Fairy Tail: Operation Fairy Back escrita por Newerth En James


Capítulo 2
Natsu e Lucy pt 02


Notas iniciais do capítulo

Foi difícil escrever esse capítulo, mas após anos finalmente saiu. Espero que gostem!



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Mal terminei de escutar as palavras de Malcom, sai do carro deixando para trás não só o valor da corrida, como uma boa gorjeta no valor de 100 euros. Desapareci em meio à multidão; sem deixar rastros para me seguirem. Um segredo que se aprende com o tempo, aprendendo a caminhar direito nas ruas e treinando arduamente esse tipo de ação eficiente. Nada que se ensine nos livros da escola ou da academia de magos-espiões. Durante os tempos de paz com a prisão de Zeref, a magia como era conhecida caiu no esquecimento e os velhos ensinamentos encontraram uma nova forma de manter acesa as suas chamas. Há certo tempo, segundo os livros de história da magia; os dragões em carne, osso e presas afiadas transmitiam seus ensinamentos místicos para aqueles que consideravam os seus únicos filhos. Eles foram chamados de crianças dos dragões ao longo dos últimos séculos, até que por fim um termo mais apropriado se naturalizou e esta classe de magos foram denominados de: Dragon Slayer.

Já havia coletado no curto período de tempo, as informações necessárias e a julgar pelos dados publicados nas principais redes sociais. A situação não era muito grave, havia apenas seis reféns a contar pelo gerente de conta, dois seguranças da agência e um cliente segmento especial ao lado de sua assistente. Haviam seis elementos trajando um tipo de macacão e cobrindo os rostos com uma máscara temática. O plano de ação por supunha era implacável, o esquadrão tático neutraliza rapidamente os seis elementos armados com os seus novos “brinquedos”, tecnologias de última geração no combate ao crime organizado e são eficientes ao ponto de serem classificadas como armas não-letais; apesar do seu uso descabido poder causar danos irreparáveis, tanto as equipes treinadas como o elemento em questão. A equipe só entraria após confirmada a baixa dos criminosos e efetuariam sua detenção normalmente. Só haviam dois problemas nesse plano e que viria a descobrir mais tarde. O primeiro e diria que mais importante é a presença de um –VIP” – no local, algo que certamente a equipe de ataque não considerava. Este cliente é ninguém menos que o filho resmungão de uma das famílias mafiosas da Inglaterra, eles têm negócios que englobam toda a Europa e suas relações se estendem pelo Oriente Médio até a Ásia; segundo dados da inteligência, a maior concentração de riquezas da família, em parte está destinada em bancos situados na Ásia e todo o resto estimam que dividem entre contas laranjas em paraísos fiscais.

A pergunta que talvez não queira calar é, por que diabos um cliente com segmento tão alto e com tantas tecnologias facilitando ainda precisa de um banco? A resposta talvez, seja olhar melhor para a cena e entender nos mínimos detalhes o que realmente está acontecendo. Um assalto com poucos reféns, em uma manhã de sol em Londres e justo num dos bancos mais famosos da cidade. No mesmo dia em que o filhinho da mamãe, resolveu sair de casa com o mundo inteiro para conhecer e amigos para visitar, ele decide ir para o último inferno cruzando a avenida e tem a sorte de estar no lugar certo, e na hora errada. Ele é um gênio miserável. Ironias a parte.

O segundo problema é que quem estava no comando da operação sabia muito bem disso e dos riscos que seria uma eventual falha. Mas para esse homem, o resgate era só um foro seguro para encobrir os rastros, em seus planos haviam prioridades maiores e aturar um garoto que mal saiu das fraldas era um mal necessário. Isso para não dizer que é um mau presságio.  Muitos na academia de polícia se referem a ele como “Capitão Gancho”, pois em toda a operação ele tem a fama de ser irredutível em seu plano de ação; mesmo que os dados da inteligência apontem para uma outra solução viável. E além disso, há rumores internos de que goste de se apropriar indebitamente de alguns pertences, peças de valor simbólico e que os donos nunca se importam. Ninguém prestava queixa justamente por ser de valor ínfimo ou a burocracia de esclarecer a procedência legal.

Desde o 11 de setembro, se tornou um padrão catalogar todo tipo de pertence nas gavetas das agências e os bancos tem um canal direto com a alfândega, essa norma não se aplica a objetos que foram periciados e possuem data superior a três anos armazenado conforme os registros. O proprietário apenas assina digitalmente um termo, garantindo aos investigadores sob poder do estado e do parlamento britânico, instaurar e conduzir uma investigação; podendo reter o material suspeito, sem aviso prévio para a perícia e eles não se responsabilizam por eventuais danos. Já as seguradoras cobrem tudo, menos se a investigação for conclusiva e o cliente virar réu em um processo criminal. O medo de serem investigados, ainda mais por um velho capitão de polícia e a falta de transparência de ambas as partes em todo processo, torna o crime quase perfeito.

A cidade está passando por algumas mudanças, novos tempos, novos ares os londrinos respiram após o fim de semana. O jogo de cadeira do velho teatro da política está prestes a acontecer, as eleições mais disputadas do cenário para a prefeitura é o ultimato que pode beneficiar ou por em xeque toda a atividade de caras como o Capitão Gancho. Ele não pode concorrer, seria devastador com tantos escândalos em suas costas e as novas leis eleitorais não permitiriam. Mas os criminosos têm um ás na manga, um homem poderoso e que sabe fazer negócios com a escória da sociedade. O cara perfeito para administrar uma grande capital como Londres e ser uma força eleitoral de peso nas próximas eleições ao governo. Entre os candidatos populares, três nomes de destacam: William Magnus III – Ex-Juíz especializado em direitos penais. –, Mike O’brien – O chefe de uma casa de cortesãs e ex-diretor de filmes adultos – e por fim o inominável Dreyar. Pelo menos é assim que meu ex se referia a ele.  A ovelha negra da família e considerado por muitos um traidor, e pai irresponsável. Dizem que ele submeteu o próprio filho a um experimento pseudocientífico bizarro, apenas para provar uma teoria louca de um cientista que acabou sendo preso esses dias por dever a importância de cem euros no cassino.  Retificando, cem mil euros. Em seu depoimento oficial, ele alega ter sido enganado e furtado por duas dançarinas que falavam francês com sotaque típico do Quebec.

  A primeira era uma esbelta mulher, jovem, de longos cabelos escarlates e olhos castanhos. Ela trajava um vestido colante arrasador, como parte de uma fantasia temática e por entre os cabelos passou uma tiara com orelhas de coelho. A segunda era uma jovem albina, de longos cabelos brancos e cacheado nas pontas, com duas franjas que descem até os bustos. Ela, por outro lado, estava vestida mais formalmente com uma blusa preta sem mangas e se lembrava dela servindo as bebidas naquela noite. O sujeito alega ter a questionado sobre isso, ela respondeu que a outra menina ficou doente, brigou com o namorado e perdeu o cachorro no mesmo dia.  Essa história me lembrou muito eu e o meu ex, tirando a parte do cachorro e ficar doente. Quero dizer, eu fiquei constipada e tive náuseas, mas isso não é o que estão pensando. Onegai!

 

Vocês não iriam acreditar se eu contasse o que rolou na última viagem, estávamos em um cruzeiro e tinha um gato azul selvagem que sabia falar e voar, e o pior não é isso; ele pilotava um robô de combate e dispara projéteis dos punhos, igual nos filmes que assistíamos no cinema.  Mas que droga, estou com saudades do maldito Salamandra. Era assim que todos o apelidaram por causa de uma tatuagem tribal enorme marcado em seu braço direito. No musculo do braço esquerdo tinha outra tatuagem, que lembrava um pássaro de uma cauda pontuda. Nunca conheci um pássaro da espécie que se assemelhe ao desenho. Ele brincou, certa vez dizendo que todos confundiam com um pássaro, mas era uma fada miniatura que virou símbolo de uma das maiores guildas da atualidade, a Fairy Tail e também possuíam um alojamento na secção de inteligência nível 5, funcionando como um braço divisório e para não ter confusão, o próprio diretor, Makarov Dreyar nomeou este serviço como: – “Serviço secreto especial de espionagem mágica, MI-Fairy” – e estão em operação pela Europa há cerca de 6 anos e ironicamente, esse é quase o mesmo tempo em que o salamandra estava na guilda.

Em um momento oportuno, o questionei sobre o que fazia em uma das guildas mais importante ou serviço de inteligência. Duvido muito que ele seja espião, eu tenho olhos clínicos e um faro investigativo que já teria detectado um mentiroso contumaz a quilômetros de distância. Mas se ele fosse um espião incrível, acho que as chances de ter percebido o disfarce são muito pequenas e que tipo de espião revela que é um na frente de uma civil? Nos filmes, eles só entregam o disfarce quando o vilão os deixa em uma enrascada e estão sozinhos ao lado da sua protegida; geralmente é um cenário conturbador, onde foram sequestrados e tem um volume abrupto de água subindo por todo lugar. Quando não trocam a água pelo gás venenoso.

 

Os roteiristas tendem a ser pouco criativos em se tratando desse tipo de cena. Voltando ao assunto, o cientista não conseguiu perceber uma terceira pessoa e os investigadores localizaram, o chamaram para depor, após jurar solenemente que não mentiria em nome da rainha. Ele não disse uma palavra sobre o caso, exceto que o sujeito precisava pagar pelos seus crimes e não sair impune. As jovens passaram por um interrogatório leve, esclareceram tudo o que os investigadores já tinham em mente e renderam altas gargalhadas entre eles nos bastidores. Logo após colherem o depoimento das duas, elas foram dispensadas até o novo juiz assumir suas funções e decidir o que fazer. Como é um bom amigo do diretor, conhece a reputação das espiãs e considerando as acusações que responde a parte alegada “vítima”. Ele propôs um acordo, onde a parte irá indenizar os cofres públicos com a recompensa resgatada pelos peritos forenses na área digital de suas jogatinas em mesas online e por parte das espiãs está tudo certo. O caso foi arquivado em sigilo, uma vez realizado o pagamento, sob pena de penhora e reclusão do indivíduo.

E falando em criatividade, a loira aqui já havia encontrado um jeito de ir para trás das grad...  eu quis dizer, entrar no banco e parar os dois assaltos em andamento. O plano era muito simples, o gato pega o rato e a loira age no momento exato em que o gato roubar o queijo do rato. Ah! Não me lembrem de gatos, naquele dia no cruzeiro o salamandra não pensou duas vezes e iria me presentear com o um bichano. Ele é um amorzinho e idiota. Dois dias depois, apareceu na minha porta, arrumou suas coisas e disse que iria embora. Não teve coragem de me olhar nos olhos e contar o que tinha rolado, apenas comentou que foi um erro ter se envolvido comigo e seguiu o seu rumo. Depois esse dia, eu só ouvi do salamandra enquanto estava em uma viagem para um trabalho da faculdade na França em Marseille; a segunda maior cidade do país e que não perde em nada para Paris.

A alma do povo francês está na cidade, um verdadeiro oásis em terra, as suas construções influenciadas por diversos povos e culturalmente é uma das cidades mais ricas. Tenho um álbum na rede social Heybook com fotos de belas paisagens e pontos turísticos que visitamos, nós chamamos tanta atenção que viramos capa da Fiore Magazine – uma das maiores revistas em circulação na França – e ganhamos o prêmio de casal turista mais quente do ano. Cheguei a receber uma proposta da revista por influências do então redator e fotógrafo, Jason. Hoje ele está na supervisão da editora e merecido a sua promoção, Jason não é um cara ruim. Só precisava de uns puxões de orelhas e uma boa mulher para botá-lo na linha. 

Ele está noivando com uma jornalista investigativa, jovem esta que está sempre à procura de furos de reportagens e já salvou duas modelos de um casamento frustrado. A filhinha querida do juiz e empresário de sucesso, Harvey Ben Kyle. Ele é o responsável por afiançar a sentença do ex-cientista e ficou conhecido por sua decisão implacável no caso do jogador de Basquete, Antwoon Turner, que foi acusado de ter agredido sua esposa e pegou pena de 5 anos e 6 meses em regime semiaberto. Cumpriu menos da metade da pena, pagou uma multa e os empresários aplicaram uma quantia gorda de 6 dígitos, dividindo parte para seu projeto de recuperação de uma praça e a outra metade foi doação generosa para o gabinete de um parlamentar, amigo íntimo que lhe convenceu a relaxar e ir pescar com a família; ele deixou o caso, cerca de dois meses depois, após sua mulher bater com o carro em um acidente e ser levada às pressas ao pronto socorro. Os exames de sangue apontaram altas taxas de álcool e os investigadores encontraram garrafas no quarto de hotel. Ela estava com um garoto de programa e Ben, não teve outra escolha, a não ser se retirar do caso. 

Já estava com minha vestimenta típica, um traje collant cobrindo o meu corpo e realçando os fartos seios, e as curvas acentuadas que faziam inveja a uma modelo. Confesso que ele está meio apertado agora, não sei se é por causa do sanduíche do velho ou por ter furado a minha dieta desde que terminei. Sei que ganhei alguns quilinhos a mais, porém eu pensei que com as minhas jornadas e os exercícios matinais, mais a nova aula de yoga pela internet, eu passaria fácil. Só espero que eles não tenham um sistema de lasers. Por sobre o rosto, coloquei uma máscara e que acompanha uma tiara com orelhas enormes de coelhos feito de um material, que suponho ser pelúcia pela fofura. Depois que o meu pai descobriu sobre o término e que eu tinha um caso com um cara dois anos mais velhos, ele cancelou todos os cartões e ouvi algo sobre enviar uma galera da pesada para dar uma lição nele. O traje temático fazia parte de alguns trabalhos antigos, uma loira precisa sobreviver para pagar a faculdade e as contas da casa.

 

Lembro-me de ter ouvido de algumas amigas enfermeiras sobre uns caras parrudos com distensões nos ligamentos do braço e lesões na altura dos joelhos. O meu ex é o tipo de cara que deixa essas marcas em alguém. Vocês podem estar se perguntando, o que diachos vim fazer em um banco em pleno dia de Sol na cidade, ao invés de me estabelecer e curtir uma praia? A resposta pode soar como sarcástica, mas é a pura verdade. Digamos que a loira aqui precisa receber os seus pagamentos, uma quantia na importância de vinte e cinco mil euro me esperava, tudo o que precisava era conversar com a gerente de conta e assinar digitalmente alguns documentos. Além de comprovar que sou mesmo a beneficiária. Isso é claro, sem falar que ela precisa me esclarecer alguns pontos, como a dedução de impostos do governo. Mas graças aos elementos que se encontram no interior do local, munidos de armas de grosso calibre e prontos para uma confusão daquelas, todos eles usavam uma máscara temática para ocultar sua identidade das câmeras e trajavam um tipo de macacão laranja, com exceção apenas de um grandalhão de cabelos brancos que trajava uma jaqueta azul escuro e calças largas, além de sapatos escuros que custaram uma nota por sinal.  Este deveria ser o líder deles, não podia deixar de notar que ele não parava de olhar para seu relógio a todo instante. Era como se estivesse contando as horas para algo extraordinário que fosse acontecer, ele estava ansioso e resmungava alguma coisa para seus subordinados em russo.

Já assisti há muitos filmes para reconhecer o idioma falado, sem querer me gabar, mas já fui convidada por uma revista russa para posar seminua e, obviamente, recusei o convite.  Estava dentro dos dutos de ventilação do local, escondida taticamente e aguardando pacientemente o momento exato para atacar. Eis que avistei um garoto, loiro,de 1,53cm trajando uma capa e parte do rosto coberto por uma máscara. Ele empunhava um martelo supunha de ser metal mágico e estava dialogando com os criminosos, algo que não dava para escutar dada nossa distância. Furiosos, eles apontaram suas armas para ele e dispararam em uníssono, mas para sua surpresa todos os projéteis foram aparados pela onda mágica do martelo e logo em seguida, ele os atacou com uma poderosa onda de energia mágica que explodiu ao encontrar com seus corpos. Algo que os fez voar e apagar, exceto o líder que conseguiu se distanciar bem a tempo.

A batalha seria fácil agora, ao menos era o que eu imaginava, ele avançou confiante pra cima do seu oponente descuidando-se de sua guarda e antes que pudesse atingir o sujeito, ele revela sua grande técnica. O take over, uma magia que permite ao usuário possuir o poder de uma entidade e usá-la a bel prazer. Nesse caso, o braço esquerdo dele assumiu uma forma monstruosa e suas mãos se transformaram em garras afiadas. Ele o capturou e o arremessou para longe com uma explosão mágica que logo o apagou. Já era o bastante pra mim, estava na hora de agir e aquele era o momento. Sai do meu “esconderijo” com uma chave dourada em punho para surpresa e espanto do homem fera, logo enunciei as palavras para chamar meu espírito de touro: abra-te portão dourado do touro, Taurus onegai!

E veio até mim o espírito celestial do zodíaco do touro, um humanoide musculoso e com aparência de um touro portando um machado imenso.

— Yosh,mushi,mushi, que corpão Lucy! – Ele falou em alto em bom tom com seus olhos brilhando.

— Taurus onegai, dê um jeito nessa coisa. – Ordenei.

— Yosh, aí vou eu! – Ele advertiu indo pra cima com tudo da fera com seu machado e o atingiu em cheio, o fazendo voar alguns metros. Mas tão logo, ele ficou de pé como se nada tivesse acontecido e desferiu um golpe com suas garras. Taurus bloqueou, porém assim mesmo fora atingido no peito. O corte foi profundo o bastante para fazer taurus desaparecer e retornar ao mundo dos espíritos.

— Então, você é uma maga celestial? – Perguntou ele, surpreso. Os meus olhos estavam marejados em lágrimas. – Não se preocupe, eu não vou te machucar. Aliás, não queria que nada disso fosse necessário. Estou sempre preservando a paz e evitando o conflito.

— Então por que está assaltando um banco e fazendo reféns?

— O assalto fazia parte do plano para recuperar algo. Assim que encontrássemos, eu mesmo iria neutralizar esses caras.

— Como é?

— Eu sou um agente disfarçado, não poderia comprometer a missão. Mas já que esse garoto e você atrapalharam, não tenho mais porque de continuar bancando o vilão.

—Agente? Mas que tipo de agente faz pessoas sofrerem? – O questionei em tom de reprovação a sua atitude.

— Escute,loira. Há coisas na carreira de um espião que estão acima do bem e do mal. O sucesso da missão, por exemplo.

— Nesse caso, eu jamais vou querer ser espiã. – Esclareci, ainda frustrada com o resultada com da batalha. – Pelo menos não se for para me tornar um monstro como você.

Ele engoliu a seco as minhas palavras e bateu com o pé no chão, abrindo um buraco enorme.

—  Que pena loira. Você seria uma ótima espiã. – Ele afirmou. –  Até mais, senhorita.

Ele se jogou no buraco e desapareceu lá dentro como um rato.

— O meu nome é Lucy! – Exclamei, mas àquela altura ele não podia mais me ouvir.

De repente, olhei ao meu redor e lembrei dos reféns que estavam amarrados, e amordaçados. Fui ao seu encontro para ajuda-los, quando um estouro vindo da porta me pegou desprevenida e fui atingida por dois pequenos dentes de metal que emitiam ondas de choque. Aquilo me fez ir ao chão, paralisada, mas consciente do que estava acontecendo. Fui cercada por uma dezena de policiais.

— Policia, não se mova! – Ordenou o policial apontando sua espingarda para o meu rosto.

Eles logo trataram de me algemar, ignorando completamente a situação e a fala dos reféns em minha defesa. Bom, eu devia mesmo a polícia, sabia que cedo ou tarde me pegariam. Mas não esperava que fosse tão cedo e sob tantos olhares inocentes. Não tinha mais para onde correr, seria presa e condenada por agir como vigilante das ruas. Podia ver a cara de satisfação dos fardados em terem finalmente me capturado, tanto que me carregaram para fora e exibiram como um troféu para toda imprensa noticiar o feito. Me jogaram no veículo blindado e cinco policiais mascarados ficaram encarregados da minha proteção até chegar na delegacia. Minhas mãos estavam algemada e o meu mole de chaves continuava na minha cintura, acho que não sabiam ao certo o que esse objeto mágico poderia fazer nas mãos de um mago celestial, como eu.

Paramos alguns minutos depois em um sinal, de repente ouvi um barulho estrondoso do lado de fora e logo em seguida, uma explosão atingiu bem acima de nós pegando os agentes em cheio. Eis que meu olhar se cruzou com o daquele “anjo” de cabelos rosados, este me pegou entre seus braços e num salto, deixou o local de onde estávamos e seguiu o seu caminho para bem distante de onde estávamos. Sentia minha respiração mais devagar e aos poucos ia perdendo a consciência da realidade ao meu redor. Podia escutar sussurros vindo dele, talvez estivesse tentando me manter acordada. Eu literalmente havia “apagado” naquele momento, o que o fez acelerar seus passos e regressou à base de operações, em especial o centro médico da base.

Passei algumas horas sob os cuidados médicos e olhares zelosos de uma figura um tanto quanto curiosa; um sujeito que trajava peças de roupas escuras e uma máscara que escondia parcialmente o seu rosto, além de uma bandana por sobre a cabeça. Ele tinha cabelos azuis e um olhar enigmático. Nas suas costas carregava alguns tipos de cajados grandes.  Eu pude fitar um pouco o seu rosto jovial, antes de voltar a dormir, afinal estava sob efeito de sedativo e nem poderia afirmar que o que estava vendo era real. Talvez fosse alguma alucinação causada pelos medicamentos ou sei lá.


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Notas finais do capítulo

1º Agradeço aos caríssimos leitores pela atenção, assim que possível sai um novo capítulo. Eu garanto.



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