The evil in land escrita por MT
Notas iniciais do capítulo
Não é o que provavelmente passou pela sua mente primeiro... acho
A aldeia era curta e ficava no coração de uma floresta. O ar impregnado pelo aroma de mato fazia o corpo de Land relaxar instintivamente. Estavam na frente de uma igreja dotada de apenas uma torre, portas duplas e uma janela oval três metros acima. O padre, careca, baixo e barbudo, explicava o evento.
— Pesadelos? Já tentaram um tanto de leite quente antes de dormir? — Ubel. O mago a fitou de soslaio. Sério?
— Não zombe de nós, minha jovem, eu vi o… o demônio! Cornões, pele vermelha e vozinha fina de capeta! Ele tava ali — apontou para um ponto sete metros à retaguarda da dupla de magos de primeira classe. Eles encararam o pedaço de chão marrom como todo o resto. — Cantando ´´Ilari, ilariê, oh-oh-oh! Ilari, ilari, ilariê, oh-oh-oh! É a turma da Xuxa que vai dando o seu alô!``! Foi… — o velho tremeu e abraçou a si mesmo. — Foi horrível! E-e nuvens douradas saiam das casas para ir até o buxo do mochila de criança! Crê na deusa mãe! Ainda tô todo arrepiado!
— Nós vamos investigar o caso. Podemos nos abrigar no templo? — Land.
O idoso, Adalberto, acenou positivamente.
— Claro, é meu, é de ocês que são providência enviada pela deusa! Glória, irmãos!
Adentraram a igreja. Puseram as mochilas sobre a fileira de bancos mais próxima do estrado elevado de onde sacerdotes pregam.
— É melhor dormimos pela manhã para manter vigilia a noite.
Ela assentiu. Prepararam os sacos de dormir, puseram sobre o largo banco e deitaram com a sola dos pés de um rumo ao do outro.
— O que você acha que é?
Silêncio. Sentiu a extremidade inferior do saco de dormir dela esfregar na sua. Land soltou o ar pela boca.
— Um demônio que se especializou em magia mental, mas provavelmente não é nada demais já que a única coisa que tem feito é dar pesadelos.
— Ainda acha que deveríamos estar perdendo tempo aqui, quatro olhos?
Ele virou-se de lado, face voltada ao encosto para costas do banco.
— É dinheiro com pouco risco.
Ubel o cutucou de novo.
— Então deveria largar a vida de mago, quatro olhos, e virar… um gigolô, talvez? Pelo modo como usa qualquer desculpa para se atracar com alguém em um quarto escuro…
Um rubor o tocou as bochechas.
— Funcionou, não fomos detidos lá porque nos confundiram com um casal que se esgueirou na primeira sala que encontrou.
— Claro, imagino que tenha sido um sacrifício e que nada mais podia ter sido feito. Tão bravo, o querido quatro olhos. Deveria te dar um prêmio?
Uma veia pulsou na têmpora dele.
— Talvez devesse.
— Talvez eu dê — a maga, pondo-se sentada.
— Que bom — Land, erguendo o tronco.
— É, fique grato se eu der.
— Vou ficar.
Íris castanhas encaravam verdes. Silêncio por sete segundos, então tornaram a deitar.
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