continuou em silêncio.

— Mais?! — eu exclamei subindo um pouco o tom da minha voz.

— Shh!

Eu olhei para o Matthew. Ele se remexeu levemente, mas continuou adormecido.

Voltei a encará-la.

— Nove dias. — ela disse, por fim.

Eu abri a boca para fazer outra exclamação, mas me contive. Respirei fundo algumas vezes e depois continuei.

— Como eu sobrevivi? — eu perguntei.

— Vai saber! — ela disse. — Você é você, não é Chris? Ninguém nunca tem explicação quando você é o assunto!

— Humm... — eu disse pensando eu alguma outra pergunta que eu queria fazer. — Diz aí: o que eu perdi?

— Ah... Nada de incrivelmente interessante! — ela disse, mas seu tom de pele se avermelhou levemente.

— Arrã! Sei! — eu disse em um tom incrédulo. Ela corou ainda mais, então eu resolvi mudar de assunto. Se eu bem conhecia a Stephanie, ela não ia me contar tão cedo. — O que você veio fazer aqui a essa hora da madrugada?

— Ah... Bom, eu vim obrigar o Dimitri a dormir em uma cama descente, só pra variar! Ele não tem dormido direito nesses últimos dias. Nem o seu pai! Esse aí — ela disse apontando para o Matthew; mas eu não prestei atenção, eu estava paralisada momentaneamente. Ela não pareceu perceber o meu espanto. — eu nem tento mais! Ele só sai daqui para usar o banheiro. Nem para comer e dormir ele...

Peraí! — eu exclamei libertando-me da minha paralisia. Meu pai resmungou alguma coisa ininteligível e depois continuou a dormir. Eu diminuí o meu tom de voz. — Volta tudo! Você está preocupada com o meu irmão? Quando isso aconteceu?

Ela se remexeu desconfortavelmente ao meu lado e depois esboçou um sorriso envergonhado.

— Ah... Bom, foi na luta. Eu... Bom, eu... Err... Fui mordida. E... Hãmm... Ele... Ele meio que se declarou. E... Ficou comigo na enfermaria. E, bom... Estamos juntos!

Eu quis pular de alegria, mas me segurei.

— Eu não acredito! — eu sussurrei enfatizando cada palavra. — Nada de incrivelmente interessante? — eu disse indignada repetindo suas palavras. — Isso, sem dúvida, é incrivelmente interessante!

— É... Eu sei! — ela disse distraída; perdida em pensamentos.

— Você foi mordida?

— Ah, sim! Não foi nada demais... A Fabiana encontrou o antídoto antes que algo pior pudesse acontecer.

— Humm... Perdi mais alguma coisa que você não considerou incrivelmente interessante? E Viktor e Jéssika? O que aconteceu com eles?

— Humm... Jéssika fugiu antes que voltássemos da luta. Ninguém tem idéia alguma de onde ela pode ter ido, mas seu pai parece sinceramente empenhado em encontrá-la. Ele não vai perdoá-la tão cedo. Ao que parece ela não se arrependeu do que fez. Traidora...

— E Viktor?

— Humm... Bom, você não vai acreditar! Quando percebeu o rumo que os erros dele estavam tomando, Viktor se arrependeu e confessou que já sabia onde Hanna estava. Na verdade, ela estava em uma casinha daqui da rua mesmo! Na mesma hora, ele foi buscá-la e ela lutou ao nosso lado. Você não imagina a cara da Lohainne quando viu ela lá. Ela ficou furiosa!

Eu abri a boca de espanto. Por essa eu não esperava mesmo!

Hanna? — eu exclamei apavorada.

Eu me encolhi quando percebi que tinha falado alto demais.

— Xii... Agora você conseguiu! — comentou Stephanie.

Eu olhei em volta. Meu pai acordou e estava bocejando levemente sem perceber que eu estava acordada. Dimitri também. Foi Matthew, que estava ao meu lado, que me notou.

— Chris? — ele disse, exatamente do mesmo jeito que a Stephanie. Como se eu fosse uma miragem. Então, ele piscou algumas vezes e, garantindo-se de que eu não era um sonho, gritou, em júbilo. — Chris!

As reações foram exatamente as mesmas.

— Meu Deus, Chris! Você acordou! — exclamou Dimitri correndo para o meu lado.

Meu pai foi um pouco mais contido.

— Obrigado, senhor! — ele agradeceu baixinho.

Eu retribuí o abraço de cada um, inteiramente satisfeita de tê-los em meus braços. Foi a Stephanie que nos interrompeu.

— Bom... Vocês já mataram a saudade. E eu também já contei a ela tudo o que ela precisava saber. Então, que tal vocês voltarem para casa e dormirem tranquilamente como vocês não fazem há muito tempo?

Meu pai piscou os olhos longamente, cansado.

— Parece uma boa idéia. — ele disse.

— E além do mais, — ela continuou levantando uma sobrancelha — o casal apaixonado não precisa de platéia, não acha?

Eu sorri agradecida para ela.

— Mas... — começou Dimitri, mas Stephanie o interrompeu. Ela não disse nada, só apontou para a porta e ele obedeceu fielmente. Inacreditável!

— Você recebe ordens agora, Di? — eu impliquei.

Ele me mostrou a língua, mal-educadamente.

Esperei que eles saíssem e me virei para o Matthew. A razão do meu viver. Eu encarei-o apaixonadamente por alguns segundos. Seus olhos incendiavam com o fogo negro pelo qual eu tanto ansiei. Eu puxei-o para perto, abraçando-o.

A sensação de tê-lo ali, em meus braços, depois de ter estado tão perto de perdê-lo, era algo sem palavras. Não existe uma analogia forte o suficiente para explicitar o que eu estava sentindo naquele momento. As lágrimas rolaram copiosamente pelo meu rosto embaçando minha visão. Eu pisquei furiosamente tentando afastá-las. Eu não queria que nada sujasse a imagem do seu rosto perfeito.

— Achei que ia te perder... — eu disse entre soluços.

Ele separou-se para olhar-me nos olhos mais uma vez, limpou minhas lágrimas e obrigou-me a afundar na escuridão dos seus olhos de meia-noite.

Eu achei que iria te perder! — ele disse. Eu estendi a mão para secar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. — Eu não acredito que você fez isso! — ele disse nervoso desviando os olhos de mim. Eu já imaginava esse tipo de reação. — Foi idiota e irresponsável e... E... — ele hesitou, segurando minha mão que estava em seu rosto e encarou-me profundamente antes de falar. — E eu agradeço muito por tê-lo feito!

Eu sorri, sem palavras.

— Você salvou minha vida, Christinne! Vou lhe dever eternamente!

Eu sacudi a cabeça, indignada.

— Você não me deve coisa alguma! — eu lhe disse. — Você já me deu você! Eu não preciso de mais nada.

Ele sorriu e o mundo pareceu fazer sentido para mim. Se ele pudesse sorrir, eu poderia sobreviver. Nada no mundo valia mais do que aquele sorriso perfeito.

Eu passei a mão, delicadamente, pelo seu rosto; acariciando-o. Meus dedos passaram levemente pelos seus olhos.

— Você parece cansado... — eu disse, reparando nas grandes manchas roxas que eram as suas olheiras.

— Um pouco. — ele concordou, mas, nem assim, seus olhos soltaram-se dos meus. Eu senti-me presa outra vez pela força gravitacional de seus olhos escuros. O buraco negro... Meu peito encheu-se de alegria com essa sensação.

Meus dedos passaram suavemente pelos seus lábios e ele estremeceu de satisfação. Antes que eu pudesse reagir, já estávamos nos beijando.

Exatamente como antes, minha respiração acelerou-se e meu coração palpitou desenfreado. Seu perfume inebriou-me delirantemente. Quase imediatamente, eu senti seu gosto deleitoso de chocolate e menta. Mas agora, diferente de antes, eu já reconhecia o sabor ímpar de seu beijo.

Seu incrível sabor enigmático — que eu compreendera na clareira a beira da morte — tomou conta do meu paladar. Agora eu entendia-o. Era o sabor apurado do amor. Do nosso amor.

Ele separou-se, como sempre, sem o meu consentimento. Seus olhos procuraram os meus por um breve momento e, então, eu estava mergulhada nas águas negras de seus olhos.

— Senti sua falta. — ele sussurrou apaixonadamente. — O mundo não é o mesmo sem o seu sorriso. Não tem sentido!

Engraçado! Quem deveria dizer isso era eu.

— Eu é que digo. Fazê-lo sorrir é a minha prioridade de vida! — eu disse. Ele sorriu-me encantadoramente enaltecendo minhas palavras, mas seus olhos estavam caídos; cansados. — Eu acho... Que você deveria dormir um pouco! — eu propus.

Ele fechou a cara, mas concordou. Então, eu cheguei para o lado, dando-lhe espaço na cama, e aconcheguei-me em seus braços.

Dejà vu! Eu pensei, lembrando de uma cena particularmente parecida algum tempo atrás. Eu tinha acabado de livrar-me dos lobisomens e estava, exatamente como agora, aconchegada em seus braços.

Na época, eu pensei que meus problemas tinham acabado. Mal sabia eu que mais e mais problemas viriam. Sem dúvida, eu sei que os lobisomens não vão desistir tão facilmente. Mas eu não posso deixar de concordar com um pensamento em especial que eu tive naquela noite.

Eu apertei-me mais firmemente aos braços calorosos do Matthew.

Sem dúvida, é onde eu quero ficar por toda a eternidade.

 

**********

 

Toc, toc, toc.

— Você já está pronta, Chris? — perguntou meu irmão do lado de fora do meu quarto.

— Quase, Di! — eu respondi olhando-me no espelho.

— Se apresse, mana! — ele disse. — Nós vamos nos atrasar!

— Me dê mais uns cinco minutinhos, ok?

— ‘Tá legal! — ele parou, conversando com alguém do lado de fora. — Ei... A Steph quer falar com você!

— Deixe ela entrar!

Eu voltei a olhar para o espelho, satisfeita com a imagem. Um delicado vestido tomara-que-caia verde-claro desenhava minha silhueta. Ele descia justo até a cintura e depois se soltava levemente na cintura caindo até os meus pés. Tinha finos bordados de miçangas pelo corpo e a saia tinha uma suave abertura que subia até o meio da minha coxa, dando um toque feminino. Foi o presente de formatura que meu pai me deu.

Meus cabelos estavam presos em um coque charmosamente desajeitado e vários cachos caíam propositalmente dele. O novo par de brincos de ouro em minha orelha — presente do meu irmão — fazia conjunto ao cordão do Matthew.

Eu deixei minha mente vagar com as lembranças dessa semana enquanto sentava na cama para calçar minhas sandálias.

As coisas estavam bem diferentes do normal. Bem diferentes de antes, eu digo.

Faz cinco dias que eu acordei do meu “coma”. Eles ainda me mantiveram lá por um bom tempo até terem certeza de que eu estava completamente bem. Mas hoje é o dia da minha formatura — dos outros também, mas como essa não é a primeira vez deles... — e eles foram obrigados a me liberar.

Os lobisomens não deram nem sinal de vida. Segundo Matthew, Lohainne está com medo demais de mim para tentar qualquer coisa. Não que eu me importe — quanto mais distante melhor! —, mas esse silêncio todo está me deixando nervosa. É como uma criança. Se o silêncio é grande, a bagunça é maior ainda!

Ao que parece, Mark sobreviveu ao meu ataque de fúria daquele dia e está ansioso por uma revanche. Eu imagino que a Lohainne esteja controlando-o.

Quanto aos nossos traidores, Jéssika está completamente desaparecida. Surgiram boatos de que ela estava no norte do país e meu pai esteve dividido entre persegui-la e ficar comigo.

E falando em meu pai...

Viktor foi perdoado unanimemente. Ele e Hanna estão vivendo conosco. Mas ele perdeu totalmente a nossa confiança e, com Viktor desacreditado, quem está ditando as regras agora é meu pai.

Matthew está radiante. Sua irmã e seu melhor amigo — ex-prisioneiros dos lobisomens — e ainda Rayanna se juntaram a nós. Raphael está completamente decepcionado com o filho e tenta constantemente fazê-lo mudar de idéia e voltar para casa, mas Vinnícius está determinado. Ele está incrivelmente irritado com os lobisomens por terem castigado sua esposa por causa de uma traição dele. Eles dois são um casal completamente apaixonado. É lindo de se ver!

Para a surpresa de todos, Klauss superou sua paixonite por mim. Parece que, enquanto ia me visitar durante meu período de coma, ele criou uma afinidade com a irmã de Matthew, Magda, que passava bastante tempo lá consolando o irmão. Eles estão juntos. É incrível! E o melhor é que podemos ser amigos sem que eu sinta que estou magoando seus sentimentos o tempo inteiro.

E o mais incrível de tudo é: Dimitri e Stephanie! Eles são o casal mais bonito que eu já vi — tirando Matthew e eu, é claro! Parece que foram feitos um para o outro. E a cumplicidade entre eles faz parecer que estão juntos há séculos!

Toc, toc, toc.

Falando no diabo...

— Entra!

Ela abriu a porta devagar.

— E então? Pronta? — ela perguntou.

— Quase!

Ela ficou parada alguns instantes esperando que eu acabasse de calçar minhas sandálias e olhasse para ela.

— Como estou? — ela perguntou girando para que eu pudesse vê-la de todos os ângulos. Seu vestido era azul — oh! Que surpresa! Ele era tão longo quanto o meu com a única diferença de que o seu tinha mangas, mas tinha o mesmo decote. Ele não tinha bordado no corpo, mas na barra da saia. Stephanie também tinha o cabelo preso, mas, diferente de mim, ela não o prendeu totalmente. Só metade do seu cabelo estava preso em uma longa trança, o resto caía em cachos, até a cintura, de maneira encantadora.

— Estonteante. — eu respondi.

— Obrigada! — ela disse. — Você também está magnífica! O que ainda falta para você ficar pronta?

Eu fiquei de pé, ajeitando o vestido uma última vez.

— Nada! Só uma última olhada no espelho. — eu disse me dirigindo ao banheiro.

— Humpf! Fresca! — eu a ouvi resmungando no quarto.

Eu olhei mais uma vez para a minha imagem refletida no espelho. A maquiagem que eu fiz destacava o verde intenso de meus olhos — que, por sinal, estavam sem lentes, nem óculos. Segundo meu pai, como eu estava me transformando em uma criatura mágica, meu corpo concertou esse defeito. As criaturas mágicas são perfeitas!

Tudo estava absolutamente perfeito, exceto por... Meu Deus! O que é isso?

— Que horror! — eu gritei apavorada.

A Stephanie correu até mim.

— O que houve?

— Olha para isso, Steph! — eu disse apontando para o meu rosto. — Uma espinha! É o Monte Everest crescendo no meu rosto! Que horror!

Ela bufou exasperada.

— Ai, Chris! Para quê tanto melodrama? É só uma espinhazinha! Nada que um pouco de maquiagem não resolva... — ela disse nervosa.

— Um pouco de maquiagem! — eu resmunguei. Mas, então, minha perspectiva se iluminou consideravelmente. Eu tive uma idéia. — Já sei!

Eu encarei furiosamente a montanha deformando meu rosto.

Resmud! — eu disse e ela desapareceu.

Eu sorri, satisfeita.

— Eu não acredito que você usou um feitiço de invisibilidade em uma espinha! — disse a Stephanie. — Eu acho que vou parar de te ensinar essas coisas!

— Ah, qual é, Steph? Eu só preciso me concentrar fixamente nessa área pelas próximas quatro ou cinco horas! Nada demais!

Nada demais! — ela repetiu em tom de deboche. Depois voltou a encarar-me seriamente. — Então... A madame já está pronta?

— Perfeitamente! — eu disse dirigindo-me para a porta do meu quarto. Ela me seguiu em silêncio.

Encontramos com Dimitri no corredor. Ele estava usando um terno preto comum. Social e formal demais para o meu irmão. Não combinava com ele. Ele estendeu o braço para Stephanie, mas dirigiu-se a mim.

— Você está linda, Chris!

— Obrigada, Di! Você também!

Eu deixei que eles passassem na minha frente e entrassem na sala onde eu podia ouvir meu pai e Matthew conversando. Eu hesitei a poucos centímetros da porta. Do que eu estava com medo?

Respirei fundo algumas vezes e caminhei decidida até a sala. A conversa cessou imediatamente. Não precisei procurar, ele estava bem na minha frente. Ele ficou paralisado por alguns segundo e eu esperei — eu também estava momentaneamente entorpecida pela sua presença.

Matthew estava vestindo um elegante smoking preto. Estava incrível! Seus cabelos negros espetavam para todos os lados e alguns fios caíam charmosamente sobre a testa. Seus olhos negros inflamaram-se em um fogo negro hipnotizante.

Ele andou até mim.

— Você... Você está incrível, Chris! — ele disse afundando em meus olhos. — Dizer que você está linda é quase um insulto!

O sangue ferveu em minhas bochechas, fazendo-me corar de vergonha. Ele afastou-se um pouco para olhar-me melhor.

— Humm... Esse vestido também é lindo, mas devo dizer que prefiro o tom de verde dos seus olhos.

Eu ri, entrando em sua brincadeira.

— Então... Seu smoking é maravilhoso, mas eu prefiro a escuridão dos seus olhos. Mil vezes mais! — eu disse. Era algo sem comparação!

Ele não disse nada, só sorriu, deixando-me sem palavras também. E depois, conduziu-me para fora, junto com os outros.

Era muita gente de uma vez só. Klauss, Patrícia e Vinnícius também estavam se formando e eles, assim como nós, também tinham uma enorme família que queria prestigiar nossa formatura.

Klauss estava acompanhado de Magda e Vinnícius de Rayanna. Já Patrícia estava com seu pai, Lucas, e sua madrasta, Noêmia — uma ninfa da água. Fora Viktor e Hanna, é claro, que não iriam perder isso por nada!

Dimitri preferiu ir na sua moto e Stephanie, obviamente, foi com ele. Eu e Matthew fomos no carro do meu pai com Klauss e Magda. Patrícia foi com seus pais. E Viktor deu uma carona à Vinnícius e Rayanna. E assim nós fomos!

Assim que nós chegamos, Glória, nossa professora de matemática, nos conduziu até a fila de alunos. Dimitri e eu nos posicionamos junto com os outros da letra D. Stephanie estava logo na nossa frente.

Nós fomos chamados, dois a dois, e, aos poucos, todos já tinham pegado seus diplomas. Quando nos chamaram, Dimitri entrelaçou seus dedos nos meus e puxou-me até a frente do ginásio. Eu peguei meu diploma, o diretor me abraçou, deu-me os parabéns...

Eu estava muito aérea. Tudo parecia muito surreal na minha cabeça.

Eu busquei, no meio da multidão de aplausos, os olhos que me interessavam. Eles estavam me encarando exatamente como eu queria. Eu dei-lhe um tchauzinho desajeitado e ele sorriu-me.

Depois tudo passou muito rápido. Ou era minha cabeça que estava fora do lugar?

Os alunos passaram, dois a dois, pegando seus diplomas exatamente como eu. Eu lembro-me de Klauss, Patrícia, Vinnícius. Meus olhos também encontraram Josh, Laís e Évellyn brevemente. Mas eles me pareceram estar ali mais por obrigação do que por qualquer coisa.

O diretor fez o seu discurso. Depois foi a vez da nossa oradora, Clara Dammon. Ela disse aquelas frases bonitas como: “é o começo de uma nova jornada” ou “e vem as responsabilidades”. Nada que eu já não soubesse. Apesar de que suas palavras tinham implicações muito diferentes para mim.

Quando acabou, vieram os abraços e as congratulações, então eu mal percebi e já estávamos do lado de fora. Matthew e eu estávamos de braços dados. Stephanie e meu irmão estavam logo ao meu lado.

— Aonde vamos? — eu perguntei ao Dimitri enquanto caminhávamos todos juntos até o estacionamento.

— Ao Bonna Pizza! — ele respondeu.

Eu fechei a cara. Não era o meu restaurante preferido. E ele sabia!

— Ei... Matthew! — chamou meu irmão. Eu também virei-me para olhar, curiosa. Desde quando meu irmão se dirigia a ele tão informalmente?

Dimitri jogou alguma coisa e o Matthew pegou habilmente antes que caísse no chão. Eu encarei aquilo boquiaberta. Era a chave da sua moto.

— O que é isso? — eu perguntei chocada.

Matthew abriu-me um sorriso torto e mais-que-perfeito.

— É o meu presente de formatura!

Eu não consegui reagir àquilo. Sem palavras, eu procurei pelo meu pai. Ele sorriu para mim com uma expressão derrotada.

— Volte antes das dez, por favor! — ele disse balançando a cabeça em reprovação. — Não deixe a minha imaginação me matar, ok?

Em choque? É! Talvez essa expressão fosse a certa. Eu estava em choque!

Tanta confiança! De onde saiu isso? Talvez a experiência da minha quase-morte tenha mudado alguma coisa neles... O medo de me perder!

Eu não consegui falar nada. Eu simplesmente fiquei parada no mesmo lugar com uma expressão mista de surpresa e felicidade. Eles estavam me deixando sair sozinha pela primeira vez na minha vida! Bom, não completamente sozinha — é claro que meu pai já tinha passado ao Matthew um intenso sermão antes de autorizar isso —, mas ainda assim...

Eu olhei de volta para o Matthew. Ele continuava sorrindo esperando que eu reagisse.

— Vamos? — ele disse. Eu acenei fracamente com a cabeça, ainda um pouco entorpecida, e ele puxou-me alegremente até a moto do meu irmão.

Quando eu subi na moto, eu me lembrei de como usar a minha voz e virei-me para trás.

— Obrigada, pai! Di... Eu amo vocês!

Eles riram.

Matthew já tinha ligado a moto quando eu ouvi um resmungo irritado e virei-me para trás outra vez.

— Eu também te amo, Steph!

 

**********

 

— Onde você está me levando?

Ele riu.

— Já é a quinta vez que você me pergunta isso! Paciência! — ele disse, mas já estava parando a moto. — Viu? Chegamos!

Eu olhei em volta. Estávamos em uma praia completamente deserta. Eu não me espantaria se ela não estivesse no mapa. Matthew fez caminhos muito esquisitos até aqui. Não havia prédios, nem casas. Nada. Só a praia, a lua e o mar.

A lua, apesar de minguante, era a única fonte de luz na praia — exceto pelo farol da moto. E o som do mar era hipnotizante.

Matthew desceu da moto e estendeu a mão para me ajudar a descer.

— Muito romântico! — eu comentei aceitando sua ajuda.

Ele sorriu, deliciando-me e puxou-me para mais perto.

— Eu já não te disse? Eu sou romântico! — ele sussurrou em meu ouvido.

Eu estremeci de prazer.

Nós caminhamos, durante algum tempo, pela praia; conversando. Estava tudo perfeito demais, mas — como todo conto de fadas — eu tinha um prazo para voltar para casa.

Nós sentamos na areia, perto de onde ele tinha estacionado a moto. Eu estremeci levemente com o vento e ele tirou o casaco e colocou sobre os meus ombros.

— Como você está? — ele perguntou. Eu entendi a intenção da sua pergunta.

— Preocupada, um pouco. Eu já sabia que seria assim, mas...

— Mas?

— Eu não sei! — eu confessei sinceramente. — Acho que eu estou com medo. Eles estão planejando alguma coisa, não estão?

Ele pareceu cogitar a melhor resposta.

— Provavelmente, Chris...

Eu deixei escapar um gemido desgostoso. Ele abraçou-me transmitindo todo o conforto possível. Era mais fácil me sentir confiante ali, em seus braços.

— Eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você, ouviu? Nunca!

Eu sacudi a cabeça, discordando de suas palavras.

— A imagem de você se colocando entre eles e eu, é o maior dos meus medos. Eu não quero te perder outra vez. — minha voz era quase um lamento.

Ele franziu as sobrancelhas, nervoso.

— Não ouse se preocupar comigo!

Eu separei-me para olhar em seus olhos.

— Impossível!

Ele suspirou, sabendo que essa conversa não levaria a lugar nenhum. E mudou de assunto.

— É... E eu que achei que esse seria o fim dos nossos problemas! — ele disse com mais um suspiro cansado.

— Dos meus problemas! — eu concertei.

— Nada disso! Se é seu problema, também é meu! — ele me concertou.

Eu suspirei também. Não valia a pena discutir.

— Não é o fim! É só o começo... Um prelúdio! — eu lamentei.

Ele segurou meu rosto delicadamente e espantou uma lágrima que queria escapar de meus olhos.

— Nós vamos superar todos eles. Juntos! — ele completou apertando os braços em volta de mim. — Ei... Sabe por que eu te trouxe aqui hoje?

Eu olhei para ele, curiosa. Não sabia que havia um motivo por trás desse passeio. Eu achei que fosse simplesmente pela minha formatura.

— Não foi um presente de formatura?

Ele sacudiu a cabeça negativamente com um sorriso dançando em seus lábios.

— Hoje faz um mês que nós estamos juntos! — ele disse satisfeito.

Eu deixei escapar um assobio de surpresa.

— Nossa! Parece muito mais tempo...

— É... Bom, tecnicamente faz um mês que estamos juntos! — ele confessou. — Para ser mais exato, hoje faz um mês que demos o nosso primeiro beijo!

Eu sorri, deleitada.

Meus olhos escaparam até o cordão em meu pescoço. O pingente — a borboleta dourada pousada no lobo prateado — brilhou ainda mais, como que concordando com meus pensamentos.

— O primeiro mês de muitos outros que virão, eu espero! — eu disse.

Matthew sorriu inebriantemente, prendendo-me na escuridão estrelada de seus olhos de meia-noite com a sua força gravitacional. E depois concordou, antes de puxar-me para um beijo apaixonante:

— Muitos outros... 


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Notas finais do capítulo

Geeenteee!!
*snif, snif, snif*
The last one!! Que emoção!!!

Espero que tenham gostado da história e que me implorem fervorosamente pela continuação!! kkkkkk

Pra quem se interessou, a continuação está a caminho!! Então eu só preciso que ou vcs fiquem atentos ao nyah, ou me adicionem como amiga (=)), ou me mandem o seu e-mail para o meu e-mail: camillavicter_preludio@hotmail.com, ou adicionem a comu no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=101332084&refresh=1 para que vcs fiquem sabendo quando eu postar a continuação!!

Juro que não vai demorar, mas para garantir a felicidade do povo, semana que vem ou na próxima (não prometo nada!) eu posto uns extras!! Só pra dar um gostinho! ^^

Obrigada pra quem me acompanhou até agora e bem-vindo aos novos!! =)

Bjuxxx a todos! ^^