Ainda ha esperança? escrita por Harley
O que mais eu poderia fazer, meu amor me consome até transbordar
O que mais eu poderia fazer, se minha dor me destrói até que eu seja totalmente consumida
Não há mais nada se esperar além da dor e do luto que se segue
Da onde eu tiro forças para lutar, se o peso do mundo me persegue
Não é mais como escapar, a morte já me enviou um belo convite e um banquete cheio de comida
Mandou cortejo uma Carruagem, eles festejavam e todos sabiam o meu nome
Já tem algum tempo que sinto que estou desaparecendo, perdi o controle há tanto tempo
Ao longe no horizonte vejo uma pequena centelha de luz brilhando intensamente
O cortejo da morte franze a testa e murmura palavras de desdém em direção a ela
Eles gritam porque essa maldita não morre, ha tanto tempo a gente aguarda este momento
Como ela tem sobrevivido sem nenhum alimento
Eu sinto o seu olhar em mim e ela grita por mim vorazmente
Por um momento me esqueço de cortejo em foco na Bela luz pálida que permanece brilhando singela
O Carrasco me arrasta pelo braço e me diz:
— não perca seu tempo com ela você sabe que é tarde demais
E ao olhar para ela com a voz doce ela sussurra
— eu sobrevivi todo esse tempo mesmo sem ajuda, como você somos iguais, somos sobreviventes
Suas palavras calmas batem em mim como uma rajada de Pedras
Passei tanto tempo sobrevivendo que me esqueci do que é viver
Como um cadáver já em putrefação, se arrastando com os vermes caindo o desespero me consome
Mas algo insiste algo desejo pela companhia dela
Então eu corro em direção a ela gritando:
—por favor não me deixe sozinho já não me resta mais nada
E ela gentilmente responde:
— Não estamos todos sozinhos?
Eu corro desesperado em direção a ela o carrasco tenta segurar meu braço mas não consegue
Eu digo a ela:
— por favor não me abandona esperança, sei que tenho sido uma amiga cruel
E ela com a voz mais calma do mundo me responde:
— o que mais você poderia fazer ninguém nunca te deu opção
Em pânico eu pergunto como me livrar do cortejo maldito como sobreviver a tudo isso
Ela me diz:
— eu não sei mas se você acreditar em mim eu irei acreditar em você
Então uma mão puxa meu braço rapidamente, o Carrasco me alcançou
Mas durante a tentativa de me alcançar ele deixou o seu capuz cair
Revelando o seu rosto que era igual ao meu
Então ele sorri com desdém e me diz:
— bobinha você nunca vai se livrar de mim
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