Escada abaixo, eu sigo meu caminho silencioso.

Lembranças pérfidas, um passado maligno. A humanidade é uma raça destinada a destruição própria.

Eu desço essas escadas, tentando esquecer.

Essas escadas, tanto literais quanto figurativas.

Eu tento esquecer o que eu deixei trancado em um porão.

O que é? Eu não sei.

Talvez não seja nada.

O som é o que me faz lembrar dos meus pecados. 

Coisas atroces, coisas que eu não faço questão de lembrar.

Coisas que voltam.

Eu tentei todos os métodos conhecidos pela humanidade.

Eu fui a psicólogos, tomei remédios.

Bebi até ser internado.

Mas nada dá certo.

Por que eu sei que aquilo no porão não é nada.

É uma época da minha vida.

Manchas de sangue não saem, por mais que eu tenha lavado as mãos e queimado a farda.

Essas palavras são como o sangue. Elas mancham indefinidamente.

Afinal, quando as escadas são apenas figurativas, o último degrau tem um arco.

Arco esse que diz 'Abandonai as esperanças, vós que aqui adentrastes'.

Descer esses degraus é inevitável, quando você vê o mesmo que eu vi.

Então, por que continuar descendo?

Afinal, o único motivo pelo qual minha Waffen ainda está carregada é esse.

Por que eu não posso descer mais.

Por que o aço frio no meu queixo é mais piedoso que minhas lembranças.

É tão simples.

É só puxar o gatilho.

Se existir um deus, que ele tenha piedade de minha alma imortal.