The Last Werewolf escrita por Thiago_A


Capítulo 4
IV. When love speaks louder


Notas iniciais do capítulo

NO ÚLITMO CAPÍTULO:
Jack não agüentou e começou a correr, Jéssica não ia ficar lá, nem eu, então fomos junto dele. Começamos a correr em direção a rua na qual viemos o grande lobo correu em nossa direção e provavelmente ele iria nos alcançar, e mais rápidos do que esperaríamos.
O grande lobo dourado estava nos alcançando e não conseguiríamos chegar até a saída, pelo menos eu que estava mais devagar.
Logo eu, o mais devagar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/81220/chapter/4

Tentei correr mais rápido mais não estava conseguindo. Minha pequena vida de apenas quatorze anos estava chegando ao fim. Senti algo encostar-se às minhas costas, o lobo. A saída estava a apenas poucos metros e o medo foi ficando maior. Tudo estava escuro e denso, os galhos me arranhavam horrivelmente, até que a luz da lua ressaltou sobre minha pele e finalmente eu estava do lado de fora da floresta.

 

         Continuei correndo com uma tensão indescritível. A coragem lutava contra o medo. Olhei para trás, o lobo havia ficado na divisa entra a mata e a cidade, o vento soprava forte sobre seus pelos fortemente dourados.

 

         Olhei novamente o lobo havia se virado e estava andando lentamente de volta a sua casa. Parei - finalmente - de correr e cheguei aos meus amigos que me esperavam na esquina – escondidos em uma parede marrom mal pintada.

 

         Bufei de cansaço.

        

         - Foi por pouco. – Eu disse.

 

         - Ficamos preocupados – Jéssica sussurrou tentando encontrar ar para falar.

 

         Minha respiração estava grossa e meus batimentos cardíacos estavam muitos rápidos. Apoiei minhas mãos nos meus joelhos e tentei descansar.

        

         Jack começou a rir de propósito. Jéssica o acompanhou e também começou a rir. Eu olhei para eles e também não segurei o riso. Meu celular tocou. Olhei para o relógio: onze e vinte.  Quem estaria me ligando há essa hora? Atendi e para minha surpresa, o individuo que me ligara estava chorando. Não acreditei que fosse a Katie, mas para meu alívio era meu pai.

 

         - Me de o celular, Jonh – minha mãe gritava furiosa, ordenando a meu pai entregar o celular a ela e com sucesso. O choro foi diminuindo e a voz da minha mãe foi ficando mais clara.

        

Meus amigos queriam saber com quem eu estava falando, mas pedi para esperar e me virei para a floresta.

        

- Oi filho, onde você está? Já está muito tarde, e você vai ter escola amanhã, lembra? – Ela me pegou de surpresa, eu havia literalmente esquecido que amanhã haveria escola. E realmente estava muito tarde.

 

- Realmente mãe. Estou indo para casa. Daqui a pouco estou aí, é só esperar uns minutinhos que você verá a porta se abrindo. – Eu brinquei com ela.

 

- Então ta meu filho, lhe esperarei. – E o telefone ficou mudo. Ela havia desligado.

 

Virei-me novamente e disse:

 

- Pessoal, vou ter que ir embora. Minha mãe estava preocupada, e nós esquecemos que amanhã terá colegial. – falei com calma.

 

- É mesmo – eles trocaram olhares – Mas então eu te deixo em casa, você e a Jess, ok?

 

- Obrigado então – eu agradeci.

 

Fomos andando ao estacionamento do shopping, devagar, conversando sobre assuntos que não eram importantes. Chegamos com calma, Jack desativou o alarme e as portas destrancaram-se. O seu carro era preto, de apenas duas portas e quatro lugares. Uma bela Lamborghini.

 

Andamos rapidamente a 180 km/h, cheguei em menos de cinco minutos.

 

- Obrigado pela carona Jack, até amanhã – olhei para Jéssica e ela sorriu – até amanhã, jess.

 

Então o carro disparou rua afora, em toda velocidade.

 

Abri a porta e minha mãe estava na poltrona do meu pai, me esperando. Quando dei meu primeiro passo para dentro de casa ela correu e me abraçou. Ela se tranqüilizou nos meus braços e disse:

 

- Estava preocupada.

 

- Não precisa. Eu sei me cuidar bem – na verdade eu tinha sido quase morto por um lobo, mas eu não estava nem louco de dizer isso a ela, senão ela teria um infarto.

 

Subi as escadas lentamente. Eu estava morto de cansaço. Passei direto pelo banheiro e fui direto para o quarto. Cai na cama e dormi.

 

“Um grande lobo negro, saia dentre a mata em direção a uma família de veados.”

 

“Ele se escondia numa pedra, para disfarce. Um lobo dourado saiu logo depois dele. Ele olhou a família de veados e partiu pra cima, correu em busca do alimento. O lobo negro ainda escondido na pedra, aproveitou o embalo do lobo dourado e também foi atrás de um animal para se alimentar.”

 

“O lobo dourado na primeira tentativa conseguiu pegar o seu. O lobo negro na primeira tentativa errou a mordida, na segunda errou o salto, e na terceira foi em cheio. Capturou. Os lobos conseguiram sua comida e pararam para comer em paz.”

 

Trrimmm... Triiimmm... Trriimmmmm...! O despertador tocara. Eu acabava de acordar de um estranho sonho.

 

Não pensei muito, levantei e fui tomar banho e escovar os dentes.

 

Após ter feito tudo que faço diariamente antes de ir para o colégio: Tomar café da manhã, ajeitar a bolsa, etc.etc.etc.

 

         Fui pro colégio.

 

Mais um dia cansativo... E não estava com bons pressentimentos para o dia de hoje.

 

         Na escola, ainda consegui chegar atrasado. Logo na aula de matemática...

 

         Legal, não pude assistir à primeira aula por causa do atraso. Mas nada demais, o professor não sabe nem controlar a aula, quanto mais dar o assunto!

 

         Na segunda aula, entrei em sala.

 

         Jack, Froz, Jess estavam lá e... A Katie não estava lá.

 

         - Por que demorou tanto, brow, pensei que você não viria – Jack começou falando.

        

         - Algum de vocês sabe por que a Katie não veio? – perguntei.

        

         - Quando cheguei ao colégio, tentei ligar pra ela, só que ela não atendeu. – Jess falou com cara de preocupada, o que era total mentira.

        

         Sai da sala novamente, e vi os pais da Katie indo pra diretoria, com cara abaixada. Parecendo desanimados e tristes.

 

         - Olha lá pessoal! – exclamei – Os pais da Katie.

 

         Corri atrás dos pais dela. E Jack correu atrás de mim. Ao chegar neles, suas expressões eram de dor ou tormento.

 

         - Megan, o que aconteceu com a Katie? – perguntei rapidamente.

 

         - Não sei... – lágrimas escorriam devagar pelos olhos dela – ela saiu de casa hoje de manhã para ir para escola, mas ela não está aqui. – um soluço forte interrompeu sua fala.

 

         - Ela desapareceu? – Jack perguntou preocupado.

 

         - Si-sim – o choro se intensificou e ela abraçou Jack. – S-sinto muito a falta-ta de-e-la. – ela não parava de chorar.

 

         Senti uma culpa estrondosa, meu peito começou a doer e uma lágrima percorria a minha face.

         - Ela... – fiquei sem palavras, não conseguia continuar. A culpa que sentia era muito forte.

 

         Jack correu para avisar a Katie e para o Froz.

 

         Sentei num assento de madeira atrás de mim, e os pais dela continuaram andando em direção a diretoria.

 

         - Você está bem? – perguntou Jéssica que havia chegado.

 

         - N-não, eu não estou. – me levantei e respirei fundo. Minha cabeça doía intensamente.

 

         “Foi tudo... Culpa... Minha.” Eu estava me matando por dentro.

 

         - Gente, vou pra enfermaria tomar algum remédio – falei paciente caminhando.

 

 

(...)

 

 

         Na seção médica, tomei remédio para dor de cabeça e dores no corpo. Ainda não me sentia melhor.

 

         Aquela dor não era comum. Nunca havia sentido ela antes. Acho que estava me apaixonando por ela de novo, mas não sabia... Hipótese mais real.

 

flashback on

 

         - Então qual é seu nome? – perguntei.

 

         - Katie. E o seu? – ela falava bem suavemente.

 

         - Alef. Nome bonito o seu... – falei.

 

         Acho que aquela estava começando a ser a primeira menina pela qual eu me apaixono. Talvez eu estivesse ficando apaixonado. Por ela.

 

flashback off

 

         De volta a sala de aula, cheguei atrasado para a aula de português e de novo não pude entrar para assistir a aula. Fiquei esperando, no mesmo assento que sentei antes de ir à seção médica, a aula acabar.

 

         O tempo passava, mas eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser o desaparecimento da Katie. Tentava esquecer, mas não tinha como. Meu mundo ainda girava ao redor dela, mesmo tendo tantas brigas e rompimentos.

 

         Eu ainda a amava, tinha certeza disso. Mas não sabia mais demonstrar isso pra ela.

 

         Todos começaram a sair de suas salas. Jack veio logo até mim

 

         - Menos uma aula né?! – ele zombava dando pequenas risadas. Jess também riu com ele.

 

         - Pelo menos é o que parece...

 

         - E então, como aconteceu isso da Katie? – Froz perguntava. O único desinformado entre nós.

 

         - Nós não sabemos. A gente só sabe que ela não está desaparecida. – eu comentava. O que me fazia lembrar de tudo o que fiz de ruim para ela nestes últimos tempos.

 

         Fui andando para sala de cabeça baixa. Todos também vieram. Entrei em sala, o professor já estava lá!

 

         - Atrasado Alef?! – ele reclamava – quando a aula acabar você entra em sala.

 

         Eu fiquei ainda de cara abaixada. Os meus amigos apareceram atrás de mim logo em seguida.

 

         - Então vocês também... Encontrem-me no final da aula! – ele estava com a expressão totalmente séria.

 

         Saímos da sala.

 

         - Pelo visto mais uma aula perdida – eu falei.

 

         - Mas não é tão mau assim... – Jess falava.

 

         - Não é mesmo! – eu continuei.

 

         Ficamos esperando a aula acabar.

 

         O tempo passou rápido. A aula acabou e entrei finalmente em sala para assistir aula. Aula de português.

 

         A aula começou, e, como sempre estava um tédio. Peguei um papel de meu caderno e escrevi:

 

         “To, preocupado com a Katie”

        

         Mandei para o Jack. Ele demorou um pouco para escrever e logo depois mandou de volta.

 

         “Também, cara. Não da para imaginar ela perdida, ela era tão matura, mas um pouco criança.”

 

         Escrevi:

 

         “Foi tudo culpa minha, velho. A briga de nós dois. To me sentindo muito culpado.”

 

         “Não fica assim, brow. Só vai piorar as coisas...”. – ele escreveu.

 

         “Realmente. Mas não consigo parar de pensar nisso. Acho que vou procurá-la.”

 

         “Não sei não... Você vai acabar se perdendo também. Deixa isso para a polícia. Aposto que os pais dela já fizeram à denúncia.”

 

         “Você tem razão.” – escrevi.

         Ele olhou e amassou o papel.

 

         Comecei a rabiscar as folhas do meu caderno, para o tempo passar mais rápido. A aula acabou e o intervalo começa.

 

         - Jack, to sem saco de assistir aula, vou voltar para casa. – falei, arrumando minhas coisas.

 

         - E você vai como? Voando? – ele perguntou com sarcasmo.

 

         - Bem que eu queria...

 

         Algo estava vindo em direção a mim. Não sabia o que era, mas estava vindo.

        

         Virei rapidamente e soquei alguma coisa. Uma caneta. A Felídea havia jogado.

 

         - Que reflexo. – ela comentou.

        

         Pisquei para ela. Ela soprou um beijo, mas não retribuí.

 

        

         Sai do colégio sem pressa. Na verdade eu estava com pressa.

 

         Eu comecei a correr assim que sai do colégio. Eu estava correndo muito rápido. Bem mais rápido o normal. Fiquei olhando para minhas pernas enquanto corria. Estava parecendo às patas de um guepardo¹. Eu estava correndo muito rápido, era impressionante.

 

¹ : Não sei se escreve assim. Mas eu quero dizer aquele animal mais rápido do mundo.

        

Cheguei em casa em questões de segundos. E se eu estivesse andando acho que demoraria uns cinco minutos. Eu ultimamente estava muito estranho. Minha vida estava dando voltas e mais voltas. Eu estava ficando louco.

 

Muitas coisas acontecendo com meu corpo, acontecendo a minha mente. Tudo era estranho. Resolvi fazer uma listinha de “Coisas estranhas que aconteceram na vida de um adolescente”:

 

1.Eu, às vezes, ajo como um animal.(Assim, eu sou um animal sabe só que racional e as vezes eu fico parecendo um animal de verdade, tipo um Leão)

 

2.Sofri fraturas nas costas, que foram curadas em menos de 24hrs.(Isso foi muito esquisito)

 

3.Saio da minha consciência.(Normal, para um garoto anormal)

 

4.Escuto vozes baixas na minha mente.(Isso é muito estranho)

 

5.Estou ficando bem forte (acabei de perceber)

 

6.Estou tendo sonhos estranhos (nada preocupante)

 

7.Estou correndo feito um guepardo¹.(Eu to correndo muito!)

 

8.E... E... E enfim e eu to ficando muito estranho!

 

Abro a porta da minha casa, minha mãe nem pai estavam lá. Que alívio. Se eles soubessem que eu fugi do colégio eu estou ferrado. Eles devem estar trabalhando.

 

Tomei banho e troquei de roupa.

 

         Fiquei pensando na Katie. “Eu vou ou não vou procurá-la?” – pensava. Pergunta difícil.

        

         Decidi que sim. Arrumei uma bolsa com água, comida, lanterna e cabana para acampar. Sai de casa e atravessei a rua ficando na mata, que tinha em frente a minha casa.

 

         “Com certeza ela está enfiada nesta mata” pensei.

 

         Enfiei-me mata adentro. Agora ninguém (nem menos eu) sabia onde eu iria parar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obg por lerem! Reviews??







*---------------*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Last Werewolf" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.