De Repente Acontece... escrita por tatyanee


Capítulo 51
Tempo...


Notas iniciais do capítulo

Virão como estou boazinha. Não demorei a postar. Os reviewns de vocês me inspirão a escrever.
Entõa continuem deixando.
Bom, como no cap passado esse se passa em um hospital, não entendo muito bem desse assunto. Se eu tiver falado alguma bobagem, por favor me corrijam.
Curtam o cap, espero que gostem.



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POV BELLA

Eu não fazia a menor ideia do que estava acontecendo comigo.

Tudo que eu me lembrava era de estar na rua com a garotinha de cabelos dourados, de correr e pronto.

Não tinha a menor ideia de como fora parar naquele lugar, não tinha a menor ideia de onde era aquele lugar.

Tentei puxar na minha mente o que estava acontecendo.

Abri os olhos mais uma vez me certificando de que não estava na minha cama sonhando. Ao abrir fitei novamente o teto branco daquela sala desconhecida. Pelo canto dos olhos consegui ver alguns aparelhos. Parecia que eu estava em uma espécie de sala de hospital.

Precisava encontrar alguém que me explicasse.

Então tentei levantar da cama. Mas falhei na tentativa.

Era como se meu corpo não obedecesse meus comandos. Tentei me mover mais uma vez e nada.

Comecei a me desesperar. Então pensei em gritar por socorro. Chamar alguém, e subitamente só um nome me veio à cabeça.

“Edward”

Chamei por ele. Mas meus lábios não se mexeram. Nenhum som saiu da minha boca.

O desespero estava tomando conta de mim, mas eu não tinha opções. Não conseguia me mexer nem pedir ajuda.

O que eu poderia fazer?

Um medo muito grande começou a se espalhar, senti um embrulho no estomago. E uma vontade muito grande de chorar, mas acho que nem isso podia fazer.

O que acontecia comigo?

Eu não entendia nada que acontecia ao meu redor.

Escutei o barulho da porta sendo aberta.

Percebi Carlisle se aproximando.

Minha visão estava muito embaçada, eu mal podia ver as coisas. Como que só uma fresta dos meus olhos estivesse aberta.

Ele mexeu em algumas coisas e fez algumas anotações.

- Bella, você vai receber visitas. Seus pais virão primeiro, depois Edward vai entrar. – Ao ouvir a menção do nome de Edward eu rapidamente me animei quem sabe ele viria me tirar desse pesadelo.

“Carlisle, me ajuda”

Tentei chamar, mas novamente nada.

- Bella, você tem que melhorar, ou não sei o que Edward vai fazer. Ele não vive sem você. – Ele soltou um suspiro longo e frustrado. – Só espero que você me escute.

Eu queria poder gritar “Sim, eu te escuto, me ajuda.” Mas não podia.

Ele saiu do quarto e minutos depois voltou com meus pais.

Minha mãe apenas chorava e balbuciava palavras como: Coma, injustiça, pesadelos ou coisas assim.

Meu pai na maioria do tempo tentava acalma-la, dizendo que tudo ficaria bem.

Eu só queria poder fazê-la parar de chorar. Mostrar que estava bem. Mas nem eu mesma sabia se estava tudo bem.

Depois de um tempo meu pai disse que era melhor sair, para deixar Edward entrar. Minha mãe beijou minha bochecha ainda chorando. Sussurrou um eu te amo, e foi em direção à porta. Meu pai beijou minha testa e apertou forte minha mão. Depois saiu atrás de minha mãe.

De repente me vi ansiosa e nervosa. Eu veria Edward. Era tudo o que eu mais queria.

Demorou alguns minutos, quase uma eternidade.

Então ele apareceu na porta. Mal conseguia vê-lo. Meus olhos pareciam grudados, e não podia ver mais do que alguns detalhes. Mas o cheiro era único, poderia reconhecer sempre, em qualquer ocasião.

Eu queria que ele se aproximasse me beijasse e me tirasse dessa loucura. Mas ele permaneceu parado, e a vontade de gritar seu nome só crescia cada vez mais.

Ele se aproximou com calma e se sentou na cadeira ou lado da cama.

Ele permanecia calado, eu queria muito escutar sua voz.

Suas mãos foram para meus cabelos e os alisaram por um tempo. Depois ele chegou perto como se estivesse cheirando a mecha de cabelo que segurava.

- Estou com saudades. Por que não acorda, só pra eu poder te beijar.

Aquilo meu deu um dor no peito imensa. E um nó na garganta começava a crescer. Eu também sentia saudades do beijo dele. Mas não podia lhe dizer.

Ele soltou um suspiro longo.

Então se levantou e pegou meu braço o levantando da cama. Se deitou ao meu lado, com cuidado. Beijou meu rosto, e o lugar se aqueceu. Era tão bom.

- Eu te amo.

Ele sussurrou em meu ouvido. E foi muito doloroso não poder dizer o mesmo.

...

 POV EDWARD

Fiquei muito tempo com Bella deitado ao seu lado. Às vezes eu sussurrava alguma coisa. Outras eu permanecia em silencio.

Não queria sair de lá por nada. Mas Carlisle disse para eu dar um tempo. Sair, tomar um café ou algo assim e voltar depois de alguns minutos. Ele insistiu muito, então eu sai. Não sem antes prometer a ela que não iria demorar.

Sai e fiquei parado no corredor. Vi Esme se aproximando.

- Carlisle me disse que você estava com Bella.

Apenas afirmei com a cabeça.

- Vem comigo! – Ela disse me puxando pela mão.

- Não, quero ficar aqui. Daqui a pouco vou entrar de novo. – Disse resistindo.

- Edward, não vai demorar mais que alguns minutos.

Suspirei, e desisti, acabei deixando ela me levar.

Andamos pelo hospital. Ate que fomos parar em uma ala infantil. Eu via desenhos nas paredes, e pelo vidro crianças em cada sala.

Andamos mais um pouco e paramos em frente da sala 061.

- O que estamos fazendo aqui? – Perguntei sem entender.

Ela não disse nada apenas entrou.

Entrei atrás dela na cama estava uma menininha de cabelos dourados e olhos claros. Sua boquinha era rosada e formava um biquinho. No nariz ela tinha um aparelho, mas não aparentava estar doente, pelo contrario.

Ela estava sentada com uma boneca de pano no colo e ela dizia alguma coisa do tipo: “você tem que comer tudo para ficar fortinha”.

Quando seus olhos pararam em nós ela sorriu.

- Vovó Esme! – Exclamou.

Esme foi ate ela e passou as mãos pelos cabelos da garota.

- Como você esta Sophia? – Ela perguntou.

- Bem, to brincando com a boneca que você me deu, o nome dela é Bella. Quem nem o da moça. – Ao ouvir o nome de Bella, senti um aperto.

- Esse aqui é Edward, ele é meu filho. Lembra que eu te falei dele?

- Lembro, eu acho. Não é o grandão palhaço. – Dizia ela pensativa. Sua voz era infantil e doce. – É o namorado da moça? – Perguntou parecendo se lembrar.

- É ele mesmo. - Ela olhou pra mim e de repente virou o rosto envergonhada. – Não vai falar com ele? – Esme perguntou.

- Ele não vai gostar de mim. – Ela sussurrou. 

- Por que acha que não vou gostar de você? – Perguntei me aproximando. Me sentei do outro lado da cama.

- Por que a moça ta dodói por minha causa. – Ela disse triste.

- Bella, não ta dodói por sua causa. Ela só estava tentando te ajudar, e aconteceu. – Ela ficou pensando por um tempo, então resolvi mudar de assunto. – Sua boneca é muito linda.

- Ah foi à vovó Esme que me deu. – Disse parecendo ter se esquecido do outro assunto.

- Por que colocou o nome dela de Bella?

- Porque é o nome da moça, ela é bonita que nem a boneca. Não, ela é mais bonita que a boneca. Queria ver ela.

- Eu já a vi, ela ta dormindo. Quando ela acordar eu te levo lá.

- Leva mesmo? – Ela parecia entusiasmada. Percebi Esme saindo de fininho.

- Levo.

- Você gosta da moça? – Perguntou curiosa.

- Mas do que tudo.

- Meu pai não gostava da minha mãe, ele batia nela, e ela brigava com ele, e depois me batia. Você não bate na moça né?

- Nunca, eu a amo muito, e jamais faria uma coisa dessas.

- Quando a moça vai acordar?

- Não sei, acho que vai demorar um pouquinho.  – Disse depois de soltar um longo suspiro.

- Eu gosto dela, quero que ela seja minha amiga. Eu nunca tive uma amiga.

- Eu posso ser seu amigo, por enquanto que ela não acorda.

- Então você brinca comigo?

- Brinco. – Disse sorrindo. Ela me estendeu um ursinho. E eu não sabia o que fazer com ele.

- Você acha que a moça vai ser minha amiga? – Perguntou enquanto tirava a roupa da boneca.

- Tenho certeza. – Olhava ela tirar a roupa da boneca para depois colocar tudo de novo. - Por que chama minha mãe de vovó?

- Por que ela disse que eu podia a chamar assim.

– Quantos anos você tem? – Perguntei curioso.

- Tenho assim. – Disse me mostrando a mão, e com a outra ela tentava abaixar o polegar para restar apenas 4 dedos.

- Nossa, você só tem quatro anos? Você é muito mais esperta que garotas de quatro anos.

- É por que eu morei com a tia inteligente, ela me ensinava tudo, dizia que eu tinha que ser inteligente. Mas depois mamãe me buscou e eu não vi mais a tia. – Dizia triste. – A tia me ensinou a contar ate dez. – ela disse mostrando a duas mãos. – um, dois, três, quatro, cinco, seis... – Ela parou pensando por um tempo. – dez.

- Tem certeza que é assim, eu pensei que tinha mais números antes de chegar no dez. – Disse rindo. Ela também ria, o sorriso mostrava as covinhas que ela tinha.

Fiquei um tempo com ela. Ela tentava me fazer brincar, mas eu não sabia o que fazer com o urso, e ela acabava rindo da minha cara.

Depois de um longo tempo, eu sentia a falta de ver Bella, então me despedi da Sophia. Ela pediu que eu contasse para Bella que ela queria que as duas fossem amigas.

Eu prometi a ela que contaria, beijei sua cabeça e sai.

Fui em direção ao quarto dela. Meu pai estava saindo de lá.

- Ah Edward, demorou. Pensei que ficaria por aqui.

- Só fui com Esme visitar a garotinha, Sophia. Bella esta bem?

- Vai lá ver ela. Pode entrar.

Entrei no quarto e a encontrei do mesmo jeito que antes.

Suspirei frustrado, seria ótimo entrar e encontra-la sentada na cama sorrindo. Me olhasse com aqueles olhos intensos que se parecem orbes de chocolate.

Eu queria poder beija-la.

Me sentei na cama ao seu lado.

- Oi meu amor, me desculpe ter demorado. Eu fui ver Sophia. – Pausei pensando que seria respondido mais era apenas ilusão. Passei o dedo pelas suas bochechas, sentindo sua pele. – Sophia é a garotinha que você ajudou. Ela é linda. Você vai adorar conhecer ela. Ela ficou com medo de não gostarmos dela, ela acha que você esta assim por culpa dela. Eu disse a ela que não e ela pareceu entender. Ela me fez prometer que pediria a você para ser amiga dela. – Eu contava sorrindo me lembrando de como ela era linda.

POV BELLA

Eu sorria internamente ouvindo Edward contar sobre Sophia. Ela já me encantara. E estava na cara que havia o encantado também.

Ele falava dela com tanto entusiasmo e alegria.

- Eu não sei o que vai acontecer com ela. – O tom de voz dele mudou, se transformou em tristeza. – Os pais estão mortos, e ela não tem nenhum parente. Ah um tempo atrás ela foi adotada por uma mulher, mas a mãe pediu a guarda dela de novo. E agora, acho que ela vai ter que ir para um orfanato.

“Ela sofreu tanto, desde pequena. Os pais sempre a maltratando, ela passava fome, ninguém cuidava dela. Ela não merece nada disso. Ela é só um bebê.”

Fiquei pensando no que Edward dizia. Ele estava certo, ela não podia sofrer mais. Mas eu sabia que a tristeza dele não era só por isso. Ele estava se apegando a garota.

POV EDWARD

Duas semanas depois:

A situação de Bella não melhorava. Continuava na mesma. Ao todo já se passara cerca de 20 dias. E cada dia que se passava era como uma tortura. Todos os dias eu a visitava. Passava horas e horas com ela. Conversando, ou apenas em silencio.

Também visitava Sophia, cada dia que se passava ela me perguntava quando Bella acordaria. E quando eu dizia que não sabia. Ela começava a contar inúmeras historias, sobre como elas vão brincar quando Bella acordar, e como vão ser amigas.

Carlisle estava segurando a garota no hospital o máximo que podia, mas logo ela estaria bem, e teria que ir embora. Eu sabia o motivo. Além de mim, Esme se apegara a garota. Levava brinquedos, passava o tempo todo com ela, a arrumava e brincava com ela.

A verdade é que todos nós estávamos nos apegando a ela, e ela a nós. E isso não era bom.

Somos uma família de vampiros. Nunca poderíamos dar a ela uma vida normal, e por mais que Esme soubesse disso, ela insistia em ter esses pensamentos. Ela não dizia a ninguém, mas eu sabia, eu lia suas ideias em sua mente.

Não tinha a menor chance de a garota ficar com a gente. Como ela viveria no meio de vampiros. Bella era adulta, entendia o nosso mundo, mas ela não. Como explicaríamos a ela. Ela merecia ter uma vida normal. Ela já sofrera demais para ter que encarar mais essa loucura.

Eu gostava cada vez mais da garota, cada dia que passava. Mas tinha que ser realista, era impossível.

Meus dias se resumiam ao hospital. Quando não estava com Bella estava com Sophia, ou então nos corredores. Passava em casa 15 minutos, tomava banho, comia algo e logo já estava dirigindo para o hospital de novo.

Renné e Charlie também ficavam muito por lá. Renné pedia para que eu fosse para casa, para que eu voltasse à escola. Mas ela não entendia, eu não sairia do lado de Bella.

Nunca...


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Notas finais do capítulo

Espero de verdade que tenham gostado do cap. Deixem reviewns. Criticas construtivas, elogios, palpites, tudo é bem vindo. ^^
Já sabem se quiserem add no MSN: tatyanee.araujo@hotmail.com
Face: http://www.facebook.com/#!/tatyaneearaujo
Twitter: @_Taty_sz
É isso ai. Aguardo vocês nos comentarios.
Beijoo ;*



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