Amblivalence escrita por Lyla


Capítulo 4
You know you have a serious problem,don't you?


Notas iniciais do capítulo

Ok,mais uma vez,comentem meus amados leitores!!!ushasue po,quase ninguem falo sobre a capa mal feita e feliz,será que ninguem percebeu que ela existe???



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            .Maravilha!Eu tava morrendo de fome e não tinha nada,absolutamente nada no meu quarto pra comer.Talvez tivesse na cozinha,mas eu não ia nem a força pra cozinha pra pedir pra Bella fazer algo pra mim,e não é só pelo fato de eu ser orgulhosa e me negar a pedir algo depois da briga,mas porque ela provavelmente ia botar comida de hamster no meio
            Dei-me por vencida e resolvi fazer algo para passar meu tempo, então liguei meu computador pra ver se tinha algum inútil pra conversar comigo. Foi quando me lembrei de um certo alguém que tinha me dado seu e-mail pra falar comigo por MSN.
            Peguei meu estojo e tirei o papel. Abri a página do bate-papo e adicionei o contato.E lá estava ele,um completo inútil on-line (não que eu não seja inútil,mas eu tinha meus motivos pra usar o computador ta!)
            _Vampire_ says : eu sabia que você ia achar tempo livre
           
..::Lyla::.. says: vale a pena dizer que seu nick é ricículo?
           
_Vampire_ says: não
           
..::Lyla::.. says:que pena...mas fala logo,qual é a sua idéia pro trabalho?
           
_Vampire_says: é meio complicado de explicar,se quiser eu falo agora
     
          Olhei pela janela assim que escutei um carro buzinando.Quando voltava meus olhos para meu quarto,me deparei com a solução pra minha fome.

..::Lyla::..says: vai demorar?

_Vampire_says: talvez

..::Lyla::..says:então fala depois

_Vampire_says: por que?

..::Lyla::.. says: Starbuck’s me chama

E dizendo isso,desliguei o computador ,peguei meu casaco meu cachecol  e minha bolsa.
Procurei a minha chave de casa e saí.              
Esrava um dia realmente frio para um final de outono,então fechei o zíper do meu casaco e arrumei meu cachecol  e rumei em direção a Starbucks...ah como eu sentia saudade daquilo!!!Eu costumava ir lá toda sexta-feira depois da aula com a Rachel e com a Bella,e ficávamos morgando  sem nada pra fazer e jogando conversa fora.
Abri a porta pesada e fui até o balcão e pedi a única coisa (tirando é claro meu milagroso milkshake)  que me acalmava.
-Um chocolate quente com baunilha e  chantili por favor – e quem disser que chocolate quente é coisa de criança não conhece a felicidade!!!
A moça me deu o copo e eu me sentei em uma mesa longe da porta. Tirei o caderno de dentro da minha bolsa e comecei a desenhar bonequinhos de palito,que era a única coisa que eu sabia desenhar sem causar um desastre da natureza.
            Até agora,eu tava desenhando um cara alto com um pé gigante e o outro pequeno,e no outro quadrinho ele caia...hahaha...que demais...
            Tudo ia muito bem,até que...tchan tchan...Gerard Way entrando pela porta...sim senhoras e senhores,ele,de novo.
            Aí aconteceu uma cena que deveria ser muito ridícula para qualquer pessoa que a estivesse vendo: eu comecei a me afundar cada vez mais na cadeira para tentar ficar o mais invisível possível.A única coisa que eu não precisava naquele momento era um  cafajeste (eu sei...péssimo xingamento...mas eu já usei todos os possíveis...) daquele me importunando.
            Continuei escondida (traduzindo escondida: tentando me afundar na cadeira para não ser percebida) e reparei que estava começando a me distrair com o meu desenho ridículo e nem percebi que certa pessoa estava do meu lado.
            -Se continuar desse jeito você vai fazer um desastre na sua coluna e vai parecer o Corcunda de Notre Dame – ele falou como se estivesse acabado de visto o novo programa da National Geographic “Colunas vertebradas”
            -Olá “Vampire” –falei fazendo aspas com os dedos – Você sai na luz do dia?
            -Só para trabalhos importantes.
            -Então eu posso continuar na esperança de que quando você sair daqui,será reduzido a pó?
            -Sabe,ta um dia bem nublado...
            -Droga!-disse fingindo ficar desapontada
            -Não me diga!Chocolate quente com baunilha e  chantili????
            -Você tem algum sensor de bebidas por acaso?
            -Não,conheço o cheiro...Favorito do Frank.-disse ele com simplicidade
            -Eu sei sabe,ele é meu amigo também.
            Ele olhou pra mim com olhar de “que bom hein” e sentou na minha frente como se fossemos amigos marcando um encontro pra bater papo.
            -E o trabalho?-ele disse
            -Me conta a sua idéia.
            -Antes de tudo,você já ouviu falar de “ambivalência” ?
            -Já ouviu falar de dicionário?
            -Não to te perguntando o que é sua monga!
            -O quê que é então Way?
            -Interpretado por mim mesmo...
            -Lá vem bosta...
            -Dá pra calar a boca e ouvir? – ele olhou sério pra mim e resolvi dar um tempo - continuando,eu não vou dar todo o significado,resumindo,podem ser duas coisas opostas ao mesmo tempo,ou uma coisa completamente oposta a outra,mas que sem uma,a outra não existiria.
            -Aí a Discovery Kids foi pros comerciais?
            -NÓS poderíamos usar – falou como se nada tivesse acontecido -- o primeiro significado.
            -E o que isso tem a ver com o nosso trabalho?
            -Sério Lyla, como você passou de ano,você cola nas provas é?
            -Cala a boca!Eu só não entendi a relação!
            -Ódio e amor Lyla,duas coisas opostas ao mesmo tempo na cabeça de alguem,que confundem a mente de tal forma a não saber mais o que se sente.-ele falou aquelas palavras estúpidas como se fosse um pintor prestes a revelar seu quadro que demonstrava a perfeição,e aquilo me fez rir,não,me fez gargalhar.
            Se eu não estivesse sentada,provavelmente teria ido ao chão de tanto rir.
            -Quando seu ataque acabar,me avise...-ele falou como se esperasse pacientemente.
            -Ok,ok...só me dê mais um tempo pra digerir a maior demência que já foi dita.-e me joguei pra traz rindo outra vez.Tomei fôlego e resolvi tentar descobrir o problema mental da pessoa sentada a minha frente – Caro Way,onde dói?É a sua cabeça?Você anda dormindo direito?
            -Lyla...
            -Tá,me explique algo,você quer que nós façamos um trabalho sobre “amblivalência” ?
            -É ambivalência.
            -Que seja ,sobre amar e odiar ao mesmo tempo?
            -Sim.
            -Você realmente foi útil hoje – ele me olhou como se o que eu estivesse falando não tivesse nexo nenhum – Sabe,você finalmente me deu a prova de que eu precisava pra provar que você é um doente mental.
            -E você finalmente me deu a prova de que você ainda é uma criança.
            -Não,isso prova que eu ainda sou sã,mas ok,dizem que é preciso tratar com carinho dementes mentais,então ok, não existe ambivalência Gerard.
            -É claro que existe.
            -Não Gerard,é impossível amar e odiar alguém ao mesmo tempo.
            -Quer apostar?

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