O Elo escrita por Kakyu_Suiyama


Capítulo 2
Desaparecimento da Jóia de quatro Almas - Fim do prólogo


Notas iniciais do capítulo

Depois da morte de Kohaku, Hakudoushi e Mouryoumaru, o coração de Naraku não estava mais lá. Kikyou atirou sua flecha em direção a jóia de quatro almas, será que vai despedacá-la? O que é essa luz que cega os quatro cantos do campo de batalha? E aonde foi parar a Jóia de quatro almas?!



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O local da batalha, outrora negro, corrompido estava agora sendo invadido por uma luz forte, azul brilhante que possuía uma força cálida, que acalmava o coração dos humanos por onde a flecha havia passado. Por outro lado a flecha purificava tudo de mal, então os youkais se sentiam incomodados.
A flecha abriu caminho purificando até a Jóia de Quatro almas, completa, enfim, nas mãos de Naraku. O mesmo já não tinha uma barreira, fora purificada pela flecha de Kikyou, e não podia fazer nada a não ser dar seu corpo para proteger a Jóia.
Naraku, que não era nada além de pedaços dentro de uma nova barreira, deixará a jóia escapar de suas mãos, com sua vã tentativa de protegê-la, assim a jóia se foi tão rápido quanto havia chegado. Por uma fração de segundo, a flecha atingiu a jóia, entretanto ficou parada em frente da mesma, em contato direto, e parou, antes de perfurá-la.
- Mas...- Inuyasha mostrou espanto ao perceber que a jóia não se despedaçou, era evidente que a flecha de Kikyou, que olhava estática, tinha acertado o centro da Jóia.

O poder da flecha foi totalmente absorvido pela Jóia de quatro Almas, que flutuava sozinha sobre os destroços do castelo de Naraku, que durante tanta luta fora completamente despedaçado. Assim como o poder, parte do corpo de Naraku foi tragado pela jóia, embora ele conseguisse fugir com a parte que lhe permitia regenerar, e em uma nova barreira, se afastava da jóia, para ganhar tempo de se recuperar, enquanto todos observavam o acontecido.
Uma mulher, com uma beleza cegante, roupas de sacerdotisa, não tinha nenhuma armadura. Era apenas uma veste longa branca e vermelha; em sua mão uma espada envolta em sangue repousava; possuía longos cabelos negros que lhe desciam o corpo, também molhados de sangue; o rosto sereno coberto pelo sangue de seus ferimentos. Os olhos fechados demonstravam seu cansaço, ainda assim sua determinação era veemente. Fraca como demonstrava, cravou a espada no chão para encontrar um apoio.
No entanto, a sacerdotisa humana, bela e ferida, não foi a única coisa que se materializou próximo a Jóia.
Algo grande, que remetia a imagem de um dragão; tinha muitas patas não uniformes, cada qual possuía um tamanho e forma diferentes das demais; o mesmo cansaço que o rosto da sacerdotisa tinha, o dragão refletia em seus grandes olhos amarelados, sustentados por uma gigantesca cabeça, presas semelhantes a de um felino, porém aumentadas inúmeras vezes. Em seu dorso grande e escamoso havia um furo profundo, dele descia um sangue de cor azul, todos os presentes podiam dizer que era o mais belo sangue que viram em sua vida, mas era estranho algo tão belo sair de um monstro tão horrendo. Jorrava sangue da ferida no centro do corpo e em todo o resto, descia dos ombros, aonde saíam asas proporcionais ao corpo, e ia até uma gigantesca calda.
Não era fácil dizer quem se encontrava pior: A sacerdotisa humana ou o monstro de sangue azul.
A cauda gigante e monstruosa do youkai, estava em volta da sacerdotisa, em repouso esperando apenas o momento certo para esmagá-la. Mas tanto ele, quanto ela, nada faziam, apenas se encaravam como se estivessem paralisados.
- Isso não é justo!! – Entre os dois oponentes, Naraku aborrecido, uma vez reconstituído e dentro de uma barreira, reapareceu. Esbravejou contra a sacerdotisa diante dele, que embora muito fraca lhe lançou um olhar que lhe metera certo receio, entretanto nada era medo diante do youkai mais poderoso ali existente.  – Eu coletei os fragmentos, os mesmo fragmentos que esses humanos destruíram em seus atos impensáveis e inconseqüentes! Eu enfrentei os perigos, as dificuldades e fui atrás de cada um dos pedaços da Jóia de Quatro Almas! Porque não me obedece? Porque não me reconhece como seu novo dono, qual deveria ser o legitimo também. Você deveria ser um talismã, que aumenta o poder de quem a possui, não fazendo distinção entre o bem e o mal. Como se atreve a me repelir e como ousa tentar me destruir?
A sacerdotisa, ainda pálida e cansada, nada dizia, entretanto retirou a espada do chão e assim a flecha de Kikyou apareceu. A flecha parecia revigorar a sacerdotisa, e por um instante deu a impressão de curá-la de seus ferimentos. Uma vez revigorada ela saltou para cima de Naraku com a espada na mão, com a intenção de arrancar o que sobrava de sua alma e purificá-la de uma vez por todas.

- Midoriko está... – Kagome pegou depressa seu arco flechas e armou uma, mirando em Naraku tentando destruí-lo – Vamos, Inuyasha! Temos que ajudá-la!!!
- A senhorita Kagome tem razão. Inuyasha, levante-se. – Disse Miroku pegando seus Hamafudas, partindo para a luta junto de Kagome.
O hanyou embora cansado sentia-se mais determinado e levantou devagar. Os seus cabelos longos e prateados estavam manchados com o sangue de Mouryoumaru, que tinha sido destruído fazia pouco tempo. Em toda a sua roupa havia manchas escuras de sangue e seu rosto tinha arranhões.
- Naraku, se prepare...


- Hiraikotsu! – Sango iniciou o ataque, mas o youkai gigante colocou sua calda em frente ao grande bumerangue. Kagome também tinha atirado uma flecha que acertou a cauda do youkai fazendo uma ferida pequena demais para incomodar. O brilho reluzente de outra flecha atingiu um dos olhos do youkai, fazendo-o sofrer. Kikyou havia se deixado pegar, para destruir a fera. Mas seu poder sozinho não era suficiente. Novamente atirou, dessa vez Kagome ajudou e antes que o youkai pudesse ser ferido profundamente, ele se regenerava. Isso era possível pelo corpo de Naraku que havia acabado de absorver para se recuperar, junto com os restos, vieram também às habilidades de recuperação.
Inuyasha e os outros tiveram que esquecer Midoriko e Naraku, avançaram para o monstro para ajudar Kikyou e Kagome.
Sango e Miroku sobrevoavam o bicho em Kirara. Os hamafudas de Miroku pareciam agora eficientes: faziam a fera sofrer e se rebater todo, enquanto as flechas de Kikyou e Kagome acertavam os pontos mais sensíveis como os olhos, as narinas, a boca e as asas. Sesshoumaru, que não tinha tomado posição ainda, decidiu por fim ajudar Inuyasha a destruir o youkai, para que a mulher destruísse Naraku. O Kaze no Kizu de Inuyasha e o poder da espada de Sesshoumaru se uniram no ar e acertaram direto o peito do monstro, derrubando-o afinal.
Antes que a luta final enfim terminasse, uma luz brilhante cegou a todos os presentes.
Midoriko e o youkai estavam novamente frente a frente lutando: a espada, ao tocar o monstro, brilhou com intensidade. A ferida grande no dorso do animal reaparecera, a calda dele acertou a ela, que foi atirada longe rolando pelo chão e reabrindo seus ferimentos, outrora curados. Midoriko partiu novamente para atacar o youkai com sua espada, ele conseguiu entretanto segurá-la com uma de suas finitas patas e apertar. Sangue desceu da boca da sacerdotisa. Mas a espada estava cravada no peito do youkai, e sua alma era retirada de volta para a jóia de quatro almas.


Nesse instante a voz da sacerdotisa e do youkai unidas começaram a profetizar as seguintes sentenças: “Antes da morte de qualquer um presente nesse meio, a jóia cobiçada por muito, inalcansada, entretanto por nenhum até o presente dia, com exceção deste youkai – disse ao dirigir a espada na direção de naraku – desaparecerá, sem deixar rastros. Nem mesmo a sacerdotisa destinada a protegê-la, teve como escapar da maldição da Jóia de Quatro almas. Muitos morreram por causa da mesma, e a guerra sangrenta não acabou.”
- Não a procurem mais. – rosnou o youkai monstro.
E com um último brilho suspirante, tudo retornou para a bolinha pequena de vidro, que cabia em qualquer mão humana, brilhando ainda em um intenso tom de âmbar , desaparecendo no meio da noite.
 “Esta por vir aquele que protegerá a jóia com sua vida, mesmo sem saber que o faz, digno então de usá-la. Até lá, não se atrevam a tentar encontrá-la, ou morrerão mais cedo do que esperam”.
Desapareceu após proferir o último aviso. Nada restara no lugar onde estavam a mulher e o dragão agora, não havia flores, ou cadáveres. Apenas uma região deserta completamente destruída pela guerra em busca da jóia. As árvores ao redor, que pareciam ter se dobrado diante do desespero e do cansaço da luta que tinham presenciado e de todo o veneno absorvido, jaziam agora mortas.
Kanna, outrora esquecida por Sesshoumaru ao partir para lutar com Naraku, agora reaparecia trazendo consigo o vento. Kagura, que possuía uma trouxa nos braços olhava para seu criador com desprezo evidente. Antes, entretanto, que pudesse dizer qualquer coisa, Inuyasha já bradava sua espada.
O olhar confiante de Naraku se transformara em um olhar de extremo nojo e repugnância. Inuyasha não perdeu tempo para atacá-lo, mas ele aproveitou para terminar descontando sua ira no ser detestável ali. Lutaria com ele de igual para igual. Toukijin saiu das mãos de Sesshoumaru e foi parar nas de Naraku. Desfazendo sua barreira, foi lutar com Inuyasha.
- Vamos ver se tem potencial para me divertir um pouco – Disse, atingindo com uma rajada de energia que fazia o ferido Inuyasha recuar metros - Seu insignificante querendo parecer grande. Aprenda quem tem o poder, com ou sem a Jóia!
- Cale a boca e lute! – Inuyasha levantou a espada – Kaze no Kizu!!!!!!!
Sesshoumaru se movia para participar da luta, na qual sua espada estava dentro, mas Kagura o detinha.
- Kagura, aconselho que não se meta em meu caminho.
- E o que vai fazer, Sesshoumaru? Me matar?

Uma flecha, que não podia mais purificar, pois mais nada existia para se purificado senão destruição, passou fez com que Kagura recuasse.
- Sua...
Os olhos de Kikyou e Kagura se encontraram no meio das energias que a luta de Inuyasha e Naraku fazia.
- Humpf! – Uma pena voou carregando consigo Kagura, Kanna e o “algo” que tinha nos braços de Kagura. Kanna finalmente olhou para o embrulho e por mais estranho que isso possa parecer um leve toque de surpresa lhe percorreu o rosto. Sumiram como o vento frio da noite que começava com o por dos últimos raios de sol.

Inuyasha soltou seu Kaze no Kizu mais uma vez; a onda de energia foi na direção de Naraku, reta e rasante, já que não tinha terreno no qual fosse repelido, demonstrando ser um ataque ultrapassado e lento que dava a Naraku tempo o suficiente para dar a volta e aparecer por trás de Inuyasha, cravando-lhe a espada em suas costas, acertando um de seus pumões.
- A vantagem de ser do mal, é que não tem essa história de honra, nobreza no combate. Você sempre vence. Não vai morrer ainda, ou não terei com o que me divertir, não use, portanto, esse ataque novamente contra ninguém ou esse furo te queimara por dentro.
- Naraku... seu maldito, você...
Naraku atirou Toukijin de volta para seu dono.
- Me perdoe, desta vez eu não lutei contra você, mas vou me retirar, tenho que refazer meus planos. Qualquer dia eu brinco com você, Cachorro Sesshoumaru.
- Humpf, vai fugir de novo? Naraku.
- Entenda como quiser, não temo a ninguém e não pretendo lhe dar satisfações.
E desapareceu, deixando naquela região deserta, o corpo sem vida de Kohaku, que jazera há pouco tempo para seu próprio bem, pois, nesse mundo, apenas havia sofrido em vão.
Fim do capitulo dois e do Prólogo.

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