From The Inside escrita por lol_mandy_o_o


Capítulo 34
. Drastic Changes part - II


Notas iniciais do capítulo

Depois de um seculo estamos de volta *-*



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   − O que? − perguntei assustada.

    − É. Existem coisas sobre nós que você nem imagina. − disse Lippe.

    Luan estava de cabeça baixa, como que com vergonha de tudo.

    − Até aí tudo bem Mel. A confusão começou quando Jesse e Tim entraram na estória. − Luan disse me olhando nos olhos. − Lembre-se sempre, o Tim que você conheceu, não é o Tim que nós conhecemos.

    Fiquei com os olhos arregalados... O que Tim tinha haver com isso?

    − Numa noite eu e Luan estávamos... Nos... Ah você já imagina. − disse Lippe começando a gaguejar. − Então Jesse e Tim nos pegaram no flagra, eles nos sacanearam durante muito tempo. Mas Tim não ficava satisfeito em simplesmente me sacanear, ele começou a me chantagear em troca de “favores” sexuais... − desta vez foi Lippe que abaixou a cabeça.

    − Tim fazia Lippe sofrer, antigamente ele era um idiota, Jesse é só o espelho do que Tim já foi. − Luan disse olhando com lagrimas nos olhos para Lippe.

    − Ele fez isso durante muito tempo... Então em um dia nós todos fomos para o parque... Nesse dia Tim e Jesse embebedaram os pais de Jesse e Luan. Indo pela estrada Tim fez com que eles perdessem a direção... e então.... Eles morreram.

    Eu parei instantaneamente.

    Isso era algo que eu jamais imaginaria, o homem que mais amei em toda minha vida era um idiota lesado que fez duas pessoas morrerem.

    − E então depois disso Tim descobriu que estava com câncer, resolveu se mudar por completo e deu no que deu, ele conheceu você; vocês quase morreram de amores um pelo outro e tudo mais... E bem, a partir de mim você conheceu Luan... e vocês vivem felizes para sempre. − disse Lippe de cabeça baixa.

    Lippe pareceu triste e Luan olhou meio torto pra ele.

    − E vocês...?

    − E nós o que? − Luan perguntou.

    − Como ficaram... É, parece que vocês tem uma rivalidade...

    − E temos não é Luan? − Lippe perguntou irônico.

    Luan sussurrou algo no ouvido de Lippe, parecia uma ameaça... Eu pude ouvir: “Se você contar para ela eu juro que te bato até você ser apenas um pedaço de carne inanimado”.

    − Contar o que!? − interrompi os dois. − Falem.

    Lippe olhou para mim.

    − Sabe Mel, essa parte você já até ouviu no começo da história. Luan queria me torturar e por isso pegou a garota que eu amava... Você.

    Agora sim eu estava confusa.

    Um mar de coisas inundava minha mente, lembrei-me do inicio da conversa, Luan estava comigo porque me achava legal... A cada minuto era como se eu levasse mais uma facada. Estava ficando cansada de tantas coisas que eu não sabia, de tantas confusões em que eu me metia, estava cansada daquilo.

    Primeiro tudo começou com John, ele era meu querido até pirar e eu correr para Tim, Tim que mais tarde soube que era um louco, depois fui para Luan, Luan que estava comigo para fazer ciúmes em Lippe.

    − Preciso... De ar.

    Então peguei meu casaco, não pretendia voltar pra casa tão cedo, peguei a bolsa e fui à direção da porta. Os meninos me seguiram tentando me deter, eles não conseguiriam, no momento eu só queria um pouco de paz.

    Desci as escadas do prédio, eu não conhecia Brasília, nem sabia para onde iria. Mas acho que conseguiria voltar para casa, se não conseguisse ligava para alguém vir me buscar.

    A cidade tinha bastantes árvores, era lindo, me sentei embaixo de uma delas e fiquei olhando o tempo passar, deviam ser umas duas horas da tarde já que o sol estava bem alto. Minhas narinas estavam ressecadas pela falta de umidade. As folhas das árvores caiam no chão fazendo um barulhinho agradável. Senti as raízes da árvore abaixo de mim. Abaixei a cabeça.

    Logo seria natal e estávamos todos afastados, já não parecíamos uma família, parecíamos várias pessoas estranhas andando e morando juntas.

    − Mellody né?

    Me virei.

    Era Robert.

    − É.

    − O que houve para ficar aqui?

    − Não to bem.

    − Então vou me sentar aqui e ficar em silêncio ao seu lado.

    Ele sorriu, eu infelizmente não pude retribuir o sorriso. Fiquei quieta.

    Tudo parecia tão monótono. Tão triste...

    − Seus namorados vasculharam o prédio todo atrás de você...

    − Não são meus namorados.

    − Achei que você namorasse ao menos um deles.

    − Namorava...

    − Entendi o que aconteceu...

    − Não entendeu não. Nem que você tivesse a melhor intuição do mundo não entenderia absolutamente nada do que aconteceu.

    Robert me olhou sem entender. Então ele permaneceu em silêncio.

    − E você, namora? − resolvi puxar assunto.

    − Tô quase lá, o nome dela é Eliza.

    − Ela é legal?

    − Legal e linda. − disse ele sorrindo.

    − Parabéns então! − eu falei sorrindo.

    − Ei, qual dos dois é seu namorado, Phillipe ou Luan? Ops, era seu namorado...

    − Luan...

    − Phillipe parece gostar de você, ele te olha de forma diferente. Forma carinhosa... Ao menos parece que ele gosta.

    − Ele gosta.

    Então ele olhou estranhando tudo.

    − Por que... Por que não namora ele?

    − Porque não sabia que ele me amava até hoje a tarde e olha, a história é muito longa.

    − Ok então.

    Fiquei quietinha, ele continuou lá. Então ele abriu sua mochila e pegou um livro, ele abriu o livro e começou a ler, ficamos horas debaixo daquela árvore, sem dizer nenhuma palavra se quer. O silêncio era divino em certas ocasiões, esta era uma delas.

    O silêncio era bom, mas eu imagino que se eu estivesse sozinha não estaria me sentindo bem, talvez a solidão nunca seja uma saída plausível, acho que a companhia e o silêncio eram uma boa alternativa.

    O sol começou a se por no horizonte e estávamos ainda lá, em silêncio. Robert havia largado o livro, agora ele simplesmente estava parado olhando para o nada. Os postes de luz foram acesos e logo só era possível ver as coisas pelas luzes da cidade e a lua que estava clara.

    − Será que eles não estão sentindo falta de você?

    − Provavelmente sim. − respondi.

    − E você não se preocupa?

    − Tenho coisas mais importantes para me preocupar que isso. Diga-me Robert, é seguro ficar de noite aqui fora?

    − Esta quadra é calma, mas não fique sozinha, é bem tranquilo aqui, mas é melhor prevenir e só ficar de noite aqui quando estiver acompanhada.

    Assenti.

    As crianças brincavam no estacionamento de um outro prédio. Era segunda feira e eu nem estava ligando para o fato de ter quatro tarefas para amanhã.

    Isso era ruim, era sinal de que eu ia acabar me dando mal novamente, infelizmente nesse momento eu não ligava para escola... Minha vida tava um inferno, mas ao menos eu já sabia com quem contar quando eu quisesse uns momentos de silêncio.

   


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Notas finais do capítulo

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