Tennki no Hana escrita por -Naty e Tuka-


Capítulo 6
3- Os Protetores das Ninfas (parte 2)




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Terras do Elfos do Oeste, palácio Taisho.

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Sesshoumaru estava concentrado lendo um livro, em um dos muitos salões de seu castelo. O dourado de seus olhos parecia até mais fosco. Tudo isso porque seu pai escrevera aquele livro. Ele procurava algo sobre economia, império, controle do povo, mas aquilo mais parecia um livro de auto-ajudo, o que o deixava irritado, mas ele não expressava isso, sua face era o maior exemplo de tranqüilidade possível.

Em um estrondo, uma luz negra toma conta da sala por uma fração de segundos. E sem desviar os olhos do livro Sesshoumaru, ele fala calmamente.

Sesshoumaru:- O que há Tsubaki? – ele diz ferozmente. Provavelmente irritado por alguém inferior como ela ter interrompido sua tranqüila leitura.

Tsubaki:- Elas chegaram mi Lorde, elas foram parar longe, mas isto é algo solucionável. – ela respirou fundo. – As Ninfas estão no território dos humanos e youkais.

Sesshoumaru arqueou a sobrancelha esquerda, provavelmente demonstrando-se surpreso – ou não –. Só restava uma coisa a ser feita.

Sesshoumaru:- Tenshi. - disse calmamente, e antes que terminasse a palavra um servo surgiu numa velocidade incrível.

Servo:- Lorde Sesshoumaru, o Tenshi foi em busca de vosso primo, mas foi derrotado e ele escapou. – falou enquanto curvava-se em sinal de respeito. – Tenshi está a quase meia hora na biblioteca secreta procurando uma cura para um veneno que o Iruga-sama supostamente lançou nele. Ele chegou dizendo que o efeito do veneno viria em três minutos e foi apressadamente atrás da cura, mas ainda não encontrou.

Sesshoumaru:- Que idiota. Este Sesshoumaru não suporta mais tanta incompetência. – ele estreitou os olhos – tragá-no aqui, diga que foi uma ordem direta de seu mestre.

Servo:- Hai, mi Lorde. – ele sumiu tão repentinamente quanto surgiu.

Tsubaki:- Desculpe-me pela intromissão Sesshoumaru-sama. Mas se o efeito do veneno era de três minutos, ele já não devia estar morto? – Ele permaneceu em silêncio. Dois minutos depois Tenshi chega.

Tenshi:- Hai, mi Lorde? – ele curvou-se.

Sesshoumaru:- Você se deixou enganar por Iruga, seu acéfalo.

Tenshi:- Perdoe-me. Não acontecerá novamente. – o belo elfo de cabelos prateados não pronunciou uma só palavra como resposta. Apesar de ser um completo idiota, através do olhar de Sesshoumaru que se ele falhasse novamente, seria morto, e não por causas naturais.

Sesshoumaru:- Organize dois grupos de busca. Um para a vila dos youkais, e outro acompanhará este Sesshoumaru em uma viagem com o objetivo de encontrar as outras ninfas.

Tenshi:- Hai, mi Lorde. Como desejar. Mas... Se me permite. O que vamos fazer na viola dos youkais. Não temos uma aliança de paz com eles. Não podemos invadir assim.

Sesshoumaru:- Você ousa questionar? – o Lorde estreitou os olhos ameaçadoramente. – você vai liderar este grupo, traga quantas ninfas que estiverem lá. Não importando as conseqüências.

Tenshi:- Hai. Estaremos prontos ao amanhecer. – ele cumprimentou.

Sesshoumaru:- ... – Tenshi retirou-se e deixou Tsubaki e Sesshoumaru a sós.

Tsubaki:- Em relação ao meu herdeiro... – ela não pode conter o sorriso.

Sesshoumaru:- Não se preocupe. Quando o Tenshi voltar da vila você terá seu filho. O Lorde elfo das Terras do Oeste nunca quebra suas promessas.

Tsubaki:- Para que esperar mais se já estamos aqui? – ela aproximou-se do Sesshoumaru.

Sesshoumaru:- Para tudo há seu tempo. Só depois que eu tiver absoluta certeza de que tenho uma ninfa ao meu lado você terá o herdeiro.

Tsubaki:- Esperarei quanto for necessário. Sabe onde me encontrar quando estiver pronto para cumprir com o acordo. – ela distanciou-se e uma fumaça preta saia de seu anel roxo.

Sesshoumaru:- Absolutamente. – disse de modo frio.

 

Dimensão humana, dentro do templo.

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Pessoas olhavam absortas para o local onde as garotas haviam estado antes.

Pareciam não entender muita coisa até que a mãe da Rin resolveu fazer algo.

Mãe da Rin:- Gostaram crianças? – ela subiu no pequeno palco improvisado e perguntou. As pessoas pareciam não entender, até que caiu a ficha. – Esse é um efeito especial novo. As meninas acabaram de sair pelos fundos para ir a uma viagem para a Nova Zelândia. – ela sorria enquanto lançava um olhar para a mãe da Kagome e o Houjou indicando que precisava de ajuda na armação.

Houjou:- É isso mesmo. Tudo que fizemos aqui foi uma encenação! – ele foi ao lado da mulher de meia idade com longos e sedosos cabelos castanhos. A mãe da Kagome não tinha forças para ajudar, então eles continuaram.

Mãe da Rin:- A festa continua. Mas a Anfitriãs já devem estar no aeroporto e voltaram em algumas semanas. – ela dizia, mas mal acreditava em si própria. Fez um sinal para o DJ continuar e com ajuda de Houjou levou a mãe da Kagome para seu quarto.

Mãe da Kagome:- O que houve? – perguntou desesperada – Onde está minha filha?

Houjou:- Eu também quero saber. Onde elas foram parar? – sentou-se em um divã perto a estante de livros.

Mãe da Rin:- Também não faço a mínima idéia. Mas seria muito pior se todos na festa estivessem desesperados.

Houjou:- A senhora está certa. Só nos resta esperá-las. – quando ele disse isso à mãe da Kagome começou a chorar discretamente enquanto a da Rin fez um semblante de tristeza bem marcante.

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Ninguém ali gostava de se sentir impotente. Mas sabia que não poderia ajudar porque o que aconteceu ali não era nada comum como um seqüestro ou como se elas tivessem se perdido. Estava envolvendo causas misteriosas como coisas do além ou magia. Do tipo de coisa que se você não souber o que faz pode acabar piorando a situação.


Dimensão mágica, Na cidade.

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Miroku andava apressadamente guiando o pequeno e distinto gripo para fora da cidade. Dois humanos comuns – Ele e InuYasha –, um youkais travesti – Bankotsu – e três jovens garotas provavelmente humanas que usavam roupas esquisitas. Eles caminhavam até que o Miroku assustou-se ao ouvir um sussurro macabro em seu ouvido.

- Então você estava aqui.

PAF! – ITAAAAAII!!!

Bankotsu:- Essa não... *=.=* Eu sabia. – ela fechou os olhos não queria ver a cena. Rin, Kikyou e Kagome olhavam boquiabertas.

InuYasha:- Féh! Aposto como ele mereceu! – ele disse ao deparar-se com a bela visão. Uma garota muito bonita; Uma arma com mais ou menos dois metros; Um galo enorme na cabeça do Miroku.

- Ano baka, isso é ‘pra você aprender a respeitar as mulheres! – a bela moça olhava furiosamente. – você não pode sair por aí pegando no que não lhe pertence.

Miroku:- Itai, itai... Mas que força em? – ele dizia enquanto alisava o galo em sua cabeça – eu não tenho culpa... Foi sem querer... qual é o seu nome mesmo? Kanô... Hano...

- Sango! Meu nome é Taijia Sango! E eu não quero saber dessas suas desculpas esfarrapadas. – ela gritava irritada. O que chamou atenção das outras pessoas no festival.

InuYasha:- Mas é um burro mesmo! – ele revirou os olhos.

Rin:- Eu não te disse, Ka-chan? – ela murmurou para a amiga – olha a namorada dele aí. Esse cara deve ser um tarado.

Kagome:- Tem razão. – concordou.

Bankotsu:- Sango-san, a senhorita está chamando muita atenção. Por que não discutimos isso fora da cidade, hã? Com mais calma? – ela tentou amenizar o ataque da moça, mas surtiu efeito contrário.

Sango:- Quem é você por acaso, a namorada dele? – perguntou atônita – não acredito que alguma mulher no mundo apóie algo assim!

InuYasha:- Bah! Chega de discussão, vamos sair daqui antes que mais gente curiosa venha. – ele puxou a Sango pelo braço para fora da cidade enquanto Bankotsu ajudava Miroku e Kagome, Kikyou e Rin apenas seguiam-nos. A garota gritou e esperneou até fora da cidade, mas sem efeitos. Cerca de vinte metros de distância da cidade.

Sango:- Eu vou denunciar todos vocês! – ela gritou irritada – primeiro um tarado agora um seqüestrador! – depois dessa, a Bankotsu pegou ar.

Bankotsu:- Queridinha, preste atenção. Primeiro, não sou namorada do Houshi. Segundo, ninguém aqui se responsabiliza pelas ações desse idiota. Terceiro, controle-se pelo amor de kami!

Sango:- Gomen nasai. – ela baixou a cabeça ficou vermelha após ver o barraco que armou.

Bankotsu:- Nós entendemos como você se sente. Venha conosco para tomar um chá, respirar fundo e depois bater nele o quanto quiser. – ela sorriu cinicamente, lançando um olhar maligno para o amigo.

Miroku:- N-NANI? *O.O*

InuYasha:- hehehehe!

Sango:- Gostei da idéia! *^.^* - agora ela parecia mais calma. – Permitam-me que eu me apresente devidamente. Meu nome é Taijia Sango, vim de Hone no Mura.

Bankotsu:- Eu sou Kumo Bankotsu, este é Hokori inuyasha – apontou para o amigo – e o Houshi Miroku você já conhece.

Sango:- E as garotas? – ela olhou curiosamente reparando só agora nas roupas que vestiam.

InuYasha:- São três indigentes. – limitou-se a comentar (N/A:- O Inu é cruel. xD) - ninguém sabe os nomes nem de onde vieram. As meninas continuavam olhando sem entender.

Miroku:- E elas nem falam nossa língua. – Sango ouviu, mas não deu atenção. Mas o Miroku nem ligou. – Vamos logo para a academia, quero que a velhota dê um jeito nisso logo. E eles seguiram o caminho.

Longe dali, na Amil Gaul no Mori.

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Amil Gaul* é um dos seus deuses que regem o mundo de Kaze no Hana. O seu poder elemental é a água, e ele sempre foi conhecido por seu incrível poder e seu senso de justiça. Ele rege as Terras dos Elfos do Oeste, e por isso dá nome à floresta onde estava o Iruga naquele momento. Amil Gaul no Mori.

Iruga chega ao estremo leste da floresta, dando de cara com o grande e imenso azul do oceano. Ele para por um momento, para observar. Uma brisa forte atinge seus longos e belos cabelos cinza-prateados que são herança de sua família.

Iruga:- Este vento traz a mudança. Daqui em diante tudo fica ainda mais difícil. – ele fala sozinho. Depois tira da bolsa o livro que lia antes de fugir do palácio.

Ele abre em uma página marcada, e desenha na areia da praia círculos com muitos detalhes no interior. Era um selo de transporte espacial. Parecido com o da Tsubaki, a única diferença é que o dela é inter-dimencional, portanto mais complexo.

O jovem elfo não sabia nada sobre magia. Por isso seguiu a risca tudo que tinha no livro antes de fugir, e pôs vários ingredientes estranhos no pequeno pote verde que segurava neste momento. Ele cerrou os olhos e foi para o centro do circulo com cuidado para não pisar nas linhas traçadas. Com a porção na mão direita, um mapa na esquerda e sua bolsa nas costas, ele concentrou-se ao máximo no seu destino e lançou o líquido viscoso em si mesmo. Ele queria chegar a Youkai no Mura, na Terra dos humanos e Youkais. No outro lado do mundo.


 Youkai no Mura.
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A vila dos Youkais estava quase vazia. A maioria dos Youkais e humanos também, estavam na festa da cidade mais próxima. Ao entrar na rua principal. Kikyou sentiu um arrepio e se distanciou do grupo.

Kagome:- Doushita no* Kikyou? Não está se sentindo muito bem? – ela olhou preocupada para a amiga.

Kikyou:- Não é isso. Só senti um arrepio de repente. – ela sorriu – não se importe comigo.

Kagome:- Eu detesto quando você fala assim. Até parece que você é inferior a mim. – ela revirou os olhos. – Kikyou, não faço a mínima idéia de onde estamos e nem quando retornaremos... – ela fez uma pausa pensativa. – Mas nós estamos em outro lugar isso é fato, somos todas iguais aqui... Nada dessa coisa de popularidade. – Kagome sorriu na tentativa de tranqüilizá-la.

Rin:- Ka-chaaaan! Estamos chegando... Vocês querem ficar para trás mesmo? – ela gritou de uma distância razoável.

Kagome:- Já estamos indo!! – respondeu. – vamos lá?

Kikyou:- Vá na frente. Eu estou seguindo vocês, vou ficar bem.

Kagome:- Okay! Abayo*! – ela correu e Kikyou a viu abraçar a Rin por trás, mas não segurou um sorrido quando essa se assustou.

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Kikyou invejava a intensidade da amizade delas, nunca tivera alguém assim além de seu pai, que morrera anos antes. Mesmo distraída em seus pensamentos, Kikyou pôde notar que um par de olhos lilases a observavam fixamente. Ela parou e olhou no fundo da viela, e viu que não era um beco, e terminava em uma floresta. A jovem entrou na rua estreita até alcançar a floresta.

Kikyou:- Quem está aí? – ela disse esquecendo-se completamente que não falava a língua dos moradores do local. De qualquer modo, não ouve resposta. Ela se aproximou mais da selva. Um belo rapaz que não aparentava ter mais de quinze anos de idade saiu detrás de um arbusto. Ele tinha um olhar intenso. Provavelmente queria saber se a Kikyou estava do lado dele ou não. – Quem é você?

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O rapaz não entendeu o que ela disse, por isso não conseguiu reprimir o sorriso e a abraço imediatamente.

- É você! Eu conheço todos os dialetos desse mundo, você veio de outra dimensão! Você é uma das seis Ninfas! – o rapaz disse alegremente sem reparar que a garota estava completamente vermelha. Ela tentou se livrar, mas era inútil.

Kikyou:- Controle-se! Quem você pensa que é para me tratar assim? – ele reparou que havia exagerado na satisfação e tratou de largá-la, mas não perdendo o sorriso. – francamente, só tem gente estranha aqui!

- Perdoe minha exaltação, Ninfa-sama. – ele se curvou. – sei que você não entende o que eu digo... Vamos resolver logo isso. – ele sorria confiante. Kikyou não pode deixar de notar a beleza inigualável do rapaz, e principalmente: As orelhas pontudas.

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Ele a puxou pela mão, fazendo-a ficar vermelha novamente. Os dois correram para a estrada principal, e o jovem começou a fazer o caminho que as pessoas que acompanhavam ela anteriormente faziam. Ao que parecia, ele amigo deles, por isso Kikyou confiou no rapaz.

 

Dimensão mágica, Academia de Artes Marciais e Mágicas.

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Bankotsu entrou animada no recinto, seguida de seus amigos, duas garotas estranhas e uma jovem humana. Kaede não foi surpreendida pela cena, mas Nobunaga não conseguiu disfarçar a curiosidade. Sango estava perplexa, por alguma razão desconhecida pelos demais.

Bankotsu:- Tadaima! – disse alegremente. – Kaede-sensei, nós encontramos estes seres hoje. Estas três garotas – ela apontou para Kagome e Rin e as três pararam por 2 segundos. – Onde está a outra? Aquela que parece uma alma penada de tão branca?

InuYasha:- Será que elas não percebem que já nos deram trabalho o suficiente só por trazê-las aqui? – ele resmungou, e Sango ainda estava estática, enquanto Rin, Kagome e Bankotsu procuravam a Kikyou.

Sango:- Por acaso... A Senhora seria Pawaa Kaede-sama? – os olhos da jovem brilhavam mais que de um menino de seis anos no salão do automóvel.

Kaede:- Muito bem observado. E você seria?

Sango:- Taijia Sango, de Hone no Mura. Vim a estas terras à sua procura, mas não sabia que encontraria tão cedo. Hajimemashite. – ela curvou-se.

Kaede:- Levante-se menina! Eu sei por que está aqui. – ela estendeu a mão para a Sango.

InuYasha:- Agora ferrou, além de maga a velhota é vidente. – ele comentou com seu amigo Miroku.

Miroku:- Pois é...

Kaede:- Respeite-me garotos! Tem algum muito importante a falar para vocês todos. Queriam me acompanhar até a sala de artes mágicas... Você também Nobunaga-san. – disse antes que ele pudesse fugir.

Bankotsu:- Mas e a outra garota? Ela sumiu! – Kagome e Rin aparentemente entenderam e assentiram, provavelmente queriam iniciar uma busca.

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Algo bastante incomum ocorreu antes que eles pensassem nisso. Um jovem rapaz com olhos lilases e cabelos cinza-prateados abriu a porta da entrada bruscamente, trazendo Kikyou consigo, e abandonando-a imediatamente para cumprimentar a anciã, para a surpresa de todos. Bankotsu olhou atentamente cada característica do intruso, como quando observava algum rapaz de seu interesse. Ela fechou os olhos tentando controlar-se ao lembrar de uma coisa.

- Hajimemashite. Eu sou Taisho Iruga... – o sobrenome do rapaz causou um levante repentino. Todos olhavam atentamente para ele. – das Terras dos Elfos do Oeste, e vim para prestar serviço à senhora e peço humildemente para ajudar-lhes a proteger as Ninfas. – em menos de três segundos após o termino da frase, Nobunaga apontava a espada para ele enquanto Miroku fazia o mesmo com seu cajado.

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Bankotsu pôs-se na frente das garotas no intuito de protegê-las e InuYasha preparou-se para socar o elfo. Bankotsu olhou diretamente nos olhos do inimigo, mas não comentou nada.

Kaede:- Parem com isso já! – ela estreitou os olhos fuzilante para os rapazes. – Parecem um bando de animais que agem por instinto... – ela repreendeu a ação deles - Claro que não me agrada a idéia de um elfo chegar tão repentinamente, mas pelo menos ele percebeu o que você não conseguiram. – ela apontou para Kikyou, Kagome e Rin. – Estas garotas são Ninfas!

Todos ficaram paralisados. InuYasha parou antes de machucar o ser mágico. Miroku largou o cajado no chão com o susto, mas Nobunaga continuava apontando a arma branca para Iruga. Sango não entendera muito bem, pensava que a espécie já estivesse extinta e Bankotsu ficou boquiaberta. Rin, Kagome e Kikyou, como sempre, não entenderam nada.

Kaede:- Vamos resolver toda essa confusão já! – ela abriu a porta do Salão de Artes Mágicas, e todos entraram. Sentaram-se no chão formando um pequeno circulo, quando Kagome, Rin e Kikyou iam fazer o mesmo, a velha fez um movimento com as mãos chamando-as ao centro.

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As três garotas aproximaram-se hesitantes. Kaede puxou Rin pelo pulso forçando-a a se abaixar para ficar da mesma altura que a maga. Ela ficou imóvel. Assustada, porém imóvel. Kaede pôs uma mão em sua testa e começou a murmurar palavras sem sentido algum até para o mundo dela. Rin fechou os olhos com medo quando uma luz branco-azulada saía do local. Em seguida ela fez o mesmo com as outras duas. Mesmo nervosas elas foram. Já que estavam ali, em um lugar que não conheciam e que tinha uma língua que não entendiam tudo que podiam fazer era seguir as regras dos residentes.

Kaede:- Sejam bem-vindas a Kaze no Hana – ela sorriu satisfeita ao ver a surpresa das garotas por terem entendido tudo claramente. – Eu me chamo Pawaa Kaede, e sou uma maga. – isso não era uma revelação necessária. As garotas não foram surpreendidas. – Vocês estão em uma dimensão paralela agora, é como se estivessem em outro mundo e em outro tempo, entendem? – elas pareciam confusas. No mínimo pensavam que a velha estava caduca. – Vou ser o mais clara possível então, por favor, ouçam-me. Você três não são humanas, provavelmente já tiveram uma experiência fora do comum com poderes estranhos. A suas espécie nós chamamos de Ninfas. – Kaede voltou-se para Iruga. – Conte aos jovens a histórias das Ninfas elementares, onegai.

Iruga:- Hai, Kaede-sama. “Num passado distante, seis Ninfas tiveram relações com os Deuses Elementares, Amil Gaul – Água, Senshi – Fogo, Ashura – Terra, Fye – Ar, Kamui – Luz e Kanpeki – Trevas. Isso resultou nos seis frutos do pior pecado já cometido neste mundo, uma Ninfa de cada um dos elementos citados. Já é predeterminado que Deuses só se relacionem entre si. Por serem assexuados, não haveria problema. Mas amor não é algo que pode ser controlado, nem mesmo pelos Deuses. – ele parou e respirou fundo. – As seis Ninfas foram mortas sem o consentimento deles, mas antes haviam separado as seis crianças no mesmo dia em que nasceram. E estas foram mandadas para outros lugares e dimensões. As garotas ainda não estão cientes de seus poderes, e vivem nas vilas humanas agindo com tais...”.

Kaede:- E seus pais aguardam o seu retorno até hoje. Depois contaremos outras histórias a vocês. Mas por enquanto só precisamos saber de uma coisa. A união de todas as Ninfas pode acabar com guerras, salvar florestas, seres e uma infinidade de coisas boas. – ela parou olhando fixamente para Nobunaga. – Mas também coisas ruins podem acontecer, e dentre elas a pior é a formação da Tempus Lótus, é uma belíssima flor que dá a capacidade ao seu dono de ir e voltar no tempo à vontade. E todos sabem que qualquer pequena alteração no tempo pode causar um desastre sem volta. – Ninguém disse nada por meio minuto. Kagome e Rin estavam incrédulas. Nervosa, Kikyou tomou a palavra.

Kikyou:- Er... Koban wa... Meu nome é Tooi Kikyou. Como vocês podem ter certeza que somos essas tais Ninfas... Vocês estão nos dizendo que não somos filhas dos nossos pais, não é? – Rin e Kagome entenderam a o pergunta da garota e ficaram preocupadas, amavam demais seus pais, uma história absurda dessas não podia ser verdade... Podia?

Iruga:- Existe um imperador neste mundo que quer seus poderes para adquirir a flor do tempo. Ele contratou a Feiticeira Youkai das Trevas, Tsubaki, para localizá-las e traze-las até aqui através de um portal, nenhum humano comum conseguiria chegar nesta dimensão, apenas vocês Ninfas. – ele sorriu amistosamente.

Nobunaga:- E por acaso, este imperador do mal se chama Sesshoumaru, governante das Terras dos Elfos do Oeste. E é irmão desse orelhudo. – Kaede o repreendeu com os olhos. *¬_¬*

Iruga:- Primo. – corrigiu sem se importar com a ofensa, mas Nobunaga o ignorou. As garotas não queriam acreditar naquilo. Apesar da lógica ser óbvia.

Kagome:- Eu seu Higurashi Kagome, prazer. É possível que tenha ocorrido um engano, não é? – Perguntou esperançosa, bem que aquilo podia ser um sonho.

Kaede:- Iie... Ela é minha arque-inimiga há anos, duvido que cometesse um erro desses. – lamentou-se. – Quer dizer que foi ela que limpou me estoque de porções, não foi? Bom saber... – Bankotsu e Miroku lembraram-se que no último treino a academia havia sido roubada.

Bankotsu:- Quer dizer que finalmente vamos ter um pouco se ação? – ela sorria contente.

Kaede:- Já vou chegar nesta parte. As Ninfas possuem sete protetores que foram escolhidos por cada um de seus pais, e receberam poderes. E o sétimo foi selecionado posteriormente, por precaução. Eu já tomei conhecimento de todos, e sabiam que a maior parte estaria aqui hoje. – ela olhou para o lado. – Estes são: Inu, Ookami, Tori, Saru, Nezumi, Neko e Kitsune. O receptor do poder do cachorro -inu- é este aqui. – ela indicou o InuYasha com um leve movimento da cabeça.

InuYasha:- Me chamo Hokori InuYasha, sou um humano comum, muito prazer. – ele conhecia aquela história de cor, por isso não estava surpreso. Ele sorriu docemente, e Rin corou ligeiramente, o que chamou a atenção da amiga de imediato.

Miroku:- Eu também sou humano... O receptor do poder do pássaro - Tori-, Houshi Miroku. – ele deu um sorriso torto. – essa outra humana é Kumo Bankotsu, receptora do poder do Macaco -Saru-.

Bankotsu:- Yo! *^.^*

Kaede:- Esta jovem humana ainda não sabe, mas é a receptora do poder do gato –Neko-, Taijia Sango.

Sango:- N-nani? Não, deve estar havendo algum engano... Eu vim aqui por outras razões...

Kaede:- Eu sei seus motivos criança, mas desde jovem você foi destinada a isso, não é algo mutável. Sei que você vive sozinha agora, e que luta muito bem, onegai, colabore conosco. – ela se aproximou da Sango. – Quando as Ninfas forem unidas poderei resolver seu problema, não se preocupe. – a garota não conseguiu segurar o riso, sabendo que poderia livrar-se de um fardo que carrega sozinha desde criança se ajudasse.

Sango:- Hai, eu ajudo. – ela concordou.

Iruga:- Eu sou Taisho Iruga, um Elfo, o receptor do poder do rato – Nezumi-, darei o meu melhor por vocês. – elas olhavam o jovem elfo que falava confiante, aquela história toda era verdade afinal.

Kaede:- Em breve encontraram os outros dois integrantes do grupo. Nobunaga, você irá com eles, e treinará todos. – falou séria – Nada de conflitos pessoais, salvar o mundo está em primeiro lugar.

Nobunaga:- Tsc. Hai, hai... – concordou de mal grado.

Rin:- Oi... Me chamo Yakusoku Rin...Digamos que... Nós acreditemos em tudo isso... – ela proferiu as palavras cautelosamente. – como faremos para voltar para casa? A Terra?

Kaede:- Só posso fazer isso como o poder de todas as Ninfas. Para isso tem que encontra-las. Não se preocupe. Já temos 50%.

Iruga:- Duas estão sobre as mãos do meu adorado priminho. – disse com desprezo. – a das trevas é que não foi localizada ainda. Portanto, vocês são da luz, da terra e do ar.

Kikyou:- Eu sou a do ar. – Kagome e Rin olharam surpresas para a garota. – o que foi? Eu já tive muitas experiências estranhas e todas envolviam vento, ou algo assim. – explicou-se apressadamente.

Kagome:- Todas as plantas que eu planto morrem logo, só as da Rin ficam vivas... Ela deve ser a da terra. – Kaede observou e Rin ria ao lembrar da última vez que elas mexeram com jardinagem.

Kaede:- Isso não tem relação alguma, uma coisa é a pessoas ter poderes e outra é ser descuidada. – Kikyou e Rin não conseguiram controlar o riso. Kaede ignorou, e a Kagome corou. – mas eu sei a resposta, você... – ela apontou para Rin. – é a da luz, eu senti um enorme poder enquanto convertia sua linguagem. A Luz e as trevas são as mais fortes em nível de magia. Mas nunca derrotam uma a outra, foi sempre assim.

Rin:- Mas eu não despertei nenhum poder ainda...

Iruga:- Tenha calma, em breve conseguira. – ele sorriu tentando encoraja-la, e teve resultados.

Miroku:- Esse elfo já ‘tá me irritando... – ele murmurou tão baixo que a Kaede não pôde escutar.

Kaede:- Bom, é isso. Vocês vão agora para o Castelo Ashura, nas As Terras dos Lobos do Sul. O Imperador de lá, Hankei Kouga, também um dos protetores das Ninfas, receptor do poder do lobo. Ele é humano apesar de viver numa terra de youkais. Lá, os protetores pegarão as armas usadas pelos Deuses, aposto como ele está ansioso... – ela olhou para todos. – As terras do sul não são mais como costumavam ser... Qualquer coisa é motivo de briga por lá. Youkais morrem com grande freqüência, e a comida já não é tanta... Depois que as Ninfas estiverem juntas isso será resolvido facilmente.

InuYasha:- Que tipo de armas são essas? – perguntou excitado.

Kaede:- Em breve saberão. Mantenham contato comigo através da Bankotsu, terei de dar instruções a ela, por isso partiram amanhã há noite.

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Kaede levantou-se e deixou que os jovens se conhecessem melhor, ela sabia que não tinham tempo para essas coisas, mas uma longa e árdua jornada começaria em breve. Era melhor deixá-los à vontade enquanto podiam, já que dali em diante nada seria o mesmo, e o inimigo não daria um instante de descanso, não enquanto ele ainda não tivesse as seis Ninfas em suas mãos.

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Fim do capítulo 3.


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Notas finais do capítulo

Fim~ até a próxima, pessoas. O próximo capítulo chega mês que vem. Não pensem que é tão fácil escrever. Ù.u

No próximo traremos umas coisinhas também. Informações sobre as personagens. São coisas que ficam só entre nós mas iremos revelar ao público. ^.^

Abayo!

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Vocabulário:

*Ojou-sama: serve como, senhorita.

*Amil Gaul: É um dos Key-Spirit do anime Kiba, uma importação bem aplicada.

*Doushita no: Algum problema? - O que está acontecendo?

*Abayo: Até logo – Te vejo mais tarde. Às vezes pode soar maio rude, mas não foi o caso.



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