A Civilização Perdida escrita por Sarina Adler


Capítulo 15
Rock n' Raios


Notas iniciais do capítulo

mais um titulo de cap. irônico.



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                Sentei no meu lugar e olhei para Vïny que estava brincando com um joguinho de corrida no bracelete que devolvemos para ela. Olhei mais além e Nico continuava levantado esperando a nossa visita.

                E claro que ele não poderia simplesmente chegar e dizer um caloroso “oi”. Ele tinha que fazer uma grande apresentação.

                A luz da sala apagou e uma névoa preta encheu a sala em círculos ondulando em volta das mesas. Então um fogo saiu do meio ( exatamente no meio) das mesas e foi criando mais forma. Então o nosso Deus do Rock Anos 80 emergiu do fogo com seus olhos ardendo em fúria, típico de Hades.

                _Olá. – ele disse e a voz cortou o silêncio mortal da sala.

                _Grande Irmãozinho – Zeus tinha que desprezar. Mas Hades o ignorou.

                _Filhão! Grande idéia a sua! Sabia que podia contar com você. To indo chatos. – e acelerou voando para a porta do salão.

                Se ele passou? Não, pelo contrário, deu de cara com uma parede invisível.

                Zeus riu.

                _Ah, tinham que aprontar comigo. Então? O que querem. – Hades disse e foi se ajeitando da pancada.

                _O Senhor está aqui para julgar sobre nossa vida ou- A Rainha foi interrompida.

                _ou Morte!  - Hades disse triunfante. – Disso eu entendo. Podem ficar tranqüilos. – e riu, como se tivesse feito uma grande piada. Pode ter sido grande, mas também foi grande no sentido de sem graça.

                _Se você entende, então vote negativo – Zeus tomou a palavra.

                _Ei! – Hades se virou para Zeus – Não gosto de você.

                _Então Senhor. Qual seu voto? – A Rainha disse.

                _Positivo.

                Zeus ficou boquiaberto. Ele continuou.

                _Ah , fala sério, já tenho trabalho demais. Está até ficando mais quente lá! Não é Nico?

                _Sim, pai. – Nico riu e olhou para a gente. Encarando-me primeiro.

                _Bom, era só isso? Deve ser realmente importante. To indo. De nada viu?!

                _Ida permitida, Senhor Hades. – A Rainha disse e acenou com a cabeça sem desviar os olhos dele.

                _Tá, tá. Deviam ver que descarga que é pra descer até lá. Eu volto tontinho. Além di- não terminou, foi puxado automaticamente para baixo nas mesmas chamas que veio. Depois de um tempo ouvimos:

                _Podiam ao menos esperar eu terminar! – e ecoou na sala.

                _Blá , blá , blá, e Hefesto? Onde está? – Zeus grunhiu.

                _Ele se retirou do Conselho não lembra? – A Rainha parou e olhou para Hera.

                _Então... – Afrodite se meteu.

                _Então o Conselho, por meio de votos decide Vida à Atlântida. – A Rainha continuou e sorriu para Zeus.

                _Eu não to nem ai. – Zeus fez surgir o raio em suas mãos e atirou um raio contra a Rainha, ela se desviou do primeiro, se virou para sair e foi atingida pelo segundo. Não agüentei. Tomei parte.

                _Ei! Porque fez isso? Isso é covardia!

                _Moleque! Você não sabe o que eles fizeram!

                _O que fizeram? – Annabeth disse. Ela parecia melhor. O rosto menos vermelho.

                _Nos roubaram nossa magia para construir isso!

                _Não. Vocês têm raiva da gente por não ficarem aqui. Na época vocês se negaram a participar. Mesmo assim os demos uma segunda chance para opinarem aqui no Conselho.

                _’RAAAAAAAAW!’ – Zeus gritou e a sala de reunião explodiu em fagulhas e raios.

                 Vi o vidro da sala de reuniões passando por nós. Parecendo tudo em câmera lenta. Algo me atingiu, eu vi sangue no meu abdômen.  Tudo explodiu, as lâmpadas estouraram acima de nós.

                 Um vento passou por mim e vimos eles irem antes de apagarmos.

                 Acordei num hospital. Ou era isso que eu pensava. Vi a menina dos meus sonhos e da janela que me apareceu.

                _Olá!

                _Ei! Você me arrancou a mecha de cabelo.

                _Aham.

                _O que faz aqui?

                _Eu é que pergunto. Parece que seu forte é irritar o do raiozinho lá.

                _Ern, ai, meu abdômen. Dói.

                _É, parece que o vidro da sala atingiu você pelo que ouvi falar. Mas já retiraram. Sou médica de meio-período aqui. Os diplomas de medicina de Atlântida são muito bem vistos. Os melhores estão aqui.

                _Cadê Annabeth?

                _Ela está bem. Está perto daqui. Sala 32 nesse mesmo andar. E os outros também. Sabia que outras pessoas existem além da menina lá.

                _Ah, é. Esqueci.

                _Claro que esqueceu. Vocês são casados é?

                Limitei-me a um sorriso meio sem graça.

                _Já vi que não são. O.K. , desculpa. Eu me meti onde não devia.

                _Não! Sem problema. Não tem problema. – eu disse.

                _Vou ver os outros pacientes. Quer vir comigo?

                E me esticou uma cadeira de rodas. Eu não precisava daquilo.

                _Vou andando. – Fui me levantando e gemi de dor. Fechei os olhos pela dor e me veio um lapso de memória. Atena dizendo : “até parece que você realmente o ama”.

                Será que ele não me amava? Ele era meu pai. Tinha até dito que eu era seu filho preferido. Mas... Ela era sábia, não era?


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