Black Bird. escrita por Jee kuran 95, Jee kuran 95


Capítulo 7
Capítulo VII: Kimi ni Todoke.




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Título: Black Bird (Pássaro Negro)

Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Naruto pertence exclusivamente a Masashi-san.

Classificação deste capitulo: +13 anos.

Música tema: Kimi ni Todoke - Alcançando você -.

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Black Bird

Autora: Jee_kuran_95

Capitulo VII: Kimi ni Todoke

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Por favor, só por enquanto, não se vire

À noite, o sussuro do vento,

eu quase posso tocar a distância entre nós.

Eu poderia ficar olhando para você, para sempre.

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'Daisuke?' a morena chamou-o, mantendo-se encostada a porta.

O rapaz de cabelos castanho-avermelhados continuou virado para ela, olhando para a parede onde as fotos de família estavam espalhadas em molduras antigas.

Com a ponta dos dedos, tocou uma das pinturas/fotos e suspirou, deixando que sua mão desenhasse o contorno do rosto da garota pequena que ali estava retratada.

Olhos verdes expressivos, cabelos longos que, mesmo sem poder tocar ele sabiam serem macios, de uma cor rosa tão claro quanto a das pétalas da flor que lhe emprestara o nome.

A seu lado, dois palmos e meio mais alto que a pequena garota encontrava-se um rapaz, sério e de postura elegante, com traços finos e rosto que denotava os antigos traços da infância.

Acima dos mais novos, uma mulher e um homem, embora sorridentes e simpáticos, pareciam sérios demais, rígidos demais.

A mulher - Haruno Chiharu (mil primaveras), era uma versão mais velha das menininha vestia um bonito kimono kurotomesode de mangas incurtadas, de significavam sua fidelidade ao marido.

De um negro, rico em bordados tradicionais com 5 kamons (escudos de família, neste caso círculos brancos), usado com um obi de brocado dourado, era majestoso, embora parecesse simples demais para uma mulher de aparência tão altiva como aquela.

O homem - Haruno Fuuma (verdade selada), o líder do Clã, tinha cabelos vermelhos fogo e olhos verdes, assim como os filhos e a esposa - vestia uma yukata simples de algodão, cinza-escuro sem detalhes.

Tinha uma das mãos sobre a cabeça do filho mais velho e a outra enlaçada com a da esposa.

'O que deseja, Yue?' perguntou, ainda sem se virar.

'Hun'

E no instante seguinte, sentiu-a a seu lado, seus braços se tocando no que ele sabia ser propositalmente. 

Olhou-a por canto dos olhos, ainda sem falar, notando que agora ela também observava a foto de família.

'Eu gostaria de ter feito parte de sua família, sabe?' disse ela, com um sorriso nos lábios. 'Gostaria que Fuuma-sama tivesse me...Tivesse me reconhecido com filha legítima dele.'

Ele olhou descrente para ela, revirando os olhos em seguida.

Yue nunca poderia ter sido reconhecida como uma Haruno, bom, pelo menos não enquanto Chiharu, sua mãe, fosse a esposa do líder.

Era inaceitável isso, que seu pai tivesse outra família embora isso em parte não fosse verdade já que, Hokuto Megumi (graciosa estrela do norte) usara um genjutsu em seu pai, fazendo-se passar por sua mãe - por quem, desde que o momento em que a vira, fora apaixonado.

Chiharu nunca o culpou e, mesmo dizendo que ele devia ter contato com a filha, Yue, ele se recusou a conhecê-la, depois que nasceu.

'Isso sempre foi impossível. Ter filhos fora do casamente é um pecado entre os Haruno e, acredito que entre qualquer clã de respeito, Yue.' disse o rapaz, cortante.

Ela suspirou, algo em seu tom ao falar, quase feliz.

'Eu sei e hoje agradeço por isso.' deu uma pausa. 'Agradeço por  você não ter sido meu irmão.'

Olhou-o sugestivamente.

Se ele viu, fingiu muito bem que não, ignorando-a, saiu de perto dela, sentando-se em frente a uma pequena mesa no centro da sala, em cima de uma almofada.

'Não importa, eu a vejo como minha irmã mais nova e isso não vai mudar.'

Novamente aquelas palavras foram como agulhas em seu corpo, paralisando-a e causando uma estranha dormencia em seus membros. 

As palavras ecoaram em sua mente, machucando-a várias e várias vezes, como uma tormenta.

Ela engoliu em seco, um gosto amargo descendo por sua garganta.

A expressão suave mudou, os lábios que antes continham um sorriso transformaram-se em uma linda fina tensa. Os olhos se estreitaram, escurecendo para um castanho mais escuro inusual.

Qualquer sentimento além da raiva contida e amargura deixando seu semblante antes límpido e calmado.

'Devo pensar que você me vê... Do mesmo jeito que vê Sakura-san?' disse venenosa, as palavras sibilantes passando por seus lábios quase fechados.

Silêncio.

Ele virou-se lentamente para ela e algo em seus olhos fez com que recuasse um pouco, temerosa.

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Estou alcançando você, estou alcançando você

Mesmo que seja um amor não correspondido ou se eu me machucar

Não importa quantas vezes, eu quero te dizer...

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'Nunca se compare à ela.'

Seus olhos cor de mel se arregalaram, lágrimas frias, começaram a descer silenciosas por seu rosto de mulher.

Daisuke não olhava para ela, ainda estava sentado, encarando suas próprias mãos enquanto dizia aquelas palavras frias que a cortavam por dentro.

'Nunca pense, em hipótese alguma, em se comparar a ela.' finalmente a olhou e foi, uma das únicas vezes, que iu fúria em seus olhos. 'Os sentimentos que nutro por Sakura....' ele riu, irônico, de maneira sofrida. 'Você é minha irmã, Yue. Meus sentimentos por Sakura são aqueles que um homem sente... Quando encontra a mulher da sua vida.

Ela ofegou, colocando uma mão sobre o peito, se abraçando como se estivesse com falta de ar.

Saber que ela amava a irmã legítima, a irmã mais nova era uma coisa.

Ouvir as palavras saindo de seus lábios, do fundo de seu coração, fluindo se sua alma era outra completamente diferente.

Aquilo certamente doía mais do que se estivesse sendo torturada... por dias e dias a fio.

Olhou para ele, como queria que ele a amasse e não a aquela... bastarda da irmã dele!

Ah!

Como odiava aquela garota de cabelos róseos por quem ele fez tudo, simplismente tudo que estava a seu alcanse todos este anos para que ela ficasse bem!

Ela odiava Haruno Sakura tanto ou com vigor quanto odiava sua mãe, Haruno Chiharu que destruíra suas chances de ter uma família!

Se não fosse por aquela mulher e sua filha...

... Tudo teria sido diferente.

'Você nunca poderia ficar com ela, isto é incesto!' grunhiu para ela, enraivecida. 'Vocês são irmãos, sangue do mesmo sangue!'

'Eu sei' ele sorriu triste, virando-se para ela.

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Eu gosto de você, eu gosto de você

Mesmo se eu não tiver sono durante a noite e se o amanhã não vir

Não importa quantas vezes, eu quero te dizer, eu estou te alcançando.

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Sua mente ficou confusa e ela olhou para o Haruno com uma das sobrancelhas arqueadas.

'E, mesmo sabendo que nunca poderá tê-la... Ainda insiste neste sentimento?' a mulher disse, sussurrante.

'Sim.'

'Por qu...?'

E a porta se abriu rapidamente, revelando um homem de cabelos cinza compridos e olhos verdes, mais claros que os dele.

O rapaz curvou-se, respeitosamente sorrindo para eles.

Kaguya Kimimaro.

'Daisuke-san, eles solicitam sua presença no campo de treinamente número 9.' disse o rapaz, a voz suave e baixa. 'Se eu fosse você, não os deixaria esperar por muito tempo. Os animos estão exaltados hoje.'

O rapaz de cabelos prateados sorriu e se curvou, retirando-se do aposento o mais rápido possível.

Daisuke levantou, silencioso como uma cobra e pegou sua capa, vestindo-a.

'Esqueça este assunto, Yue, não levará a nada.' murmurou, a caminho da porta. 'Nada mudou e nem vai mudar. Então, se me der licença... Tenho trabalho a fazer.'

E finalmente saiu, sem ver que a outra Haruno encostara-se a parede, escorregando pela mesmo enquanto mais lágrimas saiam.

'Isso definitivamente' sibilou secando com violência o rosto com as costas da mão. 'Não vai ficar assim.'

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oOo♥oOo

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Sasuke passou a mão pelo rosto, levantando-se da cama enquanto se alongava. Olhou para a janela, vendo qu em breve o Sol começaria a se pôr.

Suspirou e ajeitou os cabelos o melhor que pode, levantando-se da cama e olhando para o espelho ao pé desta.

Não estava tão mal assim... a não ser pelas roupas abarrotadas, cabelo revolto e seu rosto transparecia todo o sono que sentia.

Revirou os olhos, dirigindo-se para outra porta.

Abriu a porta, despindo-se rapidamente e entrando em baixo do chuveiro, abrindo a torneira e deixando que a água quente escorresse por seu corpo.

Ensaboou-se, limpando qualquer vestígio de suor que estivesse em seus membros.

Bufou, sentindo a sensação que todos os seus músculos relaxavam como em uma massagem a simples menção da água em suas costas e praguejou baixo, por já ter que sair.

Sabia que, se prolongasse mais um pouco ali, ficaria horas e horas ali, parado sem fazer nada.

Fechou a torneira, saindo do box e enrolando-se em uma toalha. Uma na cintura, outra em suas mãos, secando os cabelos.

Voltou ao quarto, abrindo seu guarda roupa e tirando de lá uma yukata azul marinho, com o simbolo do Clã Uchiha nas costas: um leque.

Alguns minutos se passaram enquanto o Uchiha mais novo rapida e silenciosamente vestia o trage, esbanjando paciência.

Olhou-se no espelho vendo sua imagem, impecável, refletida com exatidão ali.

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Hoje também, uma das minhas memórias está aumentando

Seu suspiro, mesmo que seja uma hesitação, é caro para mim

Eu poderia ter esperado por você, para sempre.

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E então a imagem daquela garota de cabelos róseos veio a sua mente, passando furtiva por entre seus pensamentos.

Pensava já tê-la visto em algum lugar, mas era impossível sabia disso.

Reconheceria alguém com cabelos daquela cor em qualquer lugar.

Fechou os olhos, a imagem de outra mulher, muito parecida com aquela garota, vindo a sua mente.

- Está perdido, querido?

Sasuke, com apenas 8 anos virou-se para a voz de mulher, surpreendendo-se ao ver o quão bonita era.

Tinha cabelos rosados - provavelmente muito longos -, semi-presos, caindo em cascata por suas costas, e olhos verdes, bonitos, brilhantes e expressivos como ele nunca havia visto.

Usava um iromuji vermelho terra. 

- Não - respondeu rapidamente, vendo que a elegante mulher aguardava sua resposta. - Estou esperando meu irmão. - disse com voz infantil.

- Ah - a mulher riu, segurando melhor o cesto que levava em um dos braços. Ela viu seu olhar em direção ao mesmo adivinhando o que ele pensava. - São amoras, acabei de voltar de um chá com amigas e vi um lindo pé no caminho, aproveitei para colhê-las. Quer uma?

Pegou uma em mãos, arroxeada e suculenta.

Sasuke sentiu água na boca em olhar para a fruta, mas hesitou.

Ela era uma estranha que estava lhe oferecendo frutas. Aquilo certamente era de se estranhar. E se estivessem envenenadas ou algo assim?

A mulher bonita riu, amavelmente e colocou uma de suas mãos sobre sua cabeça, bagunçando seus cabelos.

- Não se preocupe, pegue.

E ele abriu as mãos, pegando as pequenas frutinhas que ela lhe dera. A rosada novamente riu e se despediu com uma mesura que logo foi rebatida por ele.

- Bom, até logo então.

Sasuke virou-se e, o ultimo vislumbre que teve da mulher, foi de seu kimono, com um kamon em forma de círculo branco.

E nunca mais a viu, andando pelas ruas da aldeia.

'Sasuke querido, está vestido? Posso entrar?' a voz de sua mãe chegou a seus ouvidos e as lembranças se dissiparam rapidamente.

Foi até a porta, abrindo-a de roupance fazendo Mikoto abrir os olhos assustada levando uma das mãos ao coração.

'Nossa Sasuke! Que susto você me deu meu filho.' disse a mulher se recuperando.

'O que foi mãe?' 

A mulher olhou para ele, irritada. Identico a Fugaku, incrível isso.

'Hun' disse, desgostosa pelo tom de voz do filho. 'Só vim lhe avisar que temos visita e ia lhe pedir para trocar de roupa mas...' analisou-o de cima a baixo, fazendo uma expressão de aprovação. 'Não será necessário.'

'Quem é?'

Mikoto fechou a cara.

'Não foi essa a educação que lhe dei Uchiha Sasuke, seja mais delicado!' ralhou virando de costas em direção as escadas. 'Bom, desça a verá.'

O rapaz bufou, passando a mão pelos cabelos.

Fechou a porta e seguiu-a pelas escadas.

Desceu as escadas, indo em direção a sala de jantar ouvindo vozes conhecidas. Sorriu antes de abrir as portas.

'Sasuke! Veio se juntar a nós?'

Uchiha Inabi estava do jeito que se lembrava da ultima vez que o havia visto a algum tempo atrás.

Cabelos castanho escuro compridos e olhos pequenos negros, aperando sempre estar irritado com algo, embora fosse calmo como um rio.

Shisui com seu típico sorriso malicioso e cabelos negros curtos, acenou para ele em cumprimento ao lado de Itachi.

'Essas eram as visitas?' disse debochando. 'Ora mãe, se eu soubesse que eram essas...' olhou para os outros dois Uchiha's, um sorriso sarcástico enfeitando seus lábios. '... coisas nem teria me arrumado! Eu podia vir aqui sem roupas que eles nem iam se importar.'

E riu, fazendo com que Itachi e Mikoto - que voltava naquele momento da cozinha - rissem com ele enquanto os outros fechavam a cara.

'Ora seu... Tenha respeito com os mais velhos seu inútil!' gritou furioso Shisui. Sasuke sorriu, sabia que ele daria piti por falar daquele jeito.

Mas então a expressão dele mudou e Sasuke perdeu o sorriso enquanto o outro ganhava um, ao máximo da malicia possível.

'Ih, Sasuke, desculpa te decepcionar sabe... Mas eu não curto... dessa fruta não, sabe? Tia Mikoto, acho que você perdeu seu filho para o lado negro da força... A não ser que Inabi goste, mas ai já não é problema meu...' olhou sugestivamente para o outro.

Silêncio.

As gargalhadas ecoaram na sala, enquanto uma veia ameaçava estourar na testa de Sasuke e o rosto de Inabi tornava-se sombrio.

Shisui gargalhava, segurando sua barriga enquanto lágrimas saiam do canto de seus olhos.

'Shisui, se você não te nada que preste pra falar...' sibilou o Uchiha de cabelos longos. Os outros só olhavam. 'Cale a porra da sua boca e deixe de falar essas merdas!'

Agora, até mesmo Sasuke obrigou-se a gargalhar.

'Meninos, meninos, já chega. Vamos para por aqui antes que alguém se machuque.' Mikoto entrou no meio dos quatro, apaziguadora.

Itachi apenas olhava tudo, ainda sem falar nada, divertido. 

A Uchiha olhou para o filho mais novo, respondendo sua pergunta.

'Não, Sasuke. Não são eles as visitas. Eles ainda não chegaram.'

A campanhia tocou e logo, uma empregada estava a soleira da porta, sentada fazendo uma mesura.

'Os Hyuuga acabam de chegar, Mikoto-sama.'

'Ótimo.' sorriu a patriarca. Virou-se para os outros. 'Vamos receber, as honoráveis visitas.'

E saiu, sendo acompanhada com os olhos por eles.

Itachi pela primeira vez, se pronunciou.

'Mas que diabos os Hyuugas fazem aqui?' disse, confuso.

'Eu não sei.' disse Sasuke, os olhos estreitos. 'E não sei nem se quero descobrir.'

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Continua no próximo capitulo...


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Notas finais do capítulo

OiOi, voltei :)
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Espero que tenham gostado deste capitulo, pretendo postar mais um o mais rápido possível.
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Reviews, recomendações, críticas?
São todas aceitas!
Ah, eu não ando respondendo a reviews mas saibam que os leio com todo o carinho e isso que me impulsiona a continuar.
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Até o próximo. ;*



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