True Tears escrita por Ane Viz


Capítulo 44
Capítulo 40: Caindo num pesadelo


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior:
Faz eu me lembrar de um trecho de música é assim Vou passar a eternidade me perguntando se você sabia que eu estava encantada em conhecê-lo.
Beijei seus lábios, antes de subirmos na vassoura voltando para a escola. Estava tarde e se ficássemos mais tempo teríamos problemas. A viagem foi tranquila. Dentro da escola, nos despedimos com um beijo. Nós nos separamos cada um indo para seu salão comunal. Somente perguntava se estava sonhando acordada.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/82444/chapter/44

Capítulo 40: Caindo num pesadelo

“Nevermind, I'll find someone like you

I wish nothing but the best for you

Don't forget me, I beg

I remember you said:

"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"”

(Adele)

Os corredores estavam vazios, devia faltar pouco para o horário do jantar, precisava chegar lá antes de levantar suspeitas. Não encontrei ninguém pelo caminho, agradeci mentalmente pelo fato de não ter sido barrada por Filch e aquela gata. Merlin, obrigada pela ajuda. E logo me arrependi, tudo estava fácil demais. Senti uma mão segurar com força o meu braço, depois senti a varinha pressionando minha garganta. Ai, ai, ai. Mordi o lábio inferior me impedindo de escapar algum gemido de dor.

As mãos de meu atacante prenderam meus pulsos com força contra a parede. Quem estava fazendo isso? Perguntei a mim mesma. E não precisei esperar muito para descobrir o autor desse gesto.


–Olá sangue ruim. – Aquela voz cínica era inconfundível.


Minha vista embaralhou a dor não me deixava pensar direito, pisquei os olhos algumas vezes. Forcei meu cérebro a funcionar direito, encontrei com os olhos de Pansy Parkison, um arrepio percorreu a minhas contas. Medo, apreensão e nervosismo. Tudo junto me fazia ficar sem saber o que fazer. Anda Hermione, pense algo. Vamos, precisa sair dessa. Movi a mão esquerda para baixo tentando encontrar algo para me ajudar. Sempre consigo encontrar uma maneira de escapar, tenho de conseguir mais essa.


–O que foi Sangue ruim? Perdeu a fala?


Respirei fundo procurando controlar meu gênio. Sabia que ela tinha motivos para isso. E meu inconsciente sabia quem era a razão: Draco Lucius Malfoy. Apesar disso, não poderia desistir do que aconteceu como me senti.


–O que quer Parkison?


Seus olhos se semicerraram. Claramente, a minha resposta não tinha sido a esperada. Certamente não. Isso me animou um pouco. Dane-se a sua opinião. Concluí furiosa. O medo, apreensão e nervosismo estavam sendo substituídos por dor, raiva e indecisão.


–Hmm... Voltou ao normal. – Falou debochada.


–Me solta! – Gritei, tentando fazer com que largasse meus pulos.


–Ainda não, nojentinha. – Senti que queria me dizer isso há muito tempo. – Vamos por partes. – Sorriu para em seguida debochar. – Não vai pegar o seu bloquinho para anotar as informações?


–O assunto é? – Inquiri.


Ela se afastou um pouco, mas ainda assim não teria muitas chances de escapar dela sem escutar a mensagem.


– Quero que se afaste do Draquinho.


Ri sem conseguir me controlar.


–É mesmo? – Perguntei divertida. – E quem você pensa que é?


Seus olhos brilharam de irritação. Atitude muito comum quando se trata dela. Nós duas nunca nos demos bem, e com certeza não irá mudar.


–Não está em caso, quem sou, mas sim... – Pausou sorrindo maliciosamente. – Quem você é.


–O quê?


Sua atitude não estava sendo coerente. Do que realmente está falando? O que ‘quem sou’ tem relação com ela?


–Onde está sua inteligência Granger?


Detectar a ironia e o veneno em todo o seu discurso era fácil.


– Pode ser clara ou sua capacidade mental não permite?


– Você vai se afastar do ‘ meu’ – deu intensidade ao pronome e continuou – Draquinho...


Arqueei a sobrancelha de uma maneira desafiadora.


– Ou?


–Ou os seus pais trouxas vão ter uma visita surpresa... – Sua voz diminui ficou num tom mais baixo que um sussurro. – E pode não ser muito proveitosa... Para eles.


–Es-Está a-ameaçando m-meus p-p-pais? – Gaguejei.


–Isso mesmo Granger.


Estava tão desnorteada com os acontecimentos que não notei passos vindos em nossa direção. Somente voltei a reagir ao escutar Blásio.


–Hermione? – Olhou para a cena desconfiado. – Pansy o que está acontecendo.


–Nada. – Explicou dando de ombros. – Espero que tenha entendido Granger.


Sai dando as costas, totalmente confiante de ter sido bem clara, e não ter nenhuma chance de não ser escutada.


– Hermione?


–Sim? – Perguntei procurando deixar a voz normal.


–Não liga para a Pansy, ok? – Falou sorrindo. – Vai jantar?


Assenti feliz por ele ter mudado o assunto.


– Vou sim, mas preciso ver os meninos antes. – Sorri fraco.


–Até lá.

Acenei para ele. E voltei a caminhar ainda sentindo minhas pernas tremerem. Ainda estava incerta do que fazer. Ela seria capaz de machucar meus pais? Eu me lembrei de tudo o que já tinha feito. Sim. Tive de reconhecer. Segurei as lágrimas, cheguei ao corredor da sala comunal da grifinória, estava vazia, corri para o dormitório, peguei umas roupas, itens pessoais. Coloquei na bolsa para guardar tudo. Sai de lá, segui direto para a cozinha, cheguei e pedi um pouco de comida e bebida em uma cesta.


–Obrigada. –Agradeci e desapareci das vistas deles.


Apressada, corri pelo caminho todo, cheguei ao lugar certo, andei por ali algumas vezes e consegui avistar a porta, entrei aliviada, vendo uma cama e me joguei ali. Finalmente, deixei as lágrimas escaparem tentando me sentir melhor. Minha cabeça estava dividida entre fazer o que ela exigiu ou me guiar pelo coração. A questão era se tratar dos meus pais. Não sei dizer quanto permaneci ali, chorando, querendo aliviar a dor no coração. Fechei os olhos, relembrando cada um dos momentos e dos carinhos.


–Eu te amo. – Sussurrei. – Você não sabe o quanto.


Acabei adormecendo, e somente acordei escutando o som de bicadas numa janela. Olhei confusa para os lados, não tinha reparado em nenhuma janela. Levantei um pouco atordoada e abri a janela. Uma coruja preta e elegante pousou delicadamente em um dos moveis. Tirei o pergaminho e desenrolei com cuidado. Abri nervosa, sentindo um nó na garganta. Vi a letra bem desenhada no papel e soube de quem era. Só pode ser uma piada de muito mau gosto, não é mesmo Merlin?

Respirei fundo, e coloquei a carta sobre a mesa. Decidi comer algo antes de enfrentar a realidade. Desejei ter um relógio para saber a hora, vendo um na parede em frente à janela. Onze horas da noite. Suspirei, o toque de recolher já havia sido dado. Sentei a mesa, arrumei todas as comidas para me servir do que queria. Notei estar frio encontrando em seguida um forno, coloquei para esquentar um pouco do que comeria. Um cheirinho delicioso da comida me fez servir e aproveitar a refeição.

Depois, sentindo meu coração disparar peguei o pergaminho. Sentei no sofá e as mãos tremendo não ajudavam em nada. Você consegue Leoa. Use sua coragem, agora! Desenrolei o pergaminho.

Mione, estou escrevendo essa carta por não ter ido ao jantar. Aconteceu alguma coisa? Estou ansioso para te ver de novo. Espero que esteja bem. Sinto saudades de você, de seus beijos e do seu sorriso. De simplesmente ver seu rosto corar, e poder te abraçar.

Boa noite!

Durma bem,

meu amor.

Enrolei o pergaminho, confusa com os meus sentimentos. Estava sentindo um aperto no coração, medo, saudades e muita vontade de ficar ali, na sala precisa, escondida do mundo. Acabei adormecendo ali mesmo, somente abri os olhos no dia seguinte. Levantei apressada, voltei correndo até o salão comunal, entrei escondida vendo meus amigos sentados no sofá. Cheguei lá no quarto, tomei banho para logo colocar o uniforme e a veste. Fiz um rabo de cavalo e maquiei levemente meu rosto.

Apesar de ter dormido não foi uma boa noite de sono. Não me senti relaxar e muito menos bem disposta ao acordar. Olhei para o espelho sabendo que não conseguiria ficar melhor do que estava. Desci as escadas, suspirei, encontrando a sala completamente vazia. Caminhei sem prestar atenção ao redor. Sem querer encarar as pessoas, e principalmente o Draco, fui em direção à cozinha. Quando acabei permaneci por mais um tempo, e ao saber que podia encontrar com alguém pelos corredores.


– Não posso fugir sempre. – Disse a mim mesma num tom baixo.


Sai da mesa, indo para a primeira aula do dia. Estava torcendo para não pensar em nada sem ser os estudos. Andei com a cabeça abaixada querendo não dar atenção a ninguém. Será que vou aguentar isso? Perguntava por pensamento. E, infelizmente, tinha ‘experiência’ em lidar com situações complicadas. Vou ficar bem. Falei procurando coragem dentro de mim. Continuei até chegar a frente à sala. Escutei uns comentários, respirei fundo, apertei a bolsa contra meu peito. Aula junto com a sonserina.


– Bom dia meninos. – Sussurrei para Harry e Rony.


–Oi Mi. – Falou Ron sorrindo.


Harry se aproximou um pouco, falando num tom baixo para ninguém mais escutar, nem mesmo o Ronald.


– O que aconteceu? – Perguntou preocupado.


Não queria falar nada, não sabia como explicar. Meus olhos apesar de doloridos ainda queriam chorar. Ergui o rosto encontrando os olhos verdes tão importantes para mim. Segurou minha mão por baixo da mesa que estávamos sentados. Suspirei, me sentindo destruída. Dormi sonhando e acordei caindo num pesadelo.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá meus amores, queria agradecer a Lô, Bebelahoahpmc4ever, Chanandler e Jenny pelos reviews! Bom, andei pensando que a ideia dessa fic acabar me deu uma dorzinha no coração. Então, tive uma ideia vocês querem uma segunda temporada, mas somente se tiver leitores e interesse.
Beeijos mil e até o próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "True Tears" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.