Memórias Perdidas escrita por NicoleMartes


Capítulo 6
Cap. 6 - Viagem para Casa


Notas iniciais do capítulo

Desculpe o atraso.



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Dizer olá é sempre mais difícil do que dizer adeus

(Frase de minha autoria)

As seis e meia já estou de pé. O Sol ainda esta nascendo e tenho de admitir, é uma linda visão. Me sento em minha janela e admiro o enorme astro iniciando sua lenta caminhada até o cume do céu. Não sei por que, mas ver essa cena me faz lembrar dela, do calor que ela emana, de seu corpo frágil e delicado, de seu sorriso celestial.

Mas um capitão não pode pensar dessa maneira. Eu não posso pensar dessa maneira.

Me levanto e tomo um banho quente, quente como o corpo dela ...

O que esta acontecendo comigo!? Será que estou enlouquecendo? Tenho que parar de pensar em Hinamori dessa maneira!

Saio do banho e me olho no espelho. Comparo meu corpo de agora com o corpo que tinha quando ela desapareceu. A mudança mais notável foi meu crescimento, hoje minha altura é maior que a de Matsumoto. Meu rosto está mais adulto e minha massa muscular aumentou. Mas, meu cabelo continua do mesmo jeito e meus olhos estão ainda mais frios, pelo menos é o que dizem.

Coloco a habitual de Shinigami e parado em frente ao espelho, olho para meu Kimono negro e lentamente coloco minha capa¹ de capitão do 10º esquadrão.

As palavras de Momo invadem meus ouvidos.

´´Quando eu soube que era tenente me senti tão feliz, tão importante´´

´´Bem, eu devo ter sido substituída ´´

Sim, ela foi substituída. Ninguém se interessou por ele, procuraram-na por algumas semanas e mesmo com provas insuficientes, a deram como morta. Minhas unhas pressionam cada vez mais forte a pele de meus punhos. A frieza do momento que me avisaram que ela faria parte da lista de oficiais mortas em serviço era tão grande que parecia que não se estavam lidando com vidas perdidas.

Pego Hyorimaru e saio. Sei exatamente onde Momo mora, em uma zona mais afastada do centro da cidade, em um templo onde se é ensinada a técnica de manusear espadas, que segundo ela, é o melhor e mais rigoroso da região. Para mim, esse lugar não deve passar de uma salinha apertada e um professor velho e com uma espada de madeira.

Mas, ao chegar a casa toda minha especulação fracassa. Há existe salinha apertada, na verdade o templo é realmente um templo, é um dos grande. Porem não há ninguém lá dentro.

Um som fraco de tinir de metal é ouvido e cada vez mais esse som se intensifica. Já no final do terreno, um enorme jardim se revela e com ele um magnífico coreto cercado por frondosas e altas arvores.

Escondido pelas folhagem observo de longe uma cena que cria nunca mais ver: Hinamori e o velho estão duelando e, como eu esperava, eles usam espadas feitas de madeira.

O senhor esta em desvantagem, uma coisa totalmente compreencivel. Mas, no intervalo de um movimento e outro, a molhadora de cama comenta algo, para logo em seguida sair apresada coreto a fora.

Seus olhos castanhos se fixam em mim no exato lugar que estou, e com um sorriso sarcástico me revelo. Como ela conseguiu me encontrar? Não diminui pressão espiritual, mas ela não conseguiria achar-me, não teria capacidade, não se lembraria com o fazer, conseguiria?

- O que faz aqui Toushirou-kun ? – Pergunta emburrada por tela obrigado parar seu treino.

- Estava apenas passando – Respondo.

- Mentira – Exclama

Com um suspiro de derroto, conto o objetivo verdadeiro de minha visita.

- Vamos a Soul Society

- Como?

- Vamos a Soul Society – Falo bem devagar, para ela ser capaz de entender

- Agora? - Pergunta incrédula

- Esse é plano

- Mas, como?

- Pelo portal – Explico sem a mínima paciência, acho que ter sido descoberto por ela fez meu orgulho de capitão ser ferido – Como você acha que iríamos? Estalando os dedinhos ou com o pó daquela fada dos contos de fadas?

- Não precisa ser sarcástico

- Vamos logo com isso – Exclamei irritado – Engana esse velho e troca de roupa

- Por que não posso ir assim? – Fala dando um giro para que possa ver sua roupa, sua irritação também é palpável.

- Você quer se apresentar para o general assim? De bermuda e blusa? – Minha sobrancelha se arqueia, mas as de Momo se arqueiam, ambas

- Claro que não.

- Então vá logo

Após alguns longos segundos no qual ela foi enganar o velhinho, uma duvida pairou em minha cabeça, era que Momo tinha condições de voltar a ser uma tenente?

- Disse que irei sair – Explicou assim que voltou – Vou me arrumar

- Não demore – Avisei – Não suporto demoras

- Me diga uma coisa que você suporta? – Falou divertida mas ao mesmo tempo criticando

- Estarei esperando na rua. Não quero que esse velho me veja – Expliquei.

Após vinte passos, quando já estávamos de costas um para os outros, ela se vira e grita:

- Sinhinho

- O que ? – Pergunto – Não estou vendo nenhum sino por aqui.

- Não, seu bobo – Ela ri – Sininho é o nome da fada que tem pó que faz voar. A fada dos contos de fadas que você falou

Ela se vira e continua andando em direção a casa, rindo. Sorrio, mesmo depois de anos ela ainda e a mesma garotinha por dentro, mesmo tendo quase vinte anos.

Vou para a saída do templo e me sento o chão e fico.

Dez minutos. Vinte. Meia hora. Quarenta minutos. Cinqüenta. Uma hora. Ela não aparece e bufando de raivo me levanto e bufando como um touro me empulero na janela de seu quarto.

Congelo. Ela esta trocando de roupa. Pelo menos esta virada para a parede. Hinamori esta apenas de calcinha, branca e com desenho de cereja.

De repente meu rosto começa a esquentar, mas mesmo assim não quero sair dali. Bem devagar, como se fosse para me matar, ela coloca o sutiã. Seus cabelos estão presos em um coque frouxo. Me escondo para aproveitar melhor a visão que tenho.

Ela solta os cabelos e os balança, uma rajada de pêssego me atinge. Ela coloca um short bem apertado e depois um vestido verde com detalhes em vermelho. Se senta na cama e calça um sapatilha branca. Penteia os cabelos com cuidado e os deixa solto. Sorri para o espalho. Pega uma mochila e sai.

Menos de cinco segundo dela sair já estou no lugar que devia estar. Vermelho da cabeça aos pés e com o coração a mil, tento me controlar e não me tronar um suspeito.

- Desculpa o atraso – Diz inocente e sorridente, ela nunca imaginaria que eu estava a espionando, que eu a vi semi-nua

- Vamos – Digo pondo a mascara de frieza. – Devemos ir a um lugar mais afastado para abrir o portal. Sabe, para evitar olhares curiosos.

-A caminhada é silenciosa. Momo, depois de tentar, sem sucesso, conversar comigo, ouve musica em um pequeno aparelho portátil. Eu estou sozinho comigo mesmo e com meus pensamentos pecaminosos.

Aquele corpo não me sai da cabeça, aquelas pernas brancas e lisas. A barriga lisa e as costas com a coluna aparente. Sua cintura fina, seus seios médios, na proporção certa. E seus lábios, rosados e sedutores.

Por Deus, eu tenho de parar de pensar dessa maneira. Devo parecer um cachorro faminto e ela, minha amiga antes desaparecida, é o objeto desejo. Não. Momo não é um objeto, ela é minha amiga, a pessoa que com quem passei toda minha infância. Não posso pensar nela dessa maneiro, como se fosse um pedaço de carne.

O que aconteceu naquele treinamento foi uma deslize, uma coisa que jamais nova,novamente, nunca mais. Mas é isso que me preocupa, eu pensava que nunca mais veria Hinamoti novamente.

- Toushirou-kun – Paro imediatamente, minhas mãos estão totalmente suadas e se eu a olhar eu não sei o que serei capaz de fazer - Acho que esse lugar esta bom para fazermos o portal, não acha?

- Já esta cansada ? – Implico, na falsa esperança de me recompor

- Não. Só não quero chegar ao cume da montanha e precisar descê-la novamente

Começo a técnica, silenciosamente. Assim que termino um portal azul brilhante se forma em minha frente, o vento nos puxa para dentro, como um vórtice. Me viro e olho para Harimori, que permanece olhando para o portal, receosa.

- Tem certeza que isso é seguro? – Pergunta me olhando de esguelha

- Claro

- Quantas vezes já fez isso? – Se ela não estivesse tão assustada poderia até ser mais sarcástico

- Esta me chamando de incompetente? – Retruco, na inútil tentativa de fazer graça

- Não, é que... eu estou um pouco assustada – Ela se encolhe

- Sobre o portal ou sobre ir para a Soul Society?

- Sobre os dois. Mas, admitir que a segunda opção me assusta bem mais do que a primeira – Ela da uma risada nervosa

- Vamos ... – Pego sua mão, o que causa um tremo em ambos – Não tenha medo. Sempre que você precisar eu estaria junto de você – Sorri – Agora vamos, já perdemos muito tempo

Adentramos no portal, que se fecha em seguida.


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal ! Desculpa o atraso na postagem.
Espero que gostem. Será que alguém, pelo amor de Deus, pode me dizer como importar uma foto dos meus arquivos para uma fic, colocar uma fic na parte do texto ?
Estou com lindas fotos aqui mais não sei como coloca-la nos capítulos, então, será que alguém pode me ajudar. Obrigada Narayna pela recomendação fofa, você sabe que eu até chorei a lendo (Não é mentira não, eu juro ! O.O). Obrigada fofa, muito obrigada mesmo.