Amblivalence escrita por Lyla


Capítulo 12
There's always a reason for hate


Notas iniciais do capítulo

Não joguem pedras... eu já estou me castigando por naum ter adrenalina nesse cap...sauhasmas eu axo q vo postar o cap 13 hjdépende das reviews...e sim...eu sou uma tratanteasuhasusahuash=*****



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/826/chapter/12

-Esse é o tal parque? – eu perguntei assim que a gente chegou no lugar, que Gerard, por birra ou por chatice, não quis me dizer onde ficava até a gente chegar.
-Aham! – ele falou empolgado assim que saiu do carro depois de mim.
-Nossa...
-O que? Não gostou? – ele falou como se eu fosse uma louca que não tivesse visto o que havia de tão incrível naquele lugar...E realmente não tinha...
O parque era bem grande, ficava quase que no meio do nada,tinha vários banquinhos de madeira e alguns velhinhos vendendo pipoca....
-É...mais legal do que eu pensava...
-E o que exatamente você imaginava Lyla?- perguntou quando começamos a andar em direção a entrada do parque .
            -Crianças correndo e caindo no chão, chorando desesperadoramente chamando pelas mães, pipoqueiros pedófilos observando meninas mais novas caminharem, casais de homossexuais se agarrando nos bancos,  garotos inúteis azarando garotas mais inúteis ainda, que vem para o parque só para poderem ligar para as amigas e contar como o “boff” foi falar com elas...Acertei? – eu disse me virando para o lado pra poder encará-lo.
            -Talvez a última parte...
            Depois do pequeno incidente no quarto dele, que foi a bastante tempo atrás, já que estávamos a muito tempo na estrada, a gente só voltou a falar um com o outro quando saímos do carro, porque eu; por algum motivo desconhecido ou recusado pelo meu cérebro; não consegui parar de pensar em como eu passei por uma “situação de risco” com o Gerard e começava a sentir a minha face queimar mais a cada instante , e ele parecia muito concentrado em alguma coisa e conseqüentemente, com a cabeça muito longe.
             -É melhor a gente ir logo antes que a fila aumente. – ele disse e depois começou a andar em direção a um portão.
            -Fila? – eu perguntei apressando o passo para alcançá-lo.
            Ele parou do nada e se virou para mim com um sorrisinho estranho.
            -É sério que você pensou que esse fosse o parque?
            -Não é não?
            -Não não, aquele é o parque .- ele falou apontando para o que havia depois do portão.
            Foi aí que eu percebi que talvez ficar trancada dentro de casa, podia ter me roubado uma tarde inesquecível. Cheguei do lado do Way com um sorriso tímido tentando escapar. O parque era incrível, tinha uns quinhentos brinquedos enormes, umas trocentas cores no mesmo lugar e pessoas andando de um lado pro outro.
            -Onde exatamente a gente se encontra agora?
            -Tem certeza que quer saber?
            -Gerard...- eu falei ameaçadoramente me aproximando dele.
            -Bem, a gente não ta muuuito longe de casa nem de New Jersey...
            -DE NEW JERSEY? – como assim ele me tira da cidade e nem me fala?!!
            -Calma, eu to brincando! – respondeu rápido quando o puxei pela gola da camisa para pode ficar na minha altura – Estamos em Nova Iorque..ou pelo menos da saída dela...
            Eu o soltei e percebi que a primeira vez que venho a Nova Iorque( o que já era um fato bizarro, tendo em vista que moro no lado dessa cidade) era justo com Gerard Way. Pelo menos não estávamos tão longe de casa...
            -Vamos entrar logo antes que eu mude de idéia...
            Se Gerard tivesse me falado mais cedo que esse parque lotava, talvez a gente não precisasse enfrentar uma fila enorme que se formava em frente ao portão de entrada.
            -Que parque é esse? – eu falei tentando quebrar o gelo que se formava entre nós dois.
            -“The New York City Center” – falou ele como se estivesse esquecido do nome.
            -City Center?
            -É.
            -Tem certeza? – perguntei olhando para os lados. Eles só podem ter usado “City Center” de brincadeira...
            -Pergunte aos donos...ah não...- ele ficou petrificado com algo , e eu virei para saber o quê que era.
            -Quê foi?
            Ele fingiu que não havia escutado e voltou ao normal, mas não me deu por vencida e passei meus olhos pela fila para saber o que o fez ficar daquele jeito.
            Uma ruiva com um menino pequeno, um grupo de garotas, crianças acompanhadas de uma freira, Karen Smith, um bêbado...Pera! Karen Smith? Ela ainda ta viva?
            Ah sim, você deve estar se perguntando quem é a tal Karen Smith...
            Simplesmente a maior idiota e fútil de TODO o mundo! Ou pelo menos do colégio...
            E se vale adicionar: a ex namorada de Gerard Way, e provavelmente a razão dele não ser mais popular.



Flashback...


            Eu andava em direção ao refeitório quando senti alguém colidir fortemente com o lado esquerdo do meu corpo, me fazendo cambalear um pouco...
            -Olha pra frente Campbell. – disse um garoto uns vinte centímetros mais alto do que eu.
            -Foi você que esbarrou em mim Way.
            -Como se ele quisesse encostar em você Campbell, né fofuxo?- Não se assustem, esse apelido nem foi tão meloso, comparado a “pudinzinho”, “chiclete de morango”...
            -Oi linda- falou Gerard assim que Karen se aproximou.Os dois se beijaram molhada e nojentamente.
            -Ergh...- deixei escapar “sem-querer”.
            -Nossa... que triste...nunca teve namorado...e não vai tão cedo...- ela olhou com desprezo pra mim, o que não funcionou, porque parecia que ela era uma criança tentando parecer braba.
            -Antes não ter um namorado do que ter um como o seu. – disse isso e me virei.
_________________________________________________________________________________________________________________________
            -Sabe aquilo que você falou no corredor Campbell?- falou uma voz vindo de trás de mim, que estava sentada na mesa na hora do almoço.
            -“ Antes não ter um namorado do que ter um como o seu” ...sim, acho que sei.
            -Machuca sabe?- ele falou quando virei para encara-lo.
            -É, sensível como você é, deve machucar mesmo...
            -Eu falei sério.- ele mudou totalmente de expressão, agora parecia que ele estava formulando um plano.
            -Ah, realmente, me desculpe, acabei de lembra que pelo fato de você ser gay, ou pelo menos quase , deve ter sido realmente triste ouvir tais palavras.
            -Você sabe muuuito bem que não sou gay, Lyla - ele estava tentando parecer pervertido, o que funcionou perfeitamente.
            -Campbell por favor. E não, eu não sei se você é gay ou não.
            -Quer que eu prove? – ele falou se aproximando perigosamente.
            -Eu não sou como todas as outras Way. – eu disse me levantando
            -Ah...no fundo no fundo, todas são... – aquilo me soou um insulto tão grande que não consegui controlar a minha ira.
            Resultado : senti minha mão dando um tapa com toda a minha força na bochecha direita do Way.
            -Isso é pra você lembrar que eu não sou. – peguei minha mochila do banco e me dirigi até a porta.
            - O que é isso? – eu ouvi uma voz estérica vindo da porta. Ergui minha cabeça e dei de cara com uma Karen estática. – O-o-o quê que você fez com o meu namorado? – ela completou assim que viu Way atrás de mim com uma marca vermelha estampada na cara.
            -Ensinei uma coisinha.
            -Agora eu vou te ensinar uma Campbell! – ela começou a vir pra cima de mim, provavelmente com a idéia de tentar fazer o mesmo que fiz com o Way.
            Mas antes dela conseguir fazer qualquer coisa, um garoto de longos cabelos castanhos entrou na minha frente.
            -Tente.- o garoto que mais tarde eu descobriria se chamar Bert falou ameaçadoramente.
            Será que era só eu que achava ou estávamos no meio de uma futura guerra escolar?
            Não, pelo visto não era só eu que achava isso, tendo em vista que todo o grupinho de fúteis agora estava de pé ao lado de Karen e o de excluídos estava do meu...grande proteção...
            -Karen querida, deixa ela pra lá, o fato dela ser ela já é um castigo e tanto... – falou Way virando de costas para sair do refeitório.
            -Você acha mesmo Way?Pois eu digo que eu acho sobre você: é um castigo maior ainda ser superficial e egoísta como você, um idiota que nem tirar um D-  consegue!Será que você realmente acredita que vai sobreviver desse seu sorrisinho de meia boca? – eu joguei pra fora as palavras que estavam presas na minha garganta a muito tempo, loucas para sair.
            Todos ficaram paralisados depois do “show de xingamentos da nerd”.Way ficou parado, sem acreditar que alguém havia falado com ele daquele jeito, afinal, ele era o tal garotão bonitão cheio de fãs...
            Mas essa fama não durou muito, ele e Karen terminaram o namoro poucos dias depois do acontecimento no refeitório, e desde então passou a ser só mais um excluído sem moral (mas ainda assim amado secretamente por quase todo o colégio).
 Bert virou meu melhor amigo pouco depois do acontecimento, e continua sendo.Outra coisa que mudou depois do acontecimento, foi que Way passou a tirar A+ atrás de A+, assim como eu, o que não fez o meu ódio por ele diminuir...

Fim do flashback...



            -Senhor, é a sua vez. – falou a funcionária assim que tirei meus olhos de Karen e voltei minha mente para o parque.
            -Duas entradas por favor. – falou Gerard tirando a carteira do bolso.
            -Deixa que eu pago a minha Way. – eu falei me aproximando do balcão, mas foi tarde demais, ele já havia comprado.
            -Que isso Lyla, eu não sou egoísta a esse ponto.
            Ele sabia do que havia acabado de me lembrar?
            -Você vem ou não? –  Ele já estava na entrada do parque, e eu parada ainda no balcão.
            -To indo! – eu estava realmente avoada naquele dia...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!