From The Inside escrita por lol_mandy_o_o


Capítulo 22
Porra! Não queria nada com o Luan


Notas iniciais do capítulo

MUUUUUUUITO DIALOGO! SÓ DIALOGO



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    Eu e Luan ficamos conversando sobre nossos problemas, ele também tinha tentado suicídio o que me ajudava no sentido de ter alguém que me entendesse. No fim acabamos rindo muito.

    − Onde o Lippe foi parar? − Perguntei.

    − Hum... Não sei, quer ir lá dentro para vermos?

    − Sim.

    Entramos e estava a mesma bagunça, fomos tentar achar Lippe por ai. Então eu vi Sam e corri antes que ele desaparecesse novamente; parei ele a outra garota que ele estava pegando.

    − Cadê o Lippe?

    − Ele foi pra um motel com a Tiana, ele disse que logo voltava.

    Olhei meio assustada meio puta da vida.

    − O QUE?!

    − Calma Mel, ainda falta muito pra noite acabar. Porque você e o Lú não vão pra um motel também?

    E assim ele foi embora pra um motel com a vadiazinha ao lado.

    − É uma má idéia? − Luan se perguntou.

    − Cala a boca, to puta revolts.

    Então ele caiu na gargalhada. Não tinha graça... bem, talvez tivesse, mas só um pouquinho!

    Voltamos para o lugar onde estávamos antes. Eu estava com um sono do capeta e o Luan continuava puxando assunto; bem, talvez ele só estivesse querendo me manter acordada. Mas era chato mesmo assim.

    − Luan?

    − Oi.

    − To com sono.

    − Já sabia.

    − Quero ir embora.

    − Não sei dirigir.

    − Chama o Lippe.

    − Ele não sabe também e está fazendo o que todos os casais fazem dentro de um quarto.

    − Não devia ter vindo.

    − Então não nos conheceríamos.

    − E isso faz diferença?

    − AI MATA! ESGANA! ESQUARTEJA! PISA!!!

    − Uuuuups sorry, impulso.

    − Ok, mas doeu.

    − Quer que eu beije pra melhorar?

    − Siiiiiiiiiim.

    − Vai ficar querendo.

    Ele me olhou com a cara de quem: “Porra você é malvada”. Luan era bonitinho, mas não acho que estivesse pronta para outro relacionamento. Uma coisa é seguir a vida lembrando o antigo amor na cabeça, outra é seguir a vida lembrando o antigo amor e sair pegando uns 30 por aí pra o antigo não fazer falta(isso é denominado putaria e é praticado por putas e prostitutas (tem diferença?).

    − Não quero que fique comigo, não depois do Tim. − Disse ele quase que lendo meus pensamentos.

    − Como assim “não depois do Tim”?

    − Já namorei uma garota que tinha acabado de terminar com o Tim, eu não sou páreo pra ele; ele é considerado um cara perfeito, eu não sou perfeito e duvido que um dia serei.

    − Se acha inferior ao Tim?

    − Sim, acho.

    − E eu que achei que tinha baixa-estima.

    − Não é uma questão de baixa-estima, é que o Tim é o cara perfeito, eu sou o ovelha negra. Quer mesmo que eu fique competindo com ele? Mellody eu sei meu lugar, e infelizmente é abaixo do Tim.

    − Repito: e eu que achei que tinha baixa-estima.

    − Humph.

    Ficamos calados, eu já estava quase caindo na calçada.

    − Mellody, se não se sentir ofendida... Se quiser eu moro aqui nessa rua, se quiser dormir eu te levo até lá. E se você se sentir desconfortável eu volto e fico aqui. Aí quando o Lippe chegar da suruba improvisada lá no motel eu levo ele até lá e vocês vão embora.

    − Obrigada, mas você acha que o Lippe vai demorar?

    − Sim, essa festa vai virar noite e se bobear fica amanhã o dia todo também.

    − Que animo o deles.

    − É. Você quer ir?

    − Sim.

    Ao chegar lá fiquei bem felizinha com a casa dele. Era pequena mas muito aconchegante.

    Tinham 4 quartos, uma bela sala gigante com uma TV de 42 polegadas, 3 banheiros todos de cerâmica azul. Era uma casa que por incrível que pareça era pequena, mas logo percebi o porque de ser tão aconchegante, espaço bem organizado e planejado.

    − Pode ficar no meu quarto.

    − Ham, e onde você vai dormir?

    − Eu volto pra festa.

    − Mas você disse que não tava gostando.

    − Mas tudo bem.

    − Não! Eu durmo no sofá e você na sua cama.

    − Já que insiste− Ele fez cerinha.

    − Ta brincando! − Disse indignada.

    − Sim, to. Tá mas você dorme na minha cama e eu no sofá; okay?

    − Yeah!

    Então tirei a blusa de frio e capotei. Só queria dormir.

   

    A luz dava uma atrapalhadinha, então abri os olhos incomodada.

    − Bom dia. − Luan disse.

    Ele estava sentado na poltrona que ficava no canto do quarto dele. Ele estava me olhando, inexpressivo.

    − Bom dia e porque está aí?

    − Estava te vendo dormir. Você é... bonita dormindo.

    − Uh, para com essas idiotices. Cadê o Lippe?

    − Ahn ele não apareceu, ontem quando você dormiu voltei pra avisar pra algum amigo dele que você tava aqui. Depois voltei mais tarde a procura dele próprio, não achei.

    Fiquei em alerta e me levantei assustada.

    − Calma, normal. Lippe sempre faz isso, ele desaparece e só volta no fim da festa. Por isso não aconselho que você venha para festas com ele novamente. E eu ainda suponho que ele fez isso de propósito, uma tentativa fracassada de te tirar da fossa te deixando sozinha pra fazer novos amigos e namorados. − Ele disse levantando uma sobrancelha na ultima palavra.

    − Mas que droga!

    − Mas que legal. Vai querer voltar pra lá?

    − Não, que inferno! Essa porra não acaba nunca quando é que esses merdas cansam de ficar dançando como lagartixas no deserto?!

    − Lagartixas no deserto?

    − Sim é quente, ae elas ficam pulando pra não queimar os pés − E então imitei as lagartixas e Luan quase caiu da cadeira de tanto rir.

    − Lagartixas no deserto devem ser engraçadas. Já que os fanqueiros fazem funk pra tudo deviam fazer um pras lagartixas do deserto. − Disse ele se contorcendo de rir.

    − Ta, perdeu a graça.

    − Nunca vai perder, vou me lembrar desse mico pro resto da minha vida.

    Então pulei em cima dele e comecei a dar tapinhas. Caímos no chão e eu continuei a bater, mas para minha má sorte ele era mais forte e me imobilizou. Ele estava encima de mim.

    − Calma Mel, era uma brincadeira. − Disse ele segurando meus braços.

    Então ele se aproximou mais, agora nossos lábios estavam perto um do outro.

    Por algum motivo eu senti algo por ele, um impulso interno de querer beijá-lo. Não podia!

    Ficamos mantendo contato visual, eu não conseguia parar de olhar para aqueles olhos, era muito difícil. Era como se ele me hipnotizasse, eu não podia parar de olhar. Então ele aproximou sua boca mais, agora podia sentir sua respiração ofegante; ele soltou meus braços, mas eu não queria fugir, queria continuar ali, olhando para aqueles olhos. Ele se curvou mais sobre mim, e então nos beijamos.

    Indescritível, o beijo de Luan era intenso, desesperado; talvez um pouco invasivo mas eu gostava. Seus lábios eram quentes e com movimentos rápidos ele me sentou na poltrona. Paramos o primeiro e beijo e nos olhamos, era como se ele tivesse pedindo a permissão para voltar a me beijar, eu queria então não fiz nada. Ele voltou a me beijar, ele era ágil e parecia não curtir o beijo, isso  me incomodou.

    Como que novamente lendo meus pensamentos ele diminuiu, agora era a lentidão conhecida. Me assustei ao perceber que parecia com o beijo de Tim, agora que ele ia devagar parecia realmente o beijo de Tim. Me esquivei diante do pensamento.

    Luan me olhava sem entender.

    Fechei a boca que sabia que se fosse dizer algo soltaria um insulto para afastá-lo de mim. Era o que meu subconsciente queria, eu queria continuar a beijá-lo, mas entendi que se continuasse estaria tentando substituir Tim por Luan só porque os dois tinham um beijo parecido.

    Luan abaixou a cabeça.

    − Me desculpe. Foi impulso...

    − De nós dois, não só seu porque eu permiti.

    Ele me olhou sem entender.

    − Me promete uma coisa?

    − O que quiser. − Ele respondeu.

    − Dê-me um tempo, preciso só de pouco tempo. Eu ainda amo Tim, e muito. Se começarmos a forçar a barra...

    − Você vai estar substituindo o Tim por mim. − Disse ele novamente como que lendo meus pensamentos.

    − Como consegue Luan?

    − Consigo o que?

    − Às vezes parece que você lê meus pensamentos.

    Ele riu.

    − Harmonia.

    Olhei para ele.

    O pior é que era verdade, isso só acontecia quando você estava com harmonia de idéias e pensamentos com a outra pessoa. Um pensamento invadiu minha mente furtivamente; almas-gêmeas?

    NÃO!!! TIM ERA MINHA ALMA-GÊMEA.

    − Mellody?

    − Eu.

    − Ta bem?

    − Porque não estaria?

    − Você fez uma cara...

    − Pensando em coisas ruins.

    − Espero que não tivesse pensando em mim.

    − Ham... Esquece. Luan eu to com fome vamos comer algo?

    − Sim, vem tem pão e mortadela aqui em casa, se quiser frito um ovo ou qualquer outra coisa. Se não quiser nada do que tem nós vamos comprar.

    − Ok, gosto de pão com mortadela.

    Então fomos tomar café.

 


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Notas finais do capítulo

Reviews!!! EU QUERO REVIEWS!!!!



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