Coração Imortal escrita por isabellatmassei


Capítulo 27
This is my gift to her


Notas iniciais do capítulo

Bem, o nome tem tudo a ver, e vocês só entenderam no final. Me desculpem por todas as desgraças, mas garanto que é apenas o necessário. Faltam apenas 3 pro fim, mas ETERNO LUAR está logo ai, então fiquem felizes...



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ASH POV

Ok, tem alguém muito idiota falando de lingerie comigo. Não parece entender qual a diferença de uma cinta-liga para um espartilho. Estou com vontade de vomitar, tanto pelo tiro, quanto por essa conversa sem nexo.

- ... e eu acho que se você usasse um sutiã vermelho, seu bofe iria amar...

- Cale a boca – me senti totalmente Kathy agora.

- Isso mesmo Ash, onde já se viu meu bofe se passar de gay?

Sorri para a sombra com corpo violão, que por acaso acho que é minha amiga e voltei os olhos para um estranho totalmente familiar.

- Me desculpe, mas como é seu nome mesmo?

- Junior! – respondeu ele enfatizando as silabas.

Caramba, estou inteligente. Será que é preciso ser baleada pra aprender a usar umas palavras como enfatizar?

- Ash, meu amor – ouvi uma voz totalmente linda e doce me chamar da porta do carro – Como ela está? Está consciente?

- Ela me mandou calar a boca – resmungou o Fungo.

- Quem é Fungo, meu amor?

- O menino da lingerie – sussurrei com dificuldade na voz.

A risada descontraída de Edu me fez sorrir de volta. Edu, meu amor. Agora fazia sentido, meu amor tinha acabado de chegar e estava rindo porque eu estava baleada. Que amor!

- Vou salvar sua mãe – resmungou ele e saiu do carro acompanhado de Kathy.

- Então amiga, o que acha de uma cinta-liga com o deslumbre do vermelho?

Voltei os olhos para o tal de Túlio e tentei mostrar a minha mais pura frustração. Aquele gay não sabia ser gay.

KATHY POV

Minha melhor amiga estava morrendo e eu tinha que salvar a vida da mãe dela, que só pra lembrar: É imortal! Mas eu conhecia bem a amiga que tinha, e reconhecia que se eu salvasse ela e deixasse sua mãe no meio do furacão, ela mataria a todos nós.

O lance é o seguinte: Você entra e cuida da Vera, que eu vou até a Cristina, a solto e corremos com a Ash pro hospital. Seja rápido!

Já estava acostumada a passar recados pela minha cabeça, mas hoje senti que ele não estava em sintonia comigo. Ele estava pensando em Ash, estava na cabeça dela, estava tentando mantê-la acordada, estava e não estava aqui.

- Edu, preciso de você aqui!

- Eu já entendi tudo o que e disse, tenho que dizer ‘recado recebido’ ou ‘mensagem enviada’ pra você se tocar? Minha namorada tá morrendo, mas prometi salvar a mãe dela, tenho noção do que estou fazendo – disse ele socando a parede e descontando toda a sua raiva.

- Não sou sua psicóloga Eduardotário, então faz o favor de fazer o que tem que fazer porque a menina que você ama é minha amiga também – sai até o quarto que havia tido a visão de Cristina amarrada na cama.

Um sentimento de calma invadiu meu coração. Edu mexendo comigo? Não podia acreditar nisso... Mas não conseguia ficar brava, estava com um amor imenso no coração. Entrei no quarto clareado pela áurea da mãe de Ash e percebi que tudo o que tinha de bom estava ali dentro. Todos os melhores sentimentos existentes estavam presentes pra quem quisesse ver, tocar e sentir.

- Kathy?

- Sou eu Cristina, vou tirar você daí

- Ajude o Edu lá embaixo e depois pense em mim... – disse ela entre um choro entrecortado

Não pensei duas vezes. Não que eu costumasse pensar muito, mas era o Edu que estava lá embaixo. Meu melhor amigo. Meu confidente. E eu precisava dele quase o mesmo tanto que a Ash precisava, ele era um ser detestável e que tinha que estar aqui pra me ajudar.

Desci as escadas tomando cuidado pra não cometer um flashback de Ash. Ouvi uma conversa na cozinha e segui até lá com uma coisa na minha cabeça: Se tudo estiver coberto pela escuridão, feche os olhos e os ouvidos, não deixe que ela entre em você. Fiquei pensando isso e me aproximando da cozinha, o Edu precisava saber o que fazer.

- Katheriny!!! - Edu gritou me fazendo sobressaltar. Ele precisava de ajuda o mais rápido possível !

Corri até a cozinha e paralisei todo meu corpo quando vi meu amigo estendido no chão da cozinha com uma arma apontada para seu crânio.

- A tão falada Kathy – sussurrou Vera com um tom maquiavélico na voz.

- Não to com tempo pra sua sutileza, Vera.

- Não to com tempo pros dois. Só me passem os poderes e vão embora – resmungou ela

Edu, o que eu faço? Você esta machucado? Dá uma tossida se estiver bem.

**COF- COF**

Ufa, agora to menos preocupada. Tem como sair daí enquanto eu dou um jeito na velha aqui?

- Estão se comunicando? – perguntou Vera me fazendo estancar. Como essa coisa do demo sabia disso?

- Vera, mire essa arma pra sua bunda flácida e morra de uma vez.

Quem disse isso? Eu, é claro.

- Porque você não morre?

Vera atirou contra meu cérebro e eu automaticamente caí no chão. Morta? Eu sei lá.

EDU POV

Tudo está correndo terrivelmente... TERRÍVEL! Kathy acaba de ser baleada e eu não estou preocupado porque sei que logo ela levantará e continuará a lutar – cura rápida.

Eu estou na mira também, mas sei que se for baleado a Vera vai dar algum jeito de conseguir meus poderes. Medo? Não. Estou preocupado com minha Ash. Estou preocupado com o que vai acontecer depois que os corpos forem achados. DROGA, matar é fácil, esconder o corpo é uó.

- Eduardo, Eduardo... – Vera falava como se tudo aquilo fosse um jogo – Sempre achei que não seria bom o suficiente para minha sobrinha...

- Cale essa boca – gritou Kathy tacando uma cadeira na cabeça dela.

Olhei estupefato e pensei: QUE DIACHO DE MENINA!

- Eu nem te vi levantar – resmunguei me levantando do chão

- Não foi nada – ironizou ela passando a mão onde a bala havia a atingido – Imagino o que a Ash não está sofrendo...

- Vamos logo.

Corremos até a mãe de Ash e a soltamos. Ela estava pálida, mas não conseguia ser menos linda. Cristina era uma Ash mais velha e amadurecida. Linda e de coração puro... Sabia que Ash havia puxado isso de alguém.

- Sabe Edu, a Ash tem muita coisa do pai também – cochichou para mim no caminho até o carro. Logo alterou o tom para um mais preocupado – Como está minha pequena?

- Quando entrei no galpão ela estava mal, mas consciente. Não consigo entrar em sua mente mais.

Então aumentamos a freqüência de nossos passos e corremos até o carro. Ash havia morrido?

CRISTINA POV

Fui salva pelo cavalheiro, mais conhecido como meu genro. Ele me desamarrou e me ajudou a descer as escadas. Vera estava inconsciente, mas ainda estava viva. Blair, Beto e Paola haviam morrido, o que me deixava angustiada. Morte me deixava terrivelmente triste.

Estava conversando com meu genro quando ele deixou no ar a frase na qual temíamos: Não consigo entrar em sua mente mais. Ou seja, Ash poderia estar morta. Minha filha. Minha única e perfeita filha. Corremos como doidos até o carro onde se encontrava minha princesinha.

- Filha? – gritei quando a vi toda lambuzada de sangue e praticamente desmaiada no banco ao lado de um Junior também inconsciente.

- EU NÃO ACREDITO – berrou Kathy quando viu seu namorado inconsciente – SEU BUNDA MOLE!

Kathy pegou seu namorado e o tirou do carro deixando Ash esticada por todo o banco.

- ACORDA SEU BICHA.

Ignorei a Kathy indignada e foquei em minha filha. Peguei seu braço e suspirei aliviada quando vi que ainda tinha um coração batendo.

- Como está? – perguntou um Edu choroso do meu lado

- Muito mal.

- Vamos chamar uma ambulância.

- Meu filho, não é o certo. O que falaremos? Vamos fazer do nosso jeito – disse decidida.

- Nosso jeito?

O olhei tentando o reconfortar e toquei seu rosto com a ponta de meus dedos.

- Ash merece viver – sussurrei deixando uma lagrima traiçoeira escapar

- Eu sei.

- Vamos salvá-la – peguei seu rosto com as duas mãos e o aproximei do meu. Dei-lhe um beijo em sua testa e limpei suas lágrimas com meus lábios.

- Como?

- Vou passar meus poderes para ela.

- O QUE? – disse uma Kathy já acostumada com os berros

- Se acalme, meu amor – sussurrou Ju

- CALE SUA BOCA, SEU GAY.

Soltei um riso e voltei a olhar para Edu.

- Vou passar meus poderes para ela e ela acordará inteira denovo.

- Mas e você? – me perguntou Kathy – Quero dizer, você devia estar morta, o que te salvou naquele acidente foi sua... Imortalidade. Seu coração imortal.

Olhei para Kathy a aquecendo com todo meu calor e expliquei calmamente:

- Aí esta o problema, o pai de Ash morreu e eu deveria ter ido junto a ele, mas fiquei por culpa do que sou. Ash merece viver muito mais do que eu, e vocês não viveriam sem ela.

- Mas a senhora... – resmungou ela

- Kathy, eu estarei feliz. Nunca fiz mal para uma única alma, e se alguém merece viver uma imortalidade, é ela. Ela tem dois amigos que são assim e quer mais do que tudo os acompanhar nessa jornada. Esse é meu presente à ela – estendi meus braços para minha filha e transpassei com todo o poder de minha mente minha imortalidade e meus poderes.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que será que irá acontecer? Será que correra tudo bem? Gente, até o fim de semana a fic terá terminado, então só espero o carinho imenso de vocês mais e mais... Alias, só postarei ETERNO LUAR depois de uma semana do fim de CI... é bom pros nervos, haha.
bjs